AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS RESOLUÇÃO ANP Nº 18, DE 2.9.2004 - DOU 6.9.2004



Documentos relacionados
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS <!ID > RESOLUÇÃO Nº 15, DE 17 DE JULHO DE 2006

Considerando a necessidade de conferir credibilidade à qualidade do produto, resolve:

RESOLUÇÃO ANP Nº 36, DE DOU

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS RESOLUÇÃO ANP Nº 5, DE DOU

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS RESOLUÇÃO N 46, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2012 (*)

RESOLUÇÃO ANP Nº 36, DE DOU

PORTARIA Nº 309, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001

Nova Regulamentação ANP que Especifica a Qualidade do Etanol Combustível

RESOLUÇÃO SEMA Nº 028/2010

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

PORTARIA Nº 128, DE 28 DE AGOSTO DE Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico ANP nº 3/2001, em anexo, que estabelece a

RESOLUÇÃO ANP Nº 7, DE DOU

PORTARIA N.º 034/2009, de 03 de agosto de 2009

RESOLUÇÃO ANP Nº 57, DE DOU

PORTARIA Nº 104, DE 8 DE JUlHO DE 2002

CERTIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO

Portaria n.º 579, de 1º de novembro de CONSULTA PÚBLICA

CONSULTA PÚBLICA. Art. 3º Informar que as críticas e sugestões a respeito da proposta de texto deverão ser encaminhadas para os seguintes endereços:

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

4 ESCOLHA O BOTIJÃO CERTO 2

Certificado de Qualidade do Etanol

Art. 1º Dar nova redação aos art. 4º e 5º da Portaria Inmetro n.º 105/2012, que passarão a vigorar com a seguinte redação:

Gás Liquefeito de Petróleo. Informações Técnicas

RESOLUÇÃO ANP Nº 19, DE DOU REPUBLICADA DOU REPUBLICADA DOU

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DO TURISMO

INSTRUÇÃO NORMATIVA-TCU Nº 68, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011

DECRETO Nº 4.074, DE 04 DE JANEIRO DE 2002:

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS RESOLUÇÃO ANP Nº 1, DE DOU RETIFICADA DOU 15.4.

LEGISLAÇÃO BÁSICA. Portaria nº 867/89, de 7 de Outubro Determina quais devem ser os parâmetros para caracterizar os gases combustíveis

CONTRATAÇÃO DE TERCEIRIZAÇÃO PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES

CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004.

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE TERCEIRIZAÇÃO PARA PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO ÂMBITO DO MERCOSUL

Portaria n.º 342, de 22 de julho de 2014.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA - INMETRO

DECRETO Nº 134/2013 DE 22 DE ABRIL DE

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS PMQC

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

-0> INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 65, DE 30 DE OUTUBRO DE 2012.

PORTARIA DNC Nº 27, DE DOU

Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil. Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP

RESOLUÇÃO - RDC Nº. 176, DE 21 DE SETEMBRO DE 2006.

QUADRO PADRONIZADO PARA APRESENTAÇÃO DE SUGESTÕES E COMENTÁRIOS

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 11 de dezembro de 2013 [Páginas 76-77]

INSTRUÇÃO NORMATIVA DREI Nº 7, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2013

Portaria n.º 510, de 13 de outubro de 2015.

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS RESOLUÇÃO Nº 15, DE 18 DE MAIO DE 2005

Certificação de Serviço de Inspeção de Recipientes de GLP realizado por Empresas Distribuidoras de GLP

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais.

DECRETO Nº , de 25 de maio de 2001.

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;

PORTARIA Nº 116, DE 5 DE JULHO DE Das Disposições Gerais

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Termo de Referência para Posto de Combustível no Município de Teresina

RIO GRANDE DO SUL CONTROLE INTERNO

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS

SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL PORTARIA SAC Nº 93, DE 6 DE JULHO DE 2012.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS PROJETO DE LEI Nº 576, DE 1999 PARECER REFORMULADO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 008, DE 10 DE JULHO DE 2007 (Publicada no Diário Oficial do Espírito Santo em 11 de julho de 2007)

FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO - DIREITO

Portaria Inmetro nº 528, de 03 de dezembro de 2014.

