ANO XXIII - 2012-2ª SEMANA DE AGOSTO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 33/2012 ASSUNTOS DIVERSOS ICMS - BA



Documentos relacionados
Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Coordenação-geral de Competitividade e Inovação

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº C, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Taxa de Serviço do Consumidor pelos Serviços Prestados de Agência de Viagens

ANO XXIII ª SEMANA DE AGOSTO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 33/2012 ASSUNTOS DIVERSOS ICMS - CE LEGISLAÇÃO - PB LEGISLAÇÃO - PE

ASSUNTOS DIVERSOS ICMS - PR LEGISLAÇÃO - PR ANO XXI ª SEMANA DE DEZEMBRO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 50/2010

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Notas no valor total da prestação dos serviços emitida por agência de viagens na tributação do ISS

PROJETO DE LEI N.º 3.984, DE 2012 (Do Sr. Jorge Tadeu Mudalen)

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL - ICMS/IPI

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Sistema Público de Escrituração Digital

EFD PIS COFINS ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL


VISÃO DA COMUNIDADE EMPRESARIAL

ANO XXII ª SEMANA DE ABRIL DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2011 PIS/PASEP/COFINS IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI , DE 29 DE DEZEMBRO DE

Lei nº , de 19 de outubro de Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense - Campus Sombrio

06/04/2011. Convênio ICMS nº 143, de 15 de dezembro de Institui a Escrituração Fiscal Digital EFD. Ato Cotepe ICMS 09/2008

67. As ME e EPP, optantes ou não pelo Simples Nacional, podem emitir que tipo de nota fiscal?

O NOVO ENQUADRAMENTO JURIDICO DAS EMPRESAS DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL PALESTRA SPED FISCAL REGRAS GERAIS

Habilitação Profissional do Tecnólogo em Gestão do Turismo

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MATEUS ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO

ANEXO 18 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL - EFD

Guia Prático da Escrituração Fiscal DIgital - EFD Infrmações Gerais sobre a EFD

Gestão do Malha Fina GMF - Procedimentos Gerais

Módulo Contábil e Fiscal

II - acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil;

PROJETO DE LEI /2015

Capítulo 1- Agências de Viagem

SPED - EFD - Escrituração Fiscal Digital

DECRETO N.º DE 28 DE FEVEREIRO DE 2011*

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS

Prefeitura Municipal de Ibirataia Estado da Bahia

LEI Nº , DE 12 DE SETEMBRO DE 2014.

empresas constantes de seus anexos, de acordo com o Estado da Federação em que estava localizado o contribuinte.

SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL

SPED Contábil. ECD Escrituração Contábil Digital. Vera Lucia Gomes 28/08/2008 ABBC. 1

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.054, DE 23 DE ABRIL DE 2004.

CARTILHA PARA CONDOMINIOS DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DOS CONDOMÍNIOS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Parecer Coletivo Município. Transporte de Pacientes e Passageiros. RECEFITUR. DAER. Lista Prévia. Exigência. Multas. Descabimento.

COMANDANTE DO EXÉRCITO PORTARIA Nº 134, DE 19 DE MARÇO DE 2007.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001/DIR/2012

LIVRO ÚNICO DO REGULAMENTO DO IMPOSTO ÚLTIMA ALTERAÇÃO DECRETO DE 17 DE JULHO DE 2009.

PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO Nº 1750 DO DIA 06/08/2012.

ATRIBUIÇÕES DAS FUNÇÕES GRATIFICADAS

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2004

Decreto Nº1601 de 19 de Agosto de 2009 DECRETA:

Marcones Libório de Sá Prefeito

SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTES E DA JUVENTUDE SUBSECRETARIA DA JUVENTUDE

Coordenação-Geral de Tributação

Presidência da República

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

II. Atividades de Extensão


RESOLUÇÃO CONJUNTA CEG/CEPG N.º 01/99

a) constituição e retorno de capitais brasileiros no exterior e de capitais estrangeiros no País;

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

DOE Nº Data: 11/04/2013 PORTARIA Nº 036/2013-GS/SET, DE 10 DE ABRIL DE 2013.

