Caracterização das regiões circumnucleares de galáxias Seyfert 1 versus Seyfert 2 no ultravioleta próximo

Documentos relacionados
Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias de núcleo ativo

3. Classificação de Galáxias

(b) v rot ~ 350 km/s. Sa NGC Supondo movimento circular: Distância do Núcleo (kpc) Sa NGC Sa NGC Sab-Sb NGC 7217 Sb NGC 2590

FIS Lista de Exercícios sobre telescópios Prof. Basílio X. Santiago

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

Outras Galaxias (cap. 16 parte I)

Tipos de galáxias Classificações das elípticas Características gerais Determinação da massa Perfil de brilho Formação e Evolução

Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Via Láctea. Prof. Tibério B. Vale

Cinemática do gás na região circumnuclear de galáxias ativas

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Galáxias. Rogério Riffel.

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Julho de 2013

Grandes estruturas no Universo. Roberto Ortiz EACH/USP

12. Os núcleos ativos de galáxias

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias Ativas. Rogemar A. Riffel

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo

Via Láctea (I) Vera Jatenco IAG/USP.

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00

Universidade Federal do ABC Jessica Gonçalves de Sousa Ensino de Astronomia UFABC Aula: Galáxias II

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Agosto de 2013

Núcleos Ativos de Galáxia. Alberto Rodríguez Ardila Laboratório Nacional de Astrofísica /MCTI & INPE VIII Workshop PG-AST/DAS Abril INPE

Capítulo 3 Resumo. Classificação morfológica de Hubble (Figura 3.2): elípticas (E), espirais (S), lenticulares (S0), irregulares (I).

Astronomia Galáctica Semestre:

Capítulo 16 OUTRAS GALÁXIAS

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva. Departamento de Astronomia - IF-UFRGS

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

ATENÇÃO: auxiliar De forma alguma substituir Capítulo 5 Resumo

TÍTULO: FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ANÁLISES ESTATÍSTICAS DE GALÁXIAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 13 Galáxias Parte II

A UFRGS e o Ano Internacional da Astronomia

Introdução a Astronomia Moderna

O universo das Galáxias. Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe

Astrofísica Geral. Tema 16: Forma da Via Láctea

Introdução à Astrofísica. Lição 27 No reino das Galáxias

As galáxias emitem radiação ao longo do espectro desde altas freqüências (raios gama) até baixas freqüências (ondas de radio).

FSC1057: Introdução à Astrofísica. A Via Láctea. Rogemar A. Riffel

ESTRELAS. Distâncias e Magnitudes

5. Magnitudes das Galáxias

A Matéria Escura. Samuel Jorge Carvalho Ximenes & Carlos Eduardo Aguiar

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel.

Colisões de galáxias. Gastão B. Lima Neto IAG/USP

Introdução a Astronomia Moderna

Matéria Escura no Universo

Galáxias II Formação e Evolução

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

Galáxias: Via Láctea. 1a parte: propriedades gerais. Sandra dos Anjos IAGUSP. Histórico: Modelos da Galáxia

Capítulo 1 Resumo. Trata-se de uma introdução ao estudo da Astronomia Extragaláctica. Seção 1.2 Sumário dos capítulos seguintes.

Laurindo Sobrinho 26 de janeiro de 2013

Polarimetria - Polarização

Pelo uso de filtros é possível identificar em que comprimentos de onda um objeto é mais brilhante que outro

Curso de Extensão Universitária - IAG/USP 13/janeiro/2004 As Ferramentas do Astrônomo

1.1 Historia, Descoberta das Galáxias

Determinação da distância à Pequena Nuvem de Magalhães pela observação de uma estrela cefeida

O Lado Escuro do Universo

Grandezas Físicas Capítulo 1

Universo Competências a atingir no final da unidade

Pesquisa das Fontes B , B , B e B em Rádio, Óptico e Raios X

Outras galáxias (II)

