Capítulo 3. Descrição da Estação de Trabalho do Sistema de bombeamento



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Transcrição:

Capítulo 3 Descrição da Estação de Trabalho do Sistema de bombeamento 3.1) Introdução Para o melhor entendimento das características e funcionalidades da estação de trabalho, esta será inicialmente apresentada em forma de plantas didáticas. O objetivo é apresentar detalhadamente todos os equipamentos envolvidos nesta planta, tais como: medidores de grandezas elétricas e mecânicas; atuadores de vazão, pressão, etc; acionamentos com partida suave, partida direta e inversor de freqüência. Todos desenvolvidos para aplicação de comando e controle industrial. A planta está apta a simular diversas condições operativas de cargas comumente utilizadas em processos industriais. 3.2) Estação de trabalho do LAMOTRIZ 3.2.1) Características gerais da planta industrial A estação de trabalho da bomba centrífuga é equipada com um sistema completo de controle e acionamento, em painel independente, contendo três formas distintas e autônomas de partida, quais sejam: partida direta, soft-starter e inversor de freqüência. 56

Nesta estação de trabalho estão instalados um motor de linha padrão e um da linha altorendimento, ambos podem acionar a carga de modo independente através de um sistema de trilhos que permite uma rápida e simples troca de motores. Neste sentido, as figuras 3.1 e 3.2 mostram através de fotografias, uma visão geral da planta industrial do LAMOTRIZ. Figura 3.1 Visão geral da bancada do sistema de bombeamento 57

Figura 3.2 Equipamentos de informática Para monitoramento e controle, a bancada é equipada com computador dedicado, no qual está instalado o sistema supervisório confeccionado com o software Indusoft 6.1 SP2. O módulo de carga é composto por: uma bomba centrífuga, dois reservatórios de água e, também, por dispositivos sensores e atuadores. No painel de controle e atuação, ainda, estão instalados o controlador lógico programável (CLP), medidor de grandezas elétricas e elementos de acionamento e proteção como contatores, disjuntores e fusíveis. A planta industrial forma um sistema de acionamento completo, composto por proteção e medição; sistemas de automação e medição integrados, capazes de controlar automaticamente a execução, a coleta de dados e a emissão de relatórios. O acionamento é composto por dois motores (convencional e alto rendimento) e pelos três modos de partida citados anteriormente, permitindo a visualização de diversas formas de controle e operação de equipamentos industriais similares e de maior porte, com uma variação controlada da carga aplicada ao motor elétrico. 58

O sistema é dividido em duas bancadas, sendo que a primeira contém um microcomputador (CPU, monitor, teclado, no-break e mouse), onde se encontra instalado o sistema supervisório e a segunda abriga o sistema de comando e os elementos de acionamento e proteção. Adicionalmente, esta estação de trabalho também é responsável pela medição dos parâmetros elétricos de entrada dos motores, bem como o acondicionamento do sistema de aquisição dos dados mecânicos, hidráulicos e térmicos. A planta possui uma comunicação interna via Modbus RTU, com velocidade de 19.200, 8 data bits, 1 stop bit, sem paridade. Esta rede interliga o CLP, os acionamentos (partida suave, inversor de freqüência e partida direta) e o medidor de energia elétrica. A rede de comunicação da bancada da bomba centrífuga está representada na figura 3.3. Figura 3.3 Rede de comunicação da bancada da bomba centrífuga 59

3.2.2 Características específicas do sistema de bombeamento O presente item retrata as características específicas para a estação de trabalho do sistema de bombeamento. Além da bomba centrífuga, esta bancada é composta por um dinamômetro, tipo freio de Focault. Assim, a mesa referente ao conjunto motor-bomba foi dimensionada para a instalação da bomba centrífuga e dinamômetro. A fotografia apresentada na figura 3.4 mostra o conjunto motor-bomba fixo na estação de trabalho. Figura 3.4 Conjunto motor-bomba fixos na bancada A fixação dos motores na mesa permite que os mesmos sejam conectados em ambas as cargas possibilitando tanto a troca de motores quanto a troca de carga, quer sejam: bomba centrífuga e dinamômetro. Esta troca de posição entre as cargas, também, é isenta de alterações nas conexões elétricas. O diagrama orientativo mostrado pela Figura 3.5 permite uma melhor visualização das características obtidas. Vale ressaltar que o diagrama na figura não apresenta todos os instrumentos necessários. 60

