TÍTULO: ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE UM FLUÍDO HIDRATANTE FACIAL COM VITAMINA C

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Transcrição:

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE UM FLUÍDO HIDRATANTE FACIAL COM VITAMINA C CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA AUTOR(ES): CINTIA PRADO DE GUSMÃO ORIENTADOR(ES): APARECIDA ÉRICA BIGHETTI, PATRICIA GISELA SAMPAIO COLABORADOR(ES): MEZZO DERMOCOSMÉTICOS

ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE UM FLUÍDO HIDRATANTE FACIAL COM VITAMINA C Cintia Prado de Gusmão, Patrícia Gisela Sampaio, Paschoal Rossetti Filho e Aparecida Erica Bighetti Unianchieta, Jundiaí-SP Curso Farmácia. 1. RESUMO Os antioxidantes são compostos químicos que podem prevenir ou diminuir os danos oxidativos de lipídios, proteínas e ácidos nucleicos causados por espécies de oxigênio reativo, que incluem os radicais livres, evitando ou minimizando, assim, o envelhecimento da pele. Cada vez mais pesquisas procuram substâncias capazes de ajudar a combater o processo oxidativo e embora muitos compostos já tenham sua atividade antioxidante avaliada, tornase necessário testá-la em seus derivados, como em um produto acabado, pela sua complexidade. Com isso o trabalho teve como objetivo a comprovação de substâncias antioxidantes em um Fluído Hidratante Facial, cujo ativo é a vitamina C (ácido ascórbico). 2. INTRODUÇÃO O desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano tem sido apontando como o principal responsável pelo processo de envelhecimento. Antioxidantes são substâncias capazes de diminuir ou bloquear as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres, evitando ou minimizando, assim, o envelhecimento da pele. Essa defesa antioxidante é constantemente requerida pela pele, devido sua extensa área e função protetora do organismo ao meio, ficando muito exposta ao ataque radicalar (SCOTTI et al., 2007; MARTINI et al., 2011).

Dessa maneira, há uma tendência da indústria cosmética em inovar e desenvolver novas formulações com ativos que retardam o envelhecimento cutâneo, onde há estudos permanentes na tentativa de prevenir ou atenuar o envelhecimento cutâneo por meio de substâncias antioxidantes oferecidas em produtos cosméticos aos consumidores(scotti et al., 2007; MARTINI et al., 2011).A indústria de cosméticos vem crescendo em grande parte dos países e com isso traz pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de cosméticos oferecendo perspectivas promissoras de carreira para profissionais com formações variadas, como químicos, farmacêuticos, engenheiros e até publicitários e comunicadores. Com o aumento da expectativa de vida, aumenta-se a preocupação com o envelhecimento (MARTINI et al., 2011). Por esse motivo, produtos que reduzem os efeitos do tempo têm sido cada vez mais procurados, assim como tem aumentando o interesse de pesquisadores em estudos das propriedades antienvelhecimento das substâncias ativas em formulações cosméticas. Nesse contexto, tornou-se crescente a busca e a validação de metodologias para a avaliação da atividade antioxidante em matrizes como as formulações cosméticas. Além disso, nota-se a crescente preocupação da empresa em comprovar aos seus consumidores, do ponto de vista rigorosamente científica, por meio de pesquisas e artigos, a eficácia de seus produtos. 3. OBJETIVOS Esse trabalho teve como objetivos a determinação e comprovação da presença de substância ativa com capacidade antioxidante em amostra de um produto cosmético, assim como a averiguação de sua atividade antioxidante. Utilizando métodos quantitativos baseando-se no teste de redução do radical DPPH e qualitativos a partir do teste Poder Redutor (PR) com medidas visuais de alterações de colorações das soluções das diferentes amostras e, com medidas espectrofotométricas.

