ARTUR LAIZO. Estudo da incidência de recidivas de hérnias inguinais quando se usa enxerto autógeno de saco herniário no tratamento cirúrgico.

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Transcrição:

I ARTUR LAIZO Estudo da incidência de recidivas de hérnias inguinais quando se usa enxerto autógeno de saco herniário no tratamento cirúrgico. Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG 2014

II ARTUR LAIZO Estudo da incidência de recidivas de hérnias inguinais quando se usa enxerto autógeno de saco herniário no tratamento cirúrgico. Tese apresentada ao Programa de Pósgraduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG -, como requisito para obtenção do grau de doutor em medicina. Área de concentração: Cirurgia ORIENTADOR: Prof. Dr. Alcino Lázaro da Silva Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG 2014

III UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Reitor: Prof. Jaime Arturo Ramirez Vice-Reitora: Profa. Sandra Regina Goulart Almeida Pró-Reitor de Pós-Graduação: Prof. Ricardo Santiago Gomez Pró-Reitor de Pesquisa: Prof. Renato de Lima dos Santos Diretor da Faculdade de Medicina: Prof. Tarcizo Afonso Nunes Vice-Diretor da Faculdade de Medicina: Prof. Humberto José Alves Coordenador do Centro de Pós-Graduação: Prof. Manoel Otávio da Costa Rocha Subcoordenadora do Centro de Pós-Graduação: Profa. Teresa Cristina de Abreu Ferrari Chefe do Departamento de Cirurgia: Prof. Renato Santiago Gomes Chefe do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia: Profa. Ana Rosa Figueiredo Pimentel Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia: Prof. Marcelo Dias Sanches Subcoordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia: Profa. Ivana Duval de Araújo Colegiado do Programa de Pós Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia Prof. Marcelo Dias Sanches Profa. Ivana Duval Araújo Prof. Tarcizo Afonso Nunes Prof. Alcino Lazaro da Silva Prof. Renato Santiago Gomez Prof. Marcio Bittar Nehemy Representante Discente José Carlos Souza Vilela

IV ARTUR LAIZO TESE APRESENTADA E DEFENDIDA PERANTE A COMISSÃO EXAMINADORA CONSTITUÍDA PELOS PROFESSORES DR. PAULO ROBERTO CORSI DR. CÍCERO DE LIMA RENA DRA. BEATRIZ DEOTTI SILVA RODRIGUES DR. CIRÊNIO DE ALMEIDA BARBOSA DR. ALCINO LÁZARO DA SILVA (ORIENTADOR) Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte MG 2014

V HOMENAGEM Quanto mais se convive, mais se percebe e se pode absorver a energia, o otimismo e a grande força que o professor nos dá. Incansável na pesquisa, o que nos parece impossível, ou mesmo sem objetivos, na sua visão se torna uma grande pesquisa e acabamos impulsionados a descobrir onde está a verdade, ainda que momentânea, daquele caminho por onde nos enveredamos. Ao meu orientador Prof. Dr. Alcino Lázaro da Silva, que sempre me dá força e incentivo para continuar na pesquisa.

VI AGRADECIMENTOS Aos meus pacientes que concordaram em participar da pesquisa. Aos meus pais que acreditaram e me deram a capacidade de fazer da minha vida uma longa e feliz caminhada. A minha irmã sempre presente em tudo o que faço com o maior apoio. A Ângela, ao Marcelo, a D. Guilhermina, minha sogra, e a todos os Cruzick, os quais se tornaram a minha segunda família. Aos meus professores da graduação que deram a base para crescer e apresentar o meu trabalho da melhor forma possível. Aos anestesistas que acreditaram no meu trabalho e participaram da realização deste. Aos enfermeiros, técnicos, auxiliares e atendentes de enfermagem que passaram e que ainda estão na minha vida e dos quais eu sou eternamente dependente. A todos os profissionais que participaram da minha vida, secretárias, auxiliares de limpeza, auxiliares técnicos, auxiliares de todas as partes. A todos os meus alunos, atuais e passados, nunca passarão. Aos alunos que participaram efetivamente deste trabalho. A todos os colegas de profissão médica e docente, aos colegas da UNIPAC, professores que também buscam a melhoria do ensino e a grandeza da profissão.

VII A todos os meus amigos que são tantos Graças a Deus! A todas as pessoas que torcem pelo meu sucesso e que me acompanham a cada passo nessa caminhada.

