EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO DE ISTS E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

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Transcrição:

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO DE ISTS E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Roberta Loren Nozuma de Carvalho Someya (roberta.someya@gmail.com) Larissa Stefani (larissaestefani_2@hotmail.com) Juliana bubniak (juli.bub@hotmail.com) (COORDENADOR DO PROJETO) Resumo: A adolescência é um período de grandes transformações, nesse período a sexualidade também está em construção, e sofre influência dos grupos aos quais o jovem participa, diante disso o inicio da vida sexual precocemente leva ao risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Objetivou-se verificar o conhecimento prévio dos adolescentes a respeito das ISTs e métodos contraceptivos, e aprimorá-los por meio de educação em saúde. Pesquisa quantitativa descritiva realizada na escola Estadual Arnaldo Jansen do município de Ponta Grossa- PR. Questionário auto aplicado, de forma anônima em sala de aula, totalizando 61 alunos da 8ª série, no mês de junho de 2017. Como resultados, 33 eram do sexo masculino, destes 18%(6) afirmaram praticar sexo sem preservativos; 73%(24) disseram que usando anticoncepcional não contrairiam as ISTs; Com relação ao sexo feminino (28), 100% (28) afirmaram não fazer sexo sem preservativos; 79% (22) afirmaram que o uso de anticoncepcional prevenia ISTs. Evidenciou-se que uma parcela significativa dos alunos possui conhecimento insuficiente a respeito de ISTs e métodos contraceptivos. Dessa forma, a educação em saúde na escola é uma ferramenta eficaz na orientação dos adolescentes sobre a sexualidade e as formas de prevenção de ISTs. Palavras-chave: Conhecimento. Sexualidade. Adolescente. Educação em Saúde. INTRODUÇÃO Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) adolescência é a etapa da vida que entre os 10 aos 19 anos de idade. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente conceitua como a faixa etária de 12 a 18 anos. De modo geral, a adolescência é um período de intensas transformações físicas, psicológicas e sociais que caracterizam o período de transição da infância para a vida adulta. Essas intensas transformações físicas e biológicas, nesta fase do desenvolvimento humano, influenciam todo o processo psicossocial da formação da identidade do adolescente (BRETAS, 2009). Para Bretas (2011), a sexualidade é uma questão que está em construção durante a adolescência, fazendo parte do desenvolvimento e da formação da personalidade do individuo, ou seja, todas as mudanças físicas e psicológicas presentes durante a adolescência refletem sobre a convivência social. Segundo Lopes (2013) a construção da personalidade social e sexual baseia-se nos valores e visão do mundo recebido de familiares e pessoas próximas. Dessa forma, o contexto

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 2 em que o jovem está inserido, os grupos aos quais ele participa, influencia fortemente seu comportamento. Durante a adolescência os jovens descobrem seu corpo e passam a ter mais interesse pela sexualidade, a busca por conhecer o próprio corpo, juntamente com influencia da mídia e de grupos aos quais esses jovens pertencem, os leva ao inicio da vida sexual cada vez mais cedo. O início da vida sexual precocemente é algo preocupante, pois estes jovens estão mais vulneráveis a contrair doenças sexualmente transmissíveis. Segundo Nader (2009), apesar de existir divulgação pelos meios de comunicação da importância do uso do preservativo, muitos jovens ainda são resistentes ao uso, isso sugere insuficiência de conhecimento a respeito do HIV e outras ISTs por parte dos mesmos, e dessa forma não entendem a necessidade de usar o preservativo. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns no Brasil e em todo o mundo (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2006). Diante desse contexto, observa-se a necessidade de intervir precocemente, por meio de ações de prevenção e promoção a saúde. Dessa forma, cabe à escola, em parceria com as unidades de saúde abordar essa temática visto que a escola representa um papel importante na formação do individuo, pois é o lugar onde o adolescente permanece o maior tempo de seu dia e também por ser o lugar propicio para se trabalhar competências, conhecimentos e mudanças de comportamentos (CAMARGO; FERRARI, 2009). Assim, a fim de conhecer e intervir frente à realidade, foram realizadas ações de educação em saúde, em uma escola Estadual do município de Ponta Grossa PR, por meio do projeto de extensão PET-GRADUA-SUS envolvendo acadêmicas do 4º ano de enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa. OBJETIVOS Objetivou-se verificar o conhecimento prévio dos adolescentes a respeito das ISTs e métodos contraceptivos, e aprimorá-los por meio de educação em saúde, na escola Estadual Arnaldo Jansen do município de Ponta Grossa- PR. METODOLOGIA

