QUANTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE DESMATAMENTO NO ESTADO DO TOCANTINSS DURANTE O PERÍODO DE 1995 A 2000

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Transcrição:

QUANTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE DESMATAMENTO NO ESTADO DO TOCANTINSS DURANTE O PERÍODO DE 1995 A 2000 Nome dos autores: Mário do Nascimento Teles Ritter¹; Marcos Giongo² 1 Aluno do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; e-mail: mariotelesritter@gmail.com PIBIC/CNPq 2 Orientador(a) do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; e-mail: giongo@uft.edu.br RESUMO A maior parte das bacias hidrográficas brasileira possui as suas nascentes no Bioma Cerrado sendo também o principal responsável pela reposição das águas do aquífero Guarani. A supressão da vegetação nativa nesta região prejudica os recursos hídricos do Bioma Cerrado e pode também afetar outras bacias. O Bioma Cerrado já possui metade da sua área transformada em pastagem e culturas anuais. Este trabalho teve como objetivo verificar o desmatamento e a regeneração natural na região do Estado do Tocantins que corresponde a cena 222/068, durante o período de 1995 a 2000 para que se possa saber a evolução do desmatamento na região. Foi feito a classificação da área desmatada no Estado do Tocantins utilizando imagens do satélite LandSat na área que fica dentro da orbita 222/068 nos anos de 1995 e 2000, o método de classificação foi o supervisionado utilizando o algoritmo Bhattacharya. Entre os anos de 1995 e 2000 a área desmatada foi de 4,65% e sua maior parte ocorreu em solos do tipo Latossolos e o solo que teve a sua maior área desmatada foi o Argissolos.A área de regeneração natural foi de 1,56% e o Latossolos foi o que obteve a maior taxa de regeneração tanto em área total como em percentual de área da classe. Palavras-chave: bhattacharya; classificação supervisionada; landsat INTRODUÇÃO O Cerrado brasileiro exerce vários serviços ambientais de extrema importância entre eles os citados por DURIGAN (2010) em que 8 das 12 principais bacias hidrográficas Página 1

brasileiras possuem nascentes no cerrado além de ser a principal local de reposição das águas subterrâneas do aquífero Guarani. KLINK e MACHADO (2005) citam que a metade da área original do cerrado foi transformada em áreas de pastagens com gramíneas de origem africana, culturas anuais como a soja e outras atividades. Este trabalho teve como objetivo verificar o desmatamento e a regeneração natural na região do Estado do Tocantins que corresponde a cena 222/068, durante o período de 1995 a 2000 para que se possa saber a evolução do desmatamento na região. MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo A área de estudo abrange a cena Landsat 5 222/068, no qual são presentes áreas do os Bioma Cerrado em sua totalizadade. O período avaliado foi de 1995 a 2000 para o mapeamento do desmatamento. Procedimentos O satélite utilizado para o monitoramento será o Satélite LandSat 5. O landsat 5 utiliza o sensor TM que possui uma resolução espacial 30x30m, tomando como referência as bandas 4(região do infra-vermelho próximo), 3(região do vermelho) e 2 (região do verde), as quais possuem um intervalo espectral de: 0,76-0,90 µm; 0,63-0,69 µm; e 0,52 a 0,60 µm, respectivamente. As imagens serão adquiridas de dois períodos diferentes, 1995 e 2000, na orbita 226-068 no site http://earthexplorer.usgs.gov da USGS (Sociedade de Geologia dos Estados Unidos). As imagens de satélite foram georreferenciadas utilizado à base de dados das imagens disponibilizadas pela SEPLAN-TO. Para o delineamento da área desmatada foi utilizado o software Spring 5.2.6. Nele foi realizado a segmentação das imagens utilizando 5 de segmentação e 12 pixel de área mínima. Após isso foram realizados os procedimentos de classificação supervisionada, utilizando o algoritmo Bhattacharya. O treinamento do algoritmo foi realizado selecionando e classificando as partes segmentadas dentro das classes desejadas, com a utilização da composição 4R3G2B e ajuste do contraste para melhor visualização. Após a classificação, o mesmo foi convertido em um arquivo raster e sequencialmente em um arquivo vetorial. Sequencialmente foram extraídas somentes as áreas Página 2

