VER-SUS 2018.1 No dia, 14/01/2018, deu início ao VER-SUS Maceió/AL, aproximadamente as 14:00h da tarde. Ao chegarmos fomos para a plenária, local onde aconteceu a apresentação de cada vivente e a separação dos NBs (Núcleo de base). Inicialmente, foi um dia bastante divertido, todos os NBs são bastante criativos. No período da noite discutimos o contrato de convivência, ou seja, como seria a nossa vivência, horário para acordar, horário para apagar as luzes, mostraram a planilha descrevendo o que cada NBs iria fazer durante toda a vivência. Vale ressaltar, que o contrato de convivência era algo mutável, isto é, poderia acontecer mudança durante a vivência. Meu NB se chamava Make Bi, isso porque a nossa equipe era muito diversificada, tinha trans, gay, hetero e bi e com gostos parecidos, como do reality show RuPaul s Drag Race, uma equipe que desde o inicio sempre se demonstrou ser alegre, empática e extravagante. Nossa dinâmica de apresentação tratava-se de um desfile bem afeminado e com o nosso hino Make Bi já chegou, aqui no VER-SUS que é só amor, me libertou, me maquiou, foi arraso, foi badalo, MILITOU. Esse é o NB que eu me aproximei, fiz laços de amizades eternos, conheci um pouquinho de quem ser cada um e que sou muito apaixonado. (Ialy, Debora, Alexandre, Lennon, Luan e Marcela).
No segundo dia de vivência, 15/01/2018, foi quando tudo realmente iniciou, muita musica para integração dos/das viventes, teve caixinha de quem pra quem, é uma caixa onde você pode colocar recadinhos anônimos ou se identificando e na caixa você manda recadinho para quem você quer conhecer melhor, através de frases, letra de música, poesias, enfim, é para utilizar a criatividade. Recebi meu primeiro recadinho dizendo para eu me soltar mais, pois eu estava com vergonha no dia anterior. Posteriormente, tivemos nossa primeira mística, ou seja, uma dinâmica com musica e dança para os/as viventes se integrarem. Na parte da manhã demos inicio as leituras sobre classe, raça, gênero e sexualidade, entrelaçando com o SUS. Foi o eixo de sociedade e conjuntura. No eixo da tarde, reforma sanitária, discutimos mais textos que tinham sido enviados a todos e a todas antes do inicio da vivência. Por fim, o eixo da noite, privatização. Sempre fazíamos a leitura de textos diferentes, sendo com seus respectivos NBs e em seguida usaríamos a forma mais criativa para expor as ideias e os pontos discutidos para todos/todas na plenária. No período da noite tivemos um convidado especial, Arthur, que auxiliou em todo o debate sobre privatização. Legenda: Esse era o nosso cartaz, no lado rosa tem a bandeira LGBT+ e o nome do NB e no lado azul temos A Brasil, construímos algo colorido e focando nas características de cada integrante da equipe.
Terça feira, 16/01/2018, estávamos no terceiro dia da vivência, foi o dia que aconteceu nossa primeira visita externa para a Unidade de Saúde da Família, localizada no bairro Graciliano Ramos, tratava-se de uma unidade de atenção primária. Por volta das 08:30h chegamos ao local, fomos recepcionados/recepcionadas pela diretora e em seguida ela nos mostrou todo o ambiente, contando as dificuldades, mas também relatando o quão é prazeroso realizar o trabalho que tanto ama. No mesmo dia, no local estava o NASF (Núcleo de apoio a Saúde da Família), eles estavam realizando uma palestra sobre o janeiro branco (saúde mental). Bom, a diretora nos contou a história do local, falou sobre a equipe multidisciplinar, o funcionamento de cada área. Basicamente o local contém quatro consultórios, uma sala de citologia, o Cora (local onde agenda consulta), sala do dentista, sala de esterilização, sala da farmácia, recepção e cozinha. A equipe conta com 24 agentes de saúde. Quando voltamos da visita, teve o corredor do cuidado, e posteriormente a discussão do textos Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o SUS. Logo, relacionamentos a visita ao texto lido e apresentamos para todos/todas na plenária.
No dia, 17/01/2018, meu NB foi visitar o manicômio judiciário no período da manhã. Um local que tinha certa defasagem de medicamento, porém, que hoje está mais humanizado comparado ao seu passado, segundo a diretora que nos apresentou toda história. Já a tarde houve a discussão sobre saúde mental, com muitas peças e poesias. E por fim, a noite foi mais leve com dinâmicas de relaxamento. Legenda: foto do manicômio judiciário
Na quinta feira, 18/01/2017, fomos todos e todas até a aldeia indígena localizada em João Gomes, que se chama Wassu Cocal. Percebemos que a aldeia possui muita influência do cristianismo e alguns dos seus antigos costumes já não são mais reproduzidos pelas as novas gerações. A aldeia tem cerca de 1.800 a 2.000 mil pessoas e permeia o Rio Camaraji. As doenças mais frequentes encontradas são: verminose, micose, entre outros problemas dermatológicos. O período da tarde e da noite foi bastante tenso, pois se tratava do momento de avaliação da vivência até aquele momento. Uma longa conversa que começou a tarde e se estendeu até o fim da noite. Legenda: foto de alguns integrantes da aldeia Wassu Cocal Na sexta feira, 19/01/2018, foi um dia mais tranquilo, nós viventes tivemos a manhã para descansar depois de uma intensa avaliação no dia anterior. Posteriormente, a tarde, discutimos o eixo sobre saúde da população negra que contou com a participação de uma convidada especial e com um momento de opressão em forma de peça. Continuando o dia, no período da noite, tivemos um momento de relaxamento com mais convidados especiais que nos apresentou a terapia comunitária e a ouricultura. Para finalizar, aconteceu a mística com poesias.
Dia 20/01/2018, sábado, retomamos a discussão sobre a aldeia Wassu Cocal, pois não tínhamos discutido antes por causa da avaliação da vivência que durou a tarde e a noite toda. Durante o dia, assistimos um vídeo sobre a Reforma Agrária e um trecho do filme Morte Vida Severina. Para mim, esse foi um dos eixos que mais mexeu comigo. Meu NB apresentou um trecho do texto de Morte Vida Severina e que emocionou a todos e a todas. A noite foi o eixo mais colorido de toda a vivência, ou seja, o eixo LGBT+, um momento com muitas cores. Legenda: ambas as fotos tratam-se da encenação de Morte Vida Severina
Legenda: com muita representativa, eu e meu amigo, Gian, fomos para o eixo sobre população LGBT+ Penúltimo dia de vivencia, 21/01/2018, durante a manhã foi exibido um vídeo que se chamava Blasfêmia e discutimos sobre a saúde da população LGBT+. No período da tarde, o eixo foi sobre a história de Alagoas, através desse eixo conhecemos um pouco sobre a história do nosso estado e suas danças tradicionais.
Legenda: momento de preparação para dançarmos o coco de roda e uma espécie de ciranda. Finalmente, o último dia de vivência, 22/01/2018, foi o dia que cada um revelou quem era seu protegido (dinâmica do anjo) e colheu todas as cartinhas que receberam. Eu realmente não estava preparado para o final...
Legenda: todos e todas que construíram a vivência 2018.1 em Maceió/AL