4. METODOLOGIA * Análise Qualitativa Teste do poder Redutor realizado com o Fluído Hidratante Facial com Vitamina C: Pipetou-se 1,00 ml da amostra de cosmético e transferiu-se a um tubo de ensaio. Adicionou-se 1,00 ml de solução tampão fosfato ph 6,8 e 1,50 ml de solução aquosa de ferricianeto de potássio 1 %. Após 30 minutos de incubação a 50 ºC em estufa acrescentou-se 1,50 ml de ácido tricloroacético 10 %. Centrifugou-se, 3000 rpm por 10 minutos. Em seguida, retirou-se 2,00 ml do sobrenadante e adicionou-se 2,00 ml de água destilada e 0,50 ml de solução de cloreto férrico 0,1 %. Para as análises da amostra, fez-se uma solução, que foi chamada de solução controle, contendo todos os reagentes citados na metodologia, mantendo-se todas as quantidades mencionadas e procedimento usado para a solução da amostra, diferindo-se apenas pela ausência da amostra contendo a substância antioxidante. Avaliou-se o efeito redutor da amostra de cosmético com medidas visuais de mudança de coloração da solução. As alterações visuais foram de soluções amarelas para soluções verdes. Todos os procedimentos foram realizados em quintuplicatas. * Análise Quantitativa Teste de redução do radical DPPH: Foi preparada uma solução etanólica de DPPH, dissolvendo-se 0,0024 g de DPPH em um balão volumétrico de 25 ml, completando-se o volume com etanol. Após a homogeneização, a solução foi transferida para um frasco âmbar, sob o abrigo de luz. Essa solução foi preparada sempre que houve uma nova análise e mantida no escuro até o momento das determinações. Na tentativa de obtenção de soluções totalmente homogeneizadas e concentradas investigaram-se procedimentos de solubilização do Fluído Hidratante Facial em etanol, que são detalhadas a seguir:

1) 1000 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 2) 850 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 3) 700 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 4) 550 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 5) 400 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 6) 300 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 7) 200 ml de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 8) 150 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 9) 100 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 10) 90 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 11) 80 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 12) 70 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 13) 60 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml; 14) 50 µl de Fluído e completou-se com etanol um balão de 5 ml. Para a realização do teste de redução do radical DPPH, utilizou-se o procedimento 14, mostrado anteriormente, como o volume máximo de Fluído (50 µl) capaz de se solubilizar completamente em etanol e, na sequência, novas diluições foram realizadas, sendo retiradas alíquotas de 45 µl, 40 µl, 30 µl, 20 µl e 10 µl completando os balões volumétricos de 5 ml com etanol. A partir dessas soluções etanólicas da amostra cosmética, pipetou-se 3 ml da mesma, juntamente com 1 ml da solução de DPPH preparada anteriormente. Essa nova solução, então, foi transferida a uma cubeta de vidro de 1,0 cm de caminho óptico. Foram obtidos os espectros de absorbância das diferentes soluções no comprimento de onda de absorção máxima (λmax) de 517 nm. A periodicidade das medidas espectrofotométricas inicial era de 15 minutos e após 1 hora, o monitoramento passava a ser de 30 minutos. Nos intervalos das medições, as soluções eram mantidas a temperatura ambiente e sob o abrigo de luz. Para a obtenção dos espectros no visível, usaram-se as respectivas diluições como branco, sem adição do DPPH.

Preparou-se uma solução etanólica com o padrão de ácido gálico com as mesmas concentrações de estudo do antioxidante presente na amostra cosmética, para efeito de comparação. Em seguida, segue-se o mesmo procedimento feito com a amostra, adicionando-se 3 ml da solução de ácido gálico em 1 ml de DPPH e realizaram-se as medidas espectrofotométricas monitoradas no λmax de 517 nm. Foram obtidos espectros no visível de soluções usando a respectiva solução como branco, sem adição do DPPH. Para efeito de cálculo, tanto para a amostra quanto para o padrão ácido gálico, foi usado como controle a solução etanólica de DPPH. A capacidade de sequestrar radical livre será expressa como percentual de redução do radical DPPH, ou seja, em função de sua atividade antioxidante em porcentagem (AA %) e calculado conforme a Equação 1 a seguir: AA % = ((A DPPH A amostra ) / ADPPH) x 100 Equação 1, onde A DPPH é a absorbância da solução de DPPH e A amostra é a absorbância da amostra em solução. A A amostra é calculada com base na diferença de absorbância da solução da amostra em teste com seu branco (obtida automaticamente pelo equipamento). Todos os procedimentos foram realizados em triplicatas para as diferentes diluições do produto cosmético e do padrão ácido gálico. 5. RESULTADOS * Análise Qualitativa Teste do poder Redutor: O antioxidante presente na amostra cosmética tem a capacidade de reduzir o ferro III (na forma de ferricianeto) a ferro II (na forma de ferrocianeto). Essa propriedade da substância antioxidante foi investigada como forma de confirmar sua presença no produto analisado. Em todas as análises realizadas notou-se uma variação da cor da solução de amarelo para verde.