REGULAMENTO PARA CONCESSÃO DE BOLSAS PARA SERVIDORES DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Procedimentos e Controles Internos - Distribuição de Fundos de Investimento Imobiliários. RB Capital DTVM

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

NORMA DE EXECUÇÃO Nº 03, DE 21 DE JUNHO DE 2011

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES Aprovado pelo Colegiado de curso em agosto de 2010

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 478, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.

ATO PGJ N.º 230/2010

MUNICÍPIO DE PANAMBI RS

Agência de Propaganda

DOU de 30/07/2015 (nº 144, Seção 1, pág. 73) DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito PORTARIA Nº 95, DE 28 DE JULHO DE 2015

(Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) O Congresso Nacional decreta:

DECRETO EXECUTIVO nº. 014/2012 D E C R E T A:

Lei Complementar n 43, de 16 de dezembro de 2010

Anexo III Contratações de Serviços de Consultoria (Pessoa Física e Jurídica)

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Instrução Normativa RFB nº 1.293, de 21 de setembro de 2012

Ministério da Indústria e do Comércio EMPRESA BRASILEIRA DE TURISMO DECRETO Nº , DE 15 DE JULHO DE 1980

RESOLUÇÃO Nº, DE DE DE MINUTA (versão 3)

ALGUNS ESCLARECIMENTOS SOBRE A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO (LEI /2011)

REGIMENTO INTERNO DA FUNDAÇÃO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE JOINVILLE - (FITEJ)

FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO

1. COMPETÊNCIAS DAS DIRETORIAS

Palestra. SPED - NF Eletrônica - Escrituração Fiscal Digital - Atualização. Março Elaborado por:

Resolução Nº 034/2012-ConEPE/UnP Natal-RN, 10 de setembro de 2013.

LEI Nº 358/2011. Súmula: Institui o Fundo Municipal de Saúde e dá outras providências. Capitulo I. Objetivos

INSTRUÇÃO NORMATIVA SMFA Nº 01/2010

EFD PIS COFINS Teoria e Prática

EFD Escrituração Fiscal Digital (SPED Fiscal)

Projetos da Receita Federal

Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014.

LEI N. 084/91. O PREFEITO MUNICIPAL DE ALTO TAQUARI, Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, etc.

Agências de Viagens e Turismo. guia para empresários e empreendedores

LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Transcrição:

ANO XXIII - 2012-2ª SEMANA DE AGOSTO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 33/2012 ASSUNTOS DIVERSOS SERVIÇOS TURÍSTICOS - CONSIDERAÇÕES Introdução - Objetivo - Prestadores Sujeitos ao Cadastramento - Serviço de Hospedagem - Exclusão - Agência de Turismo - Serviços Turísticos - Atividades Complementares - Frota Própria - Transportadoras Turísticas - Transporte Turístico de Superfície - Ministério do Turismo - Organizadora de Congressos e Convenções - Promotores de Eventos - Prestadores de Serviços Turísticos de Organização de Eventos - Categorias - Organizadora de Feiras e Exposições - Parques Temáticos - Definição - Penalidade - Considerações Quanto à Penalidade - Defesa - Considerações Complementares... ICMS - BA Pág. 221 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL - ASPECTOS GERAIS Introdução - SPED Fiscal - Algumas Informações - Conceito - Abrangência - Obrigatoriedade... Pág. 225

