Fronteiras em Movimento: O Caso da Migração e do Desenvolvimento no Oeste do Paraná 1950-2010. Prof. Me., Dr. Ricardo Rippel Pós Doutorando em Demografia Cedeplar- UFMG Orientador: Prof. Phd. Alisson Flávio Barbieri PGDRA- Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do PR. Coordenador do GT Migração da ABEP Associação Brasileira de Estudos Populacionais Coordenador Associado do PDIFF - PR Plano de Desenvolvimento Integrado da Faixa de Fronteira do Estado do Paraná Líder do GEPEC - Grupo de Pesquisa em Agronegócio e Desenvolvimento Regional - Unioeste / Cnpq.
Faixa de Fronteira Brasil Destaque para o Oeste do Paraná
Objetivo do Trabalho O objetivo central desta pesquisa e trabalho foi o de analisar e compreender como se deu e ocorreu a evolução da localização da população urbana e rural na região Oeste Paranaense no período de 1970 a 2010 OBS. Na análise deu-se um enfoque especial para a migração de modo que a análise envolve o município atual e município anterior de residência dos indivíduos. Como serão utilizados os dados censitários, migrante é definido como o indivíduo residente no local em que foi recenseado, com menos de cinco anos de residência neste. (até o censo de 1980 por última etapa, por aproximação, e de 1991 em diante data fixa)
Objetivos complementares: a) apontar e analisar os processos migratórios que marcaram a dinâmica demográfica daquela área de fronteira, b) identificar os principais fatores influentes no processo; c) apontar se, e de que forma, as variações nos tipos e nos níveis das migrações se relacionam ou relacionaram com os ciclos econômicos da região e do país. d) Indicar quais as principais características dos imigrantes na região.
Observação Quanto a abordagem dos migrantes, serão utilizados os tipos de migrações que envolvem Unidade da Federação (UF) atual, UF anterior e UF de nascimento, Assim como os que envolvem o município atual e município anterior. Como serão utilizados os dados censitários, migrante é definido como o indivíduo residente no local em que foi recenseado, com menos de cinco anos de residência neste. (até o censo de 1980 por última etapa, por aproximação, e de 1991 em diante data fixa)
Objetivo Central Analisar o crescimento demográfico e o desenvolvimento do Oeste paranense a partir da inserção da economia regional na base econômica do país. Desde meados da década de 1940 até 2010, visando identificar a participação e a importância da migração no desenvolvimento da área.
Mesorregiões Paranaenses Afetadas pela Faixa de Fronteira Nacional Mesorregião Total de Municípios da Mesorregião Total Municípios na Faixa de Fronteira Centro - Ocidentral 25 10 Centro - Sul 29 13 Noroeste 61 29 Oeste 50 50 Sudoeste 37 37 Total 202 139 % no total de Municípios do PR 50,62 34,84 Fonte; PDIFF - PR (Unioeste, 2012) *Destaque para a mesorregião Oeste
Mesorregião Oeste do Paraná, Brasil. Fonte: IBGE (2012).
Mapa 1 Faixa de Fronteira e mapa 2 Curitiba e Oeste do Paraná - 2013.
