Sensibilidade a antifúngicos em amostras hospitalares do gênero Candida

Documentos relacionados
Alberto Chebabo. Chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias HUCFF/UFRJ Diagnósticos da América/DASA RJ

Atualização na candidíase de repetição Existem novas propostas de tratamento? Vera Fonseca

Guidelines da Infecção por Candida. IDSA 2009 vs ESCMID 2012 Joana Estilita Junho 2012

ALESSANDRO COMARÚ PASQUALOTTO. EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES POR Candida spp. NA CORRENTE SANGUÍNEA:

Faculdade Alfredo Nasser-Instituto de Ciências da Saúde

das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: características clínicas e microbiológicas

PERFIL DE SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS ISOLADAS DE CASOS DE CANDIDURIAS HOSPITALARES AOS ANTIFÚNGICOS CONVENCIONAIS

MARIANA VOLPE ARNONI. Epidemiologia da candidemia em hospital pediátrico de 2005 a 2010

ESPÉCIES DE Candida spp. EM ISOLADOS CLÍNICOS E SUSCETIBILIDADE A ANTIFUNGICOS DE USO HOSPITALAR

GEORGEA CARLA MATUURA DE BATISTA

SENSIBILIDADE ÀS TOXINAS KILLER DE ESPÉCIES DE CANDIDA ISOLADAS DA CAVIDADE BUCAL DE PACIENTES COM CANDIDOSE E DE INDIVÍDUOS NORMAIS

FUNGIFAST MARCA: ELITECH MICROBIO REFERÊNCIA: KIT COM 30 TESTES

PERFIL DE SUSCETIBILIDADE DE Candida tropicalis A ANTIFÚNGICOS SISTÊMICOS

Estudo sobre a influência do fenômeno trailing na determinação da suscetibilidade a antifúngicos em isolados clínicos de Candida tropicalis

PROGRAMA CQH - COMPROMISSO COM A QUALIDADE HOSPITALAR INDICADORES HOSPITAIS SELADOS TAXA DE OCUPAÇÃO HOSPITALAR*

Rotatividade de Pessoal

EVANDRO JOSÉ DE ALMEIDA FIGUEIREDO

Marcos Paulo Wille Caracterização clínica e epidemiológica das infecções de corrente sanguínea causadas por Candida spp. no Hospital São Paulo

1.4 Metodologias analíticas para isolamento e identificação de micro-organismos em alimentos

SENSIBILIDADE DE ISOLADOS DE CANDIDA SPP. A ANTIFÚNGICOS POR DISCO-DIFUSÃO EM ÁGAR E MICRODILUIÇÃO EM CALDO

Filipe A. Mesquita Oliveira INFECÇÕES OPORTUNISTAS CAUSADAS POR LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA SP. EM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS

ALESSANDRO VIEIRA FERREIRA COMPARAÇÃO DO PERFIL ASSOCIADO À VIRULÊNCIA E DA SENSIBILIDADE

PREVALÊNCIA DE COLONIZAÇÃO DE Candida spp. EM ISOLADOS DA MUCOSA ORAL DE PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO

Taxonomia dos Fungos e Drogas Antifúngicas. Profª Francis Moreira Borges Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia - UFJF

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ Área de Ciências da Saúde Curso de Graduação em Farmácia.

FATORES DE VIRULÊNCIA DE CANDIDA SPP.

Fabiana Cortez Pimentel

Antifúngicos sistêmicos

ESTUDO COMPARATIVO DE HEMOCULTURAS E CATETERES POSITIVOS PARA LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA DE ORIGEM HOSPITALAR

Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE CONTRATOS DE GESTÃO RELATÓRIO DE EXECUÇÃO METAS QUALITATIVAS FEVEREIRO/2016

Sara Letícia Kretzer

Carolina Maria da Silva INFECÇÕES FÚNGICAS INVASIVAS EM NEONATOS, EPIDEMIOLOGIA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE ANTIFÚNGICA DOS AGENTES ETIOLÓGICOS

IMUNOPATOGENESE DA CANDIDA ALBICANS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. RESUMO

Ação de Compostos Naturais sobre Fatores de Virulência de Candida albicans isoladas da cavidade bucal

Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo Análise dos dados de 2005

XVIII CONGRESSO MUNDIAL DE EPIDEMILOGIA VII CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA

ANTIFUNGICOS. Tinea capitis no couro cabeludo, podendo levar a pelada (perda de cabelo);

Comparação da atividade de antifúngicos imidazólicos e triazólicos frente a Candida albicans

DÉBORA DE SOUZA OLARTECHEA DE ALENCAR CARACTERIZAÇÃO DE CANDIDA SPP ISOLADAS DE HEMOCULTIVO E ASPECTOS CLÍNICOS DE CANDIDEMIA

Os antifúngicos nas infecções por Candida sp

INFECÇÃO VAGINAL: FATORES DE RISCO PARA A OCORRÊNCIA DE CANDIDÍASE EM MULHERES

EMERGÊNCIA DE Salmonella RESISTENTE A QUINOLONAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MAIO HOSPITALAR

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Biomedicina Trabalho de Conclusão de Curso

Informe Epidemiológico Influenza

Fármacos antifúngicos

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

Artigo Original. Key words: Perioperative nursing; Fungi; Cross infection; General surgery.

Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina de Lisboa

EMENTAS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FARMÁCIA CLÍNICA EM INFECTOLOGIA EAD

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SOHAILA BOEHM IBRAHIM ARRAM

ersitário Occurrence and susceptibility profile of Candida sp in blood cultures from a university hospital

CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA ISSN:

REESTRUTURAÇÃO DO PROTOCOLO E O IMPACTO NO RECONHECIMENTO PRECOCE DA SEPSE X MORTALIDADE

FLUCONAZOL FLUCONAZOL ANTIFÚNGICO

Programa de Residência Médica CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA. Comissão de Residência Médica COREME

PRINCIPAIS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

DETECÇÃO PRECOCE E EVOLUÇÃO DA SEPSE NO HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA

Mara Cristina Lopes Amorim

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Henrique Marconi Sampaio Pinhati

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA EM UROCULTURAS POSITIVAS DO LABORATÓRIO EVANGÉLICO DE ANÁPOLIS

Isolamento de Candida spp. no mamilo de lactantes do Banco de Leite Humano da Universidade Federal do Ceará e teste de susceptibilidade a antifúngicos

Universidade Federal de Pernambuco Centro de Biociências Departamento de Micologia Pós-graduação em Biologia de Fungos FABIOLA MARIA MARQUES DO COUTO

MESA REDONDA. RDC Teoria e Prática

Sepse por Klebsiella pneumoniae - Revisão de 28 casos

Ana Luísa Dias Fontinha

Identificação Molecular de Candidoses invasivas no. Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E

Controle de antimicrobianos: como eu faço? Rodrigo Duarte Perez Coordenador da C.C.I.H. do H.S.I. Blumenau / SC

Caracterização de fungos envolvidos em infecções nosocomiais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

Trabalhos aceitos para apresentação na forma de pôster no II Encontro Gaúcho de Micologia

SÍTIOS DE INFECÇÃO E ANTIBIÓTICOS USADOS EM IDOSOS COM CÂNCER QUE DESENVOLVERAM INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

CONDERG - CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO GOVERNO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA HOSPITAL REGIONAL DE DIVINOLÂNDIA RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

PAULA REGINA CAZARES VIANI

Isolamento de Candida parapsilosis em paciente com diagnóstico clínico de candidíase atrófica crônica

MOVIMENTO GERAL DO HOSPITAL

LITERATURA CICLOPIROX OLAMINA DROGA DE PRIMEIRA ESCOLHA CONTRA CANDIDÍASE CUTÂNEA

Imunologia Aplicada. Sorologia

CORRELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO DE BIOFILME E FATORES DE VIRULÊNCIA DE

Exame Bacteriológico Indicação e Interpretação

Carolina Rodrigues Costa

nistatina NOVA QUÍMICA FARMACÊUTICA LTDA. Suspensão oral UI/mL

de Micologia Médica I Fórum Nacional Diagnóstico, terapêutica e monitorização das infecções fúngicas invasivas

Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle.

