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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA Resíduos gerados na construção civil Por: Vanessa Bernardes da Conceição Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA Resíduos gerados na construção civil Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Sistema Integrado em QSMS/SGI Por: Vanessa Bernardes da Conceição

3 AGRADECIMENTOS A Deus por ter me ajudado a terminar essa pós graduação e principalmente ao meu marido Marcos Antônio Alves dos Santos por está ao meu lado sempre me dando apoio e me ajudando em todos os momentos da minha vida e aos mestres dessa instituição pela orientação e pelos conselhos.

4 DEDICATÓRIA Dedico á minha mãe Nilceia Bernardes (em memória) por ter sempre me incentivado a correr atrás dos meus objetivos, e de ter sido minha incentivadora pelo seu exemplo de mulher batalhadora e aos meus familiares pelo o incentivo.

5 RESUMO Em um mundo marcado pela degradação constante do meio ambiente e de seus ecossistemas, impõe-se a necessidade de articulação com a educação ambiental. Em meios de tantas construções e demolições no território em que vivemos a indústria da construção civil é umas das grandes causadoras de degradação ambiental, e esses resíduos retirados dessas escavações, demolições, reformas, restaurações, reparos, e construções são jogados e descartados de qualquer forma no meio ambiente trazendo um grande impacto ambiental, uma forma de armazenar esses materiais é separa-los de maneira corretas, e uma outra alternativa é a reutilização desses materiais.

6 METODOLOGIA Este estudo foi desenvolvido de pesquisas bibliográficas, em que foram realizadas buscas em artigos, em revistas, livros e por meio de internet e legislações especificas pelo o tema. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de mostrar que há muito desperdício e falta de responsabilidade e planejamento para o consumo de materiais e a reutilização dos resíduos da construção civil mostrando o quanto é importante a reciclagem e reaproveitamento dos resíduos da construção civil.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I- Resíduo da Construção Civil 11 CAPÍTULO II - Resíduos no Canteiro de Obra 21 CAPÍTULO III - O condicionamentos dos Resíduos 29 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40 ÍNDICE 41

8 INTRODUÇÃO Com o avanço da construção civil vem trazendo sérios problemas ambientais e os resíduos da construção civil é um dos maiores resíduos gerados em todo o pais, nas obras de reformas a falta de uma cultura de reutilização e reciclagem, e o desconhecimento da potencialidade do entulho reciclado como material de construção pelo meio técnico do setor são as principais causas do alto volume gerado nas diversas etapas, não relacionadas ao desperdício, mas a não reutilização do material. A crescente preocupação com o meio ambiente vem sendo constante e com avanço da construção civil vem trazendo sérios problemas ambientais e os resíduos da construção civil é um dos maiores resíduos gerados em todo o pais, nas obras de reformas a falta de uma cultura de reutilização e reciclagem, e o desconhecimento da potencialidade do entulho reciclado como material de construção pelo meio técnico do setor são as principais causas do alto volume gerado nas diversas etapas, não relacionadas ao desperdício, mas a não reutilização do material e também provocar muitos acidentes entre os colaboradores. E venho com esse tema mostrar que a reciclagem é uma oportunidade de transformação de uma fonte enorme de despesas em uma fonte de faturamento ou pelo menos redução de gastos de deposição e reaproveitamento de materiais e mostrar o quanto é importante prevenir para diminuir os impactos ambientais e visando também a parte de saúde, sustentabilidade e sócio econômica uma grande diminuição para as empresas geradoras e, Trata-se de um desafio inevitável para as organizações, as pressões sociais e o rigor das leis, conduzem à urgência do estabelecimento de uma gestão voltada para as questões ambientais.

