França e Alemanha desenvolveram uma propaganda do ódio nas suas populações.

Documentos relacionados
Primeira Guerra Mundial

HISTÓRIA. aula Primeira Guerra Mundial ( )

História 9.º ano. Hegemonia e declínio da influência europeia

Primeira Guerra Mundial. Guerra das Guerras

1ª GUERRA MUNDIAL

Professor: Eustáquio.

Larissa Nunes Andrade Quadros.


Entre 1871 e 1914 a sociedade européia - liberal e capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade devido ao desenvolvimento industrial

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( ) PROF. RICARDO SCHMITZ

04. O INÍCIO DO SÉCULO XX E A GRANDE GUERRA

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( )

Questões orientadoras: A Europa e o Mundo no limiar do século XX. Imperialismo

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914/1918

Aula 17 A Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial ( )

1. ANTECEDENTES CAUSAS ESTRUTURAIS

A Primeira Guerra Mundial ( ) A Belle Époque ( )

AULA DE HISTÓRIA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. El Sal /02/2014

A Primeira Guerra Mundial ( )

1 Guerra Mundial e seus antecedentes. Professor Leopoldo UP

1 Guerra Mundial e seus antecedentes

Prof. Ruan Antunes. Transformações Geopolíticas da Primeira Guerra Mundial

Primeira Guerra Mundial

TEXTO BASE: 1ª GUERRA MUNDIAL ( ) Parte II

SABADÃO CSP O PERÍODO ENTRE GUERRAS PROF. BRUNO ORNELAS

1ª GUERRA MUNDIAL.

A Iª GUERRA MUNDIAL. Prof. Thiago

Instituto de Educação infantil e juvenil Inverno, Londrina, de. Nome: Ano: TEMPO Início: Término: Total: Edição 16 MMXIV grupo b

A 1ª GUERRA MUNDIAL. Por Jorge Freitas

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA AULA. Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX

PROMILITARES 17/08/2018 HISTÓRIA. Professor Marcelo Lameirão PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Na aula de hoje vamos tratar de dois assuntos: Primeira guerra Mundial e Revolução Russa:

História. I Guerra Mundial PROFº OTÁVIO

1ª Guerra Mundial ( ) PROFESSOR TÁCIUS FERNANDES

A GRANDE GUERRA Colégio Pedro II Campus São Cristóvão II 9º Ano Professora Robertha Triches

No dia 28 de junho de 1914, na cidade de Sarajevo, na Bósnia, o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando, foi assassinado juntamente

Apostila de História 36 Primeira Guerra Mundial ( )

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa

1ª GUERRA MUNDIAL. Apostila 1 Capitulo 2 Professora Erlani

ENTRADA DE PORTUGAL NA 1ª GUERRA MUNDIAL

1ª Guerra Mundial Werkbund. PUC Goiás Arquitetura e Urbanismo - TH 3

REGIONALIZAÇÃO E AS ORDENS MUNDIAIS

História. Primeira Guerra Mundial Parte 3. Profª. Eulália Ferreira

CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO

O Mundo e a Grande Guerra

Fatores da Segunda Guerra

PERCURSO 1 Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS

GLÓRIA FEITA DE SANGUE

A Primeira Guerra Mundial ( )

CEEJA MAX DADÁ GALLIZZI ATIVIDADE DE HISTÓRIA U.E. 15

História. Primeira Guerra Mundial. Professor Thiago Scott.

Primeira Guerra Mundial e Imperialismo

Primeira Guerra Mundial

Prof.ª Maria Auxiliadora

ANTECEDENTES DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

II GUERRA MUNDIAL

TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX

A G U G ERRA O IMPERIALISMO:

Formação do Sistema Internacional BHO (4-0-4)

A hostilidade entre os envolvidos começou já no século XIX. Segunda revolução industrial.