RESOLUÇÃO - RDC Nº 23, DE 4 DE ABRIL DE 2012

ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO GERAL

Portaria Inmetro nº 480, de 30 de setembro de CONSULTA PÚBLICA

A N E X O RESOLUÇÃO ANP Nº 20, DE DOU Brasília, 04 de abril de Prezado (a) Revendedor (a),

SEÇÃO VII PRODUTOS VEGETAIS, SEUS SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICO, PADRONIZADOS PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

PORTARIA NORMATIVA Nº 2, DE 26 DE JANEIRO DE 2010

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS ORDEM DE SERVIÇO 01/2011

MINUTA DE PROPOSTA DE RESOLUÇÃO ABILUX 05/03/2010

Sistema Integrado de Licenciamento - SIL

DECRETO Nº , DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Parágrafo único. O prazo de validade do CA objeto de pedido de alteração será o mesmo do CA anteriormente concedido.

PLANO BÁSICO LOCAL- PB01

ATO nº 03/2009. Artigo 2º - Para os efeitos deste Ato, são considerados efluentes especiais passíveis de recebimento pelo SAAE:

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moysés Vianna Unidade Central de Controle Interno

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

RESOLUÇÃO RDC ANVISA Nº 345, DE 16 DE DEZEMBRO DE (D.O.U. de 19/12/02)

PORTARIA Nº 126, DE 12 DE MARÇO DE 2014.

Fração. Página 2 de 6

2º Para os veículos leves do ciclo Otto ficam estabelecidos os limites máximos de Co, HC, diluição e velocidade angular do motor do Anexo I.

Instrução Geral de Preenchimento

Versão: 2 Início de Vigência: XX. XX.2006 Instrumento de Aprovação:

RESOLUÇÃO CFN Nº 510/2012

Ministério da Educação GABINETE DO MINISTRO PORTARIA NORMATIVA Nº 6, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014

Instituto do Meio Ambiente ESTADO DE ALAGOAS DOCUMENTAÇÃO PARA POSTOS DE COMBUSTÍVEIS NOVOS

TERMO DE COMPROMISSO ENTIDADE SOCIAL E BANCO DE ALIMENTOS

LICENÇA DE OPERAÇÃO Regularização

Prefeitura Municipal de Castelo Av. Nossa Senhora da Penha, 103 Centro Cep: Castelo/ES Tel.:

Transcrição:

AGÊNCIA NACIONAL O PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS RESOLUÇÃO ANP Nº 18, E 2.9.2004 - OU 6.9.2004 O IRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL O PETRÓLEO - ANP, em exercício, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 139, de 14 de julho de 2004, com base nas disposições da Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997 e na Resolução de iretoria nº 383, de 31 de agosto 2004 e Considerando que cabe à ANP proteger os interesses do consumidor quanto ao preço, à qualidade e à oferta de produtos derivados de petróleo e gás natural. Considerando o déficit do GLP para atender à demanda nacional. Considerando a necessidade de conferir credibilidade à qualidade do produto, resolve: Art. 1º. Estabelecer, através da presente Resolução, as especificações dos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP, de origem nacional ou importada, comercializados pelos diversos agentes econômicos no território nacional, consoante as disposições contidas no Regulamento Técnico ANP nº 2/2004, parte integrante desta Resolução. Parágrafo único. A presente Resolução aplica-se aos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP a serem utilizados para fins industriais, residenciais e comerciais, nas aplicações previstas pela legislação vigente, não se aplicando ao uso dos mesmos como matéria-prima em processos químicos. Art. 2º. Para efeitos desta Resolução os Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP classificam-se em: I - Propano Comercial - mistura de hidrocarbonetos contendo predominantemente propano e/ ou propeno. II - Butano Comercial - mistura de hidrocarbonetos contendo predominantemente butano e/ ou buteno. III - Propano / Butano - mistura de hidrocarbonetos contendo predominantemente, em percentuais variáveis, propano e/ou propeno e butano e/ou buteno. IV - Propano Especial - mistura de hidrocarbonetos contendo no mínimo 90% de propano em volume e no máximo 5% de propeno em volume. Art. 3º. O Produtor e o Importador ficam obrigados a enviar ao istribuidor Certificado de Qualidade, contendo a análise de todas as características, os limites da especificação e os métodos de ensaio empregados, comprovando que o produto atende às especificações constantes do Regulamento Técnico anexo. 1º O Certificado de Qualidade referente à batelada do produto comercializado deverá ser firmado pelo químico responsável pelas análises laboratoriais efetivadas, com indicação legível de seu nome e número de inscrição no órgão de classe, nome do laboratório e deverá ficar à disposição da ANP para qualquer verificação julgada necessária pelo prazo mínimo de 6 (seis) meses a contar da data de comercialização. 2º O Certificado de Qualidade, quando disponibilizado através da Internet, deverá também indicar o nome e o número de inscrição no órgão de classe do responsável técnico pelas análises laboratoriais efetivadas. Art. 4º. A documentação fiscal referente às operações de comercialização e de transferência dos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP realizadas pelo Produtor ou Importador, deverá ser acompanhada de cópia do respectivo Certificado de Qualidade, atestando que o produto comercializado atende às especificações estabelecidas no Regulamento Técnico. Art. 5º. O Produtor e o Importador deverão encaminhar bimestralmente à ANP sumário estatístico bimestral das análises cromatográficas, obtidas pelo método ASTM 2163 - Método de Ensaio para análise de Gases Liquefeitos de Petróleo e Propeno Concentrado por Análise Cromatográfica (Test Method for Analysis of Liquefied Petroleum (LP) Gases and Propene Concentrates by Gas Chromatography), até o 15º (décimo quinto) dia do mês subsequente àquele bimestre a que se referirem os dados, no qual deverão constar:

