PODER JUDICIÁRIO PROFA. ME. ÉRICA RIOS

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Transcrição:

PODER JUDICIÁRIO PROFA. ME. ÉRICA RIOS ERICA.CARVALHO@UCSAL.BR

DIRETRIZES BÁSICAS Autonomia institucional (concedida pela 1ª vez pela CF/88): financeira e administrativa Autonomia funcional dos magistrados Característica diferenciadora em relação aos outros Poderes: prolação de decisão autônoma, de forma autorizada e, por isso, vinculante, em casos de direitos contestados ou lesados Princípio da proteção judicial efetiva (art. 5, XXXV) como pedra angular do sistema de proteção de direitos Princípio do juiz natural (art. 5, XXXVII e LIII) Princípio do devido processo legal (art. 5, LV)

ORGANIZAÇÃO DO P. JUDICIÁRIO (ART. 93) Disciplinada no Estatuto da Magistratura, estabelecido em lei complementar, de iniciativa do STF, observados os princípios previstos na Constituição: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento (ler sub-itens); III o acesso aos tribunais de 2 grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;

V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros do STF e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores; [...] VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de 2 grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; [...] XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

1/5 CONSTITUCIONAL Art. 94: 1/5 dos lugares dos TRFs, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de: Membros do MP, com mais de 10 anos de carreira, e Advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. ú: Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos 20 dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Em entrevista à Folha, Marco Aurélio saiu em defesa da filha: Se ser novo apresenta algum defeito, o tempo corrige. Ele procurou desembargadores para tratar da indicação da filha, mas nega ter pedido qualquer coisa. Jamais pedi voto, só telefonei depois que ela os visitou para agradecer a atenção a ela. No TJ-RJ, há registro de apenas 5 processos em que Leticia atuou. No TRF, onde ela quer ser desembargadora, não há menção. Leticia formou-se no Centro Universitário de Brasília e não tem cursos de pós-graduação. É pecado [a indicação]? É justo que nossos filhos tenham que optar por uma vida de monge? Diz Marco Aurélio. O ministro Fux foi desembargador do TJ-RJ no início da carreira e conhece quem pode ajudar sua filha. A votação no tribunal deverá ser aberta. Um integrante do TJ diz que isso pode criar constrangimento, se algum ex-colega de Fux quiser se opor à escolha da sua filha. Marianna formou-se há 10 anos pela Universidade Cândido Mendes no RJ e seu currículo exibe uma pós-graduação [...] A FGV informou à Folha que não se trata de pós-graduação, mas de um curso de extensão universitária de 4 meses. Marianna atuou em apenas 6 processos no TJ-RJ. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/07/1310810- filhas-de-ministros-do-stf-disputam-altos-cargos-no-judiciariomesmo-sem-experiencia.shtml Acesso em 19 set. 2016.

Marianna Fux é atualmente desembargadora do TJ-RJ (25ª Câmara Cível/Consumidor). Leticia Mello também é atualmente desembargadora do TRF2. Vedação ao nepotismo no P. Jud. : art. 117 da Lei 8.112/90; Resolução nº7 (18/10/2005) do CNJ; Súm. Vinc. n 13/2008.

GARANTIAS DOS JUÍZES (ART. 95) I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4º, 150, II, 153, III, e 153, 2º, I.

VEDAÇÕES AOS JUÍZES (ART. 95, Ú) I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Idade média dos magistrados no ano de ingresso, segundo sexo, por ano de ingresso. Brasil.2013. (Fonte: Censo do P. Jud. CNJ)