Rota Principal do Caminho do Peabiru
Municípios no PR 1940 e 1955 destaque para o Oeste
Algumas rotas de capitais e fluxos migratórios Oeste do PR final do séc. XIX e início do XX
Taxas de Cresto Pop. Anuais - PR, Oeste do PR e BR - 1940-2010
Principais áreas de atração populacional no Brasil segundo participação da Imigração Líquida Estimada para o Período de 1960-70 na variação Absoluta da População Total Variação Saldo Migratório MICRORREGIÃO da População Estimado no 2 x 100 Período 1960 - Período 1960-70 1 1 2 Grupo I: Áreas de Fortíssima 361 (Distrito Federal/GO) 404.273 253.609 62,73 020 (Araguaia Paraense/PA) 28.030 17.387 63,03 333 (Alto Guaporá-Jauru/MT) 66.083 37.971 57,46 334 (Alto Paranguai/MT) 29.000 16.057 55,37 336 (Rondonópolis/MT) 75.647 43.509 57,52 285 (Norte Novíssimo de 404.451 217.971 53,89 286 (Campo Mourão/PR) 321.497 168.085 52,28 288 (Extremo Oeste 621.223 Fonte: IBGE (1979, p. 19) adaptações do autor 374.082 60,22
População segundo domicílio - Oeste do Paraná - 1970/2010 19,87 80,13 50,43 49,57 71,67 28,33 81,60 18,40 85,61 14,39 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 Pop. Urbana Pop.Rural
Equipamentos 1975 1980 Var % 1975/80 ANOS 1985 Var % 1980/85 1995 Var % 1985/95 Var % 1975/95 Arados (tração animal) 35.414 35.819 1,14 38.535 7,58 20.618-46,5-41,78 Arados (tração mecânica) 13.684 21.761 59,03 22.173 1,89 17.625-20,51 28,8 Máquinas (plantio) 13.704-19.389 41,48 18.357-5,32 Máquinas (colheita) 5.968 9.064 51,88 5.235-42,24 4.801-8,29-19,55 Tratores 10.216 16.247 59,03 20.667 27,21 31.986 54,77 213,1 Fonte: SEAB - PR. (1995) e Rippel (2005)
Principais áreas de atração populacional no Brasil segundo participação da Imigração Líquida Estimada para o Período de 1960-70 na variação Absoluta da População Total Variação Saldo Migratório MICRORREGIÃO da População Estimado no 2 x 100 Período 1960 - Período 1960-70 1 1 2 Grupo I: Áreas de Fortíssima 361 (Distrito Federal/GO) 404.273 253.609 62,73 020 (Araguaia Paraense/PA) 28.030 17.387 63,03 333 (Alto Guaporá-Jauru/MT) 66.083 37.971 57,46 334 (Alto Paranguai/MT) 29.000 16.057 55,37 336 (Rondonópolis/MT) 75.647 43.509 57,52 285 (Norte Novíssimo de 404.451 217.971 53,89 286 (Campo Mourão/PR) 321.497 168.085 52,28 288 (Extremo Oeste 621.223 Fonte: IBGE (1979, p. 19) adaptações do autor 374.082 60,22
Microrregiões Homogêneas - PR - População Total em 1970 - Variação Absoluta e Componente Migratório - Período 1960-1970 MICRORREGIÕES HOMOGÊNEAS - PR População em 1970 Var. Abs. da Pop. 1960/70 Saldo Migratório Estimado 1960/70 Taxa Decenal de Migração 1960/70 Curitiba 838.390 325.461 181.865 0,269 Litoral Paranaense 116.571 39.318 15.522 0,160 Alto Ribeira 30.003 4.153-1.404-0,050 Alto Rio Negro Paranaense 29.617 2.520-2.258-0,080 Campos da Lapa 78.799 