pertencentes a da cena e por último os vetores originados da classificação foram cruzados com os vetores da pedologia conforme a Tabela 1. Após o processamento dos arquivos vetoriais eles foram exportados em DBF e convertido para documento do BrOffice, para a quantificação das áreas por classe de pedologia. Tabela 1 - Classes de solo e sua quantificação na cena 222-068 Classe Área (ha) % Argissolos 431.006,21 13,52 Cambissolos 45.161,02 1,42 Gleissolos 63.347,47 1,99 Latossolos 1.306.037,53 40,97 Neossolos 225.259,87 7,07 Plintossolos 1.084.208,50 34,01 Sem Classe 32.670,94 1,02 Total 3.187.691,54 100 SEPLAN-TO RESULTADOS E DISCUSSÃO A figura 1 mostra o mapa das áreas que foram desmatadas e as áreas que estão em regeneração no período entre 1995 e 2000. O desmatamento no período de 1995 a 2000 foi de 148.218,59 ha, 4,65% da área total estudada, com um ritmo de 0,93% ao ano. Sendo que a proporção do desmatamento em relação a pedologia foi conforme a quantidade da classe de solos. A maior parte do desmatamento foram nas seguintes classes: Latossolos, Plintossolos e Argissolos, que respectivamente são as classes de solo em maior quantidade de área, conforme mostrado na Tabela 2. Tabela 2 - Desmatamento da cobertura vegetal natural no período de 1995-2000 Classe de Solo Área Desmatada (ha) % da Classe % Total da Área Argissolos 28.042,06 6,51 0,88 Cambissolos 2.200,71 4,87 0,07 Gleissolos 204,18 0,32 0,01 Latossolos 67.534,49 5,17 2,12 Neossolos 5.331,65 2,37 0,17 Plintossolos 44.905,5 4,14 1,41 Total 148.218,59 4,66 Página 3

Figura 1 -: Mapa das áreas desmatadas e da regeneração no período de 1995 a 2000 Conforme a Tabela 3, a regeneração da cobertura ocorreu também conforme a área das classes de solos. As classes de solos que tiveram a maior regeneração da cobertura foram: Latossolo, Plintossolo e Argissolo que respectivamente são as classes de solos que tem a maior quantidade na área de estudo. A regeneração da cobertura vegetal no período de 1995 a 2000 foi de 49.882,98ha, 1,56 % da área estudada, isso representa uma taxa de 0,31% ao ano. Página 4

Tabela 3 - Área em regeneração da cobertura vegetal no período de 1995-2000 Classe de Solo Área em Regeneração (ha) % da Classe % Total de Área Argissolos 4.787,33 1,11 0,15 Cambissolos 566,65 1,25 0,02 Gleissolos 57,03 0,09 0,002 Latossolos 24.314,56 1,86 0,76 Neossolos 939,10 0,42 0,03 Plintossolos 19.218,31 1,77 0,60 Total 49.882,98 % 1,56 Com os dados das Tabelas 2 e 3 foi visto que não existe relação entre o desmatamento e a regeneração da cobertura vegetal com o tipo da classe do solo. Isso mostra que esses dois casos independem da qualidade do solo. As vezes fatores como proximidade da sede do município e qualidades das estradas são fatores levados mais em conta que o tipo de solo. As proximidades da sede dos municípios são atrativas porque facilitam muito a encontrar mão de obra e serviços prestados como lojas agropecuárias, hospitais, escolas e locais de lazer e de encontro com outras pessoas. Já as estradas melhoram a logística e faz com que os custos dos insumos sejam menores e o custo de escoamento da produção também, isso faz com que aumenta a margem de lucro do produtor. LITERATURA CITADA DURIGAN, G. Cerrado: O Trade-Off Entre a Conservação e o Desenvolvimento. Parcerias Estratégicas, v. 15, n. 31, p. 243-250, jul-dez 2010. KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. A Conservação do Cerrado Brasileiro. Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 147-155, Julho 2005. AGRADECIMENTOS O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil. Página 5