TÍTULO: ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA TÉRMICA DOS ISOLANTES CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS

Documentos relacionados
ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA DE ISOLANTES TÉRMICOS

CONSTRUÇÃO DE MODELO PARA AVALIAÇÃO DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA EM ISOLANTES

ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA DE ISOLANTES TÉRMICOS

CONSTRUÇÃO DE MODELO PARA AVALIAÇÃO DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA EM ISOLANTES

LINHA INDUSTRIAL Economia de energia e alta performance

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Química 2

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA

ISOTUBOS DESCRIÇÃO APLICAÇÕES. Tubos em lã de rocha basáltica THERMAX, de alta densidade, aglomeradas com resinas especiais.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7051 Materiais Elétricos - Laboratório

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

Soluções Inteligentes em Isolações Térmicas

II ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Desempenho Térmico de edificações

Volume III. Curso Técnico Módulo 2 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA ÁREA TÉCNICA DE REFRIGERAÇÃO E CONDICIONAMENTO DE AR

Linha ar-condicionado. Soluções para sistemas de ar-condicionado

LÃ DE VIDRO. A Lã de Vidro na Isolação Térmica. A Lã de Vidro no Tratamento Acústico. Características Comuns a todos os Produtos.

Catálogo PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA. Isolantes termoacústicos em lã de vidro

Transferência de Calor Condução de Calor

LINHA OPTIMA 4+ Tratamento térmico e acústico de ambientes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE

1ª Lista de Exercícios. Unidade Curricular: FNT22304 Fenômenos dos Transportes CONDUÇÃO

Lista de Exercícios Aula 04 Propagação do Calor

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS VANTAGENS UTILIZAÇÃO/APLICAÇÃO

Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

CAP 3 CONDUÇÃO UNIDIMENSIONAL EM REGIME PERMANENTE EM PAREDES CILÍNDRICAS (SISTEMAS RADIAIS)

Os materiais de proteção térmica devem apresentar:

POSSIBILIDADES DE APROVEITAMENTO

Telefones: (48) / Apoio:

DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE LEGUMES UTILIZANDO O MÉTODO GRÁFICO DE HEISLER

Laboratório de Eficiência Energética em Edificações

Cabos de Ignição Aula 6

CONFORTO AMBIENTAL Nosso papel na sustentabilidade

CABOS DE AQUECIMENTO

ANEXO 1 PLANILHAS DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS (PET) PLANILHA DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA (PET) PARA COLETOR SOLAR PLANO

Propagação da incerteza de medição ou incerteza combinada

RESISTÊNCIAS TUBULARES ALETADAS HELICOIDAIS. Aplicações

Exercícios e exemplos de sala de aula Parte 3

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Aplicação de Compósitos no Saneamento

Medição da condutividade em uma amostra de alumínio

Conforto e eficiência: A importância do sistema de Isolamento Térmico.

VIII.10 - EXERCÍCIOS SOBRE CONDUÇÃO EM REGIME PERMANENTE

Transferência de Calor Condução: paredes planas. Prof. Marco A. Simões

ISOLAMENTOS EQUIPAMENTOS - ISOVER

TRANSMISSÃO DE CALOR

Isolamento Térmico - Custos na Operação e Manutenção

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO II CÓDIGO: IT837 CRÉDITOS: T2-P2 INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

ESZO Fenômenos de Transporte

RESUMO 1. INTRODUÇÃO. Figura 1 Primeiro caso de canais axiais. Figura 2 Segundo caso de canais axiais. Figura 3 Terceiro caso de canais axiais.

Armacell Brasil A Importância do Isolamento Térmico em Sistemas de Refrigeração Antonio Borsatti Eng. de Desenvolvimento de Produtos e Aplicação

ISOLAMENTOS PARA CONDUTAS - ISOVER

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO

Soldagem por fricção. Daniel Augusto Cabral -

PRO-SOL. LÍDER EM TECNOLOGIA PARA AQUECIMENTO SOLAR DE ÁGUA. MAIS ECOEFICIÊNCIA EM COLETORES SOLARES.

Lista de Exercícios para P1

Placas Cimentícias, Painéis e Acessórios para Construção Industrializada. A solução da Brasilit para a execução da sua obra.