Fluído Hidratante Facial: Figura 1 a seguir mostra os tubos de ensaio com a solução controle e o cosmético Fluído Hidratante utilizado para o teste do poder redutor. Figura 1. Foto do teste do poder redutor para o Fluído Hidratante Facial. O tubo de ensaio contendo a solução amarela é a solução controle e o tubo de ensaio contendo a solução verde é a solução da amostra após a redução do ferro. O tubo de ensaio à esquerda da estante na Figura 1 mostra a solução controle nitidamente de cor amarela, característica do ferricianeto (ferro III). Como não foi adicionada uma alíquota de antioxidante, a solução se manteve amarelada ao longo do procedimento. Já o tubo à direita na Figura 1 mostra a cor verde intensa característica da redução do ferro, na forma de ferrocianeto (ferro II), comprovando, assim, a presença do antioxidante no produto analisado. Nos testes utilizando-se o produto cosmético Fluído Hidratante Facial foi possível avaliar o poder redutor com medidas espectrofotométricas. O espectro da Figura 2 representa a absorbância do ferro III em torno de 423 nm. Na sequência, é apresentado na Figura 3 o espectro de uma das replicatas da amostra, mostrando a absorbância em 700 nm, característico da presença de ferro II.

Figura 2. Espectro da solução controle com absorbância característica do ferro III, de cor amarela, com λ max = 423 nm. Figura 3. Espectro da solução da amostra do Fluído com absorbância característica do ferro II, de cor verde, com λ max = 700 nm. A partir das medidas espectrofotométricas do teste do poder redutor da substância antioxidante foi possível comprovar sua presença no produto estudado. * Análise Quantitativa Teste de redução do radical DPPH: Para a determinação da atividade antioxidante utilizou-se o teste de redução do radical DPPH ou método do Radical Livre Estável DPPH, o qual se baseia na redução do radical DPPH,o mecanismo da reação entre o DPPH e o antioxidante dependerá da conformação estrutural da molécula antioxidante. Sendo assim, o radical DPPH captura hidrogênios mudando

gradualmente sua coloração de violeta para amarelo, passando para sua forma estável DPPH-H, o que pode ser quantificado espectrofotometricamente devido ao pico de absorção máxima em torno de 517 nm. A atividade antioxidante foi avaliada a temperatura ambiente e ao abrigo da luz, para evitar o risco de degradação das moléculas analisadas. Além disso, utilizou-se o ácido gálico como padrão de comparação para a amostra, pois possui atividade antioxidante comprovada, e, portanto, é uma substância referência. Por esta razão, todas as soluções contendo ácido gálico foram preparadas utilizando-se a mesma porcentagem, em volume, de antioxidante em comparação à amostra estudada. A quantidade de DPPH consumida pelo padrão ácido gálico, pela vitamina C presente na formulação cosmética é expressa como a porcentagem de atividade antioxidante (AA %) e foi calculada de acordo com a Equação 1, apresentada anteriormente. Os valores obtidos experimentalmente de AA % para o padrão e para as amostras do Fluído Hidratante encontram-se nas Tabelas 1 e 2, respectivamente. Tabela 1. Valores de Atividade Antioxidante (AA %) das soluções de diferentes concentrações contendo o padrão ácido gálico, para comparação com a amostra cosmética Fluído Hidratante Facial. (%) em volume de antioxidante na solução padrão AA % * 1 98,2± 0,1 0,9 97,9 ± 0,1 0,8 97,9 ± 0,1 0,6 97,7 ± 0,1 0,4 96,3± 0,2 0,2 95,7± 0,1 * Valores das médias das triplicatas com seus respectivos desvios padrão.