Metralhadora moderna (irmãos Maxim); Espingarda Lebel; Fuzil Mauser; Canhão Krupp; Aviões de guerra; Submarinos; Armas químicas: gás mostarda.

REVISÃO ANTECEDENTES DO CONFLITO

RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS DISSERTATIVOS. História Prof. Guilherme

Os Impérios e o Poder Terrestre. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

03) Explique os conceitos de espaço vital e pangermanismo existentes na política externa da Alemanha nazista.

Formação do Sistema Internacional DBBHO SB (4-0-4)

Formação do Sistema Internacional

O texto configura a situação política de regiões europeias marcadas:

HISTÓRIA. aula Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX

O NEOCOLONIALISMO EUROPEU

Unificação Italiana e Alemã. Prof. Leopoldo UP

02. ORDEM OU DESORDEM MUNDIAL?

Primeira Guerra Mundial

História. O Concerto europeu e o sistema de Bismarck - Parte 2. Profª. Eulália Ferreira

IMPERIALISMO, BELLE ÉPOQUE E PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( )

SEÇÃO TEÓRICA - ATIVIDADES

Características Gerais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais

PROF. TÁCIUS FERNANDES I GUERRA MUNDIAL

1ª Guerra Mundial, Crise do Capitalismo e República Velha

História. Guerra Fria. Professor Cássio Albernaz.

HISTÓRIA. aula Segunda Guerra Mundial ( )

Ano: 9º Turma: 9.1 e 9.2

A ERA DO IMPERIALISMO

1º bimestre 2010_3ª série Contemporânea Unificações tardias (Alemanha e Itália). Cap39, p. 374 até 378. Roberson de Oliveira

O continente europeu

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

The bitterest tears shed over graves are for words left unsaid and deeds left undone.

Professor João Paulo Bandeira

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia

1- O IMPERIALISMO: Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do

UD II - ASSUNTO 6 O CONGRESSO DE VIENA E A SANTA ALIANÇA 02 TEMPOS

UD II - ASSUNTO 6 O CONGRESSO DE VIENA E A SANTA ALIANÇA 02 TEMPOS OBJETIVOS:

Ano: 9º Turma: 9.1 e 9.2

100 anos da Primeira Guerra Mundial. Entenda como o assassinato de um arquiduque austríaco há exatos 100 anos levou a Europa à Guerra.

Prof. Franco Augusto

Transcrição:

As Causas da primeira Guerra Mundial 1 - Nacionalismo exagerado França e Alemanha desenvolveram uma propaganda do ódio nas suas populações. 2 - Rivalidades entre estrados europeus Rivalidade comercial e colonial entre Inglaterra e Alemanha. França Alemanha disputam entre o território a Alsácia-Lorena. Impe. Russo e Austro-Húngaro disputam a sua influência sobre os Balcãs. 3 - Corrida aos armamentos Alemanha 4 - Formação de 2 blocos político-militares/aliança Tríplice Aliança Alemanha, Emp. Austro-húngaro e Itália Tríple entende França, Inglaterra e Emp. Russo Algumas das causas básicas da Primeira Guerra Mundial remontam ao início do século XIX. Os povos controlados por outros países começaram a desenvolver sentimentos nacionalistas. Países juntaram-se em alianças rivais para conseguirem os seus objectivos. Lutaram por colónias e outras terras. Finalmente, as relações internacionais ficaram nubladas e as nações continuaram com a diplomacía secreta. Em 28 de Junho de 1914 o assasinato do Arquiduque Francisco Ferdinando despoltou a guerra. Gavrilo Princip, um estudante que vivia na Sérvia, disparou sobre Ferdinando. Em 28 de Junho de 1914, o Império Austro-Húngaro declarou guerra á Sérvia, começava a Primeira Guerra Mundial. Em 29 de Junho a Russia ordenou a mobilização geral. Em 1 de Agosto a Alemanha declarou guerra á Russia. A 3 de Agosto a Alemanha declarou guerra á França. No dia seguinte a Alemanha invadiu a Bélgica. A Grã-Bretanha declarou guerra á Alemanha. ------------------