Apresentação: Eng. André Dickert

Câmaras de conservação - Aspectos de dimensionamento -

TÍTULO: ESTUDO DA APLICABILIDADE DAS EQUAÇÕES DE KERN PARA TROCADORES DE CALOR EM ESCALA REDUZIDA

Desempenho Térmico de edificações

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena EEL

BLOC Tipos de Cobertura, Paredes e Revestimentos

TABELA DE CONDENSAÇÃO TABELA DE CONDENSADORES

Aula 3 de FT II. Prof. Geronimo

Avaliar reparos de materiais compósitos em dutos e componentes com perda de espessura externa.

Como efetuar a encomenda H

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Projeto de arquitetura e especialidades, bem como projeto térmico e acústico aprovados conforme legislação em vigor.

Especificações técnicas Manual de instalação. Folheto Técnico Protelhado_2018.indd 1 02/07/18 17:16

K-FLEX K-FLEX ST 74 U M A N O V A G E R A Ç Ã O D E M A T E R I A I S D E I S O L A M E N T O

abpe/e006 Tubos de polietileno PE e conexões - Equipamentos e ferramentas de soldagem e instalação

3 Fibras Nextel MR. Fibras cerâmicas para aplicações industriais em altas temperaturas

Argamassas Térmicas, uma solução

AUTOR(ES): ALLISON CAMARGO CANÔA, ARIELLE REIS DE FRANÇA SOUZA, GUILHERME MELO TEIXEIRA, WAGNER AUGUSTO DOS SANTOS

Refrigeração e Ar Condicionado

SISTEMAS DE AQUECIMENTO PARA PISOS TECNOFLOOR. INDICE O que é? Potência e Temperatura Instalação dos cabos. 04 Detalhes construtivos

ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 10.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 2010/2011 NOME: Nº: TURMA:

INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO CENTRO EMPRESARIAL DE DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA

50% SYSTEM K-FLEX COLOR K-FLEX COLOR SYSTEM ECONOMIZA NO TEMPO DE INSTALAÇÃO. isolamento elastomérico com protecção UV e revestimento basf

ArtMill Acessórios Ltda EPP Rua Antonio Amorim, 100 Distrito Industrial Cerquilho/SP Fone/Fax: (15)

Linha FORROS. Especiais. Conheça a beleza na praticidade.

Prof. Me. Victor de Barros Deantoni 1S/2017

Unimonte, Engenharia Física Aplicada, Prof. Marco Simões Transferência de calor, exercícios selecionados do Sears & Zemansky, cap.

Soldagem por Alta Frequência. Maire Portella Garcia -

La s, aglomerados vegetais e siĺica diatomaćea

Quem busca economia prefere Heliotek

Experiência 1: Resistores, códigos de cores e ohmímetro

A Tabela 2 apresenta os valores médios de porosidade e o desvio padrão para as amostras dos Painéis de Fibra de Coco definidos nesta etapa.

Lista de exercícios LOB1019 Física 2

Sensor de medição Modelo A2G-FM

Transcrição:

16 TÍTULO: ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA TÉRMICA DOS ISOLANTES CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FAE CENTRO UNIVERSITÁRIO AUTOR(ES): MARILISE CRISTINE MONTEGUTTI, CLAUDIO ANTUNES JUNIOR ORIENTADOR(ES): TIAGO LUIS HAUS

RESUMO A determinação da condutividade térmica experimental apresenta algumas dificuldades e requer uma alta precisão na determinação dos fatores necessários para o seu cálculo. O objetivo deste estudo é realizar a construção e a aplicação de um equipamento baseado no método modificado do fio quente. O modelo criado irá auxiliar no levantamento das variáveis para o cálculo da condutividade térmica dos isolantes térmicos, para realizar uma comparação do valor da condutividade térmica especificada do isolante e o valor calculado, e assim ajudar na busca da melhor aplicação de cada isolante térmico. O teste do equipamento foi realizado com cinco tipos de isolantes, os quais têm aplicações residenciais e industriais. Os resultados encontrados para a condutividade mostraram-se superiores aos valores especificados, o que mostra que é necessário ter maior controle das variáveis que afetam diretamente no cálculo da condutividade térmica. Apesar dos valores serem maiores, os isolantes mostraram-se capazes de serem empregados como tais para a variação de temperatura na qual foram testados. Palavras-chave: construção; análise; condutividade térmica; isolante térmico. 1 INTRODUÇÃO A condutividade térmica, a difusividade térmica e o calor específico, conhecidas como propriedades térmicas, são as três propriedades físicas mais importantes de um material do ponto de vista de cálculos térmicos. Essas propriedades são observadas quando o calor é adicionado ou removido do material, e se tornam importantes em qualquer projeto que precise funcionar em um ambiente térmico. A condutividade térmica é uma das propriedades físicas mais importantes de um material. A sua determinação experimental apresenta algumas dificuldades e requer alta precisão na determinação dos fatores necessários para o seu cálculo. Recentemente, os métodos transientes de troca de calor têm sido os métodos preferidos na determinação das propriedades térmicas de materiais. Neste trabalho será realizada a construção e aplicação de um equipamento capaz de auxiliar na