AGOSTO - Nº 33/2012 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - BAHIA ASSUNTOS DIVERSOS Sumário 1. Introdução 2. Objetivo SERVIÇOS TURÍSTICOS Considerações 3. Prestadores Sujeitos ao Cadastramento 4. Serviço de Hospedagem 5. Exclusão 6. Agência de Turismo 6.1 - Serviços Turísticos 6.2 - Atividades Complementares 6.3 - Frota Própria 7. Transportadoras Turísticas 7.1 - Transporte Turístico de Superfície 8. Ministério do Turismo 9. Organizadora de Congressos e Convenções 9.1 - Promotores de Eventos 9.2 - Prestadores de Serviços Turísticos de Organização de Eventos - Categorias 10. Organizadora de Feiras e Exposições 11. Parques Temáticos - Definição 12. Penalidade 12.1 Considerações Quanto à Penalidade 12.2 Defesa 13. Considerações Complementares 1. INTRODUÇÃO Nesta matéria abordaremos as sociedades empresárias, sociedades simples e os empresários individuais que prestem serviços turísticos remunerados, denominados prestadores de serviços turísticos, no que diz respeito às normas e diretrizes relativas ao cadastro obrigatório e à fiscalização. 2. OBJETIVO O cadastro de que tratamos tem por objetivo a identificação dos prestadores de serviços turísticos, com v ista ao reconhecimento de suas ativ idades, empreendimentos, equipamentos e serviços, bem como do perfil de atuação, qualidade e padrões dos serviços por eles oferecidos. 3. PRESTADORES SUJEITOS AO CADASTRAMENTO Estão sujeitos ao cadastramento no Ministério do Turismo os seguintes prestadores de serviços turísticos, definidos em Legislações específicas: a) meios de hospedagem de turismo; b) agências de turismo; c) transportadoras turísticas; d) prestadores de serviços de organização de congressos, convenções e eventos congêneres; e) prestadores de serviço de organização de feiras, exposições e eventos congêneres; f) parques temáticos; g) outros prestadores de serviços que exerçam atividades reconhecidas pelo Ministério do Turismo como de interesse para o turismo; h) as filiais dos prestadores de serviços turísticos. Nota: Ressalta-se que somente poderão prestar serviços de turismo a terceiros, ou intermediá-los, os prestadores de serviços turísticos anteriormente, quando devidamente cadastrados no Ministério do Turismo. 4. SERVIÇO DE HOSPEDAGEM Consideram-se meios de hospedagem de turismo os estabelecimentos com licença de funcionamento para prestar serviços de hospedagem, expedida por autoridade competente. Serviços de hospedagem são aqueles prestados por empreendimentos ou estabelecimentos empresariais administrados ou explorados por prestadores de serviços turísticos hoteleiros, que ofertem alojamento temporário para hóspedes, mediante adoção de contrato de hospedagem, tácito ou expresso, e cobrança de diária pela ocupação da unidade habitacional. Os empreendim ent os ou est abel eci ment os empresariais que explorem ou administrem a prestação de serviços de hospedagem mediante unidades mobiliadas e equipadas e outros serviços oferecidos aos hóspedes, quaisquer que sejam as suas denominações, inclusive os conhecidos como flats, apart-hotel ou condohotel, estão sujeitos às normas legais que regem as atividades comerciais e empresariais hoteleiras, ao cadastramento obrigatório e ao Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem em vigor. Nota: Entende-se por diária o preço da hospedagem correspondente à utilização da unidade habitacional e dos serviços incluídos, no período de 24 (vinte e quatro) horas, compreendido entre os horários fixados para entrada e saída de hóspedes. 221

