Os fundos e o Desenvolvimento Sustentável. Maria da Graça Carvalho

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Portugal e a Política de Coesão

Transcrição:

Conferência Quadro Estratégico Europeu 2014-2020 Os fundos e o Desenvolvimento Sustentável Maria da Graça Carvalho Culturgest 8 Janeiro 2013

Conteúdo da Apresentação Linhas gerais do próximo Quadro Estratégico Europeu e a sua aplicação a Portugal As prioridades a financiar no sector do desenvolvimento sustentável Considerações processuais Conclusões

Linhas gerais do próximo Quadro Estratégico Europeu e a aplicação a Portugal

Objetivo Europeu do QEE Objetivos e metas da Estratégia Europa 2020: crescimento inteligente, sustentável e inclusivo ; Utilização coordenada dos fundos que integram o QEE a fim de concretizar objetivos comuns; Abordagem integrada do desenvolvimento territorial..

Critérios na Escolha das Prioridades do QEE Soluções conducentes ao crescimento económico e ao emprego combatendo as principais fragilidades e desigualdades das regiões; Número limitado de prioridades garantindo, o máximo de valor acrescentado e eficácia; Evitar a fragmentação e a existência de projetos desinseridos dos sistemas nacionais; Evitar soluções de curto prazo.

A Importância do QEE para Portugal A política de coesão continuará a ser o principal instrumento de investimento público para Portugal no futuro próximo; O QEE contribuirá para a saída da crise, o relançamento do crescimento económico, a criação de emprego, inclusão social e o aumento das exportações.

Fragilidades do País A baixa competitividade da economia O desemprego elevado, em parte fruto de uma população ativa pouco qualificada e o elevado risco de pobreza daí resultante O uso ineficiente dos recursos naturais e da energia

Objetivo Geral do QEE para Portugal Prioridades viradas para competitividade e crescimento económico com base na: o qualificação dos recursos humanos o ciência e inovação o eficiência da utilização dos recursos

Objetivos Específicos da QEE para Portugal Aumentar a competitividade e modernizar a base empresarial e industrial através da inovação. Investir em ciência, inovação, educação e formação. Contribuir para uma economia mais eficiente do ponto de vista dos recursos naturais e mais amiga do ambiente.

CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL: PARA UMA ECONOMIA MAIS EFICIENTE NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS, MAIS ECOLÓGICA E MAIS COMPETITIVA

Eixos Prioritários 1-Economia de baixo carbono e ecoeficiente; 2-Ambiente, recursos naturais e alterações climáticas; 3-Território; 4- Política Marítima Integrada; 5-Competitividade das empresas do sector (ciência e inovação; inserção em redes).

Economia de Baixo Carbono e Ecoeficiente Promover a eficiência energética Apoiar a produção descentralizada de energia Promover a produção e distribuição de fontes de energia renováveis Promover a ecoeficiência

Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas Suprir as necessidades no sector dos resíduos Suprir as necessidades no sector da água Proteger a biodiversidade, proteção do solo e dos ecossistemas Implementar a Estratégia Nacional de Adaptação Enfrentar os riscos e desenvolver sistemas de gestão de catástrofes

Território Estratégias de baixo carbono em áreas urbanas Transição entre meio urbano e rural Estratégias de baixo carbono em áreas rurais Floresta Zonas industriais abandonadas Património natural e o património cultural Litoral

Politica Marítima Integrada Uso sustentável do mar (transporte, energia proteção dos recursos); Exploração sustentável dos recursos do fundo do mar; Constituição de uma base de conhecimento e inovação; Apoio à transição para pesca ambientalmente sustentável e aquicultura.

Competitividade das PMEs Ligação das PMEs às Universidades e centros de saber. Desenvolvimento de tecnologias limpas e de novos métodos de produção PMEs em áreas emergentes tais como serviços inovadores, novas formas de turismo e industrias no sector marítimo; Inserção em redes internacionais.

QUESTÕES PROCESSUAIS

Organização dos Programas Evitar multiplicidade de Programas Operacionais; balanço entre a necessidade de coordenação horizontal e a eficiência de gestão vertical; Aproveitar as valências existentes; As instituições de saber no centro da elaboração e da persecução dos programas; Informação, mobilização e participação.

Organização Territorial Articulação entre os atores centrais e locais; balanço entre top down e bottom up approach envolvendo as comunidades locais; Governação multi níveis; Programas regionais geridos por entidades próximas num processo competitivo; Situação de Lisboa e Vale do Tejo, Madeira e Algarve.

Regras de Funcionamento Simplificação da estrutura dos programas, processos administrativos e processos financeiros. Utilização de vouchers ; Aumentar a flexibilidade; É essencial garantir a manutenção de níveis elevados de cofinanciamento comunitário.

Sinergias entre Fundos Desenvolver sinergias e complementaridades entre os fundos do QCA e outras fontes de financiamento da UE numa abordagem estratégica e integrada. Combinar diferentes fundos, por exemplo Horizonte 2020, LIFE, Desenvolvimento Rural, FEDER e FSE.

Cooperação Transfronteiriça Tirar o máximo partido das intervenções transfronteiriças; Portugal deve participar ativamente nas estratégias territoriais europeias, como é o caso da Estratégia para o Atlântico.

CONCLUSÕES

Conclusões A capacidade de Portugal para enfrentar os desafios depende: o boa execução do programa de ajustamento, o forma como Portugal conseguir tirar partido das suas potencialidades em termos de recursos endógenos, das excelentes infraestruturas e do potencial cientifico o Potenciados pela aplicação apropriada do próximo QEE.