SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL Lei Maria da Penha Professor: Rodrigo J. Capobianco
Lei 11.340/06 Protege a mulher a violência doméstica e familiar
A violência doméstica não é somente a violência física
A violência doméstica não é somente a violência física Abrange qualquer agressão (ação ou omissão) que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no lar
A violência doméstica não é só causada pelo convívio doméstico atual
Competência (subdividida)
Competência (subdividida) - cível (foro de opção: lugar do fato, domicilio do réu ou domicílio da vítima)
Competência (subdividida) - cível (foro de opção: lugar do fato, domicilio do réu ou domicílio da vítima) - criminal (regras do processo penal)
Medidas Protetivas de Urgência - grande inovação da lei -
Essas medidas, de caráter emergencial, podem ser determinadas pela Autoridade Judiciária, independentemente da oitiva do Ministério Público, a pedido da ofendida ou a pedido do próprio Ministério Público.
Se descumpridas, em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.
Note-se, também, que essas medidas serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo, se necessário, ou aplicadas novas medidas.
As medidas protetivas de urgência podem obrigar o agressor ou ser direcionadas para a ofendida.
São medidas que obrigam o ofensor:
- suspensão da posse ou restrição do porte de armas; - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
- proibição de determinadas condutas, como aproximar-se da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; manter contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; freqüentar determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
- restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores; - prestação de alimentos provisionais ou provisórios; - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;
- proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
- prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
São medidas destinadas à ofendida:
- encaminhamento a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
- recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; - afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; - separação de corpos.
Retratação: Possível (art. 16)
Pena alternativa - possível com ressalva (art. 17) - impossível (Súmula 588 do STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos
* Impossibilidade de aplicação da Lei 9.099/95 (art. 41)
* Impossibilidade de aplicação do princípio da insignificância: Súmula 589 - STJ É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas
Questões gerais de Direito Penal e de Processo Penal Prática fim