VIII EPÍGRAFE A cirurgia geral é a mão cujos dedos, as especialidades, se originam. Sem a cirurgia geral não haveria outras especialidades cirúrgicas. Alcino Lázaro da Silva Se fôssemos capazes de encontrar um material com as características parecidas com a fáscia ou o tendão, teremos chegado ao segredo da cura radical da hérnia... Bilroth

IX RESUMO A hérnia inguinal (HI) sempre foi motivo de preocupação entre os cirurgiões pelo índice de recidivas e por suas complicações. Estima-se que no pósoperatório cerca de 10% das hérnias recidivam. Devido a isso, há muito se estudam técnicas e materiais que possam ser utilizados no reforço da parede abdominal no tratamento cirúrgico da hérnia. O presente estudo utiliza o saco herniário como enxerto autógeno no tratamento da hérnia inguinal. Objetivo: Avaliar a recidiva no tratamento das hérnias inguinais após o uso do enxerto autógeno de saco herniário. Casuística e método: Foram realizadas 383 operações de hérnia inguinal em 363 pacientes utilizando o enxerto autógeno de saco herniário. Os pacientes operados com a técnica proposta foram acompanhados durante um período de dois anos, sendo revistos após a operação: quatorze dias para retirada de pontos e retornos médicos com trinta, sessenta e noventa dias, seis meses, um ano e dois anos. Resultados: Foram realizadas 383 operações de HI em 346 homens (95,3%) e 17 mulheres (4,7%), apresentando idade entre 13 e 98 anos média 49,81 (±16,67). Três (0,77%) operações apresentaram seroma local, um paciente apresentou hematoma na região inguinal, três pacientes apresentaram parestesia na região inguinal. A recidiva com o uso dessa técnica ocorreu em sete (1,81%) operações no período de observação proposto. Conclusão: O enxerto autógeno do saco herniário é uma técnica alternativa para correção das hérnias inguinais e apresenta baixo índice de recidivas. Descritores: Hérnia inguinal, enxerto autógeno, recidiva.

X ABSTRACT Inguinal hernia has always been a reason for concern among surgeons since the index of recurrence of the surgery stands at around 10%. Recurrence is the reason of studies of techniques and materials that can be used in the treatment of inguinal hernia. This study uses the hernia sac as an autogenic graft in the inguinal hernia operation. Aim: To evaluate recurrence in inguinal hernia operation after utilization of the hernia sac. Methods: 383 operations of inguinal hernia have been performed in 363 patients. These patients have been followed within a period of two years. They have been reviewed after the operation: 14 days for the removal stitches, then new appointments in 30, 60 and 90 days, six mouths, one and two years. Results: 383 operations have been performed in 346 males and 17 females, aged between 13 and 89 years. Three operations displayed local seroma, one showed inguinal hematoma and three patients related parestesia at the inguinal region. Recurrences with this technique happened in seven operations within the observation period. Conclusion: The hernia sac autogenic graft is an alternative technique for inguinal hernia correction and shows low recurrence index. Key words: Inguinal hernia, autogenic graft, recurrence.

XI ÍNDICE CAPA FOLHA DE ROSTO AUTORIDADES DA UFMG BANCA EXAMINADORA HOMENAGEM AGRADECIMENTOS EPÍGRAFE RESUMO ABSTRACT I II III IV V VI VIII IX X 1- INTRODUÇÃO 1 2- OBJETIVO 6 3- REVISÃO DA LITERATURA 7 3.1- Uso de tela sintética 7 3.2 Uso do saco herniário na operação da hérnia 9 4- Casuística e método 14 4.1 Técnica operatória 15 Figura 1 - Isolamento do Funículo espermático 17 Figura 2 Isolamento do saco herniário 18 Figura 3 - Pregueamento da fáscia transversal 19 Figura 4- Saco herniário 20

XII Figura 5 Adequação do saco herniário para colocação no local 21 Figura 6 - Colocação do saco sobre a fáscia transversal 22 Figura 7 - Pontos de ancoragem 23 Figura 8 - Pontos de ancoragem 24 Figura 9 Pontos de ancoragem 25 5- ANÁLISE ESTATÍSTICA 26 6- RESULTADOS 27 7- DISCUSSÃO 29 8- CONCLUSÃO 39 9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 ANEXOS 47 Tabela 1 - Relação total dos pacientes, idade, cor, lado da operação 48 e evolução. Tabela 2 - Comparação entre autores, ano de publicação, recidiva, 57 complicações TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 60 PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA DA UFJF 63 Ata da defesa de tese 65