R 9ª AULA = EMPREGADO



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Transcrição:

R 9ª AULA = EMPREGADO (1) CONCEITOS: (a) Empregado é a pessoa física que com ânimo de emprego trabalha subordinadamente e de modo não-eventual para outrem, de quem recebe salário in Amauri Mascaro do Nascimento; (b) trabalhador é todo indivíduo que executa trabalho para outra pessoa, denominada empregador ou patrão, sob sua dependência, em troca de remuneração in Dorival Lacerda; (c) empregado é o trabalhador a serviço de outra pessoa em virtude de uma relação de emprego in José Martins Catharino: Ainda, podemos conceituar: Toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual (contínuos) ao empregador sob a dependência (subordinação) deste e mediante (pagamento de) salário. Não haverá distinções (isonomia) relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual (artigo 3º e parágrafo único da CLT). (2) REQUISITOS (CONDIÇÕES DO EMPREGADO) DA FIGURA DO EMPREGADO: (a) PESSOA FÍSICA: Somente a pessoa física pode contratar trabalho, excluindo-se, portanto, a pessoa jurídica. O Direito do Trabalho protege o trabalhador como ser humano e pela energia de trabalho que desenvolve na prestação de serviços (resumidamente: o empregado só pode ser pessoa física); (b) DEPENDÊNCIA ou SUBORDINAÇÃO: Significa uma limitação à autonomia do empregado, de tal modo que a execução dos serviços deve pautar-se por certas normas que não serão por ele traçadas (resumidamente: aspecto da relação de emprego visto pelo lado do empregado, enquanto o poder de direção é a mesma acepção vista pelo lado do empregador; (c) TRABALHO NÃO EVENTUAL: É o trabalho de modo constante e permanente a um empregador de modo a manter uma constância no desenvolvimento de sua atividade em prol deste; (d) SALÁRIO: Só haverá contrato de trabalho desde que exista um salário, convencionado ou pago (resumidamente: o contrato de trabalho é sempre oneroso quer dizer que não existe trabalho gratuito); (e) PESSOALIDADE DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: A prestação do trabalho é estritamente personalíssima, e o é duplo sentido. Em primeiro lugar, porque pelo seu trabalho compromete o trabalhador sua própria pessoa, enquanto destina parte das energias físicas e mentais que dele emanam no cumprimento da obrigação que assumiu contratualmente. Em segundo lugar, sendo cada pessoa um indivíduo distinto dos demais, cada trabalhador difere de outro, diferindo também as prestações de serviço (resumidamente: pessoal é o contrato de trabalho, pois e celebrado em função certa e específica pessoa que é o empregado). (3) DIFERENÇA ENTRE EMPREGADO E TRABALHADOR AUTÔNOMO: A diferença entre trabalhador autônomo e subordinado baseia-se num suporte, o modo como o trabalho é prestado. (1) Aqueles que detêm o poder de direção da

própria atividade são autônomos e (2) aqueles que alienam o poder de direção sobre o próprio trabalho para terceiros em troca de remuneração são empregados. (4) TIPOS DE EMPREGADOS/TRABALHADORES: (a) Rural; (b) Aprendiz; (c) Temporário; (d) Doméstico âmbito residencial de pessoa ou família; (e) A domicílio artigo 6º da CLT; (f) Religioso o fim que se destina é de caráter espiritual e não profissional; (g) Familiar; (h) Desportivo; (i) Penitenciário não esta agasalhada na esfera trabalhista, mas no Direito Penal e outros... Vejamos alguns desses tipos: EMPREGADO EM DOMICÍLIO = É a pessoa que presta serviços em sua própria residência ao empregador, que o remunera (artigo 83 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT). EMPREGADO DOMÉSTICO = (1) CONCEITO = È o que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou a família, no âmbito residencial destas (artigo 1º da Lei nº 5.859 de 1972). O empregador doméstico não deve ter atividade econômica, pois é uma pessoa ou família que recebe a prestação de serviços do trabalhador. O serviço do doméstico não é prestado apenas dentro da residência do empregador, mas também pode ser prestado fora de sua residência (ex: como motorista). (2) LEGISLAÇÃO PERTINENTE: A Lei nº 5859 de 1972; o Decreto nº 71.885 de 1973; a Constituição Federal no artigo 7º, parágrafo único (aplicação dos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV); a Lei nº 8213 de 1991 no seu artigo 11, inciso II; no Decreto nº 95.247 no seu artigo 1º (Vale Transporte) e o artigo 7º da Consolidação das Leis do Trabalho. (3) REQUISITOS NA ADMISSÃO: (a) Apresentação da Carteira de Trabalho; (b) Atestado de boa conduta; (c) Atestado de saúde; e (d) Cópia dos demais documentos do trabalhador. (4) DO REGISTRO NA CARTEIRA DE TRATBALO E PREVIDENCIA SOCIAL (CTPS): O empregador doméstico deverá providenciar as seguintes anotações: (a) Data do marco inicial do contrato de trabalho (admissão); (b) Salário mensal ajustado e conseqüentes evoluções no curso do CT, inclusive deduções; (c) Funções exercidas; (d) Dados do empregador (marido ou mulher); (e) Data de saída (marco final do contrato de trabalho); (f) Férias concedidas; (g) Na parte de anotações gerais assinalarem os demais ajustes. (5) OBSERVAÇÕES: DA INSCRIÇÃO JUNTO AO INSS: Incumbe ao empregador doméstico inscrever o doméstico junto ao Instituto Nacional da Seguridade Social (antigo INPS), caso o obreiro não tenha sido inserido anteriormente, para tanto deverá dirigir-se às agências dos Correios, levando os seguintes documentos do doméstico: (a) Carteira de Trabalho e Previdência Social devidamente registrada; (b) Endereço do doméstico; (c) Cédula de Identidade (RG); (d) Cartão de Identificação de Contribuinte do

