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Transcrição:

Tema: Como incorporar técnicas t modernas de apoio à comercialização e como o modelo de incubação fomenta o surgimento de empresas de base tecnológica gica Thiago Renault thiagorenault@producao.uff.br

O desbalanço no sistema brasileiro de inovação Aprendemos a transformar dinheiro em conhecimento, mas não aprendemos a transformar conhecimento em rqueza Pesquisa Inovação

Contribuições ds IES para o sistema de inovação Indireta - Formação de RH em áreas estratégicas (Ensino); - Geração de conhecimento em áreas estratégicas (pesquisa); Direta - Formação de empresas e comercialização de tecnologias (promoção do desenvolvimento econômico)

Participação no processo de geração de conhecimento relevante Geração endógena de conhecimento Geração exógena de conhecimento Unidade de Ensino Unidade de Ensino e pesquisa Unidade de Ensino, Pesquisa e empreendedorismo Unidade de Ensino, Pesquisa e consultoria Participação no processo de inovação

As IES Brasileiras (2005) Tipos de IES Federal Universidades 52 Outras IES 45 Totais 97 4,5 milhões de alunos matriculados Estadual 33 42 75 Municipal Total Públicas Lucrativo 5 90 25 54 141 1495 59 231 1.520 18-24 anos de idade: 11% nas IES Não lucrativo 61 353 414 Total Privadas 86 1848 1.934 Total IES 176 1989 2.165 Fonte: INEP (2006) Censo da Educação Superior

A Pós-graduação no Brasil (2003) Lato Sensu Aproximadamente 350 mil alunos matriculados 45% das IES oferecem pósgraduação lato sensu Stricto Sensu - Nº de Programas: 1.819 - Nº de Cursos: 2.861 - Instituições ofertantes: 196-46.648 alunos novos - 25.978 titulados MsC - 8.094 titulados DsC - 112.214 alunos matriculados Fonte: INEP / CAPES (2004)

As IES brasileiras e a produção de novos conhecimentos Instituições que oferecem cursos de PPG stricto sensu no Brasil 7% 7% 6% 29% 51% Somente MSc. 1-3 DSc. 4-9 DSc. 10-25 DSc. + 25 DSc. Fonte: CAPES (2005)

13 16 PÚBLICA/ESTADUAL RJ UERJ 21 16 BA UFBA 20 20 RJ UFF 2 21 PRIVADA RJ PUC-RIO 18 25 PR UFPR 20 26 SC UFSC 15 32 DF UNB 17 34 PE UFPE 5 37 SP UNIFESP 15 46 MG UFMG 7 55 PÚBLICA/ESTADUAL SP UNICAMP 10 55 RS UFRGS 31 66 PÚBLICA/ESTADUAL SP UNESP 16 68 RJ UFRJ 19 201 PÚBLICA/ESTADUAL SP USP MSc MSc e DSc Categoria Administrativa UF SIGLA IES

15 10 PA UFPA 20 10 RN UFRN 12 11 RS UFSM 2 12 MG UFLA 15 12 PB UFPB 4 14 SP UFSCAR 26 14 CE UFC 6 16 MG UFV 7 16 PRIVADA SP PUC/SP 9 16 PRIVADA RS PUC/RS

As IES brasileiras e a formação de RH em áreas estratégicas Distribuição das matrículas no ensino superior brasileiro segundo as grandes áreas do conhecimento (2004) Grandes Áreas Ciências Humanas e Sociais Ciências da Vida Ciências exatas e da terra Ciências Agrícolas Engenharias e Tecnológicas Outras Matrículas % 69 13 4 2 11 1 Pós-graduação stricto sensu: divisão dos programas nas grandes áreas do conhecimento Grandes Áreas Ciências Humanas e Sociais Ciências da Vida Ciências exatas e da terra Ciências Agrícolas Engenharias e Tecnológicas Outras % PPGs SS 31 30 12 11 11 5