I - razão social e CNPJ; II - nome da instalação industrial ou do porto de internação; III - número total de análises no bimestre; IV - resultados dos ensaios solicitados, contendo os valores mínimos, máximos, desvio padrão e média ponderada dos teores dos componentes presentes no produto, conforme tabela abaixo. Característica Unidade Máximo Média Ponderada Mínimo esvio Padrão Componente % vol. onde: Componente - componente presente no GLP detectado na cromatografia Mínimo, Máximo - valores mínimos e máximos encontrados nas determinações laboratoriais do bimestre Média Ponderada - média ponderada pelos volumes objeto das análises realizadas no bimestre esvio Padrão - desvio padrão da média 1º Os Produtores e os Importadores deverão submeter à análise os Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP à cada comercialização ou importação, conforme o caso. 2º O sumário estatístico bimestral de que trata o caput deste Artigo deverá ser encaminhado através do endereço eletrônico glpsqp@anp.gov.br ou entregue em disquete de 3,5 polegadas para microcomputadores. Art. 6º. Os Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP serão odorizados pelo Produtor ou Importador, de forma a tornar detectável qualquer vazamento, sempre que sua concentração na atmosfera atingir 20% do limite inferior de inflamabilidade, conforme previsto pela NFPA 58 - Storage and Handling Liquefied Petroleum Gases -National Fire Protection Association (item A.1.3.1). Parágrafo único. A odorização será dispensada quando: I - o produto apresentar um teor de enxofre decorrente do processo de produção que torne detectáveis eventuais vazamentos, de acordo com o caput deste artigo; II - o produto destinar-se a processo industrial incompatível com o uso de odorante, devendo o consumidor solicitar expressamente o recebimento do produto não odorizado, ficando tal solicitação à disposição da ANP para qualquer verificação julgada necessária. Art. 7º. O istribuidor dos Gases Liqüefeitos de Petróleo -GLP deverá emitir o Boletim de Conformidade do produto a ser comercializado, identificado por unidade do istribuidor, elaborado pelo operador de GLP e firmado pelo supervisor ou gerente, contendo no mínimo as seguintes informações dos produtos armazenados nos tanques: I - Identificação do número do tanque e tipo de produto armazenado; II - Medição da massa específica a 20 C; III - Verificação e registro da ausência de água livre. 1º O Boletim de Conformidade deve ser arquivado pelo istribuidor, ficando à disposição da ANP para qualquer verificação julgada necessária pelo prazo de 6 meses a partir da data de comercialização. 2º É da responsabilidade do istribuidor a garantia de rastreabilidade do produto por meio da associação da data e local de envasamento dos recipientes atrelados com o Certificado de Qualidade do produto. 3º Quando do recebimento do produto por poliduto pelo istribuidor, devem ser realizadas adicionalmente àquelas análises previstas no caput deste artigo o ponto de ebulição 95% evaporados e o resíduo 100 ml evaporados a cada bombeio, cabendo para estas análises específicas um acordo entre o produtor e distribuidor quanto à execução das mesmas.