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - BAHIA 5. EXCLUSÃO Estão excluídos das obrigações estabelecidas nesta matéria os empreendimentos ou estabelecimentos que disponibilizem a totalidade de suas unidades para serem utilizadas por terceiros, por períodos superiores a 30 (trinta) dias, conforme Legislação específica. 6. AGÊNCIA DE TURISMO Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que exerce, de modo isolado, cumulativo ou simultâneo, atividades econômicas próprias de organização e de intermediação remunerada entre f ornecedores e consumidores de serviços turísticos, bem como atividades complementares a esses serviços. 6.1 - Serviços Turísticos A atividade de intermediação própria de agências de turismo, comumente chamadas agências de viagens, compreende a oferta, a reserva e a venda a consumidores de um ou mais dos seguintes serviços turísticos fornecidos por terceiros: a) passagens; b) acomodações e outros serviços em meios de hospedagem; c) programas educacionais e de aprimoramento profissional; d) serviços de recepção, transferência e assistência; e) excursões, viagens e passeios turísticos, marítimos, fluviais e lacustres. A atividade de organização própria de agências de turismo, comumente chamadas operadoras turísticas, compreende a elaboração de programas, serviços e roteiros de viagens turísticas, nacionais ou internacionais, emissivas ou receptivas, que incluam mais de 1 (um) dos serviços referidos nas letras a a e deste subitem. Nota: A intermediação prevista neste subitem não impede a oferta, reserva e venda direta ao público pelos fornecedores dos serviços nele elencados. 6.2 - Atividades Complementares As atividades complementares das agências de turismo, observada a Legislação aplicável, compreendem a intermediação, organização ou execução dos seguintes serviços: a) obtenção de passaportes, vistos ou qualquer outro documento necessário à realização de viagens; b) transporte turístico de superfície; AGOSTO - Nº 33/2012 c) desembaraço de bagagens em viagens e excursões; d) intermediação remunerada na locação de veículos, em serviços de carga e na reserva e venda de ingressos para espetáculos públicos, artísticos, esportivos, culturais e outras manifestações públicas; e) operação de câmbio manual para uso exclusivo dos clientes, atendidas as exigências do Banco Central do Brasil; f) representação de empresas transportadoras, de meios de hospedagem e de outras fornecedoras de serviços turísticos; g) assessoramento e execução de atividades que lhes são próprias em feiras, exposições, congressos e eventos similares; h) venda comissionada ou intermediação remunerada de seguros vinculados a viagens, passeios e excursões e de cartões de assistência ao viajante; i) venda de livros, revistas e outros artigos destinados a viajantes; j) prestação de serviços ligados ao acolhimento turístico, consistente na organização de visitas a museus, monumentos históricos e outros locais de interesse turístico; k) outros serviços de interesse de viajantes. 6.3 - Frota Própria As agências de turismo que pretendam operar diretamente, com frota própria, excursões, passeios ou traslados, deverão atender aos requisitos específicos exigidos para o transporte turístico, inclusive quanto à v istoria e classif icação indiv iduali zada de seus equipamentos, sejam veículos ou embarcações de turismo. 7. TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS Consideram-se transportadoras turísticas os prestadores de serv iços turísticos autorizados pelos órgãos governamentais competentes a fazer transporte coletivo de passageiros, na categoria fretamento turístico, e transporte aquaviário, na categoria ou atividade turismo. 7.1 - Transporte Turístico de Superfície O transporte turístico de superfície é o serviço remunerado prestado no deslocamento de pessoas por vias terrestres ou aquáticas, em veículos terrestres ou 222

AGOSTO - Nº 33/2012 embarcações, para o fim de realização de excursões, viagens, passeios ou outras programações turísticas, compreendendo as seguintes modalidades: a) excursão: é realizada em âmbito municipal, intermunicipal, interestadual ou internacional para o atendimento de programas turísticos organizados por agências de turismo, que incluam, além do transporte de superfície, hospedagem, alimentação e visita a locais turísticos; b) passeio local: é realizado para visitas aos locais de interesse turístico de um Município ou de suas vizinhanças, sem incluir pernoite; c) traslado: é realizado em âmbito municipal, intermunicipal ou interestadual, entre estações terminais de embarque e desembarque de passageiros, meios de hospedagem, locais onde se realizem congressos, convenções, feiras, exposições e as suas respectivas programações sociais; d) especial: é o serviço de transporte ajustado diretamente por entidades civis associativas, sindicais, de classe, desportivas, educacionais, culturais, religiosas, recreativas, grupo de pessoas físicas e pessoas jurídicas, sem objetivo de lucro, e a transportadora turística, realizado em âmbito municipal, intermunicipal, interestadual e internacional. 8. MINISTÉRIO DO TURISMO O Ministério do Turismo, ouvidos os demais órgãos governamentais competentes, fixará: a) os tipos de veículos terrestres para o turismo e as condições e padrões para sua classificação individualizada por categorias de conforto e serviços; b) os padrões para a identificação oficial a serem usados nos veículos terrestres referidos na letra anterior. 9. ORGANIZADORA DE CONGRESSOS E CONVENÇÕES Compreende-se por organizadora de congressos, convenções e atividades congêneres os prestadores de serviços turísticos promotores de eventos que tenham por finalidade: a) o aperfeiçoamento cultural, científico, técnico ou educacional dos participantes; b) a divulgação ou o intercâmbio de experiências e técnicas pertinentes a determinada atividade profissional, empresarial ou área de conhecimento; c) o congraçamento prof issional e social dos participantes. ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - BAHIA 9.1 - Promotores de Eventos Constituem serviços de organização de eventos: a) o planejamento do evento, mediante a elaboração de projeto compreendendo a definição de todas as etapas, ou partes delas, e as providências necessárias à sua execução; b) o gerenciamento do evento, compreendendo a organização e a supervisão da distribuição das tarefas de instalação e funcionamento de todos os serviços, ou parte deles, e atividades necessárias à sua realização e à consecução dos seus objetivos; c) a montagem, decoração e a adequação dos espaços a serem utilizados no evento; d) os serviços de secretaria relativos à programação e aos trabalhos apresentados e produzidos no evento, disponibilizando pessoal e equipamentos adequados a essa finalidade; e) o fornecimento e montagem, nas instalações onde se realizará o evento, dos equipamentos necessários à interpretação e tradução simultânea, bem como a alocação do pessoal necessário à operação desses equipamentos; f) a interpretação e tradução simultânea, mediante a utilização de intérpretes e tradutores; g) os serviços de recepção, cerimonial, atendimento e assistência ao público no local de realização do evento; h) a prestação de serviços de som e projeção; i) a sinalização, orientando o público quanto aos espaços e serviços disponíveis; j) outros serviços que atendam às necessidades específicas dos eventos. 9.2 - Prestadores de Serviços Turísticos de Organização de Eventos - Categorias Os prestadores de serviços turísticos de organização de eventos dividem-se nas seguintes categorias: a) organizadoras de eventos - responsáveis, mediante contrato ou outra forma de ajuste, pela prestação direta ou indireta dos serviços de planejamento e gerenciamento de eventos, constantes nas letras a e b do subitem 9.1; b) prestadoras de serv iços especializados - responsáveis, mediante contratação pela organizadora do evento, pela prestação remunerada dos serviços constantes das letras c a j do subitem 9.1, ou daqueles serviços que, por sua natureza e especialização técnica, destinem- 223

