PALAVRAS CHAVE : Densidade da massa de forragem, forragem acumulada, massa de forragem, taxa de acúmulo.

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AVALIAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DO CAPIM TANZÂNIA QUANDO ADUBADO COM NITROGÊNIO, SOB AS FORMAS DE NITRATO DE AMÔNIO, DE SULFATO DE AMÔNIO E DE URÉIA 1. ADILSON DE PAULA ALMEIDA AGUIAR 2, LUIS CÉSAR DIAS DRUMOND 3, CRISTIANO DIMAS DE ALMEIDA 3, JESUS EMILIO T. RIOBUENO; JORGE ERNESTO ESCALANTE APONTE3, MARCOS APARECIDO CAETANO 3 1 Projeto financiado pela FUNDAGRI, Fundação para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias. Av. Tutunas, n. 720, Bairro Tutunas, Uberaba, MG, CEP 38 061. 500, telefone 0XX34 3 318-4188. E-mail fazu@fazu.br 2 Professor de Pastagens e Plantas Forrageiras I, Zootecnia I e III (Bovinocultura de Corte e Leite) da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba) e Prof. de Agrostologia da UNIUBE (Universidade de Uberaba) em Uberaba, MG. E-mail adilson@consupec.com.br 3 Alunos do curso de Zootecnia da FAZU. Av. Tutunas, n. 720, Bairro Tutunas, Uberaba, MG, CEP 38 061. 500, telefone 0XX34 3 318-4188. E-mail fazu@fazu.br RESUMO A deficiência de nitrogênio (n) nas pastagens pode causar grandes prejuízos na pecuária, por isso se torna cada vez mais importante o conhecimento sobre a aplicação deste nutriente via adubo, com a intenção de termos um melhor aproveitamento do N aplicado para a produção de forragem. O objetivo deste trabalho foi avaliar alguns parâmetros de crescimento e produção de forragem com diferentes fontes de nitrogênio. As alturas do relvado no pré-pastejo foi de 81,81 cm e a no pós-pastejo foi de 31,03 cm, para a média da massa de forragem no pré-pastejo foi de 7.024,19 Kg de MS/ha e a no pós-pastejo foi de 1.996,00 Kg de MS/ha, a densidade da massa de forragem média foi de 92,79 de MS/ha/cm, a taxa de expansão média foi de 1,31 (cm/dia), a taxa de acúmulo de forragem média foi de 129,86 kg MS/ha/dia, a forragem acumulada média no ciclo de pastejo foi de 5.779,79 kg MS/ha/CP, a forragem acumulada média no período foi de 23.119,17 kg MS/ha/Período, a forragem acumulada não apresentou diferença significativa quando comparadas as fontes amoniacais com a uréia e foi significamente maior quando comparadas as fontes amoniacais com a testemunha. PALAVRAS CHAVE : Densidade da massa de forragem, forragem acumulada, massa de forragem, taxa de acúmulo. EVALUATION OF SOME PARAMETERS OF GROWTH AND PRODUCTION OF TANZÂNIA GRASS WHEN FERTILIZED WITH NITROGEN UNDER THE SOURCES OF AMONIUM NITRATE, AMONIUM SULPHATE AND UREA. ABSTRACT The nitrogen (n) defficiency on pastures can cause great damages for the livestock, therfore it is very important the knowledge about the application of that nutrient by fertilization. To get a better utilization of the N apllied for the production of forage. The objective of this work was to evaluate some parameters of growth and production on a pasture of Tanzânia grass hith different sources of N. The heights of the dossel were 81,81 cm and 31,03 cm before and after grazing, respectively; the average of herbage mass were 7.024,19 Kg of DM/ha and 1.996 Kg of DM/ha before and after grazing, respectively, the average of herbage mass bulk density was 92,79 Kg of DM/ha/cm; the expansion rate was 1,31 cm/day; the average of acumulated rate was 129,86 Kg of