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 3 Pesquisa quantitativa descritiva acerca de uma vivência das acadêmicas do curso bacharelado em Enfermagem do projeto PET GRADUA-SUS, da universidade estadual de ponta grossa (UEPG), no mês de junho de 2017, com realizações de palestras para os alunos da 8º série (A, B, C, F) do período da manhã da escola Estadual Arnaldo Jansen do município de Ponta Grossa- PR, totalizando 61 alunos. Para a palestra foi desenvolvido um pré-teste em forma de questionário para identificar o prévio conhecimento dos alunos a respeito das ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis) e métodos contraceptivos. O questionário era composto por 10 questões de múltipla escolha, auto aplicado, de forma anônima em sala de aula. Dentre as questões estavam 1) perguntas de cunho pessoal (conhecimento da camisinha feminina e masculina, uso desses métodos de prevenção, pratica de sexo sem proteção, uso de anticoncepcional) 2) perguntas relacionadas a forma de transmissão, aos sintomas e consequências das ISTs. Após aplicação do questionário foi realizado uma palestra referente ao tema, sanando as dúvidas dos alunos, ao término da palestra foi discutido o assunto com os alunos para verificar se eles conseguiram fixar o conteúdo ministrado. Por fim, foram entregues kits contendo camisinha masculina, feminina e folders. A análise dos dados deu-se por estatística descritiva com os valores expressos em frequência simples. RESULTADOS Dos 61 alunos, 33 eram do sexo masculino, quanto ao questionário aplicado no sexo masculino 18% (6) afirmaram praticar sexo sem preservativos; 52% (17) não conheciam a camisinha feminina; 30% (10) não sabiam usar a camisinha masculina; 73% (24) disseram que usando anticoncepcional não contrairiam as ISTs; Com relação ao sexo feminino (28), 100% (28) afirmaram não fazer sexo sem preservativos; 64% (18) disseram conhecer a camisinha feminina e 36% (10) disseram que não; 92,9% nunca usaram a camisinha feminina e 3,6% (1) disse que já usou e 3,6 (1) não respondeu; 64% (18) não sabiam usar a camisinha masculina e 32% (9) sabiam; 79% (22) afirmaram que o uso de anticoncepcional prevenia ISTs; 14% (4) disseram que não; 7% (2) não responderam. Segundo Silva (2016) "O uso de preservativo, masculinos e femininos, por pessoas sexualmente ativas é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e outras DST". Observa-se que 18% dos meninos praticam sexo sem camisinha, comparando que 100% das meninas praticam sexo com camisinha, essa comparação pode ser um indicativo de que as meninas ou eram virgens ou se preocupavam mais com sua saúde e bem-

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 4 estar do que os meninos. Outra explicação é que uma porcentagem dos adolescentes não conheciam a camisinha feminina e não sabiam usar tanto a masculina quanto a feminina. Esses dados revelaram que ainda é alto o percentual de uso eventual do preservativo ou não uso (18%), fazendo com que os jovens estejam expostos ao risco de contrair DST ou o Vírus HIV (OLIVEIRA, 2009). Para Malta (2009) o fato de não terem usado o preservativo demonstra a importância desse conteúdo ser mais disseminado na escola, visando à ampliação da prática de prevenção. Segundo Oliveira (2009) "cabe considerar que é alto o percentual de jovens que, ao utilizarem pílulas anticoncepcionais, abrem mão do uso de preservativo". No presente estudo, o resultado chama atenção por 73% dos meninos e 79% das meninas afirmarem que usando anticoncepcional estavam se prevenindo das ISTs. Isso mostra o conhecimento insuficiente sobre esse tipo de método. Esses resultados sugerem que, existe uma lacuna de informação entre os adolescentes acerca das formas de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis e dos métodos anticoncepcionais. Conclui-se que, além de fornecer informação, é necessário aproximação e conhecimento do universo dos adolescentes para descobrir as causas da divergência existente entre teoria e prática (OLIVEIRA, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS Evidencia-se que a sexualidade é um tema de grande relevância, visto que, o percentual de adolescentes que desconhecem os métodos contraceptivos e suas formas de uso, modo de transmissão, sintomas e consequências das ISTs é considerável. Frente a isto, se observa a importância dos profissionais de saúde trabalharem em parcerias com as escolas para orientar precocemente os alunos sobre a importância e as consequências do não uso dos métodos contraceptivos. O projeto PET GRADUA-SUS vem contribuindo com ações de educação em saúde nas escolas e comunidades, promovendo prevenção e identificação precoce de doenças, evitando complicações tardias. REFERÊNCIAS BRETAS, José. R.S. et al. Aspectos da sexualidade na adolescência. Ciência e Saude Coletiva. vol.16 nº7 Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1413-81232011000800021. Acesso: 04/07/17.

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 5 CHAVES, Ana.C.P. et al. Conhecimentos e atitudes de adolescentes de uma escola pública sobre a transmissão sexual do HIV. Revista brasileira enfermagem. vol.67 no.1 Brasília Jan./Feb. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0034-71672014000100048> Acesso: 04/07/17. LOPES, Marta. M.C; ALVES, Fabiana; Conhecimento dos adolescentes de uma escola pública de belo horizonte sobre doenças sexualmente transmissiveis, em especial sobre o hpv. Acervo de iniciação Cientifica. nº 1. 2013. MALTA, Deborah. C. et al. Orientações de saúde reprodutiva recebidas na escola - uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, 2009. Epidemiologia Serviços Saúde, Brasília, v. 20, n. 4, 2011. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1679-49742011000400007>. Acesso em 03/07/17. MALTA, Deborah. C. et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Revista brasileira de epidemiologia. vol.14 supl.1 São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v14s1/a15v14s1.pdf> Acesso em 03/07/17. NADER, Silvana. S. et al. Juventude e AIDS: conhecimento entre os adolescentes de uma escola pública em Canoas, RS. Rev AMRIGS. Nº.4, vol.53. Págs. 374-81, 2009. Disponível em: < http://www.amrigs.com.br/revista/53-04/11-455_juventude_e_aids.pdf> Acesso em 03/07/17. OLIVEIRA, Denize, C. et.al. Conhecimentos E Práticas De Adolescentes Acerca Das Dst/Hiv/Aids Em Duas Escolas Públicas Municipais Do Rio De Janeiro. Escola Anna Nery Revista Enfermagem, nº 4, vol. 13, 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-81452009000400020> Acesso em: 04/07/17. SILVA, Isabelle.C. et.al. Doenças Sexualmente Transmissíveis (Dst). Revista Eletrônica Saúde em Foco. 2016. Disponível em: <http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2016/042_doenc as_sexualmente_transmissiveis.pdf> Acesso em: 04/07/17.