RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL

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Transcrição:

RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 1/9

Índice 1. Introdução... 3 2. Apresentação do Grupo... 3 3. Certificação Florestal... 4 4. Estrutura... 5 5. Planeamento... 5 6. Monitorização... 5 7. Formação, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho... 6 8. As Florestas de Alto Valor de Conservação... 7 9. Responsabilidade social... 9 Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 2/9

1. Introdução O presente documento pretende dar a conhecer ao público o compromisso de uma gestão sustentável e adaptada às necessidades do Grupo de Gestão Florestal da Fruticor. Pretende-se disponibilizar, embora de forma resumida, o plano de gestão nas suas várias componentes, e assim mostrar de que forma pretende o Grupo de Gestão Florestal da Fruticor, garantir e potenciar a sustentabilidade económica dos membros, não esquecendo o compromisso social e ambiental e o respeito pelas normas, princípios e critérios do FSC. O resumo público do Plano de Gestão Florestal coloca à disposição um conjunto de procedimentos e documentos adaptados à realidade do Grupo e que, em conjunto, permitem uma leitura do funcionamento de todo o sistema e do planeamento da gestão florestal de acordo com os Princípios, Critérios e Indicadores do FSC (Forest Stewardship Council). Foi elaborado com o objetivo de ser um instrumento de interação entre a empresa e as demais partes interessadas. 2. Apresentação do Grupo O Grupo certificado Fruticor, conta com 16 unidades de gestão florestal e 11 membros, numa área total de 5.340 hectares, dos quais 3.272 hectares são ocupados por sobreiros, 916 hectares estão afetos a plantações de eucalipto, 83 hectares estão ocupados com pinheiro bravo e 455 hectares com pinheiro manso. A produção de cortiça representa o principal produto florestal da atividade económica dos membros do Grupo, seguido da produção de eucalipto, contando ainda com outros recursos de menor representação, tais como: lenha, pinha e a atividade cinegética. O equilíbrio ambiental é assegurado em cada unidade de gestão florestal, pelo aproveitamento da regeneração natural, gestão dos habitats naturais, proteção da flora e fauna e altos valores de conservação. Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 3/9

HERDADE PROPRIETÁRIO ÁREA TOTAL (HA) ÁREA CERTIFICADA PELO GRUPO DISTRITO CONCELHO Pimpolho Afaprom 224,0000 224,0000 Évora Montemor-o-Novo Vale de Cabecinhas Afaprom 255,4750 255,4750 Portalegre Avis Agolada de Baixo * Agolal 1.243,4000 427,1500 Santarém Coruche Mirante ** Agro Pecuária Mirante e Freires 379,1473 316,6073 Santarém Salvaterra de Magos Montinho ARA 143,5250 143,5250 Évora Mora Charcas Bomsobro 318,7000 318,7000 Évora Mora Caneira Caneicor 464,1850 464,1850 Santarém Coruche Cinzeiro Cimorim 34,1500 34,1500 Santarém Coruche Torre Sul Cimorim 381,1000 381,1000 Santarém Coruche Corunheiro e Alvora Corunhal 648,9750 648,9750 Santarém Coruche Charnequinha CRA 82,8140 82,8140 Santarém Coruche Torre Norte CRA 261,0250 261,0250 Santarém Coruche Malhadas Fruticor 149,0000 149,0000 Évora Montemor-o- Novo Pedreira Fruticor 193,5750 193,5750 Portalegre Avis Serra da Arriça Fruticor 154,4750 154,4750 Évora Montemor-o- Novo Pelados Resiféria 407,2375 407,2375 Santarém Coruche Área total (hectares) 5.340,7838 4.461,9938 Herdades certificadas FSC * A área de 816,2500 hectares da herdade da Agolada de Baixo está sob gestão da Portucel, S.A. (empresa certificada pelo FSC). ** A área de 62,54 hectares da herdade do Mirante está sob gestão da Portucel, S.A. (empresa certificada pelo FSC). Fig.1 Unidades de gestão florestal do Grupo Fruticor. 3. Certificação Florestal A certificação é sinónimo de compromisso de qualidade, de fidelização de clientes e melhoramento da imagem da empresa. A certificação florestal segundo os princípios e critérios do FSC, é uma garantia de que um determinado produto foi produzido e comercializado tendo por base uma gestão florestal responsável, onde são consideradas não só as funções económicas da floresta, mas também as funções ambientais e sociais. Este compromisso de adesão às boas práticas de gestão florestal consistentes com o FSC, ratificado na assinatura da Auto Declaração sobre FSC-POL-01-004, que desde 2005 a Fruticor tem vindo a adotar, tem sido uma vivência muito positiva com claros benefícios para a promoção da biodiversidade e da sustentabilidade da floresta, pelo que este compromisso não faria sentido se não fosse encarado como de longo prazo e de perpetuação no tempo. O logotipo FSC, colocado diretamente nos produtos comercializados e nos documentos de venda, é uma vantagem competitiva no mercado global, com clientes cada vez mais informados e exigentes. Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 4/9