9 Com o reaproveitamento de resíduos gerados na construção civil à uma grande redução dos impactos do meio ambiente, e uma grande diminuição para as empresas geradoras e, Trata-se de um desafio inevitável para as organizações, as pressões sociais e o rigor das leis, conduzem à urgência do estabelecimento de uma gestão voltada para as questões ambientais. Devem ser analisados algumas formas para a aplicação do gerenciamento ambiental com a organização e minimização de desperdícios de materiais aproveitamento de materiais. O setor da construção civil tem buscado soluções para a redução de impactos causados pelos resíduos durante e ao final das obras muitas construtoras têm criado um Sistema de Gestão de Resíduos eficiente a fim de obterem grau de excelência na qualidade e sustentabilidade em suas obras de edificações. No capítulo I chamado de Resíduos da Construção Civil abordará os problemas causados pelo resíduos da construção civil e as origens dos resíduos e suas classificações. O capítulo II chamado de Resíduo no Canteiro de Obra abordará a diminuição dos resíduos, a Gestão dos Resíduos no canteiro de obra que com a gestão diminui as perdas e desperdícios de materiais e a Organização no Canteiro de obra que assim o canteiro de obra ganha mais espaço e fica melhor para fazer o controle de materiais. O capitulo III chamado de Condicionamento dos Resíduos abordará o lugar que os resíduos devem ser armazenados e com esse capitulo também virá o Acondicionamento Inicial dos Resíduos e o Acondicionamento final dos Resíduos vou falar também sobre Perdas no Canteiro de Obras e a

10 Reutilização e a reciclagem no canteiro de obras o correto manejo dados resíduos no interior do canteiro de obras.

11 CAPÍTULO I RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL O crescimento consolidado do setor da construção civil está transformando a realidade dos canteiros de obras. Já se verifica o grande avanço na qualidade da construção civil, que passa a investir em tecnologias e qualificação como forma de aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios desses materiais Através do cumprimento de procedimentos e métodos que otimizam a gestão de recursos materiais e humanos. Conforme JOHN diz: Construção civil é o setor de produção responsável pela transformação do ambiente natural em meio construído, adequado ao desenvolvimento das mais diversas atividades. Essa cadeia produtiva é uma das maiores da economia e consequentemente, possui enorme impacto ambiental (JOHN, 2000). É na concepção das ideias de um empreendimento que devemos dar início a racionalização, pois é nesta etapa que são desenvolvidos os projetos e definidas especificações, sistemas construtivos e tecnologias utilizadas, uma vez definidas estas variáveis, a racionalização deve continuar durante a construção, manutenção e uso do empreendimento para um bom resultado. O grande índice de perdas do setor é a principal causa do entulho gerado, embora nem toda perda se transforme efetivamente em resíduo, pois uma parte acaba ficando na própria obra, os índices médios de perdas fornecem uma noção clara do quanto se desperdiça em materiais de construção.

12 1.1- Problemas causados pelos resíduos da construção civil Se esses resíduos não forem tratados corretamente, esses materiais podem poluir rios e mananciais responsáveis pelo abastecimento de água nas cidades, Outro aspecto é a quantidade de resíduos gerada, que podem facilitar a proliferação de vetores, insetos, roedores e microrganismos transmissores de doenças e entupir os sistemas de drenagem de água, causando inundações, e modificam a paisagem do local e até mesmo o carreamento de resíduos perigosos, quando utilizados inadequadamente, até o solo que pode ser contaminado, não são somente esses os problemas encontrados e pode-se destacar ainda a área e local adequados para a destinação final. Como o volume de resíduos da construção civil é muito grande, demanda uma ampla área para fazer o aterramento. Esta área, ao final do fechamento do aterro sanitários, vai ficar uma área improdutiva. E tem muitas pessoas que jogam os resíduos em qualquer lugar terrenos baldios lugares clandestinos para não terem gastos com o destino final desses resíduos. Diante do aumento da geração de resíduos o CONAMA estabelece a necessidade de grandes geradores realizarem o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. A partir deste plano, o gerador fica responsável pelo acondicionamento desses resíduos e a disposição final adequada, reduzindo desta forma a destinação clandestina já que o gerador terá que prestar contas no final da obra, não é só a realização do PGRCC que deve ser feita, é preciso que os geradores tenham o seguinte pensamento: redução no consumo e geração de resíduo, como forma de reduzir os resíduos gerados na construção civil e minimizar os impactos que os mesmos causam, é importante que se faça o gerenciamento dos resíduos da construção civil. Para realizar tal tarefa utiliza-se o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil como ferramenta.