. A Primeira Grande Guerra Antes da 1ª Guerra Mundial, o Mundo vivia assim: todos contra todos. As grandes nações rivalizavam entre si pelo controlo de mercados, matérias-primas e territórios. No papel de potência mais importante estava a Inglaterra, dona de quase 1/5 do território mundial. A Alemanha ocupava a posição de país recém-unificado que ansiava por colónias e novos mercados. Neste clima hostil, iniciou-se uma corrida ao armamento. O processo ficou conhecido como paz armada. Ou seja, a Europa havia-se transformado num barril de pólvora. RIVALIDADES INTERNACIONAIS Concorrência económica entre Inglaterra, França e Alemanha Disputas por territórios ultramarinos necessidade de matérias-primas e de novos mercados França quer reconquistar a Alsácia e a Lorena, territórios dominados pela Alemanha desde 1871 Intensificação de nacionalismos - povos da Península Balcânica encontravam-se sob o domínio dos impérios Austro-Húngaro e Otomano e pretendiam a independência Pangermanismo e pan-eslavismo ------- 27. 1ª Guerra Mundial Completa o roteiro de conteúdos: Alterações políticas: A Alemanha fica dividida, perde as colónias e territórios para a Polónia, restitui a Alsácia-Lorena à França. A Rússia também perde territórios para a Estónia, Letónia e Lituânia que tal como a Áustria e a Hungria ficam independentes. Alterações económicas: Devido a enormes perdas materiais, a Europa fica com a economia destruída. Alterações sociais: Há elevadas perdas humanas; muitas pessoas ficam afectadas a nível físico e psicológico. As pessoas perdem a Esperança num mundo de paz e passam a viver o presente o melhor possível. Perda da supremacia europeia: Os E. U. A. passam a liderar a nível económico e político. Supremacia: Os E. U. A. que constituem grandes empresas e adoptam o método de divisão de trabalho e o trabalho em cadeia o o o o o O Tratado de Versalhes (1919) impôs à Alemanha duras obrigações. No mesmo ano, nasceu a Sociedade das Nações. A Europa saiu destroçada da 1ª Guerra Mundial, já que sofreu: Há elevadas perdas humanas e materiais Perdeu a hegemonia económica e política que tinha no mundo. Os E.U. A. devido à adopção de novos métodos de produção em série e em cadeia passam a ser a 1ª potência mundial.

. o As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer na Alemanha um sentimento de revolta. As indemnizações enterraram a economia alemã, já abalada pela guerra. Nasceu um terreno fértil para o surgimento e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para a Segunda Guerra Mundial ------ O ambiente vivido antes da grande guerra: rivalidade económica e nacionalismos No início do século XX, a Europa era um continente dividido e marcado por inúmeras rivalidades. Um dos principais motivos era a disputa das colónias. Em cada um dos principais países havia cenários diferentes: Grã-Bretanha - era detentora de um grande império colonial e possuía um regime parlamentar apoiado por uma burguesia industrial extremamente poderosa e influente; França - mantinha uma enorme rivalidade com a Alemanha, que nascera com a guerra Franco-prussiana em 1870/71. Deste conflito resultou a vitória alemã e a perda da província da Alsácia-Lorena, uma importante fonte de matérias-primas industriais como carvão ou o ferro; Alemanha - era a maior rival da Grã-Bretanha em termos económicos. Detinham também um grande poder industrial e financeiro. Neste país havia um profundo movimento nacionalista que defendia uma vida militar assente no expansionismo do estado germânico; Austria-Húngria - a força do império Austro-húngaro assentava na organização e disciplina do seu exército, dominados por um monarca com um poder absoluto, o Imperador Francisco José; Balcãs - tornaram-se um autêntico barril de pólvora devido ao clima de tensão em que se vivia. Em 1908 a Áustria-Hungria conquistou a Bósnia-Ersgorvnia que pretendia seguir a sua política expansionista procurando garantir a submissão da Sérvia; Rússia - dominada pelo regime autoritário do czar Nicolau II, mantinha uma enorme rivalidade com a Áustria-Hungria pela posse da península Balcânica. A política das alianças O clima de rivalidade económica no continente europeu conduziu a uma corrida ao armamento por parte das grandes potências. A ameaça de confrontos levou à constituição de alianças militares, através das quais os países se comprometiam a auxiliar-se reciprocamente em caso de ataque inimigo. Assim, em 1882 foi formada a