DM/ha/day; the accumulated mass during grazing cycle was 5.779,79 Kg of DM/ha; the accumulated mass during the experimental was of 23.119,17 Kg of DM/ha. The accumulated mass and the accumulated rate there were not significant difference among the sources of N evaluated, but was signifatively different compared to the witness. KEYWORDS: Accumulated mass, Accumulated rate, Bulk density of herbage mass, Herbage mass. INTRODUÇÃO A deficiência de nitrogênio (N) tem sido apontada como a principal causa para a redução da produtividade e degradação das pastagens. Isto ocorre em pastagens que não recebem adubação nitrogenada ou que recebem em baixos níveis. É comum ter recomendações de 40 a 80 kg de N /ha/ano, como sendo as doses mais econômicas já que o conceito é de que aplicar N nas pastagens não é economicamente viável, mas a resposta das plantas forrageiras tropicais ao N é alta e linear até 400-600 kg de N /ha/ano (CORSI et al., 2000). A eficiência de conversão do N-fertilizante em forragem, em pastagens de gramínea tropical pode ser muito ampla podendo ser de 10 a 90 Kg MS/Kg N aplicado (FAVORETTO et al., 2001). As diferenças nos níveis de perda de N entre fontes amoniacais e a uréia vêm sendo motivo de muita discussão sobre as vantagens de cada uma e objeto de estudo de alguns pesquisadores. Este trabalho tem por objetivo avaliar alguns parâmetros de crescimento e de produção em pastagem intensiva de Panicum maximum Jacq cultivar Tanzânia, com diferentes fontes de nitrogênio. MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi conduzido na fazenda escola das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU-FUNDAGRI), no município de Uberaba, MG, em altitude de 780 m; 19 0 44 de latitude Sul e 47 0 57 de longitude Oeste de Greenwich. As normais climatológicas obtidas do INEMET-EPAMIG, Estação Experimental Getulio Vargas são as seguintes: precipitação de 1.589,4 mm, evapotranspiração de 1.046 mm e temperatura média anual de 21,9 graus. O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico que apresentou os seguintes valores: matéria orgânica (MO), 1,8 dag/kg; fósforo, 6,0 mg/dm3; ph água 6,4; potássio (K), 141 mg/dm3 ; cálcio (Ca), 2,5 kcl cmolc/dm3, magnésio (Mg), 0,77 cmolc/dm3; capacidade de troca de cátions (CTC), 5,5 cmolc/dm3; saturação por bases (V%), 65. O histórico da adubação média aplicada por ano na área foi de 380 kg/ha de nitrogênio, 63 kg/ha de fósforo P2O5, 185 kg/ha de potássio K2O e 53 kg/ha de enxofre. As doses de calcário foram calculadas com 80 % de saturação por bases. As adubações foram planejadas para alcançar 7 UA/ha na primavera-verão e 2 UA/ha no outonoinverno. A área experimental foi de 0,333ha de capim-tanzânia manejado sob lotação rotacionada. Esta área foi dividida em 12 parcelas experimentais, onde temos quatro tratamentos com três repetições. Os tratamentos foram os seguintes: T= Testemunha, NAM=Nitrato de amônio, SAM= Sulfato de amônio e UR= Uréia. Todos os tratamentos a exceção da testemunha receberam a mesma quantidade de adubação nitrogenada só que com fontes diferentes, a adubação com os outros nutrientes foi à mesma para todos os tratamentos e equivalente a 50 Kg de N/ha/parcela. NAM = 4,27 kg/parcela SAM= 6 kg/parcela UR = 2,94 kg/parcela T = 0 kg/parcela

Á divisão do piquete em parcelas foi feita através de cordões amarrados nas estacas já fincadas na medida correta com 222,2 m2 por parcela. Para a coleta de dados das variáveis foi usada a técnica direta do quadrado e a técnica indireta de medição de forragem seguindo os seguintes procedimentos: lançamento da moldura ao acaso em um ponto de cada parcela antes de cada pastejo; cortando forragem em um ponto ao acaso por parcela, anotando o peso e medindo 10 alturas nesta unidade, obtendo assim 3 pesos e 36 medidas de altura, para cada tratamento. Após a saída do gado deste mesmo piquete, novamente foi feita a coleta de forragem e medidas as alturas pós-pastejo para obter a forragem acumulada por ciclo. Á coleta de dados foi feita no período de março a dezembro do ano de 2004. Estes procedimentos e estas definições foram adotados conforme PEDREIRA (2002) para a técnica direta de medição da produção da pastagem. Os parâmetros avaliados foram Altura do Relvado Pré-Pastejo (ARPRE), Altura do Relvado Pós-Pastejo (ARPOS), Massa de Forragem Pré-Pastejo (MFPRE), Massa de Forragem Pós-Pastejo (MFPOP), Densidade da Massa de Forragem (DMF), Taxa de Expansão do Relvado (TER), Taxa de Acúmulo da Forragem (TAF), Forragem Acumulada (FA), no ciclo de pastejo (CP) e no Período. A análise estatística foi realizada utilizando o delineamento inteiramente casualizado (DIC) pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO No período de avaliação observamos que as ARPRE não apresentaram diferença significativa entre as fontes amoniacais, mas a uréia apresentou uma maior altura diferindo estatisticamente da testemunha e das fontes amoniacais. A MFPRE não apresentou diferença significativa quando comparada entre as fontes amoniacais e a uréia, mas apresentou diferença significativa quando comparadas a testemunha. Estes resultados corroboram com os trabalhos de MARTHA JR (1999) e CORRÊA et al (2002). Os valores encontrados para a densidade da massa de forragem não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos. Quando analisado o quesito MFPOS e ARPOS não diferiram estatisticamente mostrando que os tratamentos tiveram um pastejo uniforme e que todos os tratamentos tiveram a mesma chance de mostrar o seu potencial. A TE também não apresentou diferença estatística em nenhum dos tratamentos. A TA não apresentou diferença significativa entre as fontes amoniacais e a uréia só apresentando diferença quando comparadas com a testemunha. RESTLE et al (1997) observaram que não houve diferença para as determinações relacionadas com o valor nutritivo da forragem, proteína bruta e digestibilidade. Para as determinações taxa de acúmulo e produção de MS, houve até mesmo uma tendência de maiores valores para o tratamento com uréia. Para as variáveis FA/CP E FA/Período considerados os parâmetros mais importantes, não apresentaram diferença significativa entre as fontes amoniacais e a uréia, mas foram significativamente maiores que a testemunha. Apesar da expectativa de elevada perda do N-uréia, a produção de forragem não tem diferido, substancialmente, entre plantas adubadas com fontes nítricas, amoniacais ou amídicas (uréia). Na média de 12 experimentos com gramíneas forrageiras tropicais, delineados para avaliar a eficiência de adubações com uréia na produção de forragem em relação a adubações com nitrato ou com sulfato de amônio, observou-se que o uso de uréia determinou a produção de forragem equivalente a 88% daquelas observadas com o uso de sulfato ou nitrato de amônio. Esses resultados parecem ser conseqüência da capacidade do sistema de tamponar o suprimento de N para a planta forrageira no curto prazo (MARTHA JUNIOR et al. 2004).