3F+N+T 220/127 V 60 C SUPERVISÓRIO BOMBA Multi Medidor C C PD C SS C IF SWITCH C C CP IF P V D T M θ N T M θ I/O Modbus Analógico Torque Ethernet BANCADA 1 DINAMÔMETRO Controle e Aquisição de dados BANCADA 1 BOMBA CENTRÍFUGA M M BANCADA VISTA SUPERIOR C Contator PD Partida Direta IF Inversor de Freq. SS Partida Suave CP Controlador Programável V Sensor de Vazão P Sensor de Pressão N Sensor de Nível T Sensor de Torque Θ Sensor de velocidade M1 Motor Convencional M2 Motor Alto Rendimento D Dinamômetro Figura 3.5 Diagrama orientativo da bancada da bomba centrífuga O módulo de carga é composto por dois reservatórios com capacidade de 100 litros cada, de material transparente (acrílico), sendo que o primeiro foi instado na parte inferior da bancada e o segundo a uma altura de 2 metros. Entre os reservatórios está instalado um duto de escoamento com uma válvula elétrica de retenção e um by-pass, feito com uma 61

válvula manual. Na saída da bomba centrífuga estão presentes uma válvula de retenção, uma válvula eletro-pneumática proporcional de estrangulamento e os transmissores de pressão e vazão. Em ambos os reservatórios foram instalados transmissores de nível. Todos os sensores mencionados têm seus indicativos monitorados (histórico, curvas e valores instantâneos) e mostrados no sistema supervisório da bancada. A figura 3.6 mostra o reservatório superior, construtivamente, ambos os reservatórios são iguais. Figura 3.6 Reservatório superior da bancada de bombeamento A tabela 3.1 enumera todos os componentes presentes na estação industrial. Os principais serão explorados posteriormente, tanto em sua função na bancada como em seu funcionamento. 62

Tabela 3.1 Componentes presentes na estação de bombeamento Item Quant. Ref. Descrição Modelo Fabricante 1 1 LIT-01 Transmissor de pressão diferencial EJA110A-DM Yokogawa 2 1 FIT-01 Transmissor de pressão diferencial EJA110A-DM Yokogawa 3 1 PIT-01 Medidor de pressão manométrico LD-301 Smar 4 4 LSH/LSL Chave de nível tipo bóia magnética RFS Contech 5 1 XV-01 Válvula solenóide Tipo 521 AICAS 6 1 XV-02 Válvula solenóide Tipo 521 AICAS 7 1 XV-03 Válvula solenóide Tipo 521 AICAS 8 1 PI-01 Manômetro petroquímico Módena 9 1 FV-01 Válvula de controle RC-WCB Foxwall eletropneumática 10 1 FE-01 Placa de orifício Digitrol 11 1 Manifold Digitrol 12 1 Torquímetro MKDQ150 MK 13 1 Sensor infravermelho Vicro 13 1 Motor Convencional HD67106 Weg 14 1 Motor alto-rendimento GE30500 Weg 15 1 Bomba centrífuga 92SHB Schneider 3.2.3) Os motores As características de placa dos motores de indução trifásicos utilizados no LAMOTRIZ são especificadas na seqüência deste trabalho : Motor da Linha Padrão: WEG: Modelo: HE36350; Grau de Proteção: IP55; Isolação: B; Regime: S1; Potência Nominal: 1,5 [cv]; Tensões: 220/380 [v]; Correntes: 4,27/2,47 [A]; Freqüência: 60 [Hz]; Rotação: 3370 [rpm]; (Ip/In): 7,5; Categoria: N; FS: 1,15; Rendimento: 78,6% e cos φ: 0,86. 63

