Assuntos. Direitos Reservados UFPR 1
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- Orlando da Conceição Dinis
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1 SUSTENTABILIDADE NO CANTEIRO DE OBRA Assuntos - SUSTENTABILIDADE - RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO - CONAMA - TIPOS DE RESÍDUOS - PGRCC - FORMAS DE RECICLAGEM - DESAFIOS - EXEMPLOS 1
2 Introdução O que é sustentabilidade? Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável, ou seja, formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. Introdução Sustentabilidade no canteiro de obras? Com organização, é possível controlar e diminuir os impactos ambientais desde o solo, ar, a água, fauna e flora até as influências na vizinhança do terreno por meio da reciclagem e destinação correta de resíduos. 2
3 Construção É sabido que as atividades da construção civil são responsáveis por grandes impactos negativos no meio ambiente, devido ao consumo representativo de recursos naturais, à geração de resíduos e às modificações físicas causadas no terreno e seu entorno. Por isso, para a sustentabilidade de uma edificação, é necessário implantar medidas nos canteiros de obras para a redução dos impactos e do desperdício de materiais. Construção Brasil gera t/dia de resíduos de construção e demolição Esse número engloba os descartes provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, além do que é resultante da preparação e escavação de terrenos para obras civis. Cada um dos geradores desse tipo de resíduo é responsável por sua destinação adequada, alinhados ao planejamento público específico do local em que estão atuando 3
4 Construção Brasil gera t/dia de resíduos de construção e demolição Conama O que é o CONAMA? O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto /90. Conama 307/02 Estabelece: Diretrizes Critérios Procedimentos Gestão dos Resíduos da Construção Civil 4
5 Resíduos Provenientes de: Construção; Reformas e reparos; Demolições de obras da construção civil; Preparação e escavação de terrenos. Resíduos 5
6 Resíduos Classe A São os resíduos o reutilizáveis ou recicláveis como agregados construção demolição reformas reparos de pavimentação outras obras de infraestrutura inclusive solos provenientes de terraplanagem Resíduos Classe A construção demolição reformas reparos de edificações Componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto. 6
7 Resíduos Classe A Origem: processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto blocos, tubos, meio fios, etc... Produzidas no canteiro de obras Paredes e coberturas Resíduos Destinação Classe A o deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados o ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura 7
8 Resíduos Classe B São os resíduos recicláveis para outras destinações (não como agregados reciclados), tais como: plásticos papel/papelão metais vidros madeiras gesso Resíduos Destinação Classe B Deverão ser: reutilizados reciclados encaminhados a áreas de armazenamento temporário sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura 8
9 Resíduos Classe B Alguns usos para o gesso (resíduo classe B desde 2011) Correção do solo Forração para animais Absorvente de óleo Controle de odores em estábulos Secagem de lodo de esgotos Correção do solo Resíduos Classe C São os resíduos para os quais: não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação Exemplo: Lã de Vidro, Estopas, lixas, pinceis, isopor (desde que não estejam contaminadas por resíduos do tipo D) 9
10 Resíduos Destinação Classe C Deverão ser armazenados transportados destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. Resíduos Classe D São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção tintas, solventes, óleos e outros 10
11 Resíduos Classe D São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros Resíduos São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção Classe D Telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde 11
12 Resíduos Destinação Classe D Deverão ser armazenados transportados destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. PGRCC Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil Segundo a resolução nº 307/2002, a segregação e destinação dos resíduos da construção civil é de obrigação do empreendedor, o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) deve ser elaborado anteriormente ao inicio das obras, executado durante toda a construção do empreendimento e o Relatório de Gerenciamento (RGRCC) deve ser apresentado no final da obra como condicionante da Licença de Operação ou de Habitação.. 12
13 PGRCC Os PGRCC deverão contemplar as seguintes etapas: Caracterização Triagem Acondicionamento Transporte Destinação. PGRCC Caracterização O gerador deve identificar e quantificar os resíduos. 13
14 PGRCC Triagem Deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos. PGRCC Acondicionamento e transporte 14
15 Geradores São pessoas, físicas ou jurídicas públicas ou privadas responsáveis por: atividades, ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos na Resolução 307 Geradores Art. 4o Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final. 15