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - BAHIA se exclusiva ou predominantemente à realização de eventos. Nota: Excluem-se do âmbito de aplicação desta matéria os eventos patrocinados e promovidos por empresas, entidades ou associações, exclusivamente para seus empregados, funcionários ou sócios, bem como aqueles organizados por instituições de ensino autorizadas a funcionar na forma da Legislação própria, desde que não haja prestação remunerada de serviços. 10. ORGANIZADORA DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES Compreende-se por organizadora de feiras, exposições e eventos congêneres os prestadores de serviços turísticos que executem, mediante remuneração, serviços de promoção de eventos de natureza comercial ou industrial de bens ou serviços, que tenham por finalidade: a) fomentar o intercâmbio entre produtores e consumidores, a nível regional, nacional e internacional; b) estreitar vínculos de cooperação econômica entre mercados; c) divulgar produtos, técnicas e serviços, contribuindo para o seu aprimoramento; d) apresentar inovações nos processos de produção, industrialização e comercialização; e) favorecer a troca de informações e a transferência de experiências; f) divulgar conhecimentos ou informações sobre outros ramos de atividades que possam influir no processo de desenvolvimento econômico do País. Constituem serviços de organização de feiras, exposições e eventos congêneres o planejamento, a promoção, a administração, a locação de espaços, materiais e equipamentos de infra-estrutura necessários à montagem e ao funcionamento do evento. Nota: O disposto nesta matéria não se aplica às feiras livres, regidas por Legislação local e destinadas ao abastecimento supletivo de produtos essenciais à população, nem aos eventos educativos, culturais, científicos e outros, sem fins lucrativos e que não se caracterizem, direta ou indiretamente, pela finalidade comercial ou industrial de bens ou serviços. 11. PARQUES TEMÁTICOS - DEFINIÇÃO Consideram-se parques temáticos os empreendimentos ou estabelecimentos empresariais administrados ou explorados comercialmente por prestadores de serviços turísticos, implantados em local fixo e de forma permanente, AGOSTO - Nº 33/2012 ambientados tematicamente, que ofertem serviços de entretenimento, lazer, diversão ou eventos, mediante cobrança de ingresso dos visitantes, e cujo objeto social contemple expressamente essas atividades. Não se consideram parques como atividades turísticas: a) o conjunto de equipamentos de diversão com cobrança individual de ingressos, instalados de forma permanente em equipamentos urbanos; b) empreendimentos ou estabelecimentos instalados de forma temporária ou itinerante; e c) empreendimentos que tenham, conjuntamente com a cobrança de ingressos, a modalidade de clube social com titularidade de sócios, mesmo que remidos, ou direito de uso individual ou familiar mediante pagamento de títulos, anuidades ou mensalidades, com ou sem emissão de carteira de associados. 12. PENALIDADE A inobservância de obrigações estabelecidas na Legislação pertinente em v igor e nas normas complementares pelas prestadoras de serviços turísticos de que trata esta matéria constituirá infração, sujeitandose o infrator às penalidades previstas no art. 5º da Lei nº 6.505/1977, a saber: a) advertência por escrito; b) multa; c) suspensão ou cancelamento do cadastro; d) interdição de local, atividade, veículo, instalação, estabelecimento, empreendimento ou equipamento. Nota: As penalidades previstas nas letras b e d deste item poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 12.1 - Considerações Quanto à Penalidade É punível com aplicação de penalidade pecuniária, sem prejuízo da interdição do estabelecimento, o exercício das atividades e serviços turísticos tratados neste texto por qualquer pessoa física ou jurídica que não esteja devidamente cadastrada. Caberá ao Ministério do Turismo a disciplina e aplicação das penalidades estabelecidas. Os infratores serão notificados da aplicação da penalidade na forma e nos prazos a serem fixados pelo Ministério do Turismo. As importâncias devidas por multas não pagas nos prazos estabelecidos pelo Ministério do Turismo serão atualizadas na data do efetivo pagamento e 224