Diretrizes Assistenciais

Raniê Ralph Microbiologia Quarta-feira, 13 de dezembro de Profa Mariceli. Drogas antifúngicas. 1. Poliênicos: anfotericina B e nystatin

TERAPÊUTICA DA SEPSE NEONATAL CAUSADA POR CANDIDA ALBICANS EM RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO: REVISÃO

Artigo de Revisão. Candidemia: Revisão bibliográfica Candidemia: Literature review

Anexo A ALBISTIN. nistatina CAZI QUIMICA FARMACÊUTICA IND. E COM. LTDA. Suspensão oral UI/mL

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DR. HEITOR VIEIRA DOURADO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL

24/11/2015. Biologia de Microrganismos - 2º Semestre de Prof. Cláudio 1. O mundo microbiano. Profa. Alessandra B. F. Machado

Vfend IV voriconazol. Pó para Solução para Infusão. Vfend IV pó para solução para infusão de 200 mg em embalagem contendo 1 frasco-ampola.

ECALTA anidulafungina. APRESENTAÇÕES Ecalta pó liofilizado de 100 mg embalagem contendo 1 frasco-ampola.

Tralen 1% tioconazol. Tralen 1% pó dermatológico em embalagem contendo 1 frasco plástico com 30 gramas.

Resolução UNESP 75, de dezembro de 2004 alterada pela Resolução UNESP 63/06

Transcrição:

XXII Congresso Brasileiro de Microbiologia ÁREA INFECÇÃO HOSPITALAR Sensibilidade a antifúngicos em amostras hospitalares do gênero Candida Prof a. Dr a. Claudete Rodrigues Paula Laboratório de Leveduras Patogênicas ICB/USP - 2003 -

Pesquisadores Envolvidos Prof. Dr. Augusto Cezar Montelli UNESP Prof a. Dr a. Claudete Rodrigues Paula ICB/USP Prof a. Dr a. Maria de Fátima Sugisaki - UNESP Mestranda Elza Helena da Silva ICB/USP Doutorando Eriques Gonçalves da Silva ICB/USP Doutoranda Flavia Emi Matsumoto ICB/USP Doutoranda Luciana da Silva Ruiz UNESP/USP Prof a. Sônia Khouri UNIVAP/SP NOVOS GRUPOS Prof. Dr. Francisco de Assis Baroni UFRRJ/RJ Prof a. Dr a. Junia Hamdan UFMG/MG Prof a Dr a. Marcia Melhem IAL/SP

O QUE É UMA INFECÇÃO HOSPITALAR OU NOSOCOMIAL? Infecção Hospitalar: É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (MONTELLI, Comunicação Pessoal). Desafio do Século XXI Alta taxa de mortalidade Resistência aos poucos fármacos (intrínseca e adquirida)

IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES 8% dos pacientes que ingressam nos hospitais podem adquirir uma infecção hospitalar fúngica. Nesse grupo a mortalidade costuma ser elevada. Infecção Hospitalar em UTI Neonatal pode variar de 2% - 10%, com mortalidade variando de 15 a 45%, dependendo do agente etiológico.

IMPORTÂNCIA DAS INFECÇÕES FÚNGICAS F HOSPITALARES Últimas décadas Avanços da tecnologia na área médica Introdução de novos métodos diagnósticos e técnicas cirúrgicas, novos biomateriais para próteses, sondas, cateteres, avanços na quimioterapia de tumores, novos antibióticos e técnicas de transplantes de órgãos. Maior sobrevida de doentes críticos (AIDS, Imunodeprimidos, Neutropênicos, e transplantados. Ministério da Saúde - ANVISA Risco de aquisição de infecções fúngicas

Infecções Fúngicas: F Leveduroses - (Candidiase e Criptococose) Aspergilose Leveduras emergentes

Fungemias Hospitalares: Infecções fúngicas da corrente sanguínea adquirida na maioria das vezes de microbiota autóctone do paciente ; Uso de antibacterianos aumenta a colonização de Candida no trato gastrintestinal; Imunidade baixa (AIDS, uso de corticóides, doença maligna, quimioterapia, radioterapia, desnutrição, idade avançada, neutropenia; Cateter, sondas.