Aglomerados de galáxias

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

Introdução à Astrofísica. Espectroscopia. Rogemar A. Riffel

A S T R O F Í S I C A. E X T R A G A L Á C T I C A 2004 Galáxias: Outras Freqüências - AGNs

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble

Grandes Telescópios e a Obtenção de Imagens Astronômicas

Galáxias. Prof. Miriani G. Pastoriza

A ciência em busca do instante da criação do Universo. Bernardino Coelho da Silva Crédito: ESA

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel

Universidade Federal do ABC Jessica Gonçalves de Sousa Ensino de Astronomia UFABC Aula: Galáxias

5 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

GALÁXIAS ELÍPTICAS E ESFEROIDAIS

Propriedades das Galáxias

Centro galáctico. Diâmetro da Galáxia AL

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 12 Galáxias e Evolução Galáctica

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

Quasares e Matéria Escura

Alimentação do Buraco Negro Supermassivo no Núcleo de Galáxias Ativas

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS2001

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 11 A Via Láctea

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS

Galáxias Ativas e Buracos Negros Supermassivos

A Atmosfera Terrestre: Parte 1

Via Láctea (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

O Lado Escuro do Universo

9. Galáxias Espirais. II. A estrutura espiral

Galáxias. Roberto Ortiz EACH/USP

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

O Elétron como Onda. Difração de Bragg

6. Núcleos Ativos. Graças aos buracos negros supermassivos os núcleos ativos de galáxias estão entre os fenômenos mais energéticos que

Aula 11. A Morte das Estrelas

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

A Escala Astronômica de Distâncias

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias

INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA

Galáxias I Tipos e Classificação

Transcrição:

Caracterização das regiões circumnucleares de galáxias Seyfert 1 versus Seyfert 2 no ultravioleta próximo Patrícia Figueiró Spinelli Orientadora: Thaisa Storchi Bergmann

Introdução NÚCLEOS ATIVOS DE GALÁXIAS (AGNs) Buraco negro acretando matéria: 106-109 M Tipos de AGNs (luminosidade+características do espectro eletromagnetico): Quasares, Seyferts, Rádio Galáxias, LINERs... Seyfert: AGNs de luminosidade intermediária. NGC4258: VLA 1.46 GHz+Chandra+Spitzer 8 m

Introdução Sy1xSy2 Natureza diferente ou orientação diferente? Modelo unificado

Introdução PI: Henrique Schmitt; Projeto 9379 HST/ACS (HRC) no UV: Near ultraviolet imaging of Seyfert galaxies: understanding the starburst-agn connection. 73 galáxias - WFPC2 (F606W) e NICMOS (F160W); Atlas das imagens: Muñoz Marín et al. 2007: PRESENTE TRABALHO Estudo comparativo entre Sy1 e Sy2: Pareamento. Remoção da fonte nuclear não resolvida de Sy1-1.9.

Observações AMOSTRA 28 pares de galáxias: Sy 1-1.9 x Sy 2: Distância, razão axial, tipo morfológico, magnitude B. CONFIGURAÇÃO INSTRUMENTAL DAS OBSERVAÇÕES ACS/HRC; =588 Å; Tempo de exposição: 2 exposições de 600s: total 1200s; F330W: c=3354 Å

Metodologia: Tratamento dos Dados GALÁXIAS Sy1-1.9: Subtração da Point Spread Function (PSF). SOFTWARE: IRAF MRK 6 NGC 3516 NGC 5548

Metodologia: Tratamento dos Dados onde J1: função de Bessel de 1 espécie; D: diâmetro da abertura; f : comprimento focal; : comprimento de onda.

Metodologia: Tratamento dos Dados Subtração da PSF Estrela GD71; PI: John Krist; PROPOSID: 9667 ACS PSF Characterization. MRK 231 PSF de refêrencia Critério para subtração: sinais da cruz da difração; Subtração da PSF de 17 galáxias.