As IES brasileiras e a produção de novos conhecimentos

As IES brasileiras e a produção de novos conhecimentos 35000 Formação de recursos humanos MSc e DSc no Brasil (1987-2005) 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 DSc. formados MSc. formados Fonte: CAPES (2006)

As IES brasileiras e a formação de RH em áreas estratégicas 1993 1995 1997 2000 2002 2004 Instituições 99 158 181 224 268 335 Grupos 4.404 7.271 8.632 11.760 15.158 19.470 Pesquisadores (C) 21.541 26.799 34.040 48.781 56.891 77.649 Pesquisadores DSc. (D) 10.994 14.308 18.724 27.662 33.947 47.973 (D)/(C) em % 51,0 53,4 55,0 56,7 59,7 62,0 Tabela 3.3 Evolução dos grupos de pesquisa no Brasil (1993 2004) Fonte: CNPq (2006) Diretório dos Grupos de Pesquisa

As IES brasileiras e a produção de novos conhecimentos Publicações brasileiras em periódicos indexados ISI No Artigos 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 1981 1982 1983 Fonte: MCT 2005. Coordenação-Geral de Indicadores - Ministério da Ciência e Tecnologia No of papers % world scientific production 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2.0 1.8 1.6 1.4 1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 % mundo

As IES brasileiras e a formação de RH em áreas estratégicas Distribuição da produção científica nacional em grandes áreas de conhecimento - ISI (2004) Medicina, Biologia e C. Biomédicas 44,2 Física, Química, Matemática 26,6 Botânica, Ecologia, C. Agrárias 14,6 Egenharias, Coputação e Materiais 9,6 Geociências, Ciências Espaciais 3,6 C. Sociais, Economia Outros 0,4 1,0 Fonte: Indicadores FAPESP 2004

Panorama do movimento de incubadoras no Brasil 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Número de incubadoras em operação no Brasil 1988-2006 377 339 283 183 207 135 150 74 100 27 38 60 2 4 7 10 12 13 19 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Número de incubadoras em operação Fonte: ANPROTEC (2006)

Panorama do movimento de incubadoras no Brasil Classificação das Incubadoras em Operação no Brasil (2004) 18% 4% 2% 1% 1% 19% 55% Tecnoló gica Tradicio nal M ista Coo perativas Cultural A gro industrial So cial Fonte: ANPROTEC 2004

Ativos financeiros Financiamento privado; Financiamento público; Ativos de propriedade intelectual Proteção da propriedade intelectual; Ativos de conhecimento Publicações; Campos de pesquisa; Projetos focados nas demandas dos usuários; Consultoria; Nível de novidade dos resultados das pesquisas; Geração de spin-off de base tecnológica Ativos de capital social Capital social; Ativos organizacionais Tamanho da universidade; Tamanho da unidade acadêmica; Ensino Ativos de trajetória pessoal Experiencia; Senioridade

Atualmente são 92 unidades de transferência de tecnologia que fazem parte do FORTEC - Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia; Em 2003 eram aproximadamente 25.

A maioria dos parques nacionais ainda se encontra em estágio bastante inicial de implantação. A FINEP possui em seu portifólio 25 projetos de parques. Vedovello & Maculan (2006) analisaram 11 destes projetos de parques científico tecnológicos no Brasil, suas principais conclusões foram: (i) todos os projetos ainda estão em estágio inicial; (ii) não há um modelo único para a implantação destes parques; (iii) há carência de indicadores que possam mensurar os resultados destas iniciativas; (iv) os projetos analisados não estão em aderência com as realidades locais.

Participação no processo de geração de conhecimento relevante Geração endógena de conhecimento Geração exógena de conhecimento Unidade de Ensino Unidade de Ensino e pesquisa Unidade de Ensino, Pesquisa e empreendedorismo Unidade de Ensino, Pesquisa e consultoria Participação no processo de inovação

Obrigado! Thiago Renault thiagorenault@producao.uff.br