13 De acordo com a resolução Conama nº 307 desde 2005 Obriga as construtoras a elaborar o PGRCC - Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil como condição para a aprovação dos projetos de construção junto às prefeituras, onde são estimadas a quantidade de cada resíduo, por classe, resultantes daquela construção e é definido para onde os mesmos serão destinados de forma ambientalmente correta. A destinação inadequada destes resíduos é considerada pela legislação brasileira crime ambiental e, dessa forma, a elaboração do PGRCC é indispensável para o cumprimento da legislação ambiental vigente em nosso país. Segundo Pinto: Não se pode negar que a construção civil é reconhecida mundialmente como uma das mais importantes atividades para o crescimento econômico e social, entretanto, apresenta-se como grande geradora de impactos ambientais, o que se deve não somente ao consumo de recursos naturais, como também pela modificação da paisagem e pela geração de resíduos (PINTO, 2005). 1.2 - A origem dos resíduos O resíduo sólido de construção civil talvez seja o mais heterogêneo dentre os diversos resíduos produzidos, ele é constituído de restos de praticamente todos os materiais e componentes utilizados pela indústria da construção civil, como brita, areia, materiais cerâmicos, argamassas, concretos, madeiras, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas e outros e sua composição química está vinculada à estrutura de cada um desses seus constituintes. Esses resíduos apresentam na forma sólida, com características físicas

14 variáveis, que dependem do seu processo gerador, podendo revelar-se tanto em dimensões e geometrias já conhecidas dos materiais de construção como: a da areia e a da brita e como em formatos e dimensões irregulares: pedaços de madeira, argamassas, concretos, plástico, metais. Por ser produzido num setor onde há uma gama muito grande de diferentes técnicas e metodologias de produção e cujo controle da qualidade do processo produtivo é recente, características como composição e quantidade produzida dependem diretamente do estágio de desenvolvimento da indústria da construção local, como qualidade da mão de obra, técnicas construtivas empregadas, adoção de programas de qualidade, dessa forma, a caracterização média deste resíduo está condicionada a parâmetro específicos da região geradora do resíduo analisado. Figura 1, Resíduos da construção civil (PET ENGENHARIA CIVIL UFJF 2012)

15 Os resíduo da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. O entulho possui características bastante peculiares por ser produzido num setor onde existem diferentes técnicas e metodologias de produção, e cujo controle da qualidade do processo produtivo é recente. Existe uma gama muito grande de aspectos que interferem na quantidade, composição e características desse resíduo. A Resolução CONAMA conceitua e define um agregado reciclado como: O material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresente características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia. A resolução também determina a destinação correta e atribui responsabilidades ao município e geradores ou seja pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas no que diz respeito à disposição final. Existem diversos resíduos que se enquadram como de construção civil e esses apresentam diversas características, o que implica em diferentes tratamentos e disposição final.

16 1.3 - Classificação dos resíduos Dessa maneira, a Resolução CONAMA apresenta tais resíduos de construção civil dispostos em quatro classes sendo: Classe A, B, C e D. Os Resíduos Classe A são aqueles que apresentam características de viabilização de transformação, ou seja, são resíduos reutilizáveis ou recicláveis. Para classificação do RCC, toma-se por base o Art. 3 da Resolução CONAMA 307/2002, que divide os resíduos da construção civil em quatro categorias distintas, sendo as classes A e B recicláveis. No ano de 2004, essa resolução foi alterada pela CONAMA 348/04 a qual passou a incluir o amianto na classe de resíduos perigosos. Posteriormente, em 2011, o gesso foi realocado para a classe de resíduos recicláveis. Através da Resolução n 431/11. A última atualização da Resolução ocorreu em 2012 através da CONAMA 448/12, porém, no tocante à classificação dos resíduos, não houve modificação. Abaixo, são descritas as classes de enquadramento dos tipos de RCC. I - Classe A São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e Concreto;