AGOSTO - Nº 33/2012 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - BAHIA recolhidas ao Tesouro Nacional. Os débitos decorrentes de multas aplicadas e não recolhidas serão inscritos na Dívida Ativa da União. Ao procedimento administrativo de apuração de infração e imposição de penalidade aplicam-se, subsidiariamente, às normas da Lei nº 9.784/1999. 12.2 - Defesa Da decisão que impuser penalidade caberá: a) pedido de reconsideração à autoridade que aplicou a penalidade, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data em que o interessado tomar ciência da decisão; b) recurso hierárquico ao Ministro de Estado do Turismo, apresentado junto à autoridade que expediu a notificação sobre a penalidade aplicada, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data em que o interessado tiver tido ciência do indeferimento do pedido de reconsideração. 13. CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES O Ministério do Turismo especificará, em norma própria, os procedimentos e os requisitos a serem cumpridos pelos prestadores de serviços turísticos elencados no item 3 para a solicitação de seu cadastramento, bem como as condições a serem observadas pelos órgãos oficiais competentes na análise e no def erimento do cadastramento. Necessário se faz verificar os atos e normas complementares à Lei nº 6.505/1977, não expressamente revogados pelo Decreto-lei nº 2.294/1986, e à Lei nº 8.181/ 1991, relativos às atividades, direitos, prerrogativas, obrigações e responsabilidades dos prestadores de serviços turísticos. O Ministério do Turismo exercerá a fiscalização das atividades dos prestadores de serviços turísticos, verificando o cumprimento do estabelecido na Legislação, procedendo: a) à apuração de reclamações ou constatação de infrações praticadas pelos prestadores de serviços turísticos, cabendo aos órgãos de defesa do consumidor os procedimentos relativos às denominadas infrações de consumo; b) à orientação aos prestadores de serviços turísticos para o perfeito atendimento às normas reguladoras de suas atividades. Os agentes da fiscalização terão livre acesso às instalações, áreas, equipamentos, arquivos, livros e documentos fiscais dos prestadores de serviços turísticos fiscalizados, sendo obrigação destes, nos limites da lei, fornecer todos os esclarecimentos e informações solicitados. Estão sujeitas à fiscalização toda e qualquer pessoa física ou jurídica que efetivamente exerça atividades de prestação de serviços turísticos, cadastrada ou não, ou que adote, por extenso ou de forma abreviada, expressões ou termos que induzam o público a erro quanto à regularidade do prestador do serviço. O Ministério do Turismo poderá delegar competência, com ou sem reserva de poderes, ou transferir, mediante convênio, o exercício das atividades e atribuições específ icas, a quaisquer órgãos e entidades da administração pública, em especial as funções relativas ao cadastramento e fiscalização dos prestadores de serviços turísticos, assim como a aplicação de penali-dades. Fundamentos Legais: Decreto nº 5.406/2005 e os citados no texto. ICMS - BA Sumário 1. Introdução ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL Aspectos Gerais 2. SPED Fiscal - Algumas Informações 3. Conceito 4. Abrangência 5. Obrigatoriedade 1. INTRODUÇÃO A Escrituração Fiscal Digital (EFD) é um dos subprojetos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Constitui-se em um arquivo digital, com um conjunto de informações referentes às operações, prestações de serviços e apuração de impostos do contribuinte. Nesta publicação, trataremos exclusivamente sobre os aspetos gerais do SPED fiscal, com base na Legislação disponível sobre o assunto, sendo que demais orientações aguardam futuras publicações dos Fiscos Estaduais conjuntamente com a Secretaria da Receita Federal. 2. SPED FISCAL - ALGUMAS INFORMAÇÕES O SPED fiscal ou a Escrituração Fiscal Digital é um 225