Ministério da Fazenda (CPF); (e) Certidão de Casamento; (f) Título de Eleitor. DO RECOLHIMENTO: Após a respectiva inscrição, e munido do carnet de recolhimento, o empregador passará a recolher mensalmente os valores devidos ao INSS. DO SALÁRIO: O Salário do trabalhador doméstico não poderá ser inferior a um salário mínimo mensal, e deverá ser pago até o 5º dia útil do mês seguinte. Poderá ser descontado do pagamento do doméstico as seguintes verbas, nas respectivas proporções: (a) Moradia com até vinte e cinco por cento (25%); (b) Alimentação com até vinte por cento (20%); (c) Materiais de higiene pessoal com até seis por cento (6%); (d) Contribuição do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com descontos de sete, oitenta e dois (7,82%) a onze por cento (11%), todos até o limite máximo de setenta por cento (70%) de descontos. O restante, ou seja, trinta por cento (30%) devem ser pagos em moeda corrente (conforme o artigo 82 do parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho). (6) DIREITOS ASSEGURADOS: (a) Salário mínimo, irredutibilidade do salário, 13º salário, repouso semanal remunerado, férias anuais + 1/3, licença maternidade, licença paternidade, aviso prévio, aposentadoria, vale transporte e auxílio doença. NÃO TEM DIREITO: (a) Ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), (b) Salário família, (c) Programa de Integração Social (PIS), (d) Seguro desemprego, (e) Seguro acidente do trabalho, e (f) Horas extras. EMPREGADO RURAL = É a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com continuidade o empregador rural, mediante dependência e salário (Lei nº 5.889 de 1973 artigo 2º regulamentada pelo Decreto nº 73.626 de 1974). DISTINÇÃO RURAL DO URBANO = Trabalhadores rurais e urbanos têm os mesmos direitos (artigo 7º da Constituição Federal). TRABALHADOR TEMPORÁRIO = É a pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, para prestação de serviço destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas (artigo 16 do Decreto nº 73.841 de 1974). TRABALHADOR TEMPORÁRIO DIREITOS = São direitos (artigo 12 da Lei nº 6.019 de 1974): (a) Remuneração equivalente à percebida pelos empregados da categoria da empresa tomadora, calculada à base horária, garantindo o pagamento do salário mínimo; (b) Jornada de oito horas; (c) Adicional de horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de cinqüenta por cento; (d) Férias proporcionais, de 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias, exceto em caso de justa causa e pedido de demissão; (e) Repouso semanal remunerado; (f) Adicional por trabalho noturno; (g) Seguro contra

