Substância presente na vacina BCG consegue amenizar efeitos da diabetes



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Transcrição:

Correio Braziliense Ciência e Saúde Substância presente na vacina BCG consegue amenizar efeitos da diabetes Bruna Sensêve O segredo para restaurar a produção de insulina em pacientes com diabetes tipo 1, mesmo que temporariamente, pode estar naquela vacina que deixa uma pequena cicatriz nos primeiros anos de vida: a BCG (sigla para Bacillus Calmette-Guérin). Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard (EUA) provaram que essa imunização em humanos, além de proteger contra a tuberculose, consegue matar as células que destroem as produtoras de insulina em pessoas com diabetes tipo 1. A imunização com BCG leva a um processo inflamatório no organismo, originado por uma reação de defesa contra a bactéria Mycobacterium bovis, presente em sua composição. Ela é uma variação bovina da Mycobacterium tuberculosis, causadora da tuberculose, injetada para moldar o sistema imune contra a possível ocorrência da doença infecciosa. Ao mesmo tempo, a vacina desencadeia a produção do fator de necrose tumoral (FNT), uma substância que ajuda a regular o funcionamento do sistema imune. Matéria Completa na edição impressa. O Globo Opinião Boas e más notícias no controle da Aids Relatório da Unaids indica que países de baixa e média renda têm mostrado maior compromisso com programas de combate à doença no mundo EDITORIAL O relatório que a Unaids, o programa das Nações Unidas sobre HIV/aids, divulgou mês passado com a curva da evolução da doença no mundo enseja ao mesmo tempo otimismo e reservas. No primeiro caso, por mostrar avanços no controle da epidemia. São positivos o dado de que, em seis anos, o número de mortes caiu 24% e a previsão de que até 2015 será possível universalizar o tratamento e zerar a transmissão de mãe para filho. No segundo, pela constatação de que ainda é grande o ritmo de novas infecções no planeta. Esmiuçado, o relatório revela um perfil estimulante, especialmente em países de baixa e média renda, onde a epidemia tem produzido quadros mais trágicos. O documento informa que, em 2011, 8 milhões de infectados dessas nações passaram a ter acesso às redes de tratamento. Isso representa um aumento de 1,4 milhão em relação ao ano anterior. 1

Também é bom indicador a informação de que 82 países incrementaram em mais de 50% os investimentos nacionais no controle e prevenção da Aids entre 2006 e 2011. Igualmente aqui, regiões de baixa e média renda (África Subsaariana e os Brics) mostram maior compromisso com o combate à doença, em razão de investimentos nacionais (US$ 8 bilhões) que aumentaram 11% em relação a 2010. Estes números embutem duas conclusões, ambas no terreno das boas notícias. A primeira dá conta de um inquestionável aumento da conscientização universal em relação a uma doença que, mesmo com a descoberta de tratamentos e remédios que prolongam a expectativa de vida, ainda não tem cura. Fica, então, evidente a importância da adoção de políticas de Estado de prevenção e redução de danos, bem como da mudança de comportamento da sociedade. A segunda é que, apesar de a Aids ainda ser um flagelo em diversas regiões do planeta, é possível controlar o ritmo de infecções, a ponto de reduzir sensivelmente tragédias e projetar ainda melhores resultados para um futuro próximo. Mas, em face da dimensão da doença, deve-se ressaltar os avanços sem cair no determinismo de achar que os números conduzem a uma guerra ganha. Para manter a Aids sob controle, ainda há muito o que fazer no campo dos investimentos (por exemplo, aumentar os financiamentos dos países ricos para pesquisas e tratamento, um problema num cenário de crise global) e do comportamento (combater, entre outras coisas, a ignorância, a homofobia e o preconceito em relação às vítimas da doença). No Brasil, que sempre esteve na vanguarda internacional dos programas anti-aids, os números ainda são superlativos, como a morte de 102 mil soropositivos em dez anos, 30 mil novos pacientes em 2011 e a estimativa de que 250 mil brasileiros podem estar infectados sem saber. Não é luta para baixar a guarda. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/boas-mas-noticias-nocontrole-da-aids-5758983#ixzz23qhe03sl 1996-2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. O Globo Saúde Já começamos a ter crianças com alteração de colesterol e triglicerídeos Médica defende que, para evitar a obesidade infantil, o ideal é controlar o peso desde o nascimento A endocrinologista pediátrica Isabel Rey Madeira pesquisa crianças de 2 a 10 anos e diz que o importante é evitar os maus hábitos desde os primeiros meses de vida Agência O Globo / Marcos Tristão 2