Art. 8º. A mistura propano/butano comercializada em botijão P-13 deve apresentar uma massa específica a 20ºC máxima de 550 Kg/m³ na etapa de distribuição nos municípios cuja média das temperaturas mínimas se encontre abaixo de 10 C, nos meses de junho, julho e agosto, conforme Anexo II. Art. 9º. Os instrumentos laboratoriais utilizados na análise dos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP para a emissão de Certificados de Qualidade e Boletim de Conformidade deverão ser mantidos em perfeito estado de funcionamento, sendo passíveis de fiscalização pela ANP. Art. 10. A ANP poderá, a qualquer tempo e às suas expensas, submeter o Produtor e istribuidor à auditoria de qualidade, a ser executada por entidades certificadoras credenciadas pelo INMETRO, sobre os procedimentos e equipamentos de medição que tenham impacto sobre a qualidade e a confiabilidade dos serviços de que trata esta Resolução Art. 11. O istribuidor de Gases Liqüefeitos de Petróleo -GLP envasilhados fica obrigado a fornecer com o recipiente transportável, a identificação do istribuidor responsável pelo produto, local e data de envasilhamento e informações de segurança sobre o produto, sua utilização e serviço de atendimento ao consumidor. Parágrafo único. O Revendedor deverá afixar em local visível de seu estabelecimento comercial o seguinte aviso: OS BOTIJÕES E GLP À VENA NESTE ESTABELECIMENTO EVEM ESTAR EVIAMENTE LACRAOS, IENTIFICAOS E EVERÃO POSSUIR INFORMAÇÕES RELATIVAS AO PROUTO E SUA UTILIZAÇÃO. Art. 12. Fica determinado que os recipientes transportáveis de Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP envasilhados deverão ser lacrados pelo istribuidor. Art. 13. Fica concedido o prazo de 12 (doze) meses, a partir da publicação da presente Resolução, para que os agentes econômicos se ajustem ao que nela se dispõe apresentando à ANP a cada 3 meses um cronograma de implantação de ações que permitam este ajuste. Art. 14. O não atendimento ao disposto nesta Resolução sujeita o infrator às penalidades previstas na Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, e no ecreto nº 2.953, de 28 de janeiro de 1999. Art. 15. Ficam revogadas a Resolução CNP nº 02, de 07 de janeiro de 1975 e demais disposições em contrário. HAROLO BORGES RORIGUES LIMA ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 2/2004 1. Objetivo Este Regulamento Técnico aplica-se aos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP, de origem nacional ou importada a serem comercializados em território nacional. 2. Normas Aplicáveis A determinação das características dos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP será feita mediante o emprego das Normas Brasileiras (NBR) e Métodos Brasileiros (MB) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou de normas da Sociedade Americana para Testes e Materiais American Society for Testing and Materials (ASTM). Os dados de incerteza, repetitividade e reprodutibilidade fornecidos nos métodos relacionados neste Regulamento devem ser usados somente como guia para aceitação das determinações em duplicata do ensaio e não devem ser considerados como tolerância aplicada aos limites especificados neste Regulamento.

A análise do produto deverá ser realizada em uma amostra representativa do mesmo segundo método ASTM 1265 - Amostragem de Gases Liqüefeitos de Petróleo (Sampling Liquefied Petroleum (LP) Gases). As características constantes da Tabela de Especificação deverão ser determinadas de acordo com a publicação mais recente entre os seguintes métodos de ensaio: 2.1 PRESSÃO E VAPOR A 37,8ºC MÉTOO ASTM 1267 Método de Ensaio para Pressão de Vapor de Gases Liqüefeitos de Petróleo (Test Method for Vapor Pressure of Liquefied Petroleum LP Gases (LP-Gas Method). ASTM 2598 Prática de Cálculo para algumas Propriedades Físicas dos Gases Liqüefeitos de Petróleo a partir da Análise da Composição (Practice for Calculation of Certain Physical Properties of Liquefied Petroleum (LP) Gases from Compositional Analysis) ABNT MB 205 Pressão de Vapor de Gases Liquefeitos de Petróleo 2.2 PONTO E EBULIÇÃO OS 95% EVAPORAOS MÉTOO ASTM 1837 Método de Ensaio para Volatilidade de Gases Liqüefeitos de Petróleo (Test Method for Volatility of Liquefied Petroleum (LP) Gases) ABNT MB 285 Ponto de Ebulição dos 95% Evaporados de GLP 2.3 BUTANO E MAIS PESAOS OU PENTANO E MAIS PESAOS MÉTOO ASTM 2163 Método de Ensaio para Análise de Gases Liqüefeitos de Petróleo e Propeno Concentrados por Cromatografia (Test Method for Analysis of Liquefied Petroleum (LP) Gases and Propene Concentrates by Gas Chromatography) 2.4 RESÍUO 100mL EVAPORAOS MÉTOO