10.227-1.891-0,026 Campos de Ponta Grossa 240.722 65.246 24.164 0,116 Campos de Jaguariaíva 41.360 9.073 1.458 0,040 São Mateus do Sul 41.252 5.354-1.174-0,030 Colonial do Irati 136.297 14.646-5.847-0,045 Alto Ivaí 92.325 33.555 13.611 0,180 Norte Velho de Venceslau Brás 201.603 53.348 12.753 0,073 Norte Velho de Jacarezinho 391.532 38.118-27.486-0,074 Algodoeira de Açaí 116.889 5.799-13.887-0,122 Norte Novo de Londrina 691.220 91.845-23.775-0,037 Norte Novo de Maringá 322.879 78.592 19.840 0,070 Norte Novíssimo de Paranavaí 338.548 24.264-39.527-0,121 Norte Novo de Apucarana 464.782 198.373 85.606 0,234 Norte Novíssimo de Umuarama 653.174 404.451 217.971 0,483 Campo Mourão 536.889 321.497 168.085 0,447 Pitanga 106.916 43.744 16.195 0,190 Extremo Oeste Paranaense 756.900 621.223 374.082 0,838 Sudoeste Paranaense 450.338 221.415 97.913 0,288 Campos de Guarapuava 191.085 58.051 16.246 0,100 Médio Iguaçu 129.591 31.034 5.547 0,049 Fonte Relatório IBGE (1979, pg. 76)
Microrregião Taxa Decenal de Migração de 1960 a 1970 das MRHS - PR Extremo Oeste Paranaense Norte Novíssimo de Umuarama Campo Mourão Sudoeste Paranaense Curitiba Norte Novo de Apucarana Pitanga Alto Ivaí Litoral Paranaense Campos de Ponta Grossa Campos de Guarapuava Norte Velho de Venceslau Bras Norte Novo de Maringá Médio Iguaçu Campos de Jaguariaíva Campos da Lapa São Mateus do Sul Norte Novo de Londrina Colonial do Irati Alto Ribeira Norte Velho de Jacarezinho Alto Rio Negro Paranaense Norte Novíssimo de Paranavaí Algodoeira de Açaí -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Urbano Rural Total
Arados, máquinas e tratores na região Oeste do Paraná nos anos de 1975, 1980, 1985 e 1995 Equipamentos 1975 1980 Var % 1975/80 ANOS 1985 Var % 1980/85 1995 Var % 1985/95 Var % 1975/95 Arados (tração animal) 35.414 35.819 1,14 38.535 7,58 20.618-46,5-41,78 Arados (tração mecânica) 13.684 21.761 59,03 22.173 1,89 17.625-20,51 28,8 Máquinas (plantio) 13.704-19.389 41,48 18.357-5,32 Máquinas (colheita) 5.968 9.064 51,88 5.235-42,24 4.801-8,29-19,55 Tratores 10.216 16.247 59,03 20.667 27,21 31.986 54,77 213,1 Fonte: SEAB - PR. (1995) e Rippel (2005)
Principais Estados brasileiros- Destino e Origem dos Fluxos Migratórios no Oeste do Paraná. 1975-2010 Qüinqüênios de 1975-80 (U.E.), 85-91, 95-2000 e 2005-10 (DF) Estado Imigração Interestadual no Oeste do Paraná Emigração Interestadual do Oeste do Paraná 75-80 % 86-91 % 95-00 % 2005-10 % 75-80 % 86-91 % 95-00 % 2005-10 % Rondônia 300 0,83 4480 11,84 1794 5,84 1406 4,19 27985 18,24 6526 9,6 2331 5 1422 2,84 Minas Gerais 3388 9,37 1195 3,16 940 3,06 1484 4,42 4945 3,22 1813 2,67 1714 3,68 1460 2,92 São Paulo 8658 23,95 6788 17,94 8062 26,23 7257 21,62 51142 33,34 17996 26,48 12026 25,81 5747 11,48 Santa Catarina 8047 22,26 5810 15,35 6592 21,45 5927 17,65 10452 6,81 11936 17,56 13645 29,28 22644 45,24 Rio G do Sul 11807 32,65 7021 18,55 6196 20,16 4236 12,62 4672 3,05 4820 7,09 5015 10,76 3661 7,31 Mato G. do Sul 2685 7,43 2989 7,9 3195 10,39 3504 10,44 20763 13,53 5672 8,35 3891 8,35 3554 7,10 Mato Grosso 504 1,39 9047 23,9 3940 12,82 4146 12,35 30631 19,97 15349 22,59 7921 17 5742 11,47 Total Parcial 35389 97,88 37330 98,64 30719 99,95 27960 83,2799 150590 98,16 64112 94,34 46543 99,88 44230 88,361 Outras Ufs 768 2,12 517 1,37 18 0,06 5613 16,72 2825 1,84 3845 5,66 60 0,13 5826 11,64 Total 36157 100,00 37847 100,00 30737 100,00 33573 100,00 153415 100,00 67957 100,00 46603 100,00 50056 100,00 Fonte: Rippel (2005, pg. 151) e IBGE - 2010
Imigração interestadual do Oeste PR 1975-80, 1986-91 e 95-2000
Imigração interestadual do Oeste PR 2005-2010
Emigração interestadual do Oeste PR 1975-80, 1986-91 e 95-2000
Emigração interestadual do Oeste PR 2005-2010
Migração Intra-Estadual - Oeste PR e principais Microregiões paranaenses de origem e destino 1975-2010 Região Estadual Anterior Imigração no Oeste do Estado do Paraná Emigração do Oeste do Estado do Paraná 75-80 % 86-91 % 95-00 % 005-10 % 75-80 % 86-91 % 95-00 % 005-10 % Norte Novo de Londrina 6183 6,4 2646 5,59 2835 5,62 1148 5,45 4938 6,36 3821 7,95 5452 8,17 1260 4,50 Norte Novo de Maringá 4646 4,81 1365 2,88 1690 3,35 2134 10,13 4232 5,45 3877 8,07 3998 5,99 3412 12,20 Norte Novíssimo de 10978 11,4 5465 11,5 4500 8,92 2427 11,52 8130 10,5 3474 7,23 4278 6,41 2511 8,98 Campo Mourão 18141 18,8 6011 12,7 3941 7,81 1854 8,80 7581 9,77 3504 7,29 4297 6,44 1171 4,19 Sudoeste Paranaense 19548 20,2 14198 30 12283 24,4 3783 17,96 6686 8,62 6213 12,9 6029 9,04 4483 16,03 Campos de Guarapuava 6522 6,75 4921 10,4 4435 8,79 3714 17,63 6130 7,9 4349 9,05 4480 6,72 2842 10,16 Curitiba 5844 6,05 4246 8,97 7094 14,1 6008 28,52 27586 35,6 15361 31,96 25674 38,48 12290 43,94 Total Parcial 71862 74,36 38852 82,04 36778 72,91 21068 76,27 65283 84,12 40599 84,48 54208 81,25 27969 77,81 Diversas MRH no Paraná 24775 25,64 8504 17,96 13662 27,09 6554 23,73 12324 15,88 7460 15,52 12507 18,75 7976 22,19 Total 96637 100 47356 100 50440 100 27622 100 77607 100 48059 100 66715 100 35945 100 Fonte: Rippel (2005); Rippel (2013 tabulações Censos Demográficos 1980, 91, 2000 e 2010)
Emigração Intra-Estadual do Oeste PR 1975-80, 1986-91 e 95-2000
Emigração Intra-Estadual do Oeste PR 2005-2010
Imigração Intra-Estadual no Oeste-PR 1975-80, 1986-91 e 95-2000. N o r t e N o v í s s i m o d e U m u a r a m a N o r t e N o v o d e M a r i n g á N o r t e N o v o d e L o n d r i n a C a m p o M o u r ã o 2 4. 7 7 5 O u t r a s M i c r o r e g i õ e s E x t r e m o O e s t e 6. 522 C a m p o s d e G u a r a p u a v a 5. 844 C u r i t i b a S u d o e s t e P a r a n a e n s e