Tríplice Aliança, assinada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. Em 1907, formou-se a Tríplice Entente, constituída pela França, Grã-Bretanha e Rússia. A Tríplice Aliança (a verde) e a Tríplice Entente (a cor-de-rosa) eram, assim, duas alianças militares e políticas opostas. Esta política de alianças manteve uma relativa estabilidade no equilibro europeu, mas não evitou a corrida aos armamentos. Vivia-se nesta época um clima de paz armada, pois qualquer incidente poderia comprometer esse frágil equilibrado. O início da grande guerra: atentado de Sarajevo No dia 28 de Junho de 1914, ocorreu um incidente que despoletou a I Guerra Mundial: o atentado de Sarajevo. Gavril Princip era um estudante, de nacionalidade sérvia e destacado dirigente de uma sociedade secreta de cariz nacionalista intitulada MÃO NEGRA, cujo principal objectivo era lutar contra a soberania austro-húngara. O arquiduque Francisco Fernando era o príncipe herdeiro da coroa austrohúngara. Juntamente com a sua esposa foi assassinado á queima-roupa por Gravil Princip em plena via publica após ter assistido a uma sessão solene no edifício Sarajevo. O imperador Austro-húngaro, Francisco José, não se conformou com a perda do seu herdeiro, exigiu explicações ao governo Sérvio, pois os seus conselheiros desconfiavam dos serviços secretos da Sérvia no atentado de 23 de Julho de 1914. Preocupados com o atraso da formalização da acusação a Gavril Princip, a Áustria-Hungria fez um ultimato à Sérvia, exigindo chamar a si as responsabilidades pela condução do inquérito do atentado. Perante a recusa da Sérvia, no dia 28 de Julho a Áustria-Hungria declarou-lhe guerra. Dois dias depois, a Rússia, tradicional aliada da Sérvia entra em acção e declarou guerra à Áustria-Hungria. Nos dois dias seguintes foram formadas as alianças militares sucedendo-se as declarações de guerra. Em Agosto de 1914, a Alemanha movimentou-se e invadiu a Bélgica e posteriormente a França. Iniciavase assim a 1ª Guerra Mundial. O primeiro conflito mundial Os países inicialmente envolvidos na guerra pensaram que esta iria ser curta: os Aliados (países da Tríplice Entente) contavam com a superioridade numérica dos seus efectivos; as Potências Centrais

