www.michelgouveia.adv.br Michel Gouveia (não respondo no messenger) Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia michel@michelgouveia.adv.br
A instrução normativa 90, de 17 de novembro de 2017, alterou os procedimentos para os pedidos de prorrogação do auxílio-doença. Tal instrução normativa cria um procedimento que, em linhas gerais, tem por objetivo a cessação do benefício do segurado.
O ponto crucial é a agenda de perícia médica da APS vinculada ao benefício ou a escolhida pelo segurado. A aplicação da IN 90, levará em consideração a agenda da APS. Se a agenda da APS for uma agenda boa, ou seja, perícias realizadas dentro de 30 dias, quase não haverá alterações nos procedimentos de perícias.
IN 77/2015 Art. 304. O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado. 1º Na análise médico-pericial deverá ser fixada a data do início da doença - DID e a data do início da incapacidade - DII, devendo a decisão ser fundamentada a partir de dados clínicos objetivos, exames complementares, comprovante de internação hospitalar, atestados de tratamento ambulatorial, entre outros elementos, conforme o caso, sendo que os critérios utilizados para fixação dessas datas deverão ficar consignados no relatório de conclusão do exame. 2º Caso o prazo fixado para a recuperação da capacidade para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual se revele insuficiente, o segurado poderá: I - nos quinze dias que antecederem a DCB, solicitar a realização de nova perícia médica por meio de pedido de prorrogação - PP; II - após a DCB, solicitar pedido de reconsideração - PR, observado o disposto no 3º do art. 303, até trinta dias depois do prazo fixado, cuja perícia poderá ser realizada pelo mesmo profissional responsável pela avaliação anterior; ou III - no prazo de trinta dias da ciência da decisão, interpor recurso à JRPS.
Art. 1º Fica estabelecido que os Pedidos de Prorrogação - PP dos benefícios de auxílio-doença, realizados no prazo estabelecido no inciso I do 2º do art. 304 da Instrução Normativa - IN nº 77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015, devem observar os seguintes procedimentos: I - quando o tempo de espera para realização da avaliação médico-pericial for menor que trinta dias, a avaliação será agendada, aplicando-se as mesmas regras do PP, inclusive gerando Data de Cessação Administrativa - DCA, quando for o caso; e II - quando o tempo de espera para realização da avaliação médico-pericial ultrapassar trinta dias, o benefício será prorrogado por trinta dias, sem agendamento da avaliação médico-pericial, sendo fixada DCA, exceto se: a) a última ação foi judicial; b) a última ação foi de restabelecimento; e c) a última ação foi via Recurso Médico (seja via rotina de Recurso ou via rotina de Revisão Analítica, após o requerimento de Recurso). 1º Após a segunda solicitação de prorrogação do caso elencado no inciso II do caput, obrigatoriamente será agendado o exame médico pericial. 2º No período com fixação de DCA, caso o segurado sinta-se apto, poderá retornar ao trabalho sem necessidade de nova perícia médica, formalizando o pedido de cessação do benefício na Agência da Previdência Social de manutenção do seu benefício. 3º Não caberá PP quando o benefício possuir marcação de agendamento de avaliação médicopericial. 4º Em quaisquer dos casos dispostos nos incisos do caput, findo o prazo de prorrogação, caso o segurado sinta-se apto, poderá retornar ao trabalho sem necessidade de perícia médica.
Como era o pedido de prorrogação do AD antes da IN 90? Quais os efeitos deste pedido de prorrogação do auxílio-doença? Há algum limite para tais requerimentos?
O que mudou com a IN 90/17? Deixa de existir o PP (pedido de prorrogação do AD) Passamos aos pedidos de solicitações de prorrogação. Vigora novas siglas: PMAN (pedido de manutenção do benefício) PPMC (pedido de perícia médica conclusiva) PPMRES (pedido de perícia médica resolutiva)
PMAN PPMC PPMRES Prorrogação automática por 30 dias + 30 dias, caso não tenha vaga na APS para perícia. Só pode requerer por duas vezes. Não permite quando o benefício tem origem judicial. Mantém a DCB Prorroga por: 60 ou 180 dias ou 1 ano, fixando DCA. Sugere: RP, AA ou Ap Inv Permitido prorrogar quando o benefício tem origem judicial. Mantém a DCB Sugere: RP, AA, Ap. Inv Não prorroga
Com o advento da IN 90, como ficou o pedido de prorrogação do AD? Quais o efeitos deste pedido de prorrogação? Se o segurado se sentir apto ao trabalho, precisa requerer perícia de alta médica?
PMAN (pedido de manutenção do benefício) Trata da prorrogação automática do benefício por 30 dias, contados da data da DCB anterior e fixando nova DCA. O PMAN poderá ser requerido por duas vezes. Somente será prorrogado automaticamente o benefício, se a agenda da APS para realização de nova perícia for superior a 30 dias.
PMAN (pedido de manutenção do benefício) Quando a concessão do AD for via judicial, seja concessão inicia ou restabelecimento, não caberá o requerimento do PMAN, neste caso, o segurado deverá realizar o PPMC ou PPMRES.
Caso o segurado não tenha direito ao PMAN, terá direito a 1 PPMC e 1 PPMRES. Se o segurado já fez o PPMC ou PPMRES, não terá direito ao pedido do PMAN. Sempre será permitido ao segurado o PPMRES. Em qualquer situação, o segurado terá direito de recorrer administrativamente, bem como requerer o restabelecimento judicial.
www.michelgouveia.adv.br FIM!!!! Ah ah ah ah ah ah... Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube