Histórico e Conceitos Bioequivalência e Equivalência Farmacêutica Controle de Qualidade Inicialmente a eficácia clínica era atribuída apenas à atividade farmacológica do ativo Problemas associados a ineficácia Me. Lyghia Meirelles Histórico e Conceitos Hoje é sabido que excipientes e processos podem tornar um fármaco tóxico ou ineficaz Introdução do termo biodisponibilidade pelo FDA (déc. 70) Fatores que afetam a Fatores fisiopatológicos Características do paciente Propriedades físico-químicas do fármaco Fatores relacionados à forma farmacêutica Brasil - Lei dos genéricos Biofarmácia 1
Determinação quantitativa no sangue, plasma, soro e urina em função do tempo Parâmetros farmacocinéticos ASC C máx T máx Intravascular (IV) ASC = Dose Clearance Extravascular (EV) ASC = F x Dose Clearance Caso propranolol (25%) A qual via corresponde cada curva representada ao lado? Onde F é a fração absorvida. 2
Absoluta B Abs = ASC EV / ASC IV Relativa B Rel = ASC Teste / ASC Ref Requerida para registro de genéricos e similares C max e ASC: 80 125% Aplicação de Estudos de Liberação Modificada x Liberação Imediata Algumas alterações na Formulação / Processo Alterações de Posologia / Esquema Terapêutico Avaliação de Bioequivalência entre Medicamentos. Classificação dos Medicamentos Industrializado/Especialidade farmacêutica Genérico Similar Similar Referência Referência Manipulado Oficinal Magistral Genérico Intercambialidade?! 3
Medicamento de Referência É o produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro, através de ensaios clínicos. Medicamento Genérico Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. Protegido pela Lei nº 9.279/96 (INPI) Lei nº 9787/99 Lei dos Genéricos Medicamento Genérico Objetivo 95% das doenças catalogadas pelo Ministério da Saúde possuem opções genéricas. Ranking de vendas (2013/2014) 1. RIVOTRIL ROCHE 2. LOSARTANA POTASSICA GENÉRICO 3. GLIFAGE XR MERCK 4. AMOXICILINA GENÉRICO 5. HIDROCLOROTIAZIDA GENÉRICO 6. CEFALEXINA GENÉRICO 7. ATENOLOL GENÉRICO 8. METFORMINA GENÉRICO 9. ARADOIS - BIOLAB SANUS 10. CIPROFLOXACINO GENÉRICO No mínimo 35% mais barato (?) Corresponderam a 27,3% das vendas no mercado farmacêutico brasileiro em 2013. Fonte: ANVISA/2014. 4
Intercambialidade X Medicamento Similar Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma forma farmacêutica, concentração, posologia, via de administração e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Parâmetros Referência Genérico Similar Inovação Sim Não Não Nome comercial Sim Não Sim Mesmo ativo - Sim Sim Mesma concentração - Sim Sim Mesma forma farmacêutica - Sim Sim Mesma via de administração - Sim Sim Mesma posologia - Sim Sim Mesma indicação - Sim Sim Mesma composição (excipientes) - Não Não Mesma apresentação - Sim Não Igualdade?! 5
Intercambialidade Equivalência Terapêutica Equivalência Farmacêutica Equivalência Terapêutica = Equivalência Farmacêutica + Bioequivalência 1º Equivalência farmacêutica 2º Bioequivalência Equivalência farmacêutica entre dois medicamentos relaciona-se à comprovação in vitro de que ambos contêm o mesmo fármaco, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos, cumprindo as especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira ou nos demais códigos autorizados. Responsável: EQFAR/REBLAS/ANVISA Diferenças nos resultados in vitro podem significar diferenças na biodisponibilidade, comprometendo a bioequivalência entre os dois produtos. Atendimento das especificações físico-químicas. 6
Barreiras: Solubilidade em meio aquoso Permeabilidade de membrana Sistema de Classificação Biofarmacêutica Fatores fisiológicos Fatores farmacêuticos Bioequivalência (in vivo) Dois medicamentos são considerados bioequivalentes ao serem administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais e não demonstrarem diferenças significativas na quantidade e na velocidade de fármaco absorvido. O teste de bioequivalência realizado de acordo com as Boas Práticas de Clínica (BPC) e de Laboratório (BPL), em voluntários sadios para garantir que dois medicamentos equivalentes farmacêuticos apresentarão mesma biodisponibilidade. 7
Bioisenção 35 laboratórios habilitados dos quais 37% em SP, 20% no RJ e 14% em GO Brasil - RDC Nº 37, de 3 de agosto de 2011 (ANVISA) dispõe sobre o Guia para isenção e substituição de estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência SCB IN nº 2 de 14 de março de 2013 Bioisentos Apenas a Equivalência Farmacêutica e a Certificação de BPF são necessários para assegurar a equivalência terapêutica. 1. Medicamentos administrados por via parenteral (IV, IM, SC ou IT). Ex.: furosemida injetável, cisplatina. 2. soluções de uso oral. Ex.: paracetamol gotas. 3. pós para reconstituição que resultem em solução. Ex.: ceftriaxona sódica, cloridrato de doxorrubicina. 4. gases. Bioisentos 5. soluções aquosas otológicas e oftálmicas. Ex.: timolol. 6. medicamentos de uso tópico, não destinados a efeito sistêmico. Ex.: dexametasona, tobramicina. 7. medicamentos inalatórios ou sprays nasais, apresentados sob forma de solução aquosa. Ex.: halotano, isoflurano. 8. medicamentos de uso oral cujos fármacos não sejam absorvidos no trato gastrintestinal. Ex.: dimeticona, mebendazol. 9. medicamentos isentos de prescrição médica, que contenham ácido acetilsalicílico, paracetamol, dipirona ou ibuprofeno, na forma farmacêutica sólida. 10. medicamentos de aplicação tópica. Ex.: aciclovir creme. 8
Equivalência Terapêutica Mesma eficácia clínica Mesma segurança Equivalentes Terapêuticos Mesmo potencial para gerar efeitos adversos Equivalência Terapêutica Requisitos Realizar o teste de Equivalência Farmacêutica entre o medicamento teste e o medicamento de referência indicado pela autoridade reguladora.* Realizar o teste de Bioequivalência entre esses medicamentos utilizando o mesmo lote já aprovado na Equivalência Farmacêutica.** Dispor do certificado de Boas Práticas de Fabricação. Mudanças... Mudanças... Intercambialidade RDC nº 58/14 Genérico Referência Similar 9
Leitura recomendada Artigo: Anexo (Academus) O novo contexto da intercambialidade de medicamentos no Brasil: Medicamentos Similares e suas bases técnico-científicas 10