Motor de Alto-Rendimento: WEG: Modelo: G192961; Grau de Proteção: IP55; Isolação: F; Regime: S1; Potência Nominal: 1,5 [cv]; Tensões: 220/380 [v]; Correntes: 4,02/2,33 [A]; Freqüência: 60 [Hz]; Rotação: 3390 [rpm]; (Ip/In): 7,5; Categoria: N; FS: 1,15; Rendimento: 82,5%; cos φ: 0,87. Vale ressaltar que cada motor (convencional e de alto-rendimento) possui sensores de temperatura do tipo PT100, instalados na carcaça e em cada enrolamento do estator, permitindo a monitoração deste parâmetro via sistema supervisório. 3.2.4) O dinamômetro O dinamômetro presente no LAMOTRIZ, e que é parte integrante da estação de trabalho da bomba centrífuga, é do tipo freio de Foucault, ou seja, um dispositivo eletromagnético de frenagem e simulação de cargas mecânicas no eixo do motor até 200% da sua condição nominal. É composto por um braço oscilante onde são dispostas duas bobinas e um disco de alumínio, constituindo um sistema de freio por correntes de Foucault. Permite a simulação de cargas variáveis no eixo dos motores. A força aplicada ao eixo é controlada através de tensão contínua nas duas bobinas. O equipamento tem como características principais: Tipo: disco de Foucault; Alimentação: 220 V ca / 60 Hz; Tensão nas bobinas: 0 a 190 V cc, regulável por potenciômetro (conversor incorporado); Força de frenagem: 7,0 Nm; Sensor de Força: célula de carga. Na Figura 3.7 é possível visualizar uma fotografia com o dinamômetro tipo freio de Foucault como o utilizado no LAMOTRIZ. 64

Figura 3.7 - Dispositivo eletromagnético de frenagem e simulação de cargas 3.2.5) A bomba centrífuga A bomba centrífuga utilizada no laboratório é de fabricação da empresa Schneider Motobombas, de série BC e modelo 92SHA, carcaça em ferro fundido GG-15, rotor em alumínio, selo construído em inox 304, buna N, grafite e cerâmica, 3450 rpm [38]. A figura 3.8 apresenta a curva vazão x altura x rendimento%, enquanto a figura 3.9 aponta a curva vazão x potência mecânica, ambas extraídas do catálogo fornecido pelo fabricante do equipamento. Figura 3.8 Curva vazão x altura x rendimento % 65

Figura 3.9 Curva vazão x potência a) NPSH Net Positive Suction Head Para que bombas centrífugas possam funcionar de modo satisfatório, necessitam da ausência de vapor na tubulação de sucção. Quando a pressão interna na bomba atinge um valor abaixo da pressão de vapor do líquido, ocorrerá a formação de bolhas de vapor nesse local. Essas bolhas se encontram e formam zonas de ar, este fenômeno é conhecido como cavitação e, reduz a eficiência da bomba, provoca ruído, vibrações e, em casos mais severos, causa fratura do rotor ou da carcaça, entre outros [33, 37]. Para que a bomba funcione sem a ocorrência de cavitação é necessária uma certa quantidade de energia aplicada ao sistema de sucção, conhecido como NPSH (Net Positive Sucion Head). Quanto maior for a vazão da bomba e a altura de sucção negativa, maior será a possibilidade da bomba cavitar em função do NPSH. Para que o NPSH seja satisfatório é necessário que a pressão em qualquer ponto da linha nunca venha reduzir-se à pressão de vapor do fluído bombeado [37]. Assim, para uma boa performance, o fabricante Schneider Motobombas, responsável pela bomba centrifuga instalada no LAMOTRIZ recomenda a seguinte situação: NPSHd > NPSHr + 0,6 Onde; NPSHd: é o NPSH disponível no sistema de bombeamento; NPSHr: é o NPSH requerido pela carga. A figura 3.10 traz a curva vazão versus NPSH para a bomba instalada no Laboratório de Sistemas Motrizes da Universidade Federal de Uberlândia. 66