determinação da condutividade térmica dos isolantes, para que seja possível comparar a condutividade térmica calculada com a especificada pelos fabricantes. 2 OBJETIVOS O objetivo geral deste estudo é analisar os diferentes tipos de isolantes térmicos utilizados para finalidades industriais e residenciais. Os objetivos específicos que viabilizam o estudo são: a) Testar, em escala de laboratório, os diversos isolantes; b) Avaliar a condutividade térmica em função dos materiais e utilização dos mesmos. 3 METODOLOGIA O trabalho consiste em uma pesquisa exploratória e experimental através da construção e aplicação de um experimento para auxiliar no levantamento das variáveis para o cálculo da condutividade térmica. O equipamento será utilizado para determinar a condutividade térmica de alguns isolantes e, após os testes, os dados qualitativos serão analisados de forma estatística. 4 DESENVOLVIMENTO 4.1 Construção do Equipamento Tomando como base o método modificado do fio quente, realizamos a construção de um equipamento para auxiliar no levantamento das variáveis para o cálculo da condutividade térmica dos isolantes. A construção do equipamento se baseou no seguinte procedimento: A escolha do material foi realizada com base nos dados de suas propriedades mecânicas, como a facilidade para usinar e soldar, e a condutividade térmica. O cilindro que foi utilizado é de aço carbono, com as seguintes medidas: comprimento de 375 mm, espessura de 2,5 mm e diâmetro externo de 61 mm. Além do cilindro, foram utilizadas duas chapas retangulares de tamanho 153 mm por 113,5 m. Após o corte, foi realizada a soldagem das chapas no cilindro, uma em cada

extremidade. Estas não foram soldadas no centro, porque deixamos uma altura de 83 mm com o objetivo de deixar o tubo elevado, utilizando-as como base. Em uma das extremidades do cilindro foi realizado um furo com diâmetro de 30 mm. Foi adquirida uma resistência elétrica tipo cartucho com potência de 30 W e tensão de 110 V e um termopar tipo J. 4.2 Amostras para o experimento Foram utilizadas cinco amostras de diferentes isolantes para a realização dos testes para a determinação da condutividade térmica. 4.2.1 Duralfoil AL1 É uma cobertura secundária para residências composta por uma face de alumínio com 99% de pureza e com malha de reforço de resina termoplástica de alta densidade (DURALFOIL). Não foi encontrada a condutividade térmica específica do material, já que o mesmo não se caracteriza especificadamente como um isolante térmico, mas sim como uma segunda camada para o telhado residencial para proteção contra goteiras. 4.2.2 Lã de Rocha Aluminizada São feltros ou painéis de lã de rocha revestida em uma de suas faces por alumínio reforçado com fios de vidro ou poliéster, que impede a condensação superficial e a penetração de umidade no isolante. Suas principais aplicações são: dutos de ar condicionado, sob ou entre telhas e coberturas em geral, sobre forros e tubulações (ROCKFIBRAS). Com base no método ASTM C 177, a condutividade térmica do material é de 0,032 kcal/m h ºC à 25ºC (ROCKFIBRAS). 4.2.3 Painel de Lã de Rocha PSE-48 Painel em lã de rocha que possui aglomerados de resinas especiais e com densidade nominal de 48 kg/m³. São indicados para os tratamentos térmicos e