(Tríplice Aliança) confiavam na superioridade técnica do seu armamento. Numa primeira fase, os dois blocos confrontaram-se em três frentes: a frente ocidental, do Mar do Norte até à Suíça; a frente balcânica, do Mar Adriático ao Império Otomano (actual Turquia); a frente leste, que se estendia do Mar Báltico até ao Mar Negro. A I Grande Guerra prolongou-se de 1914 até 1918, arrastando consigo 8 milhões de mortos e muita devastação. Dividiu-se em várias fases. Primeira fase: Guerra dos Movimentos (1914-1915) Após as declarações de guerra da Alemanha à Rússia e a França a 1 e 3 de Agosto de 1914 respectivamente, a mobilização dos soldados alemães foi feita na presunção de que o conflito seria breve. O plano de ataque alemão baseou-se numa estratégia de ataque - surpresa com a intenção de invadir a França, passando primeiro pelo Luxemburgo e pela Bélgica. Foi uma «Guerra-Relâmpago»: Os alemães avançaram fortemente na frente ocidental e a 6 de Setembro encontravam-se já a 60 Km de Paris. É então que se dá a Batalha do Marne, em que as tropas francesas lideradas pelo general Joffre conseguiram travar o avanço em massa dos Alemães, obrigando-os a recuar. Segunda fase: Guerra das Trincheiras (1915-1917) Para conservar as regiões ocupadas nas mais diversas frentes, os exércitos abriram trincheiras: longas valas rodeadas por arame farpado onde os soldados se protegiam. Esta nova fase era marcada por condições muito duras: os soldados tinham que viver rodeados por más condições de higiene, ratos, lama, chuva e frio. Frequentemente, estavam sujeitos a ataques de artilharia e de gases asfixiantes. A guerra das trincheiras prolongar-se-ia até 1917. Ao longo deste período, os avanços foram pouco significativos, mas travaram-se combates devastadores como a Batalha de Verdun em 1916 que resultou em 600 mil mortos. Armas e outras tecnologias utilizadas

Durante a 1ª Guerra Mundial foram utilizados pela primeira vez novos tipos de transportes e de armas. Quanto aos transportes, foram utilizados os tanques, os submarinos, os aviões e automóveis para o transporte dos soldados. Quanto às armas, foram utilizadas as metralhadoras, os canhões, gases asfixiantes (os quais podiam ser evitados através das máscaras de gás) e alguns novos explosivos. Também foram utilizados alguns novos aparelhos úteis, tais como o telégrafo e o telefone, os quais serviam para a comunicação dos soldados. Os diferentes sectores foram desenvolvidos para ajudar nas inúmeras despesas militares e, além disso, foram usadas algumas línguas globais para facilitar a comunicação entre os países aliados. A terceira fase: a entrada dos EUA Depois de uma fase de impasse, entramos na fase final da guerra. Esta fase ficou marcada pela entrada dos Estados Unidos e pela saída da Rússia. No início do conflito os E.U.A. forneciam ao exército aliado, armamento, munições e alimento. Contudo a 6 de Abril de 1917 após o ataque de submarinos Alemães a navios Americanos, os E.U.A declararam guerra à Alemanha. A entrada do EUA no conflito, trouxe uma nova motivação aos soldados aliados e contribuiu para desequilíbrios nas forças no campo da batalha devido ao grande poder financeiro e militar dos Americanos. Portugal na I Guerra Mundial A I Guerra Mundial trouxe consequências nefastas para o nosso país, fazendo desacreditar o regime republicano. Estas fizeram-se logo sentir no início da Guerra, a moeda saiu de circulação e houve uma grande subida de preços. Como se não bastasse, Portugal via-se obrigado a participar na I Guerra Mundial, não só pela velha Aliança com a Inglaterra mas também para defender as suas colónias que começavam a ser atacadas pela Alemanha. A participação na Guerra traria consequências irreversíveis para o nosso país, e disso ninguém tinha dúvidas, mas era também importante ficar ao lado da Inglaterra nas decisões pós-guerra, para poder preservar as suas colónias.