17 c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; II Classe B São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros e outros; III - Classe C São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua Reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso e madeiras; IV - Classe D São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes e óleos, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e hospitalares dentre outros. Segundo a Resolução CONAMA 307: Os resíduos de construção civil devem atender prontamente a destinação final específica para cada classe definida na Resolução CONAMA 307. Os resíduos classe A e B devem ser dispostos de maneira na qual futuramente possam ser

18 reaproveitados e/ou até mesmo reciclados, ou seja devem ser acondicionados em aterros de construção civil ou em áreas de armazenamento temporário. Já os resíduos classes C e D, pelo fato de apresentarem periculosidade em sua composição, devem ser destinados para empresas que exercem atividades de tratamento ou disposição final devidamente licenciadas pelo município ou estado.

19 1.4 - POLÍTICA NACIONAL DOS RESIDUOS SÓLIDOS Outro instrumento legal para gestão dos resíduos de construção e demolição é a Lei Federal Nº 12.305, sancionada em 02 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). A Lei dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos (incluídos os resíduos da construção civil), às responsabilidades dos geradores e do poder público Segundo Porto e Silva: De acordo com Porto e Silva (2010), o entulho de construção tem origem em três tipos de obras: construção, demolição e reforma A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê os seguintes instrumentos: A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, ou seja os responsáveis pelos resíduos são os fabricantes, os importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços de limpeza urbana ou manejo; O sistema de logística reversa, caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos

20 resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; A partir de quatro anos após a data de sua publicação, portanto a partir de 02 de agosto de 2014, a prefeitura e os geradores de resíduos só poderão dispor nos aterros sanitários os rejeitos e não mais os resíduos passíveis de reciclagem; As empresas de construção civil estão sujeitas à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente SISNAMA. Este plano de gerenciamento deve atender ao disposto no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos do respectivo Município; A não geração de resíduos, seguida da redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos mesmos, bem como a sua disposição final ambientalmente adequada.

21 CAPÍTULO II Resíduos no canteiro de obra O meio ambiente tem a necessidade de se reaproveitar os resíduos da construção civil para se gerado menor impacto e para as construtoras a vontade de diminuir custos na obra. Com relação a diminuição do processo de resíduos sólidos é o correto fazer um gerenciamento de resíduos dos mesmos no canteiro de obra, e implantar a conscientização de todos os colaboradores da empresa. Algumas utilizações a serem alcançadas como: Reduzir os desperdícios e volume de resíduos gerados; Segregar os resíduos por classes e tipos; Reutilizar materiais, elementos e componentes que não requisitem informações; Reciclar os resíduos transformados em matéria-prima para a produção de novos produtos. Dentre as desvantagem da redução da geração de resíduos: Diminuir o custo da produção; Diminuir a quantidade de recursos naturais e energia a serem gastos; Diminuição da contaminação do meio ambiente;

22 Diminuição dos gastos com gestão dos resíduos. Os resíduos são separados de acordo com as suas classes, e com isso o canteiro de obra vai ganhando mais espaços e organização e deixando longe os insetos e prevenindo acidentes. Segundo Tavares: Conforme Tavares (2007), as principais fontes responsáveis pela geração de volumes significativos de RC são: Residências novas: consideram-se as construções formalizadas, autoconstruídas e informais; Edificações novas, térreas ou de múltiplos pavimentos: consideram-se as construções formalizadas por ter áreas construídas superiores a 300 m2; Reformas, ampliações e demolições: consideram-se as atividades que raramente são formalizadas.