4. Estrutura A estrutura do Grupo Fruticor assenta num modelo em que o gestor do Grupo é a pessoa que estabelece o contacto com a entidade certificadora, e estabelece as diretrizes da equipa técnica para a gestão dos membros. O Grupo Fruticor tem dois tipos de gestão: Grupo I em que a gestão florestal é da responsabilidade dos proprietários membros do Grupo. Esses membros devem assinar um documento de compromisso, onde garantem o cumprimento dos princípios e critérios preconizados pelo FSC, bem como os requisitos estabelecidos no Grupo Fruticor; Grupo II a responsabilidade operacional está a cargo da Fruticor, bem como o planeamento, gestão, monitorização, produção e vendas. 5. Planeamento Todos os membros deverão ter um plano de gestão florestal (PGF), aprovado pelas entidades competentes. Todas as alterações ao PGF, quer decorram de alterações climáticas, ocorrência de incêndios, pragas e doenças, ou outras que afetem a normal previsão as operações, deverão ser comunicadas ao gestor de Grupo. Foram definidos modelos de silvicultura aplicados e adaptados a cada espécie florestal e ao seu ciclo de produção. Estes modelos de silvicultura são disponibilizados aos membros que deverão no entanto ter em consideração, o estado de conservação das espécies florestais, dos solos e condicionantes ambientais. 6. Monitorização O Grupo Fruticor fará visitas de monitorização anuais, de acordo com a norma FSC. Dessas visitas farão parte uma análise documental e visitas de campo (apenas não SLIMF). A dimensão e complexidade de cada UGF determinarão a duração da visita de monitorização. A visita de monitorização é feita com base nos procedimentos estabelecidos no Grupo e a norma nacional FSC. Devem ser planeadas pelo gestor do Grupo e tenderão a coincidir com operações florestais que não tenham sido alvo de controlo na fase de adesão. As diversas operações florestais devem estar previstas no PGF de cada propriedade e qualquer alteração deverá ser comunicada ao Grupo Fruticor. Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 5/9

Prevê-se a realização de 4 visitas de monitorização nas propriedades não SLIMF, e 2 nas propriedades consideradas SLIMF, durante o período de vigência do certificado. Serão enviados aos membros os relatórios de visitas para conhecimento e discussão. 7. Formação, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho É da responsabilidade do gestor do Grupo a comunicação de ações de formação organizadas, que possam interessar aos membros e seus prestadores de serviços. É obrigação dos membros aderentes o conhecimento da legislação relativa a SHST. São ainda obrigações dos membros a inclusão de cláusulas de SHST nos contratos com trabalhadores e prestadores de serviços; manutenção de registos de acidentes de trabalho, avaliação do risco e causas dos acidentes de trabalho, bem como registo de utilização de produtos químicos. A UNAC União da Floresta Mediterrânica, realizou no âmbito do programa AGRO Medida 10 «Serviços Agro-Rurais Especializados», um manual de Normas de Segurança, Higiene e Saúde aplicáveis ao sector florestal, no qual são especificados os riscos mais graves e mais frequentes relacionados com a atividade florestal, bem como as medidas a adotar para a sua prevenção. Este manual faz a compilação de muita informação que se encontrava dispersa em diferentes entidades, e resultou num documento completo, fundamentado e de fácil consulta. Por tudo isto, O Grupo certificado Fruticor, adotou este manual à sua gestão florestal. Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 6/9