A incursão de Portugal na Guerra ocorre em Fevereiro de 1916 em que Portugal apodera-se dos navios alemães presentes nos seus portos. O nosso país junta-se aos aliados e em Janeiro de 1917, milhares de soldados são enviados para a frente francesa. A 9 de Abril de 1918, em La Lys, os militares portugueses vêm-se esgotados e sem apoio frente a oito divisões alemães, o insucesso era óbvio e milhares de militares foram mortos ou feitos prisioneiros. A Guerra termina e o Tratado de Paz fora assinado e Portugal permaneceria com a posse das suas colónias africanas, mas os danos provocados pela Guerra tinham sido irreparáveis. Agravara-se a situação económica, e isso levaria a uma maior agitação social, devido ao número de mortos, á falta de alimentos, à repressão de liberdades e ao ressurgimento de algumas ideologias monárquicas. O fim da guerra A 11 de Novembro de 1918, é assinado o Armistício: a Alemanha rende-se. Em Junho de 1919, é assinado o Tratado de Versalhes onde se traça um novo mapa político. Terminada a guerra, convocou-se para Janeiro de 1919, em Paris, uma conferência de paz com o objectivo de celebrar acordos e tratados com os países vencidos. O mais importante dos Tratados de Paz foi o Tratado de Versalhes, assinado no Palácio de Versalhes a 28 de Julho de 1919 e imposta aos países derrotados. A Alemanha foi obrigada a assinar este tratado e a aceitar cláusulas humilhantes, nomeadamente a redução das suas forças armadas a um pequeno exército defensivo, abandono de todas as suas colónias a favor dos Aliados, a restituição de Alsácia-Lorena à França e o pagamento de pesadas indemnizações de guerra. De Versalhes resultou também a elaboração de um novo mapa político europeu. O Império Austrohúngaro foi desmembrado dando lugar ao aparecimento da Checoslováquia, da Hungria e da Polónia, saíram outros novos estados como a Jugoslávia, a Finlândia, a Letónia, a Lituânia e a Estónia. Politicamente assistiu-se a um regime de democracia parlamentar - sistema político em que o Parlamento, assembleia legislativa, onde se encontram representados as várias facções políticas, é o órgão principal. O governo assume perante o parlamento as suas responsabilidades. Da assinatura do tratado de Versalhes, para além do novo mapa político, determinou-se também a criação da Sociedade das Nações (SDN), com sede em Genebra. Dela faziam parte, inicialmente, os 32 países vencedores da guerra e os 13 neutrais. Este organismo internacional propunha-se a:

assegurar a paz, resolvendo conflitos entre os Estados-membros através do diálogo e da diplomacia; promover a cooperação económica e cultural entre as nações. Primeira Guerra Mundial (1914 1918) A- Antecedentes A Segunda Revolução Industrial e o capitalismo monopolista. O aumento da produtividade e a necessidade de aumentar os mercados consumidores, produtores de matériasprimas e de mão-de-obra barata e novas áreas de investimento para o capital acumulado. O Imperialismo (neocolonialismo) e a disputa pelo controle dos mercados. A corrida aos armamentos e o aparecimento de conflitos armados. A política de Alianças e a formação da Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro-Húngaro e a Itália) e da Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia). O clima de tensão (Paz Armada). O assassinato de Francisco Fernando o herdeiro do trono Austro-Húngaro e o início dos conflitos armados. B- A Guerra de Movimentos O uso de novos armamentos; o avião, o submarino, o tanque (blindados), gases tóxicos,, o lança-chamas, o morteiro, etc. A formação de três frentes de combate: a frente ocidental, frente orientale a balcânica. A saída da Itália da Tríplice Aliança. C- A Guerra de Trincheiras O equilíbrio de forças entre os dois blocos combatentes. A estabilização das frentes de combate. A saída da Rússia da guerra em 1917 devido a Revolução Socialista e a assinatura do Tratado de Brest-Litovski. O temor dos EUA de que a Inglaterra e França perdessem a guerra e não pudessem pagar as dívidas assumidas. Os ataques dos submarinos alemães aos navios mercantes dos EUA e o fim da neutralidade norte-americana. A entrada dos EUA na guerra ao lado dos países da Tríplice Entente. O rompimento do equilíbrio entre os dois blocos. A derrota dos países da Tríplice Aliança D- Conclusão O Tratado de Versalhes e as duras penas impostas aos países derrotados. A Alemanha, a grande prejudicada pelo Tratado de Versalhes. O aparecimento do sentimento de vingança (Revanchismo Alemão) entre os alemães. A criação da Sociedade das Nações. A reorganização do mapa político da Europa A valorização do papel da mulher na sociedade. O fortalecimento dos EUA que passa ser a maior potência econômica e militar do mundo. Resumo das principais ideias do tema