23 2.1- Gestão no Canteiro de Obras O gerenciamento de resíduos está entorno ao desperdício de materiais e na utilização desses matérias nas construções. A preocupação expressa, inclusive na RESOLUÇÃO CONAMA Nº 307, com a não-geração dos resíduos deve estar presente na implantação e consolidação do programa de gestão de resíduos. Em relação à gerar menos resíduos, São muitas coisa para a contribuição desse projetos e sistemas construtivos racionalizados e também por práticas de gestão da qualidade já consolidadas. A gestão nos canteiros contribui muito para não gerar resíduos, considerando que: I - haverá a triagem de resíduos, impedindo sua mistura com insumos; II - o canteiro fica mais organizado e mais limpo; III - haverá possibilidade de reaproveitamento de resíduos antes de descartálos; IV - serão quantificados e qualificados os resíduos descartados, possibilitando a identificação de possíveis focos de desperdícios de materiais. A gestão de resíduos comentadas nesse trabalho são para a arrumar o do canteiro de obra para serem diferenciadas a coleta e a limpeza da obra.

24 Os fluxos de resíduos no canteiro de obra, são muito importantes para o acondicionamento transporte interno e acondicionamento final que vai ser falado ao longo desse trabalho, e suas possíveis reciclagem e reutilização desses resíduos dentro do canteiro de obras algumas construtoras fazem esse processo de reutilização e reciclagem dos resíduos dentro do canteiro de obra com a ajuda de seus funcionários e empreiteiros.

25 2.2 - Organização do canteiro de obra A organização no canteiro de obra é muito importante para a diminuição da incidência de acidentes de trabalho e com isso o local de trabalho fica mais seguro e aumenta a satisfação dos colaboradores e com isso promove ganhos para a empresa e reduzir os índices de perda no canteiro de obra que são ocasionadas pelo desperdícios de materiais. A boa organização faz com que sejam evitados sistemáticos desperdícios na utilização e na aquisição dos materiais para substituição, em alguns casos, os materiais permanecem espalhados pela obra e acabam sendo descartados como resíduos. A dinâmica da execução dos serviços na obra acaba por transformá-la num grande almoxarifado, podendo haver sobras de insumos espalhadas e prestes a se transformar em resíduos a prática de circular pela obra sistematicamente, visando localizar possíveis sobras de materiais sacos de argamassa contendo apenas parte do conteúdo inicial, alguns blocos que não foram utilizados, recortes de conduítes com medida suficiente para reutilização, para resgatá-los de forma classificada e novamente disponibilizá-los até que se esgotem, pode gerar economia substancial e com isso permite reduzir a quantidade de resíduos gerados e otimizar o uso da mão-de-obra, uma vez que não há a necessidade de transportar resíduos para o acondicionamento a redução da geração de resíduos também implica redução dos custos de transporte externo e destinação final.

26 Os materiais no canteiro de obra devem ser estocados corretamente obedecendo os critérios básicos de: Classificação; Frequência de utilização; Empilhamento máximo; Distanciamento entre as fileiras; Alinhamento das pilhas; Distanciamento do solo; Separação, isolamento ou envolvimento por ripas, papelão, isopor etc. (no caso de louças, vidros e outros materiais delicados, passíveis de riscos, trincas e quebras pela simples fricção); Preservação da limpeza e proteção contra a umidade do local (objetivando principalmente a conservação dos ensacados).

27 Figura 2.Como armazenar cimento em saco (Fonte: clube do concreto,2013.) Organizando os resíduos o canteiro de obra ganha mais espaços, e fica melhor para fazer o controle dos materiais. Mesmo em espaços exíguos, é possível realizar um acondicionamento adequado de materiais, respeitando critérios de: I - intensidade da utilização; II - distância entre estoque e locais de consumo; III - preservação do espaço operacional. Com uma boa organização minimiza o desperdiço na utilização de alguns materiais para a substituição de outros, e não deixando matérias espalhados na obra para não serem descartados de forma incorreta. A dinâmica da execução dos serviços na obra acaba por transformá-la num grande almoxarifado, podendo haver sobras de insumos espalhadas e prestes a se transformar em resíduos. A prática de circular pela obra sistematicamente, visando localizar possíveis sobras de materiais (sacos de argamassa