8. As Florestas de Alto Valor de Conservação Florestas de Alto Valor de Conservação (FAVC) são definidas pelo Forest Stewardship Council (FSC) como sendo áreas florestais de extrema importância para a humanidade, devido aos seus altos valores ambientais, socioeconómicos, de biodiversidade e paisagísticos. A sua implementação deve ser feita em quatro fases: identificação, consulta, medidas de gestão e monitorização. A identificação de FAVC é feita de acordo com os seguintes atributos (AAVC), baseada em consulta bibliográfica, consulta de técnicos de diferentes áreas e levantamentos de campo que seguem metodologias próprias: AAVC1 AAVC2 AAVC3 AAVC4 AAVC5 AAVC6 Áreas nas quais se encontra uma concentração significativa de valores de biodiversidade global, regional ou nacional (p.e. endemismos, espécies ameaçadas, áreas protegidas) Áreas florestais extensas, ao nível da paisagem, com relevância global, regional ou nacional, onde ocorrem, em padrões naturais de distribuição e abundância, populações viáveis da maioria, ou de todas as espécies (p.e. áreas de montado com presença de aves rapina e outras espécies características) que ocorreriam naturalmente Áreas incluídas ou que contêm ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de extinção (p.e. castinçais da Serra de Monchique, charcos mediterrânicos temporários) Áreas que fornecem serviços ambientais básicos em situações críticas (p.e. proteção de bacias hidrográficas, controlo de erosão e conservação do solo) Áreas essenciais para suprir as necessidades básicas de comunidades locais (p.e. subsistência, saúde) Áreas críticas para a identidade cultural tradicional de comunidades locais (áreas de importância cultural, ecológica, económica ou religiosa, identificadas em conjunto com estas comunidades) Considera-se uma Floresta de Alto Valor de Conservação aquela que cumpre um, ou mais do que um, dos 6 atributos definidos. Foram elaborados levantamentos florísticos e faunísticos, e elaborada cartografia dos habitats naturais e semi-naturais de todas as Unidades de Gestão Florestal que compõem o Grupo certificado Fruticor. De acordo com esse levantamento foram identificados os Altos Valores de Conservação, segundo os atributos definidos pelo FSC. Estas áreas foram cartografadas e definidas medidas de gestão florestal adaptadas à sua presença, de modo a manter ou melhorar o seu estado de conservação. Estas áreas são ainda alvo de monitorização. A área dos membros que integram o Grupo certificado Fruticor é essencialmente de montado dominado por sobreiro (Quercus suber) acompanhado pela azinheira (Quercus rotundifolia) ou pinheiro-manso (Pinus pinea). Este tipo de floresta tipicamente mediterrânica muito rica em biodiversidade e onde estão presentes habitats de elevado valor florístico e de grande importância faunística, como são exemplo as galerias ripícolas. Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 7/9

Para todas as propriedades foram identificados os Habitats naturais presentes, bem como as espécies de flora (elenco florístico) e fauna potencial. Foram ainda definidas medidas de conservação, ou do seu potencial restauro. A Herdade de Vale de Cabecinhas e a Herdade da Pedreira encontram-se ainda integradas na Rede Natura 2000 (Diretiva Habitats (92/43/CEE)). Tipo de AVC Valores presentes UGF AAVC1 AAVC3 Áreas classificadas Espécies e habitats protegidos Endemismos lusitanos Habitats prioritários Área ocupada (ha) % Sítio de Cabeção Vale de Cabecinhas 0 0 Sítio de Cabeção Pedreira 0 0 Arriça e Malhadas 12,57 4,1 Charcas 0 0,0 Charnequinha 0 0,0 Cinzeiro 0 0,0 Corunheiro 0 0,0 Caneira 1,65 0,4 Mirante 0 0,0 Vale de Cabecinhas 12,43 4,9 Montinho 0 0,0 Pedreira 0 0,0 Pelados 0 0,0 Pimpolho 0 0,0 Torre Norte 0 0,0 Torre Sul 21,78 5,7 Mirante 10,8 3 Corunheiro 5,62 1 Pelados 0 0 Pedreira 1,84 1 Montinho 2,87 2 Medidas de gestão As medidas de gestão aplicadas aos valores naturais presentes seguem o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 e dependem do habitat ou espécie presente. De uma maneira geral destacamos as seguintes medidas de gestão: Estabelecimento de práticas silvícolas, agrícolas adequadas a cada tipo de habitat abrangido pela propriedade; Aproveitamento da regeneração natural; Valorização e conservação das galerias ripícolas; Promover a fauna silvestre tendo em conta cadeias alimentares, permitindo o aumento da biodiversidade; Diminuir o risco de incêndio. Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 8/9

9. Responsabilidade social O conceito de responsabilidade social deve ser entendido a dois níveis. O nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar no alcance de seus resultados. O nível externo tem em conta as consequências das ações de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente, o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente. Neste pressuposto, a Fruticor, definiu que a responsabilidade social dos seus membros ao nível interno, será aferida ao nível das partes interessadas, concretamente: colaboradores, clientes, fornecedores, caçadores, organismos públicos, proprietários vizinhos/população local, instituições de solidariedade florestal, prestadores de serviços e associações florestais e outras. Ao nível externo deverão os membros avaliar e monitorizar o impacto das suas operações florestais, no ambiente e pessoas, adaptado à escala, intensidade e diversidade das operações florestais. A atuação responsável é um princípio intrínseco à eco-eficiência de uma empresa, que aos critérios de racionalidade económica e ambiental, deverá integrar os compromissos de responsabilidade social, por forma a atingir o modelo de gestão definido pela Comissão Europeia, e baseado no triple bottom line, também conhecido por 3Ps People, Planet e Profit (pessoas, planeta e lucro). Documento: Resumo público Versão N.º: 00 Data: 26 Jan 2016 Pág 9/9