25 a 28 de novembro de 2014 Campus de Palmas
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- Laura Pinhal Weber
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1 DINÂMICA DA COBERTURA FLORESTAL E QUANTIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS NA MICRORREGIÃO DE GURUPI, SUL DO TOCANTINS, DE 2000 A Moreliana Nascimento Bastos¹; Marcos Giongo² Nome do Aluno¹; Nome do Orientador² ¹Aluna do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; moreliana_bastos@hotmail.com PIBIC/UFT ²Orientador do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi; giongo@uft.edu.br RESUMO A maior ameaça às florestas e demais formas de vegetação são os incêndios, que constituem uma das mais importantes fontes de danos aos ecossistemas florestais. Fundamental na atenuação desses danos está a eficiência no monitoramento e rapidez na detecção dos eventos, o que permite ações imediatas de combate. Assim, o foco central deste trabalho foi mapear e analisar comparativamente os dados de detecção por satélite de áreas queimadas na microrregião de Gurupi, quantificando a área queimada no período de 2000 a 2011 com os dados de número de ocorrência e área. As imagens foram obtidas através do satélite Landsat TM 5 pertencentes à cena localizada na órbita 222, ponto 68. Os anos de 2003, 2004, 2007 e 2010 apresentaram as maiores ocorrências de incêndios florestais/queimadas, bem como valores de área, tendo o município de do Tocantins como a região com maior área e ocorrência, e o Cerrado como área em que os incêndios ocorreram mais intensamente. Palavras-chave: área queimada; imagens de satélite; Cerrado INTRODUÇÃO O fogo é um dos principais responsáveis por problemas ambientais, econômicos e sociais, a nível global (CARDOSO et al., 2013). Em muitos países a situação tem se agravado devido ao aumento da população, ao acúmulo de material combustível e à incidência cada vez maior de causas humanas, os incendiários (SOARES e SANTOS, 2002). Devido às consequências que as queimadas e incêndios florestais causam ao meio ambiente, torna-se necessário o monitoramento das mesmas, já que as áreas afetadas pelo fogo são de relevante interesse ao meio ambiente. Assim, aliando a aplicação do sensoriamento remoto aos fenômenos naturais, este trabalho teve por objetivo mapear e analisar comparativamente os dados de detecção por satélite Landsat TM 5 de áreas queimadas na microrregião de Gurupi, sul do Tocantins, de modo a
2 quantificar a área queimada neste período, compreendido entre 2000 e 2011, com os dados de número de ocorrência e área. MATERIAL E MÉTODOS A região Centro-Sul do Estado do Tocantins está situada na coordenada central de longitude W e latitude S. Esta área compreende os municípios de Aliança do Tocantins, Brejinho de Nazaré, Gurupi, Ipueiras do Tocantins,, do Tocantins, São Valério da Natividade e Silvanópolis. De acordo com a SEPLAN (2012), o clima predominante nesta região segundo Thornthwaite, é do tipo C2wA a, sendo caracterizado por ser um clima úmido subúmido com moderada deficiência hídrica no inverno. As precipitações pluviométricas na região variam de a mm, e uma temperatura média anual de 26 C. Os solos de maior evidência na região é o latossolo, que segundo a SEPLAN (2012), são solos muito profundos, porosos, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos situados em sua maioria em relevo plano. A vegetação predominante nesta região é o Cerrado, ocorrendo preferencialmente sob clima estacional, com mais de cinco meses secos, e revestindo solos lixiviados e aluminizados (SEPLAN, 2012), apresentando então uma vegetação lenhosa, com caules tortuosos, como aponta o IBGE (2012). Ainda de acordo com a SEPLAN (2012), há em menor expressividade, a região de Floresta Estacional, e mais ao sul da região tem-se a região de tensão ecológica, que se caracteriza pela ocorrência de uma vegetação diferenciada competindo pelo mesmo ambiente fisiográfico, que é o Cerrado. Foram utilizadas imagens multiespectrais do satélite Landsat TM 5 para o desenvolvimento destas atividades. Conforme cita Florenzano (2008), este satélite possui resolução espacial de 30 m, que é a capacidade do sensor de discriminar objetos em função do tamanho destes. Seu sensor TM (Thematic Mapper) com 7 bandas espectrais capta dados na região do visível, infravermelho próximo, infravermelho médio e termal. As imagens adquiridas pertencem à cena localizada na órbita/ponto: 222/068, pertencentes ao ano de 2000 a 2001, com exceção do ano de 2002, pois as imagens não se encontram disponíveis no banco de dados do INPE. As composições das bandas selecionadas para melhor visualização e interpretação das imagens, foram realizadas no software Spring com duas composições de imagens, sendo: 5R4G3B e