28 contendo apenas parte do conteúdo inicial, alguns blocos que não foram utilizados, recortes de conduítes com medidas suficiente para reutilização, etc.), para resgatá-los de forma classificada e novamente disponibilizá-los até que se esgotem, pode gerar economia substancial. Isso permite reduzir a quantidade de resíduos gerados e otimizar o uso da mão-de-obra, uma vez que não há a necessidade de transportar resíduos para o acondicionamento. Segundo Pinto: A boa organização dos espaços destinados ao armazenamento dos materiais possibilita uma boa verificação, controle dos estoques e otimização na utilização dos insumos (PINTO et al, 2005).

29 CAPITULO III CONDICIONAMENTO INICIAL DOS RESÍDUOS Os resíduos da construção civil devem ser acondicionados em recipientes estrategicamente distribuídos até que atinjam volumes tais que justifiquem seu transporte interno para o depósito final de onde sairão para a reutilização, reciclagem ou destinação definitiva. Os dispositivos de armazenamento mais utilizados na atualidade são as bombonas, bags, baias e caçambas estacionárias, e deverão estar devidamente sinalizadas informando o tipo de resíduo que cada um acondiciona visando a organização da obra e preservação da qualidade do resíduos da construção civil. As bombonas são recipientes plásticos, geralmente na cor azul, com capacidade de 50L que servem principalmente para depósito inicial de restos de madeira, sacaria de embalagens plásticas, aparas de tubulações, sacos e caixas de embalagens de papelão, papéis de escritório, restos de ferro, aço, fiação, arames e outros. As caçambas estacionárias são recipientes metálicos com capacidade de 3 a 5m3 empregadas no acondicionamento final de blocos de concreto e cerâmico, argamassa, telhas cerâmicas, madeiras, placas de gesso, solo e outros. Estes recipientes facilitam a coleta dos resíduos, principalmente quando associados a dutos para transporte interno que despejam os resíduos dos pavimentos diretamente nas caçambas. Baias são depósitos fixos, geralmente construídos em madeira, em diversas dimensões que se adaptam às necessidades de espaço. São mais utilizadas

30 para depósito de restos de madeira, ferro, aço, arames, EPS, serragem e outros, O número de baias assim como tipo e suas dimensões devem ser determinados de acordo com a necessidade de utilização de cada obra. As bags se constituem em sacos de ráfia com quatro alças e com capacidade aproximada de1m3. As bags geralmente são utilizadas para armazenamento de serragem, EPS (isopor), restos de uniformes, botas, tecidos, panos e trapos, plásticos, embalagens de papelão, o local dos bags deve ser coberto e protegido de chuva, pois resíduos de papel e papelão perdem a possibilidade de reciclagem se forem molhados. O acondiciomento inicial deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos resíduos da construção civil e sempre levando-se em conta o volume gerado e a boa organização do canteiro. Em obras de pequeno porte, após gerados, os resíduos da construção civil deverão ser coletados, e levados diretamente para o depósito de acondicionamento final, devidamente segregados. 3.1 O ACONDICIONAMENTO FINAL DOS RESÍDUOS O acondicionamento final depende do tipo de resíduo, da quantidade gerada e de sua posterior destinação. Para os resíduos que serão mandados para fora da obra a localização dos depósitos deve ser estudada de tal forma a facilitar os trabalhos de remoção pelos agentes transportadores. Alguns resíduos como restos de alimentos, suas embalagens, copos plásticos, papéis oriundos de instalações sanitárias, devem ser acondicionados em sacos plásticos e