16 Transportadores São pessoas físicas ou jurídicas Encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação Redução do uso Eficiência em projeto e execução de obras Observar coordenação modular de elementos Planejar o corte de madeira e aço para produção de fôrmas e armaduras de concreto Especificação de materiais que possibilitem a construção com elementos mais delgados Posicionar corretamente estoque de materiais no canteiro de obras Minimizar transporte interno de materiais 16
17 Reutilização Processo de reaplicação de um resíduo sem transformação do mesmo submetendo-o a pouco ou nenhum tratamento exigindo apenas operações de limpeza e embelezamento modificando ou não a sua função original Material NÃO MUDA! Reciclagem É o processo através do qual o resíduo retorna ao sistema produtivo como matéria prima. Pode ser considerada como uma forma de tratamento de parte do resíduo sólido gerado. Este retorno ao processo produtivo pode ser de forma artesanal ou industrial. Material MUDA. 17
18 Grupo de Materiais de Construção Beneficiamento Submeter um resíduo a operações processos Com o objetivo de que estes tenham condições de ser utilizados como matéria-prima produto Beneficiamento Exemplo: Transformar resíduos de Madeira em Blocos 18
19 Reciclagem/ Beneficiamento Vantagens: Econômicas Sociais Ambientais Economia na aquisição de matéria-prima Preservação das reservas naturais Diminuição do impacto ambiental gerada pelo entulho Reciclagem/ Beneficiamento FORMAS DE RECICLAGEM/BENEFICIAMENTO 19
20 Moagem dos resíduos Moagem dos resíduos Moinho tipo mandíbula 20
21 Moagem dos resíduos Moinho de martelos Moagem dos resíduos Moinho de impacto de eixo vertical 21
22 Moagem dos resíduos Pavimentação Forma mais simples de reciclar entulho como brita, ou em misturas de resíduo com o solo Exige menor utilização de tecnologia Menor custo do processo Permite a utilização de todos os componentes minerais sem a necessidade de separação 22
23 Agregado para o concreto Não estrutural Feito a partir da substituição dos agregados convencionais brita e areia por agregados reciclados Permite a utilização de todos os componentes minerais sem a necessidade de separação Agregado para o concreto 23
24 Agregado para o concreto Limitações Muitos materiais apresentam faces polidas Que podem diminuir a resistência à compressão do concreto Resistência prejudicada pelo alto consumo de água Devido à grande absorção do entulho Torna-se assim mais difícil determinar o traço do concreto Agregado para argamassas Substituição da areia pelo entulho moído Vantagens Utilização do resíduo do local gerador Evitando assim custos com transporte Economia na utilização de recursos Limitações Podem apresentar problemas de fissuração Devido a quantidade excessiva de finos 24
25 Agregado para argamassas Retração da argamassa Fissuras causadas pelo excesso de finos no agregado Agregado para argamassas Comumente observado em grandes superfícies: pisos, paredes e fachadas. Retração da argamassa 25
26 Contaminação das Águas Os cuidados com o meio ambiente não se restringem somente ao canteiro, a maior contaminação da água acontece em regiões fora dos limites do terreno onde acontecem os trabalhos É comum, após uma grande chuva, bombear a água acumulada que fica cheia de sedimentos e produtos químicos e encaminhá-la para as galerias pluviais, que têm por finalidade carregar a água escoada pelas ruas e calçadas até um rio ou afluente. Esse líquido carregado de sedimentos causa assoreamento e diminuição da profundidade dos rios e, consequente, aumento no número de enchentes João Vitor Gallo Engenheiro Ambiental, LEED AP BD+C Contaminação das Águas SOLUÇÕES Criar bacias de sedimentação, onde a água é retida no canteiro e drenada naturalmente; Filtragem da água para retirada dos sedimentos antes de enviá-la à galeria pluvial; Filtrar a água retida e armazenála em caixas d água de 7 a 10 m³, para ser reutilizada em lava-rodas e na dissipação de poeira das vias internas. 26
27 Desafios Poucos operários do setor da construção já trabalharam em obras sustentáveis ou com cuidado ambiental elevado, por isso, educar e conscientizar esse público é iniciativa crucial para os resultados positivos da obra. Treinamentos periódicos e a fiscalização das tarefas são necessários para validar o desempenho da equipe. Boa prática é utilizar os momentos de cursos de segurança no trabalho para instruir sobre temas como organização, limpeza e segregação dos resíduos. Ações Para a construção sustentável Redução de perdas e desperdício de materiais de construção Reciclagem de resíduos da indústria da CC como materiais de construção Eficiência energética nas edificações Conservação da água 27
28 Ações Para a construção sustentável Melhoria da qualidade do ar interior Durabilidade e manutenção Tratamento do déficit habitacional Melhoria da qualidade do processo construtivo Exemplos Obra visitada em 2017 por alunos de CC I 28
29 Exemplos Obra visitada em 2017 por alunos de CC I Exemplos Obra visitada em 2017 por alunos de CC I 29
30 Exemplos Obra visitada em 2017 por alunos de CC I OBRIGADO Crédito: Prof. Dr. Leonardo Miranda Profa. Dra. Barbara V. Bôas 30
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