GESTÃO DO RISCO DE DESASTRES HIDROMETEOROLÓGICOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

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Transcrição:

ENGENHARIAS

GESTÃO DO RISCO DE DESASTRES HIDROMETEOROLÓGICOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS Contreras Oscco, Yoshin E. Estudante do Curso de Engenharia Civil de Infraestrutura ILATIT UNILA; E-mail: yoshin.oscco@aluno.unila.edu.br; Mata-Lima, Herlander Docente do curso de Engenharia Civil de Infraestrutura ILATIT UNILA. E-mail: herlander.lima@unila.edu.br. 1. Introdução Os eventos naturais geofísicos assumem proporção de desastres nas áreas onde há elevado número de pessoas e bens (e.g. infraestruturas) expostos ao risco (ALCÁNTARA- AYALA, 2002: 107). Os desastres assumem magnitudes significativas nos aglomerados urbanos densos, conforme destacado por Marcelino (2008: 5). Segundo GUHA-SAPIR et al. (2015: 1), mas de 47,2% do total de desastres são de origem hidrológico e 36,4% correspondem a desastres meteorológicos. Nesse sentido os desastres hidro-metereologicos devem merecer grande atenção da parte da comunidade técnico-cientifica como forma de promover ações que visem reduzir a vulnerabilidade das regiões afetadas. Assim, no âmbito do trabalho pretende-se: (1) realizar a análise fisiográfica completa das bacias com histórico de inundações; (2) estimar as vazões para diferentes períodos de retorno através de vários métodos; (3) representar o hidrograma unitário sintético do escoamento; e (4) estimar o risco associado ao dimensionamento de infraestruturas de drenagem para vários períodos de retorno. 2. Metodologia 2.1. Área de estudo A área de estudo é a bacia hidrográfica do trecho superior do rio Cascavel compreendido entre as latitudes 24 32 e 25 17 Sul e longitudes 53 05 e 53 50 Oeste (figura 1) pertencente à bacia hidrográfica Iguaçu. 2.2. Descrição dos métodos Para a delimitação da bacia utilizou-se um modelo digital do terreno (Digital Elevation Model-DEM) de 30 m de resolução espacial, imagem obtida do servidor EarthData Search (https://search.earthdata.nasa.gov/) do satélite ASTER Global Digital Elevation Model

(GDEM) v2. Após a obtenção do DEM utilizou-se o software livre GRASS GIS (https://grass.osgeo.org/) para a delimitação da bacia de forma automática mediante o algoritmo r.watershed.

FIGURA 1. Localização da bacia do rio de Cascavel Os parâmetros morfométricos da bacia foram obtidos mediante o algoritmo r.basin do GRASS GIS que exige os dados do DEM e as coordenadas do exutório. Calcularam-se os tempos de concentração (t c) com base nos métodos de Kirpich, Kerby, Ventura, Temez, Passini, B.Willians, Ven Te Chow, Picking, Giandotti e CHPW (ver MATA-LIMA et al., 2007: 528-529). Para reduzir o risco de falha da infraestrutura de drenagem analisou-se o comportamento da bacia hidrográfica considerando um tempo de concentração mais próximo do valor do t c médio (t cm) menos o desvio padrão (SD) (t c = t cm SD), razão pela qual se adotou um t c de 113 min obtido pelo método de Kirpich. Seguidamente obteve-se a precipitação de projeto usando a equação que representa a curva de Intensidade-Duração-Frequência (IDF) da precipitação para Cascavel, considerando períodos de retorno (tempo de recorrência, T r) de 2, 5, 10, 20, 50, 100 anos. Utilizou-se uma distribuição temporal da chuva correspondente ao primeiro quartil, respeitando a recomendação de Huff (1967: 1018) para chuvas com duração inferior a 12 horas. Para estimar a vazão e o hidrograma sintético de escoamento construiu-se uma planilha Excel para implementar os algoritmos de calculo com base nos métodos Racional (MR) e do Serviço de conservação do Solo (SCS) para analisar a sensibilidade dos resultados em função do método adotado. Adicionalmente, utilizou-se o software HEC-HMS para a simulação do escoamento e comparação de resultados. Finalmente foi avaliado o risco associado às inundações como auxilio para proposição de ações mitigadoras (estruturais e não estruturais). 3. Fundamentação teórica