31 disponibilizados para a coleta pública e os resíduos de ambulatório deverão atender à legislação pertinente. A identificação dos resíduos facilita o reaproveitamento Identificação dos resíduos por etapas da obra e possível reaproveitamento. Tabela 2- Titulo (Serie de cadernos técnicos da Agenda Parlamentar,2009.) Fases da Obra Tipos de Resíduos Possivelmente Gerados Possível Reutilização no Canteiro Possível Reutilização fora do Canteiro Limpeza do Solos Reaterros Aterros Terreno Rochas, - - Vegetação, Galhos Montagem do Canteiro Blocos Cerâmicos, Concreto Base de Piso, Enchimentos Fabricação de Agregados (Areia; Brita). Madeiras Formas/Escoras/Travamentos Lenha (Gravatas) Fundações Solos Reaterros Aterros Rochas Jardinagem, Muros de Arrimo - Superestrutura Concreto Base de Piso; Enchimentos - (Areia; Brita) Madeira Cercas, portões Lenha Sucata de Reforço para Contra pisos Reciclagem Ferro, Fôrmas Plásticas Alvenaria Blocos Base de Piso, Enchimentos, Fabricação

32 Instalações Hidro Sanitárias Instalações Elétricas Reboco Interno/Externo Revestimentos Forro de Gesso Pinturas Cerâmicos, Blocos de Concreto, Argamassa Argamassas de Agregados Papel, Plástico - Reciclagem Blocos Base de Piso, Enchimentos Fabricação Cerâmicos de Agregados Pvc; Ppr Reciclagem Blocos Base de Piso, Enchimentos Fabricação Cerâmicos de Agregados Conduites, Mangueira, Fio de Cobre - Reciclagem Argamassa Argamassa - Pisos e - Fabricação Azulejos de Cerâmicos agregados Piso Laminado - Reciclagem de Madeira, Papel, Papelão, Plástico Placas de Readequação em Áreas - Gesso Comuns Acartonado Tintas, - Seladoras, Reciclagem Vernizes, Textura

33 Coberturas Madeiras - Lenha Cacos de Telhas de Fibrocimento - - 3.2 No canteiro de obra há muitas perdas As perdas no canteiro de obra são ocasionadas pelo desperdício dos materiais durante as construção. Para diminuir essas perdas devemos corta os matérias como bloco cerâmicos na tamanho correto diminuindo os desperdiço; Transportando os materiais com atenção para não serem quebrados e nem, os sacos rasgados; Produzindo grande quantidade de cimento e outros matérias e no final do dia...não sendo utilizados. Segundo Formoso: Os materiais que normalmente são desperdiçados em maior quantidade nos canteiros de obra são o cimento, a areia e a argamassa, não necessariamente nesta ordem. E a ocorrência de perdas acontece com mais intensidade no estoque e no transporte dos materiais do que durante o processamento em si (FORMOSO et al, 1996).

34 Podemos diminuir a geração desses resíduos e com isso inimizar os impacto causado no meio ambiente. Produzir ou fazer cimentos de acordo com o que vai ser usados; Colocar tijolos e cimentos em locais apropriados separados como tijolos em palhetes para evitar serem quebrados e no manuseio dessa material utilizam carrinhos, cimentos em carrinhos de mão para serem levados de forma correta e evitar que o saco estoure e derrame sobre o solo; Ter muita atenção na hora de corta a cerâmica para ser cortada no tamanho correto.

35 3.3 Reutilização e a reciclagem do resíduo no canteiro de obra. A ideia da reutilização dos materiais da obra deve ser elaborada na fase de planejamento da obra para ser utilizados materiais que possam ser usados e reaproveitados até o final da obra. O correto manejo dados resíduos no interior do canteiro permite a identificação de materiais reutilizáveis, que geram economia tanto por dispensarem a compra de novos materiais como por evitar sua identificação como resíduo e gerar custos de remoção. O quadro abaixo menciona alguns materiais ou resíduos com possibilidade de reutilização e cuidados exigidos. Tabela 2 Série de Publicações Temáticas do CREA-PR