Os números da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 12% da população mundial é considerada obesa. No Brasil, são 43,3% obesos e 13% em sobrepeso, segundo análise do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Com tantos alertas, a população já sabe que deve investir num estilo de vida saudável. Mas como negar um biscoito a uma criança gulosa? Pouca gente nega, o que se reflete nas estatísticas da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE: uma em cada três crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos está com o peso acima do recomendado pela OMS e pelo Ministério da Saúde. A endocrinologista pediátrica Isabel Rey Madeira afirma que manter as crianças em forma não é tão difícil quanto parece e ensina como fazer isso. Ela dará uma aula sobre obesidade infantil na 69ª edição do Curso Nestlé de Atualização em Pediatria, esta semana, no Riocentro. Criança pode fazer dieta? Deixar uma criança sem biscoito não é colocá-la em dieta, é uma orientação de alimentação saudável. Enlatados, alimentos processados, produtos dentro de caixas, de frascos, tudo isso leva sal, conservantes, corantes e deve ser evitado. Outra questão é a do alimento hiperpalatável, que tem aquele gosto maravilhoso. Introduzir isso muito cedo na vida de uma criança pode atrapalhar a apreciação de sabores mais suaves, azedos ou amargos. É possível abrir uma exceção para refrigerantes e alimentos industrializados no fim de semana? Se você já trata esse tipo de alimento dessa forma, abrindo uma exceção para o que é tão bom no fim de semana e comendo tudo o que é obrigação durante a semana, é complicado. Nossa cabeça tem que mudar. Quais são os erros dos pais? O erro não deve ser atribuído a ninguém, esta é uma situação da sociedade moderna. Há um excesso de nutrientes, cada vez menos atividades físicas por falta de tempo e espaço, além da má qualidade dos alimentos. Na criança (até 10 anos) a primeira coisa que observamos como fator de risco para doença cardíaca é a obesidade. E já começamos a ter crianças com alteração de colesterol e triglicerídeos; na adolescência há até quadros de pré-diabetes. A partir de que idade é possível identificar o sobrepeso? Desde o nascimento. O cálculo do índice de massa corporal é igual para crianças e adultos? Sim, mas obedece às curvas de crescimento. É importante observar que até os 5 ou 6 meses o bebê não controla a saciedade. Depois de 1 ano a criança já tem esse controle e o apetite também diminui. É importante então respeitar. Se a criança não está 3

com fome, não precisa comer tudo. Claro que tem que observar se ela está saudável, mas se o desenvolvimento estiver bom, tudo bem. É comum nesse momento dar a mamadeira ou o peito, o que não é bom porque a criança já precisa dos outros nutrientes. E até que ponto dá para lutar contra a obesidade na infância se grande parte disso vem da carga genética? A obesidade é um tipo de herança chamada poligênica, na qual há uma influência muito forte do ambiente, ou seja, os genes se expressam de forma diferente por influência do meio ambiente. Por isso é tão importante investir em hábitos saudáveis, que podem modificar de forma positiva essa herança. Há quatro períodos da vida da criança em que a obesidade atrapalha ainda mais porque há multiplicação celular (e, com isso, as células gordurosas em maior quantidade também são multiplicadas): no nascimento, em torno de 6 meses, aos 6 anos e na puberdade. Até que idade é possível reverter um quadro de obesidade? Não há um relógio, mas na infância dá para reverter muita coisa. Oitenta por cento das pessoas que foram obesas na infância serão obesas na fase adulta. E quanto mais tempo se fica obeso, pior. Na minha pesquisa na Uerj avalio em crianças entre 2 e 10 anos os fatores de risco para doenças cardiovasculares. Em 30% das crianças obesas já poderia haver uma classificação de síndrome metabólica, já se encontram duas outras características como alteração na glicose ou até hipertensão. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/ja-comecamos-tercriancas-com-alteracao-de-colesterol-triglicerideos-5763489#ixzz23qi8ddmv 1996-2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. O Estado de São Paulo Saúde CFM recomenda parto em 'ambiente hospitalar' Após veto a parto domiciliar por conselho regional do RJ, entidade nacional dos médicos adota posição sem cumprimento obrigatório LÍGIA FORMENTI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo A polêmica em torno do parto domiciliar ganhou um novo ingrediente. O Conselho Federal de Medicina divulgou ontem um documento endereçado a médicos e à sociedade recomendando que partos sejam feitos em ambiente hospitalar. Para a entidade, a opção é mais segura tanto para a mãe quanto para o bebê. 4

O documento não é de cumprimento obrigatório e tem um tom mais brando quando comparado ao estopim de toda a discussão: uma resolução do Conselho Regional de Medicina do Rio, editada há duas semanas, proibindo a participação de médicos em partos domiciliares e nas equipes de sobreaviso. A medida, suspensa por uma liminar poucos dias depois, numa ação civil pública proposta pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio, provocou uma imediata reação de grupos que defendem o parto humanizado. Passeatas, muitas tendo na linha de frente gestantes, foram feitas em vários pontos do País. Anteontem, o Conselho Nacional de Saúde aprovou um texto com críticas à tentativa de restrição e defesa da liberdade tanto de mulheres quanto de médicos e demais profissionais de saúde para fazer o parto em casa. "Esse documento é mais ponderado, reflete o que nós defendemos", afirmou o secretário de Assistência do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda. Ele lembra que 98% dos partos do País são hospitalares. "Temos de humanizar o atendimento, garantir à gestante analgesia, acompanhante, condições mais adequadas." Entretanto, Miranda acrescenta que em algumas regiões menos abastadas do País há uma tradição do parto domiciliar, que tem de ser respeitada. "O parto com enfermeira obstetriz é legal, reconhecido. Não há razão para que ele não seja feito também", disse. Opção. A presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Márcia Krempel, avalia que a decisão de como o parto deverá ser realizado cabe à mulher. "Essa não é uma decisão irresponsável, tomada na última hora. Há toda uma preparação do ambiente onde o procedimento será feito e da mulher. Também nos preocupamos em garantir a segurança da gestante e da criança." O corregedor do CFM, José Fernando Maia Vinagre, afirmou que a recomendação aos médicos foi baseada em estudos indicando que, no parto domiciliar, há um risco maior de complicações. "O parto é um ato natural, mas há riscos de complicações, que podem ser catastróficas se não houver uma equipe de retaguarda." Vinagre reconhece, no entanto, que, se o pré-natal é feito de forma correta e se o parto contar com equipe de apoio, boa parte dos problemas pode ser evitada. 5