Os desastres hidro-meteorologicos são influenciados por fatores naturais e artificiais que concorrem para sua ocorrência. No caso das inundações os fatores são principalmente: a ineficácia dos sistemas de drenagem, construções em área ribeirinhas (i.e. áreas naturalmente afetadas por enchentes) e alterações climáticas. As inundações devido à urbanização são causadas pelo desmatamento e impermeabilização que intensificam a erosão o aumento do escoamento superficial (ISDR, 2004: 2-3). As variáveis hidrológicas como o tempo de concentração (t c) e vazão de ponta do escoamento são fundamentais para analisar a resposta hidrológica de bacias hidrográficas (MATA-LIMA et al., 2007: 527). O t c é definido como o tempo necessário para que uma partícula de agua escoe desde o ponto hidraulicamente mais distante da bacia até o exutório (ELMOUSTAFA, 2012: 328) e depende de fatores geomorfológicos da bacia (e.g. área, comprimento e declividade do canal principal, etc.). Para o calculo da vazão e o hidrograma é comum usar o método Racional que é mais aplicado em bacias pequenas (até 1 km 2 ) e do Serviço de Conservação do Solo (SCS) que avalia o efeito de ocupação e uso do solo mediante o coeficiente CN (curve number) e também considera a heterogeneidade espacial da bacia hidrográfica. O efeito negativo dos desastres hidrológicos está relacionado à fragilidade do ambiente (natural e construído), ou seja, depende da vulnerabilidade dos elementos expostos ao risco (MARCELINO, 2008: 23). A vulnerabilidade é geralmente agravada pela combinação de fatores como classe social, gênero ou etnicidade (ALCÁNTARA-AYALA, 2002: 118). 4. Resultados FIGURA 2. Parâmetros morfometricos da bacia hidrográfica do rio Cascavel. Legenda: A - Declividade, B - Distancia até o exutório, C - Direções de fluxo, D- Ordem dos cursos de água-strahler, E - Comprimento das encostas.

(a) Hidrogramas do escoamento para os métodos Racional (MR) e do Serviço de Conservação do Solo (SCS) (b) Risco de falha das infraestruturas com distintos períodos de retorno (TR) 5. Conclusões FIGURA 3. Hidrogramas e risco de falha da infraestrutura. As vazões calculadas pelo método racional são superiores àquelas obtidas pelo método do Serviço de Conservação de Solos (SCS) e pela aplicação do HEC-HMS. O uso da vazão obtida pelo método racional proporciona maior segurança no dimensionamento de infraestruturas de drenagem urbana porque o fato das vazões de ponta serem mais elevadas reduz o risco de falha. 6. Principais referências bibliográficas ALCÁNTARA-AYALA, I. Geomorphology, natural hazards, vulnerability and prevention of natural disasters in developing countries. Geomorphology, v. 47, n. 2, p. 107-124, 2002. ELMOUSTAFA, A. M. Weighted normalized risk factor for floods risk assessment. Ain Shams Engineering Journal, v. 3, n. 4, p. 327-332, 2012. GUHA-SAPIR, P. H., REGINA BELOW. Annual Disaster Statistical Review 2014: The Numbers and Trends. CRED. Brussels, p.54. 2015. HUFF, Floyd A. Time distribution of rainfall in heavy storms. Water Resources Research, v. 3, n. 4, p. 1007-1019, 1967. ISDR-International Strategy for Disaster Reduction. Living with risk: a global review of disaster reduction initiatives. United Nations Office for Disaster Risk Reduction (UNISDR), 2004. 429p, ISBN 9211010640. MARCELINO, E. Desastres naturais e geotecnologias: conceitos básicos. 40p. INPE, Santa Maria, Brasil. MATA-LIMA, Herlander et al. Comportamento hidrológico de bacias hidrográficas: integração de métodos e aplicação a um caso de estudo. Rem: Revista Escola de Minas, v. 60, n. 3, p. 525-536, 2007.