ASTM 2158 Método de Ensaio para Resíduos em Gases Liquefeitos de Petróleo (Test Method for Residues in Liquefied Petroleum (LP) Gases) 2.5 ENXOFRE TOTAL MÉTOO ASTM 2784 Método de Ensaio para Enxofre em Gases Liqüefeitos de Petróleo (Test Method for Sulfur in Liquefied Petroleum Gases (Oxy- Hydrogen Burner or Lamp)) ASTM 3246 Método de Ensaio para Resíduos em Gases Liqüefeitos de Petróleo por Microcoulometria Oxidativa (Test Method for Sulfur in Petroleum Gas by Oxidative Microcoulometry) ASTM 4468 Método de Ensaio para Enxofre Total em Combustíveis Gasosos por Hidrogenólise e Colorimetria Rateométrica (Test Method for Total Sulfur in Gaseous Fuels by Hydrogenolysis and Rateometric Colorimetry) ASTM 5504 Método de Ensaio para eterminação de Componentes de Enxofre para Gás Natural e Gases Combustíveis por Cromatografia Gasosa e Quimioluminescência (Test Method for etermination of Sulfur Compounds in Natural Gas and Gaseous Fuels by Gas Chromatography and Chemiluminescence) ASTM 5623 Método de Ensaio para Componentes de Enxofre em Líquidos Leves de Petróleo por Cromatografia Gasosa e etecção de Enxofre Seletiva (Test Method for Sulfur Compounds in Light Petroleum Liquids by Gas Chromatography and Sulfur Selective etection) MÉTOO ASTM 6667 Método de Ensaio para eterminação de Enxofre Volátil Total em Hidrocarbonetos Gasosos e Gases Liqüefeitos de Petróleo por Fluorescência Ultravioleta (Test Method for etermination of Total Volatile Sulfur in Gaseous Hydrocarbons and Liquefied Petroleum Gases by Ultraviolet Fluorescence) ABNT NBR 6563 Gás Liqüefeito de Petróleo e Produtos Líquidos de Petróleo - eterminação do Teor de Enxofre - Método da Lâmpada 2.6 H2S MÉTOO

ASTM 2420 Método de Ensaio para Sulfeto de Hidrogênio em Gases Liqüefeitos de Petróleo (Test Method for Hydrogen Sulfide in Liquefied Petroleum (LP) Gases (Lead Acetate Method) 2.7 CORROSIVIAE A 37,8ºC MÉTOO ASTM 1838 Método de Ensaio para Corrosividade ao Cobre em Gases Liqüefeitos de Petróleo (Test Method for Copper Strip Corrosion by Liquefied Petroleum (LP) Gases) ABNT MB 281 Método de Ensaio para a determinação da Corrosividade do GLP 2.8 MASSA ESPECÍFICA A 20ºC MÉTOO ASTM 1657 Método de Ensaio para Massa Específica e ensidade Relativa de Hidrocarbonetos Leves por Termohidrômetro de Pressão (Test Method for ensity or Relative ensity of Light Hydrocarbons by Pressure Thermohydrometer) ASTM 2598 Prática de Cálculo para algumas Propriedades Físicas dos Gases Liqüefeitos de Petróleo a partir da Análise da Composição (Practice for Calculation of Certain Physical Properties of Liquefied Petroleum (LP) Gases from Compositional Analysis) MB 903 eterminação de densidade de hidrocarbonetos leves pelo densímetro 2.9 COMPOSIÇÃO MÉTOO ASTM 2163 Método de Ensaio para Análise de Gases Liqüefeitos de Petróleo e Propeno Concentrados por Cromatografia (Test Method for Analysis of Liquefied Petroleum (LP) Gases and Propene. Concentrates by Gas Chromatography) 2.10 UMIAE