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - BAHIA novo modelo contábil e fiscal e abre um novo tempo nas relações entre Fisco e empresas. O movimento coloca às empresas que atuam no Brasil o imenso e profundo desafio de fornecer informações aos órgãos governamentais de fiscalização (municipais, estaduais e federal) de forma eletrônica. A implementação traz às empresas muito trabalho e alguns riscos, mas também uma série de avanços ao País e ao próprio ambiente de negócios, que passa a adquirir um nível de transparência que permite o livre acesso de informações ao Fisco e a identificação, cada vez mais ágil, de eventuais falhas, que serão sempre acompanhadas, na mesma velocidade, por eventuais punições que se façam necessárias. 3. CONCEITO A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos Fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente Sped. 4. ABRANGÊNCIA Em seu primeiro módulo substitui os seguintes Livros Fiscais: a) Registro de Entradas; b) Registro de Saídas; c) Registro de Inventário; d) Registro de Apuração do IPI; e) Registro de Apuração do ICMS Além disso, listamos abaixo uma listagem com demais obrigações que deverão ser incorporadas pelo SPED Fiscal: a) Informações do IPI na DIPJ; b) detalhamento da origem do crédito no PER/DCOMP (Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição/ Declaração de Compensação), no caso de Ressarcimento de IPI; c) coleta de dados em arquivos digitais pelo sistema SINCO (Sistema Integrado de Coleta); d) DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais; AGOSTO - Nº 33/2012 e) DCP - Declaração do Crédito Presumido do IPI; f) DE - Demonstrativo de Exportação; g) DIF (Bebidas, Cigarros e Papel Imune); h) arquivos digitais dos produtos do capítulo 33 da TIPI (Obrigação acessória específica para os estabelecimentos industriais de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria cuja receita bruta com a venda desses produtos seja igual ou superior a 100 milhões); i) arquivo com balancetes mensais das instituições financeiras obrigado pelo BACEN e denominado arquivo 4010; j) arquivo de demonstrações trimestrais entregue à CVM denominado ITR; k) arquivo com balancetes mensais das seguradoras obrigado pela Susep; l) informações do ICMS; m) guias informativas mensais; n) guias informativas anuais. Ressalta-se ainda que o contribuinte obrigado à EFD, a critério de cada Unidade Federada, poderá ser dispensado da entrega dos arquivos do SINTEGRA (Convênio ICMS nº 57/1995). 5. OBRIGATORIEDADE O Protocolo ICMS nº 77/2008 dispos sobre a obrigatoriedade da Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos termos das cláusulas terceira e oitava-a do Convênio ICMS nº 143/2006, que instituiu a EFD, para os 29.214 estabelecimentos, relacionados nos Anexos do Protocolo supracitado. Tal Legislação faculta ainda aos demais contribuintes com estabelecimentos localizados nesses Estados o direito de optar pela EFD, em caráter irretratável, mediante requerimento dirigido à respectiva Secretaria de Fazenda, Receita, Finanças ou Tributação com vistas ao seu credenciamento, de acordo com a forma por ela estabelecida. Fundamentos Legais: Informações da Receita Federal. 226