Infecção Fúngica F do Trato Uninário: (Candidúria) Cateterização Urinária; Agentes predominantes: Candida albicans e Candida glabrata; Patologia urinária sugestiva: 10.000 ufc/ml; Hemácias, leucócitos, leveduras, pseudo-hifas.

Candida spp: Candida - importância médica - ``Grupo dominante de infecção fúngica nos hospitais Projeto NNIS (1970) Fungemia Candidemia Candiduria 1975 Não estava entre os dez agentes etiológicos 1984-8 o lugar; 1989 4 o lugar; 2002 3 o lugar.

ESPÉCIES NÃO - ALBICANS (resistência aos antifúngicos) ngicos) Reservatórios em potencial Modo de transmissão dentro do ambiente hospitalar

Candida albicans - Fungemia sítios predominantes clinicamente importantes (já descritos cepas resistentes a Anfotericina B, estudos?) de sp não albicans causando infecções significativas: C. tropicalis, C. glabrata, C. parapsilosis, C. krusei, C. lusitaniae e C. dubliniensis Seleção das sp menos sensíveis pelo uso de antifúngicos; Discussão do uso profilático de antifúngicos.

Candida tropicalis: Infecções endógenas; colonização prévia do trato gastrintestinal e outros sítios antes de causar fungemia e formas sistêmicas de candidiase. Resistência a vários azólicos de última geração Candida parapsilosis: infecções exógenas; sem prévia colonização em outros sítios; fungemia, endocardite, artrite e peritonite. (CATETER) Formação de Biofilmes que protege a levedura contra os fármacos.

Candida krusei: Colonização prévia do trato gastrintestinal e outros sítios, causando fungemia e formas sistêmicas de candidiase. (resistência ao fluconazol) Candida lusitaniae: infecção endógena, sendo a mesma cepa que coloniza e, posteriormente, invade o trato urinário, respiratório e circulatório do paciente.

Candida glabrata: virulência ; coloniza vários sítios em um mesmo paciente (cepas resistentes aos azólicos) fungemia com alta letalidade (candiduria) Alguns estudos recentes ocupa o 2 lugar em freqüência depois de C. albicans

Epidemiologia da Transmissão Nosocomial por Candida Não existem métodos de tipagem ideais Sistemas Marcadores fenotipicos morfotipagem micocinas killer enzimas Padrão de sucetibilidade a agentes antifúngicos (NCCLS), (EUCAST), ( Kits ) Marcadores moleculares RFLP, PCR, cariotipagem

Critérios utilizados para a determinação da sensibilidade aos antifúngicos: THORNSBERRY & SABATH ( o mais tradicional) nível sérico da droga (1986) NCCLS ( standard ) Documento M27 A2 (2002) EUCAST (NCCLS modificado) Doc. E. Dis. 7.1.(2002) Agente antifúngico SensíveL CIM Sensível Dose dependente CIM Resistente CIM Fluconazol 8 16-32 64 Itraconazol 0,125 0,25 0,5 1 5-Fluorocitosina 4-32 - Anfotericina B - > 2 NCCLS breakpoints (mg/ml) para espécies de Candida

MÉTODOS EMPREGADOS PARA SE ESTABELECER A SENSIBILIDADE DE AMOSTRAS DE LEVEDURAS AOS ANTIFÚNGICOS 1 - NCCLS Macro e Microdiluição; 2 EUCAST Leitura em espectrofotômetro; 3 Kits comerciais = E Test (boa concordância); discos com os fármacos, Candifast FATORES IMPORTANTES PARA A REALIZAÇÃO DOS TESTES Preparação do fármaco (diluição, tampão); Preparação e inóculo fúngico; Meio de cultivo; Temperatura e tempo de leitura; Cepas padrões com CIM(s) conhecidos; Instruções do fabricante (Kits); Pessoas que conduzem os testes e leiam os resultados.

RESULTADOS DA PESQUISA Critério = NCCLS (2002); Método = E Test (AB-BIODISK, SUÉCIA) (boa concordância, rapidez e fácil execução); Amostras = 300; Meio de cultivo = RPMI + MOPS (Leitura 48 hs, temperatura = 35ºC).

Sensível? Resistente? IN VIVO Composição do fármaco; Interação Medicamentosa; Farmacocinética da droga; Absorção pelo paciente; Risco X Beneficio (toxicidade, reações adversas); Profilaxia; (Pensar sempre nestes fatores)

HOSPITAL I: HOSPITAL PÚBLICO INFANTIL DE SÃO PAULO (1999-2002)

HOSPITAL I HOSPITAL PÚBLICO INFANTIL DE SÃO PAULO - SP (sangue, cateter e urina) - Nº de leitos 100 - atendimento de crianças 0 a 15 anos - classe renda baixa - clínicas com maior n de casos UTI Neonatal - Dados de 1999 a 2002

Freqüência das espécies de leveduras isoladas de sangue, cateter e urina de crianças hospitalizadas 35 30 25 20 15 10 Sangue Cateter Urina 5 0 Freqüência (% ) C. albicans C. parapsilosis C. tropicalis C. glabrata C. guillierm ondii C. krusei Trichosporon sp Es pécies

PROTEINASE E FOSFOLIPASE Atividade da proteinase com índice 3: 81% das amostras Atividade da fosfolipase com índice 3: 24% das amostras

SENSIBILIDADE ÀS TOXINAS KILLER Biotipos mais freqüêntes: 511 (56%) e 888 (38%)

Padrão killer, atividade enzimática e espécies de leveduras isoladas em associação de pacientes provenientes de Hospital Público Infantil de São Paulo, SP. Paciente Mat. Clin./Cateter Espécie Killer Proteinase Fosfolipase 1 2a 2b 3a 3b 4 5 Cateter* C. parapsilosis 888 0,21 (-) Sangue C. parapsilosis 888 0,19 (-) Cateter* C. parapsilosis 888 0,15 (-) Sangue C. parapsilosis 888 0,15 (-) Sangue C. guilliermondii 811 0,14 (-) Sangue C. guilliermondii 888 0,15 (-) Cateter* C. parapsilosis 888 0,33 (-) Sangue C. parapsilosis 888 0,25 (-) Cateter* C. guilliermondii 888 0,80 (-) Sangue C. guilliermondii 888 0,27 (-) Cateter* T. cutaneum 888 (-) (-) Sangue T. cutaneum 888 (-) (-) Cateter* C. albicans 511 0,25 0,71 Urina C. albicans 514 0,25 0,70 Pacientes 2 e 3 ( a e b ) Amostras isoladas em duas ocasiões * Cateter venoso

Perfil genotípico- RFLP- das espécies de leveduras em associação de pacientes internados em Hospital Público Infantil de São Paulo. *P1 Marcador de peso molecular-kb *Colunas 5 e 6: Paciente 2a (cateter/sangue) *Colunas 8 e 9: Paciente 3a (cateter/ sangue)

Formação de biofilme em cateter por amostra de C. parapsilosis

Resultados de CIM50 e CIM90 das amostras frente aos antifúngicos CIMs (µg/ml) Espécies Cetoconazol Itraconazol Fluconazol Anfotericina B 5Fluorocitosina 50 90 50 90 50 90 50 90 50 90 C. albicans >32 >32 >32 >32 >256 >256 0,75 1,5 2,0 >32 C. parapsilosis 0,19 >32 0,023 2,0 8,0 32 0,75 2,0 >32 >32 C, tropicalis >32 >32 >32 >32 >256 >256 0,75 3,0 >32 >32 C.guilliermondii 0,25 4,0 0,047 4,0 6,0 12 0,5 6,0 >32 >32 C. glabrata 0,38 12 1,5 >32 24 >32 0,5 3,0 0,75 >32 Trichosporon sp 6,0 >32 1,0 8,0 24 >256 4,0 4,0 >32 >32 CIM50 Concentração fungicida ou fungistática que inibe 50% das amostras CIM90 - Concentração fungicida ou fungistática que inibe 90% das amostras