Tabela 2. Valores de Atividade Antioxidante (AA %) das soluções de diferentes concentrações de Fluído Hidratante Facial. (%) em volume de antioxidante na solução da amostra AA % * 1 58,5 ± 0,3 0,9 56,9 ± 1,4 0,8 56,2 ± 0,9 0,6 49,1 ± 0,6 0,4 48,6 ± 0,3 0,2 44,9 ± 3,9 * Valores das médias das triplicatas com seus respectivos desvios padrão. Em todas as diluições realizadas para a amostra, assim como para o estudo com o padrão, observou-se a descoloração da cor violeta intensa da solução etanólica de DPPH, que na presença de atividade considerável contra radicais livres, promoveu a mudança da cor da solução para amarela. Essa alteração visual foi detectada espectrofotometricamente em 517 nm e apresentada em forma de porcentagem de atividade antioxidade (AA %). 6. CONCLUSÃO A conclusão do trabalho foi que o estudo do poder redutor da substância antioxidante do produto cosmético indicou, qualitativamente, sua presença ao se verificar visualmente a mudança de coloração das soluções de amarela, característico do ferro III (ferricianeto), para a cor verde, característico do ferro II (ferrocianeto). O teste de redução do radical DPPH do Fluído Hidratante Facial comprovaram, quantitativamente, a partir das porcentagens de atividade antioxidante (AA %) em diferentes concentrações, a alta e eficiente atividade antioxidante da substância ativa no produto acabado, em comparação ao padrão utilizado ácido gálico. Além disso, o ensaio mostrou que quanto maior a

concentração do antioxidante na amostra, maior será sua atividade antioxidante, ou seja, maior foi o consumo do radical DPPH. 7. REFERÊNCIAS ANDRADE, C. A.; COSTA, C. K.; BORA, K.; MIGUEL, M. D.; MIGUEL, O. G.; KERBER, V. A. Determinação do conteúdo fenólico e avaliação da atividade antioxidante de Acácia podalyriifolia A. Cunn. Ex G. Don, Leguninosae-mimosoideae. Revista Brasileira de Farmacognosia. v. 17, n. 2, p. 231-235, abr/jun., 2007. Disponível em: < http://sbfgnosia.org.br/revista/>. Acesso em: 01 fev. 2012. BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S. Química Analítica Quantitativa Complementar, 3ª ed., São Paulo: Edgard Blucher LTDA, 2001. BRIZOLA, V. R.; BRIENZA, S. M. B. Avaliação da composição e da atividade antioxidante de extratos de PIPPER REGNELLII. 18ª Congresso de Iniciação Científica Unimep. 26 a 28/10, 2010. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/8mostra/1/178.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2012. GETTENS, L.; FRASSON, A. P. Z. Estudo comparative da atividade antioxidante de crème aniônico e não-iônico contendo extrato seco e extrato glicólico de GinkgoBiloba. Revista Contexto & Saúde. v. 6, n. 12, p. 41-47, jan/jun., 2007. Editora UNIJUÍ. Disponível em: <www1.unijui.edu.br/portal/modulos/revistas>. Acesso em: 21 maio 2011. HOLLER F. J; SKOOG D. A; CROUCH, S. R.; Princípios de Análise Instrumental, Porto Alegre: Bookman, 6ª ed., 2009. LANGE, M. K.; HEBERLÉ, G.; MILÃO, D. Avaliação da estabilidade e atividade antioxidante de uma emulsão base não-iônica contendo resveratrol. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. v. 45, n. 1, p. 145-151, jan/mar., 2009. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/bjps/v45n1/18.pdf>. Acesso em: 21 maio 2011. MARTINI, P. C.; MELLO, G. W.; ALMEIDA, C.; MICHELIN, D. C.; ISAAC, V. L. B.; CHIARI, B. G. Avaliação da atividade antioxidante de extratos de laranja (Citrussp) para o desenvolvimento de fitocosmético e o controle de qualidade microbiológico. Cosmetics&Toiletries (Brasil). v. 23, p. 110, mai/jun, 2011. Disponível em: < http://www.cosmeticsonline.com.br >. Acesso em: 09 nov. 2011. OLIVEIRA, E. A.; SAWAYA, A. C. H. F. Atividade Antioxidante da pitanga. I Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica UNIBAN. 2008. UNIBAN Brasil. Disponível em:

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