Imigração Intra-Estadual do Oeste PR 2005-2010
Movimentos Migratórios Intra-Regionais do Oeste do Paraná Períodos de 1975-80, 1986-91, 1995-2000 e 2005-10 Município Emigração Intra-Regional Imigração Intra-Regional Última Etapa Data Fixa Última Etapa Data Fixa 1975-1980 1986-1991 1995-2000 005-10 1975-1980 1986-1991 1995-2000 Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % % Assis Chateaubriand 8.398 7,91 2.932 4,25 3.111 5,95 1445 2,84 3.461 3,26 2.417 3,5 1.207 2,31 886 1,74 Cascavel 14.779 13,93 8.658 12,55 6.455 12,35 7138 14,00 20.284 19,11 13.709 19,86 12.090 23,13 10132 19,88 Foz do Iguaçú 5.846 5,51 5.434 7,87 5.934 11,35 7513 14,74 26.081 24,58 9.086 13,17 6.301 12,05 2907 5,70 Marechal Cândido Ro 4.738 4,46 3.429 4,97 1.573 3,01 2386 4,68 2.933 2,76 2.509 3,64 1.828 3,5 2280 4,47 Matelândia 6.360 5,99 2.924 4,24 1.415 2,71 1167 2,29 5.543 5,22 1.195 1,73 858 1,64 1243 2,44 Medianeira 6.755 6,37 3.300 4,78 2.332 4,46 1992 3,91 6.290 5,93 2.776 4,02 2.195 4,2 2719 5,33 Santa Helena 7.256 6,84 2.103 3,05 1.430 2,74 1518 2,98 2.615 2,46 1.412 2,05 714 1,37 1278 2,51 São Miguel do Iguaçú 8.542 8,05 2.283 3,31 1.291 2,47 2028 3,98 4.253 4,01 1.807 2,62 1.433 2,74 1148 2,25 Toledo 7.993 7,53 6.475 9,38 3.963 7,58 3220 6,32 7.824 7,37 7.683 11,13 5.921 11,33 6227 12,22 Subtotal 70.667 66,59 37.538 54,39 27.504 52,62 28.407 55,73 79.284 74,71 42.594 61,72 32.547 62,26 28.820 56,55 Outras 35.456 33,41 31.475 45,61 24.769 47,38 22.561 44,27 26.839 25,29 26.419 38,28 19.726 37,74 22.148 43,45 Total 106.123 100,00 69.013 100,00 52.273 100,00 50968 100,00 106.123 100,00 69.013 100,00 52.273 100,00 50968 100,00 Fonte: Rippel (2005, pg. 176) e Rippel (2013 - tabulações especiais Censos Demográfico IBGE 2010) 005-10
Emigração Intra-Regional- Oeste- PR- 1975-80 e 1986-91 e 95-2000 1 9 7 5 / 1 9 8 0 1 9 9 5 / 2 0 0 0 1 1 7 7 5 2 5 2 3 6 4 1 9 8 6 / 1 9 9 1 3 6 4 1 7 M u n i c í p i o s M R H O e s t e P a r a n á 3 5 6 4 2 M u n i c í p i o s : 1. A s s i s C h a t e a u b r i a n d 2. C a s c a v e l 3. F o z d o I g u a ç ú 4. M e d i a n e i r a 5. S a n t a H e l e n a 6. S ã o M i g u e l d o I g u a ç ú 7. T o l e d o W N S E 0 50 10 0 15 0 K i l o m e t e r s
Emigração Intra-Regional - Oeste PR - 2005-2010.
Imigração Intra-Regional 1975-1980, 1986-1991 e 1995-2000. 1 9 7 5 / 1 9 8 0 1 9 9 5 / 2 0 0 0 1 1 7 7 5 2 5 2 3 6 4 1 9 8 6 / 1 9 9 1 3 6 4 1 7 M u n i c í p i o s M R H O e s t e P a r a n á 3 5 6 4 2 M u n i c í p i o s : 1. A s s i s C h a t e a u b r i a n d 2. C a s c a v e l 3. F o z d o I g u a ç ú 4. M e d i a n e i r a 5. S a n t a H e l e n a 6. S ã o M i g u e l d o I g u a ç ú 7. T o l e d o W N S E 0 5 0 1 0 0 1 5 0 K i l o m e t e r s
Imigração Intra-Regional Oeste - Pr 2005-2010.