acústicos na indústria, como por exemplo em tanques, aquecedores e estufas. Também são utilizados na construção civil sobre forros e coberturas e como miolo para divisórias e alvenarias (ROCKFIBRAS). Possui melhor desempenho em temperaturas de até 300ºC e sua condutividade térmica através do método da ASTM C 177 pode ser verificado no Gráfico 1 (ROCKFIBRAS). Gráfico 1 - Condutividade térmica do painel de lã de rocha PSE-48 4.2.4 Manta de Fibra Cerâmica Fonte: ROCKFIBRAS Constituída por fibras longas que são expostas em várias direções e entrelaçadas por um processo contínuo de agulhamento. Por causa do processo não é necessária a adição de nenhum tipo de ligante. Tem como aplicação o revestimento de fornos e caldeiras, o isolamento de tubulações, reatores e turbinas a vapor, assim como o isolamento de portas corta-fogo (UNIFRAX, 2001). Possui densidade de 96 kg/m³ e pode trabalhar a temperaturas de até 1260ºC. Através do teste ASTM C 177 é possível verificar a condutividade térmica no Gráfico 2 (UNIFRAX, 2001). Gráfico 2 - Condutividade térmica da manta de fibra cerâmica Fonte: UNIFRAX, 2001

4.2.5 Manta de Lã de Vidro Costurada Composta somente pela manta de lã de vidro, costurada com fios de algodão e sem qualquer tipo de resina aglomerante. É utilizada em fornos, estufas, turbinas, válvulas e proteção contra fogo (VAMAPAL). Possui densidade de 40 kg/m³, espessura de 1 polegada e pode ser aplicada em temperaturas de -200ºC à 550ºC. A condutividade térmica do material pode ser vista no Gráfico 3 (VAMAPAL). Gráfico 3 - Condutividade térmica da manta de lã de vidro costurada 4.3 Aplicação do Experimento Fonte: VAMAPAL Na extremidade do cilindro onde tem um furo de diâmetro de 30 mm, foi inserida a resistência elétrica tipo cartucho com uma tomada adaptada na ponta, a qual conectamos diretamente na tomada de 110V. Colocamos o termopar tipo J com o terminal de forquilha conectado a duas garras tipo jacaré, as quais estavam ligadas ao multímetro, que foi configurado para medir tensão contínua na marcação de até 200mV. Depois da resistência e do termopar estarem no interior do cilindro, é necessário ter cuidado para não deixar a resistência encostada no termopar. Logo, esperamos por trinta minutos para a resistência aquecer e o multímetro estabilizar a sua marcação de tensão. Foram analisados cinco tipos de isolantes térmicos, são eles: Duralfoil AL1: 360 x 260 mm; Lã de rocha aluminizada: 370 x 260 mm; Painel de lã de rocha: 370 x 370 mm; Manta de fibra cerâmica: 370 x 320 mm e Manta de lã de vidro: 380 x 320 mm. Cada amostra de isolante foi envolvida no cilindro, e então foi cronometrado o

tempo de dez minutos para cada amostra, e foi realizada a medição da temperatura externa, com o auxílio do termômetro infravermelho nas duas extremidades e no meio das amostras, e anotados os valores. Em um segundo momento, repetimos o ensaio para cada amostra, porém, quando estava marcando cinco minutos no cronômetro, foi realizada uma medição da temperatura externa, com o auxílio do termômetro infravermelho da mesma forma descrita anteriormente. As mesmas amostras tiveram suas temperaturas mensuradas novamente quando estava marcando dez minutos. As temperaturas das amostras realizadas com cinco minutos e dez minutos foram registradas para posterior transformação e realização dos devidos cálculos. 5 RESULTADOS Os resultados para todos os cálculos realizados de acordo com os passos descritos anteriormente estão contidos nas Tabelas 1 a 6. Tabela 1 - Temperatura interna ISOLANTES TENSÃO TEMPERATURA INTERNA TEMPERATURA EXTERNA 5,5 mv 104,24 ºC 33,50 ºC DURALFOIL AL1 5,7 mv 107,91 ºC 33,00 ºC 5,7 mv 107,91 ºC 34,30 ºC LÃ DE ROCHA ALUMINIZADA PAINEL DE LÃ DE ROCHA MANTA DE FIBRA CERÂMICA MANTA DE LÃ DE VIDRO 6,1 mv 115,24 ºC 22,50 ºC 5,6 mv 106,09 ºC 23,70 ºC 5,7 mv 107,91 ºC 23,30ºC 5,9 mv 107,91 ºC 24,20 ºC 6,4 mv 120,73 ºC 23,00 ºC 6,5 mv 122,55 ºC 24,00 ºC 6,5 mv 122,55 ºC 31,00 ºC 6,4 mv 120,73 ºC 28,20 ºC 6,5 mv 122,55 ºC 29,70 ºC 5,6 mv 106,09 ºC 29,70 ºC 6,5 mv 122,55 ºC 25,80 ºC 6,6 mv 124,38 ºC 27,30 ºC Os dados comuns que foram utilizados para os cálculos para todos os isolantes foram: - q = 30 W; h = 20 W/m²K; r1 = 0,02925 m; r2 = 0,0305 m; kaço = 50,2 W/mK; L = 0,375 m.