acidentes do trabalho e (h) Previdência social. Ainda, tem o trabalhador temporário direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (artigo 15 e 20 da Lei nº 8.036 de 1990). Na falência também tem direito (artigo 16 da Lei nº 6.019 de 1974). TRABALHO TEMPORÁRIO - CONTRATO = É uma espécie de contrato por tempo determinado, porém com disposições especiais. O prazo do contrato não poderá ser superior a três meses (90 dias). Este contrato difere do contrato de experiência que não pode ser superior a 90 dias e é previsto na Consolidação das Leis do Trabalho. Previsão legal = Lei nº 6.019 de 1974. TRABALHADOR AUTÔNOMO = É a pessoa física que presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. Não é subordinado, pois exerce sua atividade por cota própria e não do empregador. Trabalhador que atende os requisitos da Lei nº 4.886 de 1965 (trata do representante comercial) é autônomo e não empregado, por estar ausente o requisito subordinação. São profissionais liberais, no exercício da atividade por conta própria. Exemplos: médicos, advogados, engenheiros, economistas, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, etc... A Justiça do Trabalho é incompetente para apreciar ações sobre contrato de prestação de serviços autônomos, por falta de lei que o determine, sendo que esses conflitos serão resolvidos pela Justiça Comum, já que se enquadram na locação de serviços regidos pelo Código Civil. O autônomo deverá recolher a contribuição devida, no 15º dia útil do mês seguinte. Não importa para o salário base de contribuição, qual tenha sido o valor do rendimento mensal, o que importa é o enquadramento na tabela. O trabalhador autônomo não está contemplado com os direitos trabalhistas constantes da CLT. DISPOSIÇÃO LEGAL = Lei 8213 de 1991 artigo 11, inciso IV, letras a e b, inciso V, a a d ; Lei 8212 de 1991, artigos 21 a 29; Lei 4886 de 1965 com nova redação pela Lei 8.420 de 1992 (representante comercial). TRABALHADOR AUTÔNOMO DISTINÇÃO = É a seguinte a distinção: (1) Autônomo = presta serviços com habitualidade; (2) Eventual = presta serviço ocasional e ou o esporádico ao tomador dos serviços. TRABALHADOR EVENTUAL = É a pessoa física contratada para prestar serviços em certo evento, ou seja, a de reparar serviços de uma empresa. Trabalho ocasional, fortuito ou esporádico para o tomador de serviços. Não tem esse trabalho continuidade do serviço para o tomador desses serviços. O trabalhador eventual, possue as seguintes características do empregado: pessoalidade, onerosidade, subordinação, pessoa física. Não está presente a continuidade na execução dos serviços. DISPOSIÇÃO LEGAL = Artigo 12 inciso VI da Lei 8.212 de 1991. TRABALHADOR EVENTUAL = É o vendedor de

ingressos em portas de teatros, clubes; músico de clubes dois dias por semana; chapa. TRABALHADOR AVULSO = É a pessoa física que presta serviços sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria profissional ou do Órgão Gestor de Mão-de-obra (Sigla = OGMO). Não é subordinado nem ao tomador dos serviços, muito menos ao sindicato, que apenas arregimenta a mão-de-obra e paga os prestadores de serviço, de acordo com o valor recebido das empresas. DISPOSIÇÃO LEGAL = Artigo 12 inciso VI da Lei nº 8.212 e artigo 7º inciso XXXIV da Constituição Federal. CARACTERÍSTICAS DO TRABALHADOR AVULSO = (a) Intermediação do sindicato do trabalhador na colocação de mão-de-obra; (b) Curta duração dos serviços prestados a um beneficiário; (c) Remuneração paga basicamente em forma de rateio procedido pelo sindicato. DIREITOS ASSEGURADOS = (a) 13º Salário, (b) Férias acrescidas com mais 1/3 sobre o salário, (c) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), (d) Salário família, (e) Salário mínimo, (f) Horas extra, (g) Benefícios da previdência social direitos concedidos através do sindicato. TRABALHADOR (SERVIDOR EMPREGADO) PÚBLICO = É o trabalhador contratado pela Administração Pública regido pela Consolidação das Leis do Trabalho. Após a Constituição Federal de 1988, a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice em seu artigo 37 inciso II e 2º da Constituição Federal somente conferindo-lhe o direito ao pagamento dos dias efetivamente trabalhados segundo a contraprestação pactuada (Ver enunciado número 363 do Tribunal Superior do Trabalho). Neste tipo de contrato de trabalho (prazo indeterminado) somente será rescindido por ato unilateral da Administração Pública nas seguintes hipóteses: (a) Prática de falta grave artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); (b)acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; (c) Necessidade de redução de cargo de pessoal por excesso de despesa; (d) Insuficiência de desempenho apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias. Fonte: Amauri Mascaro do Nascimento Antonio Lamarca Sérgio Pinto Martins Francisco Antonio de Oliveira João Aparecido Ribeiro Penha Francisco Bruno Neto.