Metodologia: Análise Fotométrica Fotometria ABERTURAS FOTOMÉTRICAS ELÍPTICAS E CONCÊNTRICAS Polyphot: Fotometria em aberturas elípticas (b/a da elipse máxima) aproximadas por poligonais; Aberturas concêntricas com valores de semieixo maior iguais a 100pc, 200pc, 300pc,..., semi-eixo maior da elipse máxima; Programa escrito na liguagem Octave: NGC6951 Vértices das aberturas elípticas; Phot: Fotometria de abertura circular com raio r=9 pixeis.

Resultados: Imagens resultantes emissão difusa! espirais! emissão difusa! espirais! espirais e filamentos!

Resultados: Imagens resultantes emissão disusa, espirais!

Resultados: Imagens resultantes morfologia puntual! nós, espirais! espirais!

Resultados: Imagens resultantes espirais! obscurecimento poeira! obscurecimento poeira!

Resultados: Imagens resultantes espirais! Estruturas nas Sy1-1.9 reveladas após a subtração da PSF; espirais e nós! Emissão estendida.

Resultados: Morfologia Extensão <>=média [ ]=mediana Semi-eixo maior da elipse máxima <asy1>1.98±1.77 kpc [asy1]=1.3 kpc <asy2>=2.05±1.63 kpc [asy2]=1.7 kpc <asy1/asy2>=1.21±1.05 [asy1/asy2]=0.86

Resultados: Morfologia Elipticidade <>=média [ ]=mediana Elipticidade da elipse máxima <esy1>0.32±0.18 [esy1]=0.27 <esy2>=0.28±0.16 [esy2]=0.29 < e>=0.04±0.27 [ e]=-0.02

Resultados: Fotometria Magnitudes Integradas <>=média [ ]=mediana Magnitude entre 200-500pc <M500pc,sy1>-16.90±0.87 [M500pc,sy1]=-16.79 <M500pc,sy2>=-17.01±0.94 [M500pc,sy2]=-16.99 < M500pc>=0.12±1.33 [ M500pc]=0.07

Resultados: Fotometria Magnitudes Integradas <>=média [ ]=mediana Magnitude entre 200-1000pc <M1000pc,sy1>-17.76±0.84 [M1000pc,sy1]=-17.65 <M1000pc,sy2>=-17.76±0.88 [M1000pc,sy2]=-17.75 < M1000pc>=0.00±1.29 [ M1000pc]=0.18

Resultados: Fotometria Magnitudes Integradas <>=média [ ]=mediana Magnitude entre 500-1000pc <M(1000-500)pc,sy1>-18.946±0.90 [M(1000-500)pc,sy1]=-16.98 <M(1000-500)pc,sy2>=-16.87±0.87 [M(1000-500)pc,sy2]=-16.96 < M(1000-500)pc>=-0.06±1.30 [ M(1000-500)pc]=0.31

Conclusões SUBTRAÇÃO DA PSF Estruturas reveladas nas galáxias Sy1-1.9; Média subtração 65%; Sem correlação com propriedades da galáxias hospedeira. MORFOLOGIA Morfologias semelhantes de Sy1-1.9xSy2; Grandes valores de extensão (1-2 kpc); No par não há tendência sistemática de Sy1-1.9 ou Sy2 no par ser mais estendida; No par não há tendência sistemática de Sy1-1.9 ou Sy2 no par ser mais elíptica. FOTOMETRIA Brilho superficial: após a subtração da PSF, no par não há tendência sistemática de Sy1-1.9 ou Sy2 no par ser mais luminosa nas regiões centrais; Brilho superficial médio: semelhantes para Sy1-1.9 e Sy2; Magnitudes integradas: valores para Sy1-1.9 e Sy2 muito similares. Também não há tendência sitemática de Sy1-1.9 ou Sy2 no par ser mais luminoso nas regiões estudadas.