Fonte: Rippel (2005, pg. 200) Chefes de Família Imigrantes Interestaduais com Tempo de UF menor do que 10 anos, Economicamente Ativos segundo Inserção Produtiva no Oeste do PR. 70/80; 81/91; 90/2000. Condição de Ocupação 1980, 1991 e 2000 Total % Total % Total 1980 1991 2000 % Trabalhador Agrícola Volante 743 2,53 955 3,53 Parceiro/Meeiro Empregado 217 0,74 433 1,6 Parceiro/Meeiro Autônomo/Conta Própria 416 1,42 585 2,16 Agricultura 1.347 4,59 354 1,31 1.058 5,31 Pecuária 267 0,91 338 1,25 909 4,57 Outros Agropecuários 81 0,28 132 0,49 Indústria 7.522 25,65 4.052 14,97 2.666 13,39 Indústria Extrativista 0 87 0,44 Comércio e Serviços 7.054 24,06 10.236 37,82 6.172 31 Construção 0 1.537 7,72 Educação, Saúde, Atividades Recreativas e Associativas, Serviços Pessoais e Organismos 0 1.896 9,52 Outros Mal Definidos 70 0,24 145 0,54 Atividades Mal Especificadas 0 302 1,52 Autônomo/Conta Própria Agricultura 6.476 22,09 1.717 6,34 1.159 5,82 Autônomo/Conta Própria Pecuária 156 0,53 111 0,41 388 1,95 Autônomo/Conta Própria Outros Agropecuária 80 0,27 87 0,32 Autônomo/Contra Própria Indústria 812 2,77 1.785 6,6 Autônomo/Contra Própria Comércio/Serviços 2.762 9,42 3.442 12,72 Autônomo/Contra Própria Outros Mal Definidos 94 0,32 63 0,23 Funcionário Público 1.224 6,15 Empregador 1.107 3,78 1.802 6,66 1.428 7,17 Sem Remuneração 117 0,4 297 1,1 Trabalhador Doméstico Empregado 0 395 1,46 228 1,15 Trabalhador Doméstico Autônomo/Conta Própria 0 134 0,5 858 4,31 Não remunerado em ajuda a membro domicílio 0 0 0 Total Geral de Trabalhadores Captados 29.321 100 27.063 100 19.912 100
Oeste PR PEA por Setor da Economia de 1970 a 2000, dados censitários e taxas de crescimento anuais Setor de Atividade Econômica PEA % sobre % sobre PEA % sobre % sobre Taxa de PEA % sobre % sobre Taxa de PEA % sobre % sobre Taxa de Taxa de 1970 Pop.Total PEA 1980 Pop.Total PEA Crescto. 1991 Pop.Total PEA Crescto. 2000 Pop.Total PEA Crescto. Crescto. da região Regional da região Regional anual de da região Regional anual de da região Regional anual anual de em 1970 em 1970 em 1980 em 1980 1971-80 em 1991 em 1991 1981-91 em 2000 em 2000 1991-00 1970-00 Agricultura, pecuária, silvicultura, extração vegetal, caça e pesca 210.254 27,94 78,8 160.301 16,69 46,96-2,68 123.604 12,17 30,23-2,34 102693 9,02 20,76-2,04-2,36 Prestação de Serviços 12.144 1,61 4,55 47.535 4,95 13,93 14,62 87.634 8,63 21,44 5,72 47761 4,19 9,65-6,52 4,67 Transportes, comunicações 4.861 0,65 1,82 11.642 1,21 3,41 9,13 15.215 1,5 3,72 2,46 30172 2,65 6,1 7,9 6,27 Atividades Industriais 16.661 2,21 6,24 54.593 5,68 15,99 12,6 67.977 6,69 16,63 2,01 93004 8,17 18,8 3,54 5,9 Comércio de Mercadorias 10.170 1,35 3,81 36.397 3,79 10,66 13,6 64.860 6,38 15,86 5,39 120101 8,17 24,28 7,09 8,58 Atividades Sociais 4.637 0,62 1,74 15.254 1,59 4,47 12,65 27.403 2,7 6,7 5,47 29152 2,56 5,89 0,69 6,32 Administração Pública 3.221 0,43 1,21 7.845 0,82 2,3 9,31 13.458 1,32 3,29 5,03 22787 2 4,61 6,03 6,74 Outras Atividades 4.876 0,65 1,83 7.769 0,81 2,28 4,77 8.680 0,85 2,12 1,01 49047 4,31 9,91 21,22 8 Total 266.824 35,46 100 341.336 35,53 100 408.831 40,24 100 494717 41,07 100 Fonte: Rippel (2005, pg. 132).