Tabela 2 Resultados dos cálculos do duralfoil al1 DURALFOIL AL1 DADOS TESTE 1 TESTE 2 TESTE 3 ESPESSURA [m] 0,0005 0,0005 0,0005 r3 [m] 0,0310 0,0310 0,0310 TINT [ºC] 104,24 107,91 107,91 TEXT [ºC] 33,50 33,00 34,30 RCOND,AÇO [K/W] 0,00035 0,00035 0,00035 RCONV [K/W] 0,68454 0,68454 0,68454 k [W/mK] 0,00413 0,00381 0,00390 k [kcal/mhºc] 0,00355 0,00327 0,00335 O isolante Duralfoil AL1 mostrou-se capaz de ser empregado para o isolamento térmico, apesar da sua pequena espessura e de não ser sua função primária. Contudo, não foi possível comparar a condutividade térmica calculada com a especificada, pois ela não foi encontrada. Este se mostra eficiente para ser utilizado em residências tanto para evitar goteiras, que é sua principal função, mas também para evitar o aquecimento demasiado das residências em dias quentes, principalmente pela elevação das temperaturas nos dias de hoje. Além de cumprir bem suas funções, ele tem baixo custo e é de fácil instalação. Tabela 3 - Resultados dos cálculos da lã de rocha aluminizada LÃ DE ROCHA ALUMINIZADA DADOS TESTE 1 TESTE 2 TESTE 3 ESPESSURA [m] 0,0254 0,0254 0,0254 r3 [m] 0,0559 0,0559 0,0559 TINT [ºC] 115,24 106,09 107,91 TEXT [ºC] 22,50 23,70 23,30 RCOND,AÇO [K/W] 0,00035 0,00035 0,00035 RCONV [K/W] 0,37962 0,37962 0,37962 k [W/mK] 0,09433 0,10866 0,10536 k [kcal/mhºc] 0,08154 0,09343 0,09059

Tabela 4 - Resultados dos cálculos do painel de lã de rocha PAINEL DE LÃ DE ROCHA DADOS TESTE 1 TESTE 2 TESTE 3 ESPESSURA [m] 0,0500 0,0500 0,0500 r3 [m] 0,0805 0,0805 0,0805 TINT [ºC] 107,91 120,73 122,55 TEXT [ºC] 24,20 23,00 24,00 RCOND,AÇO [K/W] 0,00035 0,00035 0,00035 RCONV [K/W] 0,26361 0,26361 0,26361 k [W/mK] 0,16304 0,13732 0,13635 k [kcal/mhºc] 0,14019 0,11807 0,11724 Tabela 5 - Resultados dos cálculos da manta de fibra cerâmica MANTA DE FIBRA CERÂMICA DADOS TESTE 1 TESTE 2 TESTE 3 ESPESSURA [m] 0,0254 0,0254 0,0254 r3 [m] 0,0559 0,0559 0,0559 TINT [ºC] 122,55 120,73 122,55 TEXT [ºC] 31,00 28,20 29,70 RCOND,AÇO [K/W] 0,00035 0,00035 0,00035 RCONV [K/W] 0,37962 0,37962 0,37962 k [W/mK] 0,09624 0,09508 0,09470 k [kcal/mhºc] 0,08275 0,08175 0,08143 Tabela 6 - Resultados dos cálculos da manta de lã de vidro costurada MANTA DE LÃ DE VIDRO COSTURADA DADOS TESTE 1 TESTE 2 TESTE 3 ESPESSURA [m] 0,0254 0,0254 0,0254 r3 [m] 0,0559 0,0559 0,0559 TINT [ºC] 106,09 122,55 124,23 TEXT [ºC] 29,70 25,80 27,30 RCOND,AÇO [K/W] 0,00035 0,00035 0,00035 RCONV [K/W] 0,37962 0,37962 0,37962 k [W/mK] 0,11723 0,09038 0,09019 k [kcal/mhºc] 0,10080 0,07771 0,07755