36 Fonte: (Sinduscon-SP, 2005) Tipos de material ou resíduos Painés de madeiras provenientes da deforma de lajes, pontaletes, sarrafos etc. Blocos de concreto, tijolos cerâmicos parcialmente danificados. Solo Cuidado requeridos Retiradas das peças, mantendo-as separadas dos resíduos inaproveitados. Segregação imediatamente após a sua geração, para evitar descarte. Identificar eventual necessidade do aproveitamento na própria obra para reaterros Procedimento Manter as peças empilhadas e organizadas disponível dos locais de reaproveitamentos.s e o aproveitamento das peças não for próximo do local de geração, essas devem formar estoques sinalizados nos pavimentos inferiores (térreo ou subsolos) Formar pilhas que podem ser deslocadas para a utilização em outras frentes de trabalhos. Planejar execução da obra compatilizando fluxo de geração e possibilidades de estocagem e reutilização. Normas técnicas

37 As normas técnicas foram elaboradas pelos Comitês Técnicos e publicadas pela ABNT em 2004, conforme sintetizado na tabela 3. Manual sobre resíduos da construção civil Sinduscon CE Fonte (normas técnica da ABNT 2004) Estas normas envolvem as diretrizes para implantação de áreas de transbordo e triagem, de aterros de inertes e de reciclagem dos resíduos da construção civil, além de procedimentos para a execução da pavimentação com agregados reciclados e de concreto sem função estrutural.

38 Conclusão Com os resíduos da construção sendo reaproveitados traz muitos benefícios para o mundo que hoje vivemos tanto para o meio ambiente mas também para as empresas das construção civil Com esse trabalho eu conheci cada vez mais sobre os resíduos da construção civil e os benefícios de fazer uma obra com organização e conscientização ao meio ambiente. Dentro de uma visão sistêmica de equacionamento dos problemas urbanos gerados pelo gerenciamento inadequado dos resíduos da construção civil, ou ausência de planejamento, a reciclagem desse material assume grande importância ao proporcionar benefícios a toda sociedade e ao meio ambiente. Com esse trabalho eu aprendi com o processo que envolve toda a cadeia produtiva em relação aos resíduos da construção civil, inclusive as empresas com vistas a alcançar um meio ambiente mais saudável, assim como uma sociedade mais sustentável. A utilização dos resíduos contribui para uma melhoria do ambiente urbano e reduz os gastos públicos para gerenciá-los, entretanto, para que o processo de reciclagem de entulho seja eficiente e eficaz, é necessário rever continuamente o sistema implantado, buscando solucionar as falhas que venham ocorrer no processo.

39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA JOHN, V.M.; ANGULO, S.C. Metodologia para desenvolvimento de reciclagem de resíduos. Coletânea Habitare. Vol.4. Utilização de Resíduos na Construção Habitacional. 2003. BRASIL. Resolução Conama nº 307 de 05/07/2002. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos de construção. PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana. 1999. 189f. Tese (Doutorado em Engenharia). Departamento de Engenharia de Construção Civil Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. PINTO, Tarcísio de Paula; GONZÁLEZ, Juan Luís Rodrigo (coord). Manejo e gestão de resíduos da construção civil. Brasília: Caixa, Volume 1, 2005, 196 p. Manual de orientação: como implantar um sistema de manejo e gestão nos municípios. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Áreas de manejo de resíduos da construção civil e resíduos volumosos. Orientações para o seu licenciamento e aplicação da Resolução CONAMA 307/2002. Brasília, DF, 2005. BRASIL. Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 de agosto de 2 ÍNDICE

40 FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I Resíduo da Construção Civil 11 Resíduo da Construção Civil 1.1 - Problemas causados pelos resíduos da construção civil 12 1.2 A origem dos resíduos 13 1.3 - Classificação dos resíduos 6 1.4 Política nacional de resíduos sólidos 9 CAPÍTULO II - Resíduos no Canteiro de Obra 21 2.1 Gestão no Canteiro de Obras 23 2.2 - Organização do canteiro de obra 25 CAPÍTULO III - O condicionamentos dos Resíduos 29 3.1 O acondicionamento final dos resíduos 30 3.2 No canteiro de obra há muitas perdas 33 3.3 Reutilização e a reciclagem do resíduo no canteiro de obra 35 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40