3 7R5G2B. Com a utilização destas composições, o processo de identificação das cicatrizes foi facilitado. As queimadas foram identificadas através de suas cicatrizes deixadas pelo fogo, e conforme cita França et al. (2007), primeiro a cicatriz recente é formada por cinzas resultante da combustão da vegetação, que tem a propriedade de absorver a radiação num amplo espectro óptico, que resulta em manchas de coloração roxa escura de fácil identificação devido à composição das bandas 5R4G3B obtidas na região do visível. Logo após, essa cicatriz corresponde ao solo exposto, sem vegetação e cinzas, logo após a vegetação começa a regenerar formando rebrotas sobre o solo diminuindo a refletância espectral, e assim a cicatriz vai desaparecendo de acordo que a temperatura da área vai diminuindo. Com o auxílio do software QGis, os arquivos vetoriais do mesmo ano foram unidos formando apenas um arquivo, sem sobreposição. A variável física de uso do solo fornecida pela SEPLAN foi cruzada com os arquivos vetoriais das cicatrizes de incêndios presentes na região para reunir as informações dos diferentes atributos avaliados com as informações vetoriais das cicatrizes de incêndios florestais. RESULTADOS E DISCUSSÃO A área queimada foi classificada de acordo com cada tipo de uso do solo, como o uso Agropecuário, Campo, Cerrado Sensu Stricto, Cerradão, Floresta Estacional Semidecidual e Matas Ciliares. Com base na tabela 1, observa-se que no ano de 2000 o maior número de queimadas foi registrado no município do, com ocorrências, sendo a maior parte delas no Cerrado, fenômeno que também se repetiu no ano de As queimadas tiveram um aumento bastante expressivo no ano de 2004 com relação a 2003, e o município mais afetado foi São Valério da Natividade, e nos anos posteriores de 2005 a 2011, se destacou quanto ao número de ocorrências de incêndios.
4 Tabela 1: Número de ocorrências de queimadas e incêndios florestais nos municípios avaliados Tipologia São Valério Agropecuária Campo Cerrado* Cerradão F.E. Semidec.** Mata Ciliar Total *Cerrado Sensu Stricto **Floresta Estacional Semidecidual No ano de 2005 e 2006, Brejinho e Ipueiras respectivamente, apresentaram áreas queimadas bastante reduzidas. Já no ano de 2007, a área total queimada foi expressiva, e o município mais atingido foi, obtendo maior número de ocorrências no município com 1.480, e a área queimada correspondendo a ,70 ha (Tabela 2). O ano que apresentou maior quantidade de queimadas foi 2010, sendo que esta área correspondeu a ,34 ha no município de, e com ocorrências de incêndios no município de. De acordo com a tabela 2, pode-se observar que no ano de 2000 o município que se destacou com maior área em incêndios foi São Valério da Natividade, perfazendo o total de ,98 ha de área queimada. No ano de 2001, teve maior número de ocorrências e também área, tendo sido queimados ,10 ha. No ano de 2003, houve um aumento expressivo em, sendo quase o dobro da área queimada em 2001, com 47195,25 ha. As queimadas ocorridas no município de do Tocantins prevaleceram em sua maioria em área de Cerrado seguido de Agropecuária (Tabela 1).
5 Tabela 2: Área em hectares de ocorrência de queimadas e incêndios florestais nos municípios avaliados Tipologia São Valério Gurupi Brejinho de Nazaré Ipueiras Brejinho de Nazaré Agropecuária Campo Roza Cerrado* Cerradão F.E. Semidec.** Mata Ciliar Total LITERATURA CITADA CARDOSO, V. C.; SOUZA, S. A.; BIUDES, M. S.; MACHADO, N. G. Focos de calor na região Centro-Oeste no período de 2006 até In: IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental Salvador BA, Brasil: FLORENZANO, T. G. Os satélites e suas aplicações. Série Especializando. São José dos Campos: SINDCT, FRANÇA, H.; RAMOS-NETO, M.B.; SETZER, A. O fogo no parque nacional das emas. Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Série Biodiversidade. Ministério do Meio Ambiente. Brasília DF, Brasil, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Séries Manuais Técnicos em Geociências, n 1. 2 edição ed. Rio de Janeiro: [s.n.]. p , SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E DA MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA (SEPLAN). Superintendência de Pesquisa e Zoneamento Ecológico- Econômico. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico. Atlas do Tocantins: subsídios ao Planejamento da Gestão Territorial. 6. ed. rev. atua. BORGES, R.S.T.; DIAS, R.R.; SOUSA, P.A.B. (orgs.) Palmas: Seplan, p.80, SOARES, R. V.; SANTOS, J. F. Perfil dos incêndios florestais no Brasil 1994 a v. 32, Revista Árvore. n. 2, p , AGRADECIMENTOS O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT
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