SENSIBILIDADE ANTIFÚNGICA

Porcentagem de amostras sensíveis segundo os critérios do NCCLS Espécies de Candida (N ) Antifúngicos n(%) 5FC KZ FZ IZ AB VZ C. albicans (16) 8(50) 5(31) 5(31) 7(44) 11(69) 6(66.7) C. parapsilosis (28) 7(25) 20(71) 25(89) 24(86) 21(75) 12(100) C. tropicalis (11) 3(27) 0 1(9) 1(9) 6(55) 5(83) C. guilliermondii (7) 2(29) 4(57) 6(86) 4(57) 3(43) 6(100) C. glabrata (11) 8(73) 5(45) 7(64) 3(27) 8(73) 1(100) C. krusei (2) 1(50) 2(100) 2(100) 2(100) 0 1(100) Trichosporon sp (5) 1(20) 0 3(60) 1(20) 1(20) - Total (80) 30(38) 36(45) 49(61) 38(48) 50(63) 31(87)

HOSPITAL II: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, SP

HOSPITAL II HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, SÃO PAULO - FUNGEMIA - Nº de leitos 375 - atendimento de crianças e adultos - classe renda baixa - clínicas com maior n de casos UTI neonatal - Dados de 1999 a 2001

Frequência das espécies de leveduras isoladas de sangue de pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, SP. 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Frequência (%) S1 C. albicans C. parapsilosis C. tropicalis C. krusei C. guilliermondii C. glabrata Espécies

Sensibilidade das 75 amostras de Candida isoladas de sangue de pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, SP, frente aos antifúngicos estudados. MIC (μg/ml) Droga Antifúngica MIC 50 MIC 90 Variações do MIC Cetoconazol 0.154 13.25 0.016-32 Fluconazol 6.09 126 0.016-256 5-Fluorcitosina 0.012 0.079 0.002-32 Anfotericina B 0.135 0.89 0.002-32 Itraconazol 0.016 0.718 0.002-32 Cetoconazol concentração de 0.002 a 32μg/mL Fluconazol concentração de 0.016 a 256μg/mL 5-Fluorcitosina concentração de 0.002 a 32μg/mL Anfotericina B concentração de 0.002 a 32μg/mL Itraconazol concentração de 0.002 a 32μg/mL

Sensibilidade das espécies de Candida isoladas de pacientes com fungemia no Hospital das Clínicas de Botucatu, SP. Espécies CIMs (µg/ml) Cetoconazol Itraconazol Fluconazol AnfotericinaB 5Fluorocitosina 50 90 50 90 50 90 50 90 50 90 C. albicans 0.131 9.16 0.014 0.492 4.5 138 0.084 0.263 0.013 0.097 C. parapsilosis 0.119 0.639 0.016 0.47 6.6 20.53 0.35 1.35 0.013 0.026 C, tropicalis 0.22 24.85 0.04 22.39 3.5 6.4 0.118 0.321 0.01 17.6 C. krusei 0.125 3 0.012 6.6 2.75 35.20 0.22 1.2 0.009 0.017 C.guilliermondii 0.75 1.75 0.44 0.44 13.5 152 0.05 0.44 0.009 15.96 C. glabrata ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Perfil de sensibilidade das leveduras segundo critério do NCCLS Espécies de Candida (n ) Droga Antifúngica n (%) 5-Fc Ke Fl Itra AB Vz C. albicans (29) * 27(93) 25(86) ** 23(79) 24(83) 29(100) 13(93) C. parapsilosis (23) 23(100) 23(100) 15(65) 6(78) 21(91) 7(85) C. tropicalis (09) 7(78) 5(56) 5(56) 6(67) 9(100) 6(67) C. krusei (08) 8(100) 8(100) 5(63) 6(75) 8(100) 2(100) C. guilliermondii (05) 4(80) 5(100) 1(20) 1(20) 5(100) 2(100) C. glabrata (01) 1(100) 1(100) 1(100) 1(100) 1(100) - Total (75) 70(93) 67(89) 52(64) 44(75) 73(97) 30(86)

Distribuição, segundo o serviço médico, das 75 amostras de leveduras isoladas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, SP. UTI-Central 3% Outros 13% Imunopediatria 3% Berçário 3% UTI-Pediatrica 5% UTI Neonatal 32% Neurocirurgia 8% UTI-Berçario 9% Pediatria 11% Gastrocirurgia 13%

HOSPITAL III: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ, SP

HOSPITAL III HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ-SÃO PAULO (sangue, cateter e secreções) - Nº de leitos 170 - atendimento de crianças e adultos - classe renda baixa - clínica com maior n de casos UTI adultos - Dados de 2002 a 2003