No final do século XIX e início do século XX, a Europa dominava imensos territórios espalhados por todo o mundo, mas fortes rivalidades imperialistas levaram as grandes potências coloniais europeias a entrar em conflito.entre estas potências, destacam-se três países industrializados - a Inglaterra, a Alemanha e a França - que rivalizavam entre si pela posse de regiões que fornecessem matérias-primas para as suas indústrias e para onde pudessem também vender os seus produtos industriais.as tensões que daí resultaram conduziram à corrida ao armamento e, em 1914, a uma guerra que acabou por envolver quase todos os países do mundo e que durou 4 terríveis anos.o continente mais afectado pela guerra foi a Europa. Perdas humanas e materiais provocaram o declínio deste continente, passando os Estados Unidos a assumir protagonismo na política e economia mundiais. Clique aqui se quiser testar o que aprendeu com este texto. A guerra das trincheiras foi um longo período, da 1ª Guerra Mundial, caracterizado por grande desgaste: elevada mortalidade, grande destruição e elevados gastos financeiros.os oficiais franceses eram grandes adeptos desta táctica guerra das trincheiras e, no 1ª Guerra Mundial, enviaram soldados para o campo de batalha sem equipamento adaptado às trincheiras. Diziam que as precauções defensivas eram desnecessárias se se fizessem ataques maciços suficientemente rápidos. Porém, estas tácticas foram postas em causa depois dos exércitos terem sofrido pesadas baixas em ataques contra trincheiras defendidas por metralhadoras.as trincheiras eram protegidas pelo arame farpado e por postos de metralhadora. Cavavam-se também trincheiras pela "terra de ninguém" dentro para ouvir o que se passava na posição inimiga ou para capturar soldados e depois interrogá-los.as trincheiras tinham habitualmente 2,30 metros de profundidade e 2 metros de largura. Nos parapeitos das trincheiras eram colocados sacos de areia (os "parados") para absorverem as balas e os estilhaços das bombas. Numa trincheira com esta profundidade não se conseguia espreitar, por isso, havia uma espécie de elevação no interior.as trincheiras não eram construídas em linha recta. Muitas eram perpendiculares de forma a que se o inimigo conseguisse tomar uma parte da trincheira, estava sujeito ao fogo das de apoio e das perpendiculares. Balanço esquemático da 1ª guerra

Em 1917 a entrada dos americanos na guerra e a saída da Rússia através do tratado de Brest-Litovski decidiu a sorte do conflito. Uma paz precária: Terminada a Guerra os países aliados reuniram-se em Paris na conferência da Paz (1919). Onde uma das tarefas era o reordenamento do espaço europeu, do médio oriente e das possessões coloniais dos países vencidos. Nesta conferência foram aprovados vários tratados, um dos quais o de Versalhes com a Alemanha. Estes tratados impuseram aos países vencidos condições humilhantes e definiram um novo mapa político mundial que impunha à Alemanha as seguintes condições: - restituir a Alsácia e a Lorena à França; - ceder as minas de carvão do Sarre à França por um prazo de 15 anos; - ceder as suas colónias, submarinos e navios mercantes à Inglaterra, França e Bélgica; - pagar aos vencedores, a título de indemnização, elevadas quantias; - reduzir seu poderio bélico, ficando proíbida de possuir força aérea e de fabricar armas; - reduzir o exército a menos de 100 mil homens Declínio da Europa e Ascensão dos Estados Unidos O Fim da supremacia Europeia