% no Total Chefes Imigrantes no Oeste PR Por Escolaridade de 1960 2000 50,00 45,00 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 60/70 70/80 81/91 90/00 Período Sem Instrução Primário Incompleto Ginásio Incompleto 2o. Grau Incompleto 2o. Grau Completo ou mais
Quociente Locacional - QL É utilizado para comparar a participação percentual da população de um município com a participação percentual da região. O quociente locacional pode ser analisado a partir de domicílios específicos ou no seu conjunto. É expresso pela equação abaixo. A importância do município no contexto regional, em relação ao domicílio estudado, é demonstrada quando QL assume valores acima de 1. Nesse caso (quando o QL for maior que 1) indica a representatividade do domicílio em um município específico. O contrário ocorre quando o QL for menor que 1. Dessa forma, a partir da análise do QL, poder-se-á visualizar a concentração de cada setor em cada um dos municípios.
QLs. - População Urb.- Municípios do Oeste Paranaense 1970/2000 1970 1980 1 2 12 3 4 5 8 1 2 12 10 3 4 5 8 33 14 19 33 14 19 40 42 39 44 45 48 26 25 22 40 42 39 44 45 48 26 25 22 1991 2000 1 33 36 42 40 41 2 12 3 10 14 30 29 34 35 45 39 44 5 4 6 8 15 16 19 20 27 21 26 25 24 46 49 48 50 22 1 2 3 11 10 9 12 13 31 14 32 30 29 33 34 28 36 35 37 38 45 39 42 44 40 41 43 27 4 15 5 6 7 8 16 19 17 18 20 26 21 46 25 24 47 49 48 50 22 23 0 100 km Notas: QL? 1 / Forte 0,50? QL? 0,99 / Médio QL? 0,49 / Fraco
QL População Urbana 2010
QLs. - População Rur.- Municípios do Oeste Paranaense 1970/2000 1970 1980 1 2 1 2 3 3 5 5 4 10 4 8 8 12 12 33 14 19 33 14 19 40 42 39 44 45 48 26 25 22 40 42 39 44 45 48 26 25 22 1991 2000 1 33 36 42 40 41 2 3 10 12 14 30 29 34 35 45 39 44 5 4 6 8 15 16 19 20 27 21 26 46 25 24 49 48 50 22 1 2 3 11 10 9 12 13 31 14 32 30 29 33 34 28 36 35 37 38 45 39 42 44 40 41 43 27 4 15 5 6 7 8 16 19 17 18 20 26 21 25 24 46 47 49 48 50 22 23 0 100 km Notas: QL 1 / Forte 0,50 QL 0,99 / Médio QL 0,49 / Fraco
QL População Rural 2010
Fases e Fatores de Interferência na Ocupação Migratória no Oeste do Paraná - 1946/2010 I Fase (1946/1970) Fatores de Interferência Conquista e Ocupação do Espaço Regional Econômicos Marcha para o Oeste Demográficos Propensão à migração por parte de pequenos produtores de outras áreas do país Exógenos Financiamento federal e estadual Demarcação da fronteira internacional Famílias com elevado número de componentes Altas taxas de fecundidade Fonte: Rippel (2005, pg. 213 e pesquisa PD. 2013).