Figura 3.10 Curva vazão x NPSH 3.2.6) Detalhamento dos sensores e atuadores O detalhamento dos sensores e atuadores constituintes da bancada estão indicados no fluxograma simplificado apontado na figura 3.11 e detalhados nos itens a seguir. Figura 3.11 Fluxograma simplificado da bancada de bombeamento 67

a) LSL-01,02 e LSH-01,02 Chave de nível tipo bóia magnética, série RFS Chave de nível tipo bóia magnética, instalação lateral, conexão rosca 1/2" NPT(M), material do corpo em polipropileno, diâmetro da bóia 18 mm, 1 contato SPST, 10 Watt. As chaves da série RFS são indicadas com o objetivo de garantir segurança de nível alto para evitar transbordamento e de nível baixo para evitar que a bomba trabalhe a vazio. Em seu princípio de funcionamento, um sensor é ativado pela bóia, conforme o nível do produto a ser medido varia, abrindo ou fechando os contatos de acordo com a configuração solicitada. A figura 3.12 registra alguns modelos destas chaves [39]. Figura 3.12 Chaves de nível tipo bóia magnética b) LIT-01 e FIT-01 Transmissor de nível por pressão diferencial LIT-01 Transmissor de pressão diferencial, capacitivo, sinal de saída 4 a 20 ma a 2 fios, alimentação de 12 a 45 Vcc, característica linear, faixa de 0 a 1000 mmh 2 O, indicador local, conexão processo 1/2", suporte 2" e dreno. FIT-01 mesmo tipo de equipamento utilizado em LIT-01, porém para uma faixa de vazão entre 0 e 5000 mmh 2 O. O equipamento utilizado é de fabricação de YOKOGAWA, modelo EJA 110 A, é um sensor que registra e transmite para o CLP o valor da pressão de liquido bombeado. Indicado para medição de pressão diferencial, absoluta e manométrica, o equipamento utiliza sensor de silício ressonante, possuindo exatidão de 0,075% dentro do alcance de 100:1. Fornece sinal de 4-20 ma para comunicação com o CLP. A figura 3.13 ilustra o sensor supra mencionado [40]. 68

Figura 3.13 Transmissor de pressão diferencial YOKOGAWA c) XV-01 e XV-02 Válvulas solenóides XV-01 Válvula solenóide, duas vias, tipo diafragma, conexão rosca BSP, diâmetro 1", normalmente fechada, alimentação 24 Vcc, bobina classe F. XV-02 Válvula solenóide, duas vias, tipo diafragma, conexão rosca BSP, diâmetro 3/4", normalmente aberta, alimentação 24 Vcc, bobina classe F. Uma válvula solenóide consiste na associação entre um solenóide (ou bobina) com o núcleo móvel e seu obturador e, uma placa com um orifício, no qual é inserido o obturador de maneira a impedir ou não a passagem de fluxo. Seu funcionamento se baseia na atração do núcleo móvel quando a bobina é energizada [41]. A válvula solenóide é demonstrada na figura 3.14. Figura 3.14- Válvulas solenóide 69

d) PI-01 Manômetro Manômetro tipo petroquímico, enchimento com glicerina, diâmetro 4 1/2", conexão ao processo 1/2", faixa de 0 a 30 kgf/cm 2. O princípio de funcionamento para esse tipo de manômetro é um tubo preenchido com uma certa quantidade de líquido. A pressão é medida em uma das aberturas do tubo usando como referência, geralmente a pressão atmosférica. O manômetro petroquímico esta indicado na figura 3.15. Figura 3.15 Manômetro petroquímico e) PIT-01 Transmissor de pressão manométrico Transmissor de pressão manométrico, capacitivo, sinal de saída 4 a 20 ma a 2 fios, alimentação de 12 a 45 V cc, característicaa linear, faixa de 0 a 30 kgf/cm 2, indicador local, conexão processo 1/2", suporte 2" e dreno [42]. O LD301,, de fabricação da Smar, é um transmissor para medição de pressão diferencial, absoluta, manométrica, nível e vazão. O transmissor é baseado num sensor capacitivo, ou seja, um capacitor que sofre variação da capacitância em função de uma grandeza não elétrica. Neste caso, a variação no valor nominal do capacitor é provocada por redução da área de separação entre as placas. Este transdutor está ilustrado na figura 3.16. 70