Devido À 1ª Guerra Mundial, a Europa tivera necessidade de adquirir matérias-primas, alimentos e armas, sobretudo aos EUA. Para pagamento das dívidas contraídas, parte do ouro europeu foi progressivamente transferido para os EUA e a Europa passou de credora a devedora aos EUA. Com isto tudo os EUA beneficiaram de um excepcional crescimento económico. A 1ª Grande Guerra causou grande número de mortos e feridos, destruiu terras e fábricas e alterou o mapa político da Europa. Para evitar futuros conflitos, criou-se a Sociedade das Nações.Mas a guerra marcou, também, o fim da supremacia europeia no mundo: os Estados Unidos tornaram-se na 1ª potência mundial As frentes de combate entre 1914 e 1917 Extraído de: "Sinais da História 9" A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro. Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos. O início da Grande Guerra O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. Política de Alianças Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente. Desenvolvimento As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas. Fim do conflito Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial. A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

De cima para baixo e da esquerda para a direita: Trincheiras na Frente Ocidental; o avião bi-planador Albatros D.III; um tanque britânico Mark I cruzando uma trincheira; uma metralhadora automática comandada por um soldado com uma máscara de gás; o afundamento do navio de guerra Real HMS Irresistible após bater em uma mina. Principais causas que desencadearam a Primeira Guerra Mundial: - A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as nações européias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos. - No final do século XIX e começo do XX, as nações européias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região; - A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matériasprimas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo); - A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

A Participação Portuguesa Entre o início da República e o final da Grande Guerra 1914-18, Portugal Continental e Ilhas (Açores, Madeira e Cabo Verde) registaram um número constante de habitantes, aproximadamente 6 milhões. A emigração durante a guerra levou quase meio milhão de portugueses, as epidemias de pneumónica, entre 1918 e 1919, levaram cerca de 100.000 indivíduos e a guerra levou cerca de 10.000 homens. Face a estas situações a década de 1910-19 apresentou um crescimento demográfico de menos de 1%. A população continental vivia quase toda no campo, apenas 20% vivia em cidades. Mesmo assim 50% da população vivia em Lisboa e Porto. Assim, nos bastidores da Grande Guerra, Portugal centrava-se nos dois pólos urbanos, culturais e políticos (Lisboa e Porto), os quais representavam a face civilizada e moderna de Portugal, porque as restantes cidades não eram mais do que centros rurais. Historiar os acontecimentos políticos desta época não é mais do que escrever a História de Lisboa e do Porto. Das decisões resultantes do Governo, do Parlamento ou dos levantamentos militares, com ou sem apoio da população de Lisboa, Portugal entrou na 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Defrontou a Alemanha em duas frentes de combate: uma na Europa, em França, e outra em África, em Angola e em Moçambique, para o qual mobilizou 146.800 homens: 56.400 para França, 49.100 para África (18.400 Angola e 30.700 Moçambique), 13.000 para guarnecer as Ilhas, Índia e Timor, e 40.000 para defender a Metrópole. Na frente africana as hostilidades iniciaram-se em 1914, quase imediatamente ao início do conflito no teatro europeu, e só terminaram em 1918 com o Armistício. Em Angola, as hostilidades ocorreram no Sul entre 1914 e o 1915, envolvendo acções contra os alemães da colónia alemã da Damaralândia, África Alemã do Sudoeste

(actual Namíbia) e indígenas revoltosos. Em Moçambique, as hostilidades desenvolveram-se através de conflitos na fronteira norte, junto ao rio Rovuma, entre 1914 e 1918, zona fronteira com a África Alemã Oriental. Em França, o Corpo Expedicionário Português combateu no teatro de guerra da Flandres, entre 1917 e 1918, mas o fim da nossa "neutralidade europeia" deu-se em 23 de Fevereiro de 1916, quando Portugal executou o arresto de 70 navios alemães e 2 austro-húngaros que se encontravam surtos em portos portos nacionais. O fim da guerra para os combatentes deu-se a 11 de Novembro de 1918, mas para os Governos continuou até mais tarde, quando finalmente se deram por assinados os tratados de paz. A Europa e seus novos países ao final da 1ª Guerra