Para os quatro isolantes restantes, a lã de rocha aluminizada, o painel de lã de rocha, a manta de fibra cerâmica e a manta de lã de vidro costurada os valores calculados para a condutividade térmica em cada um dos testes mostraram-se duas a três vezes maior em relação aos valores especificados pelos fabricantes para as temperaturas testadas. Apesar da divergência de valores, os isolantes se apresentam eficazes para o propósito que são construídos, principalmente na faixa de temperatura em que foram testados a qual variou de 104 ºC à 125 ºC. As aplicações desses quatro isolantes são similares tanto no âmbito residencial quanto no industrial. O que varia entre eles é a faixa de temperatura de trabalho em que cada um é capaz de ser empregado e o seu custo, o que pode influenciar na decisão do isolante a ser empregado. 6 CONSIDERAÇOES FINAIS O intuito deste projeto era aplicar um equipamento que auxiliasse na obtenção dos dados necessários para determinar a condutividade térmica dos isolantes testados, para então comparar os valores obtidos com os já especificados pelos fabricantes, assim como auxiliar a verificar se o isolante que será utilizado em determinada aplicação não pode ser substituído por outro com condutividade térmica próxima e que possa ter um custo inferior do que o já especificado. Além de promover a possível troca de isolante em aplicações já existentes, o equipamento pode auxiliar na escolha para novas aplicações, já que para o teste não é necessário alto investimento, pois a amostra a ser utilizada é pequena. Igualmente, auxilia na descoberta, claro que em escala reduzida, da temperatura externa que cada isolante irá ter no processo em que ele poderá ser utilizado e também a sua condutividade térmica. O equipamento mostrou ser capaz de ser utilizado perfeitamente para o que foi destinado, no entanto é necessária melhoria para o posicionamento do termopar e da resistência para que eles não fiquem encostados. Como já visto, as condutividades térmicas calculadas apresentaram-se superiores às já especificadas, porém elas não interferem significativamente na aplicação para a temperatura testada, uma vez que os valores encontrados são muito pequenos. Entretanto, se faz necessário um melhor controle das variáveis que influenciam diretamente na determinação da condutividade, como a temperatura

interna gerada pela resistência, a fixação do isolante ao redor do tubo, assim como o próprio formato utilizado para moldar o isolante, para que assim, exista maior confiabilidade no processo utilizado. REFERÊNCIAS CHUNG, Deborah D.L. Applied Materials Science: Applications of Engineering Materials in Structural, Electronics, Thermal, and Other Industries. 1. ed. New York: CRC Press, 2001. DURALFOIL AL1. Disponível em: <http://www.duralfoil.com.br/produto_res_dural1.aspx>. Acesso em: 15 de maio de 2016. GECOMP. Disponível em: <http://www.gecomp.com.br/gefran.asp>. Acesso em: 13 de maio de 2015. ÇENGEL, Yunus A. Heat and Mass Transfer: Fundamentals & Applications. 5. ed. New York: McGraw-Hill Education, 2014. ÇENGEL, Yunus A. Transferência de Calor e Massa: Uma Abordagem Prática. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2009. INCROPERA, Frank P. et al. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. KAPUNO, Raul R. A.; RATHORE, Mahesh. M. Engineering Heat Transfer. 2. ed. Massachusetts: Jones & Bartlett Learning, 2011. KULKARNI, Sujan P.; VIPULANANDAN, C. Thermal Conductivity of Insulators. Disponível em: <http://www2.egr.uh.edu/~civeb1/cigmat/03_poster/10.pdf>. Acesso em: 26 out. de 2015. MANTA COSTURADA. Disponível em: <http://www.vamapal.com.br/mantacosturada/>. Acesso em: 15 de maio de 2016. MANTA DURABLANKET. Disponível em: <http://www.unifrax.com.br/pdf/manta%20durablanket.pdf>. Acesso em: 15 de maio de 2016. PAINEL PSE-48. Disponível em: <http://www.rockfibras.com.br/produtos_lr_paineis_pse48.html>. Acesso em: 15 de maio de 2016. THERMAX-FLEX. Disponível em: <http://www.rockfibras.com.br/produtos_lr_thermaxflex.html>. Acesso em: 15 de maio de 2016.