CONCLUSÕES Dependendo do preço do kg de N colocado na propriedade, ainda compensa aplicar a uréia. Por isso se torna essencial que este trabalho continue por mais tempo para podermos quantificar até quando esse efeito tampão do solo pode durar. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CORSI, M. et al., Tendências e perspectivas da produção de bovinos sob pastejo. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM. 17 (PEIXOTO, A M., PEDEREIRA, C. G. S., MOURA, J.C. de, FARIA, V. P. de. Piracicaba, 2000. Anais... Piracicaba: FEALQ, 2000. 390 p. (Apostila). 2. FAVORETTO, V. et al. Efeito do nitrogênio na produção e composição bromatológica do capim colonião e seus aspectos econômicos. Científica, V.16, P.71-78, 1988. 3. CORRÊA, L. A. et al. Produção de matéria seca de capim marandú (Brachiaria brizantha) em resposta à duas fontes de adubo nitrogenado. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 39. Recife, 2002. Anais... Recife: SBZ, 2002. 1 CD-ROM. 4. MARTHA JUNIOR et al. Fertilidade do solo para pastagens produivas In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGENS PRODUTIVAS. 21., Piracicaba, 2004. Anais... Piracicaba: FEALQ, 2004. 480p. p. 155-215. 5. PEDREIRA, C. G. S.. Avanços metodológicos na avaliação de pastagens. In: SIMPOSIO DE FORRAGICULTURA NA REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA. 39., Recife. Anais... BATISTA et al., (Ed.). Recife: SBZ, 2002. 566 p. p. 100-150. 6. RESTLE, J., SOARES, A. B., ROSO, C. Dinâmica de uma pastagem de aveia preta (Avena strigosa)e azevém (Lolium multiflorum) submetida a fontes de nitrogênio. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34. Juiz de Fora, 1997. Anais... Juiz de Fora: SBZ, 1997. 369p. p. 179-181.

Tabela 1. Características de crescimento e produção do capim Tanzânia adubado com nitrogênio, sob as formas de nitrato de amônio, de sulfato de amônio e de uréia. PARÂMETROS TESTEMUNHA URÉIA SULFATO DE AMONIO NITRATO DE AMONIO MÉDIA 1 ARPRE (cm) 74,63b 89,00a 83,43ab 80,20ab 81,81 14,47 2 MFPRE (t 7.958, 5.377,17b MS/há) 19a 7.855,50a 6.905,90ab 7.024,19 27,02 3 DMF (kg MS/há/cm) 81,29a 95,40a 101,81a 92,68a 92,79 24,12 4 ARPOS (cm) 32,27a 32,42a 29,87a 29,58a 31,03 36,46 5 MFPOS (t 2.150,77a 2.092, MS/há) 58a 1.767,42a 1.973,23a 1.996,00 45,25 6 TER (cm/dia) 1,09a 1,44a 1,41a 1,30a 1,31 28,88 7 FA/CP (t MS/ha) 8 TAF (kg MS/há/dia) 9 FA/PERÍODO (kg MS/há) 3.783,14b 85,72b 15.132,57b 6.652, 88a 149,63 a 26.611,54a CV % 6.942,69a 5.740,45a 5.779,79 27,21 156,57a 127,53a 129,86 27,48 27.770,80a 22.961,80a Médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade 23.119,1 7 1 ARPRE: Altura do Relvado no Pré-Pastejo; 2 MFPRE: Massa de Forragem no Pré-Pastejo; 3 DMF: Densidade da Massa de Forragem; 4 ARPOS: Alturado Relvado no Pós -Pastejo; 5 MFPOS: Massa de Forragem no Pós - Pastejo; 6 TER: Taxa de Expansão do Relvado; 7 FA/CP: Forragem Acúmulada no; Ciclo de Pastejo; 8 TAF: Taxa de Acúmulo de Forragem; 9 FA/PERÍODO: Forragem Acúmulada no Período. 27,21