Fatores de Interferência Exógenos II Fase (1970/1985) Saturação e Ruptura Demográfica Regional Econômicos Implementação da política nacional de desenvolvimento do setor agroexportador Consolidação da Revolução Verde no território nacional Financiamento aos produtores a taxas de juros abaixo da inflação Tecnificação acelerada da produção agrícola com absorção de insumos industrializados, via de regra, de origem de empresas transnacionais Fortalecimento do Complexo Agroindustrial nacional Consolidação de áreas intra-estaduais e interestaduais com acelerada expansão econômica (exemplo de São Paulo e da região metropolitana de Curitiba). Adoção do binômio soja e trigo como carros-chefes da política agrícola do país Crise econômica da década de 1980 no país ( década perdida ) Demográficos Criação de novas áreas de fronteira com capacidade de absorção migratória Estabelecimento de novos fluxos em direção à fronteira Fortalecimento dos fluxos em direção ao núcleo motor do desenvolvimento nacional Sudeste
Fatores de Interferência III Fase (1985-2010) Ajuste e Acomodação Demográfica Regional Econômicos Demográficos Diminuição de novos e expressivos locais nacionais capazes de atraírem investimentos Estabilidade econômica nacional Quedas das taxas de fecundidade nacionais Arrefecimento dos estímulos à migração no país Exógenos Reduzido ritmo de crescimento econômico do país
Fatores de Interferência Endógenos I Fase (1946/1970) Conquista e Ocupação do Espaço Regional Econômicos Solo fértil Terras a preços bem acessíveis Clima propício Topografia altamente favorável Pouca necessidade de tecnificação da produção Ocupação extensiva do território da região via pequenas propriedades rurais Financiamento privado pelas colonizadoras da área Demográficos Região praticamente despovoada Grande capacidade de absorção de migrantes Baixo grau de exigência da qualificação da mão-de-obra a ser absorvida Uso intensivo da mão-de-obra familiar
Fatores de Interferência II Fase (1970/1985) Saturação e Ruptura Demográfica Regional Econômico Demográfico Redistribuição do uso do território regional concomitante a existência de um processo de concentração fundiária (reconcentração) Intensificação tecnológica da produção rural Modernização e consolidação das rotas de transporte da área Ocorrência de um ciclo continuado de geadas que culminaram na geada negra de 1975 Início e conclusão da construção da Hidrelétrica de Itaipu Saturação da capacidade das propriedades da região de manterem todos os integrantes das famílias na área Emigração notadamente de origem rural para destinos diversos Êxodo rural Grande capacidade inicial de absorção de migrantes por parte das áreas urbanas da região Endógenos Uso intensivo do território da região via propriedades rurais médias e grandes
Fatores de Interferência III Fase (1985-2010) Ajuste e Acomodação Demográfica Regional Econômico Crescimento e consolidação do complexo agroindustrial da região Demográfico Elevadas taxas de circularidade migratória no entorno das cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo e Medianeira Fortalecimento do setor de serviços e de comércio das principais cidades da região Queda da capacidade das áreas urbanas dos municípios da região de absorverem trabalhadores mantendo qualidade de vida Reduzidas taxas de fecundidade na região. (aprox. 2,0) Elevação da qualificação da mãode-obra regional Redução (saturamento) da capacidade de assimilação de indivíduos pelas áreas urbanas Endógenos Uso intensivo do território da região via propriedades rurais médias e grandes
Considerações Finais: 1) As transformações originadas da reestruturação da produção modificaram os quesitos de localização de atividades bem como os da qualificação da força de trabalho do país, e no caso do Oeste do Paraná configuraram espacialmente, nas últimas décadas, o aparecimento de distintos fluxos migratórios. Particularmente do ponto de vista da origem e destino, bem como das etapas e volumes da migração.
2) Com a mudança do perfil produtivo da área, mudou a intensidade e a direção dos movimentos migratórios. Neste movimento a tecnificação da produção agropecuária nem sempre foi o fator preponderante no processo. Vez que ao conjunto das mudanças econômicas da região, somaram-se fatores atrativos dos locais de destino dos emigrantes da área.
3) O perfil da imigração na região foi marcado inicialmente por uma mão-de-obra com baixa qualificação, de reduzido nível escolar que se inseriu produtivamente no setor primário da região. Porém com o passar do tempo dada a modernização da produção rural e a acelerada urbanização regional ocorreu forte queda no volume de absorção de migrantes na região, e a área passou a exigir mais qualificação dos mesmos para se inserirem.
4-) Assim os imigrantes passaram a apresentar melhores níveis educacionais e se inseriram de forma mais consistente nos setores secundário e terciário da economia regional. De modo que a área deixou de ser um local de forte atração de migração passando a ser local de emigração, configurando-se com região de circularidade migratória.