MÉTOO ASTM 2713 Método de Ensaio para Umidade de Propano (Test Method for ryness of Propane (Valve Freeze Method) ABNT MB 282 Método de Ensaio para a eterminação de Umidade em Propano 3. ESPECIFICAÇÕES Os Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP, especificados no presente Regulamento Técnico, deverão possuir as características expressas na Tabela I anexa conforme o tipo. Tabela I - Especificações dos Gases Liqüefeitos de Petróleo CARACTERÍSTICA UNIAE PROPANO Comercial BUTANO Comerci al Mistura PROPAN O/ BUTANO PROPANO Especial MÉTOO E ENSAIO ABNT ASTM Pressão de Vapor a 37,8ºC (1), máx. kpa 1430 480 1430 1430 MB 205 1267 2598 Resíduo Volátil Ponto de Ebulição 95% evaporados, ºC -38,3 2,2 2,2-38,3 MB 285 1837 máx. ou: Butanos e mais pesados, máx % vol. 2,5 - - 2,5 2163 Pentanos e mais pesados, máx; % vol. - 2,0 2,0-2163 Resíduo, 100 ml evaporados, máx. Teste da Mancha ml 0,05 Passa (2) 0,05-0,05-0,05 Passa (2) 2158

Enxofre Total, máx. (3) mg/kg 185 140 140 123 NBR 6563 2784 3246 4468 5504 5623 6667 H2S Passa Passa Passa Passa 2420 Corrosividade ao Cobre a 37,8ºC 1 hora, máx 1 1 1 1 MB 281 1838 Massa Específica a 20ºC kg/m³ Anotar Anotar Anotar (4) Anotar MB 903 1657 2598 Propano %vol. 90 (mín) 2163 Propeno %vol. 5 (máx). 2163 Umidade Passa - - Passa MB 282 2713 Água Livre - Ausente Ausente - (5) Odorização 20% LIF (6) (1) Em caso de divergência de resultados prevalece o método da ASTM 1267. (2) O produto não deve originar um anel de óleo persistente quando 0,3ml da mistura de solvente/ resíduo é adicionado em um papel de filtro, em incrementos de 0,1ml e examinado a luz do dia, após 2 min, como descrito no método ASTM 2158.

(3) Os limites de enxofre total incluem os compostos sulfurados usados para fins de odorização. Os métodos ASTM 3246, 4468, 5504, 5623 e 6667 poderão ser utilizados alternativamente e em caso de divergência de resultados, prevalece o método ASTM 2784. (4) Aplica-se à massa específica a 20ºC o limite superior de 550 Kg/m³ na etapa de distribuição de mistura propano/butano envasilhada em botijão P-13 nos municípios cuja média das temperaturas mínimas se encontre abaixo de 10??C, nos meses de junho, julho e agosto, conforme Anexo II. (5) A presença de água livre deve ser determinada por inspeção visual das amostras durante a determinação da massa específica ou por análise cromatográfica. (6) A odorização deve ser realizada de acordo com a NFPA 58 - Armazenagem e Manipulação de Gases Liqüefeitos de Petróleo - Associação Nacional de Proteção ao Fogo ( Storage and Handling Liquefied Petroleum Gases ) (National Fire Protection Association - NFPA) (item A.1.3.1). ANEXO II Municípios onde deve ser distribuída a mistura propano/ butano envasilhado em botijão P-13 com limite superior de massa específica de 550 Kg/m3, a 20 C: RIO GRANE O SUL Bagé Bom Jesus Caxias do Sul Encruzilhada do Sul Iraí Passo Fundo Santa Maria Santa Vitória do Palmar SANTA CATARINA Porto União São Joaquim PARANÁ Castro

Curitiba Foz do Iguaçu Maringá Rio Negro SÃO PAULO Campos do Jordão Itapeva MINAS GERAIS Bambuí Caparaó Machado São Lourenço RIO E JANEIRO Nova Friburgo Fonte: Normais Climatológicos 1961-1990 do INMET (Instituto Nacional de Metereologia)