Freqüência das espécies de Leveduras Isoladas de Diversos Materiais Clínicos em um Hospital Público de Taubaté - SP Espécies Quantidade Porcentagem Candida albicans 40 37% Candida tropicalis 25 24% Candida parapsilosis 21 20% Candida glabrata 09 9% Candida rugosa 02 2% Candida norvagensis 01 1% Candida krusei 01 1% Candida guillermondii 01 1% Saccharomyces cerevisiae 01 1% Trichosporon asahii 02 2% Hansenula sp. 01 1% Não identificado 01 1% Total 105 100%

Freqüência das leveduras do gênero Candida isoladas de diversos materiais clínicos de Hospital Universitário de Taubaté Porcentagem 42% 40% 38% 36% 34% 32% 30% 28% 26% 24% 22% 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Candida albicans Candida tropicalis Candida parapsilosis Candida glabrata Candida rugosa Candida norvagensis Candida k rusei Candida guilhermondii Espécies do gênero Candida

Resultados de CIM50 e CIM90 das amostras frente aos antifúngicos CIMs (µg/ml) Espécies Cetoconazol Itraconazol Fluconazol AnfotericinaB 5Fluorocitosina 50 90 50 90 50 90 50 90 50 90 C. albicans 0,023 >32 0,38 >32 1,0 >256 0,125 >32 1,0 >32 C. parapsilosis 0,032 >32 0,064 >32 1,0 4,0 0,25 >32 >32 >32 C, tropicalis 1,5 >32 >32 >32 4,0 >256 1,5 3,0 2,0 >32 C. glabrata 1,0 >32 >32 >32 >256 >256 0,75 >32 1,5 6,0

Porcentagem de amostras sensíveis segundo os critérios do NCCLS Espécies de Candida (N ) Antifúngicos n(%) 5FC KZ FZ IZ AB C. albicans (17) 19(74) 20(74) 23(81) 19(70) 20(74) C. parapsilosis (13) 6(46) 9(69) 12(92) 8(62) 6(46) C. tropicalis (14) 7(50) 4(29) 11(79) 4(29) 5(36) C. glabrata (6) 5(83) 1(17) 2(33) 1(17) 4(67) Total (60) 37(62) 34(57) 48(80) 32(53) 35(58)

HOSPITAL IV: HOSPITAL PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO, RJ

Perfil de sensibilidade frente a antifúngicos de leveduras isoladas em Hospital Público do Rio de Janeiro, RJ - Fungemia Espécies de Candida (n=40) Droga Antifúngica (%) 5-Fc Ke Fl Itra AB C. albicans (13) * - 8 25 17 58 C. parapsilosis (15) 0 53 33 13 13 C. tropicalis (04) 0 25 0 25 50 C. guilliermondii (05) 0 60 20 0 0 C. famata (02) 0 0 0 0 0 C. lusitaniae (01) 0 0 0 0 0 Teste de difusão em ágar perfil de sensibilidade segundo fabricante (CECON) Prof. Dr. Francisco de Assis Baroni UFRRJ Mestrando Geraldo Oliveira - UFRRJ

ANTIFÚNGICOS ESTUDADOS Polienicos AnfotericinaB* Nistatina Fluorocitosina* Azólicos IMIDAZÓLICOS Cetoconazol* Miconazol TRIAZÓLICOS] Fluconazol* Itraconazol*

NOVOS ANTIFÚNGICOS TRIAZÓLICOS VORICONAZOL*; POSOCONAZOL; RAVUCONAZOL CASPOFUNGINA. (único que age na parede)

Perfil de Sensibilidade de 300 Amostras Hospitalares de Leveduras, São Paulo-SP

PORTANTO... Faz-se necessário estabelecer e padronizar testes de sensibilidade antifúngica in vitro, factíveis, na tentativa de controlar as infecções fúngicas nosocomiais e minimizar o risco da emergência de resistência a antifúngicos; Diagnóstico adequado (casuística subestimada) Necessidade de realizar estudos de correlação dos resultados in vitro e in vivo ; Pesquisa de novos fármacos: Realização de simpósios e afins, sobre o tema, reunindo os vários grupos de pesquisadores brasileiros.