Conflicto colombiano, geopolítica y defensa nacional Salgueiro Tradução: Graça A recente negativa da Corte Constitucional da Colômbia de receber delegados das FARC dentro do processo de resposta à demanda interposta pelo ex-promotor Geral Eduardo Montealegre, corrobora que todas as atividades do grupo terrorista circunscrevem-se dentro de seu Plano Estratégico, que os afetados desconhecem, e que só apontam à legitimação política para conseguir status de beligerância e continuar a guerra contra a Colômbia, comentou o coronel da reserva ativa do Exército colombiano Luis Alberto Villamarín Pulido, em entrevista pelo Skype com a jornalista Mercedes Soler, do programa Realidades en Contexto da cadeia de televisão CNN en Español, que é transmitido de segunda a sexta desde Atlanta-Georgia para o resto do mundo. Durante os 11 minutos que duraram a entrevista, e em resposta a várias perguntas formuladas pela jornalista Soler, o coronel Villamarín apontou: 1. As FARC saíram com as suas. Mantêm a iniciativa estratégica, o empate técnico e a vantagem política dentro da mesa de conversações e dentro do território nacional. O ponto álgido do assunto é que o presidente Santos carece de credibilidade porque um dia diz uma coisa, no dia seguinte diz outra e finalmente termina aceitando as imposições das FARC. 2. O ex-promotor Montealegre não tinha atribuições para apresentar essa demanda em nome da Procuradoria. A função constitucional do promotor é instruir os processo e acusar os implicados ante os juízes de garantias. Não é a de legitimar terroristas, nem criminosos nem bandidos. 3. As FARC não têm status de beligerância, então não se pode dar-lhes categoria de Estado paralelo nem muito menos perdoá-los dos crimes, pelo gosto particular de um funcionário público que aproveita seu cargo para fazer politicagem e buscar a legitimação dos delinqüentes. 4. A Corte Constitucional que rechaçou a presença das FARC em seu recinto, mas ao mesmo tempo pediu um conceito jurídico ao grupo narco-terrorista, é a encarregada de aprovar ou rechaçar o espúrio plebiscito que o governo Santos propõe com apenas 13% dos votantes do país, o qual resta legitimidade ao governo e ao que se decida lá. 5 1 / 7
. As FARC insistem em uma assembléia constituinte dirigida a seu bel-prazer, porque ao submeter-se às urnas perderiam. Em troca, propõem uma constituinte integrada por alguns delegados terroristas e outros escolhidos pelo governo Santos, para decidir a seu gosto a sorte do país. 6. É difícil concretizar neste momento relações com o ELN, porque este grupo terrorista está atuando em conchavo com as FARC. Tudo o que fazem e procuram é que haja um cessar fogo bilateral com os dois grupos, para continuar enganando o país, manietando as tropas e se apetrechando para continuar a guerra tão logo se lhes reconheça o status de beligerância. 7. Prova de que o ELN atua em dependência direta das FARC, é que sem ter presença histórica na fronteira colombiana com o Equador, Rafael Correa anda mais pendente dos diálogos com este grupo terrorista do que em atender a tragédia recém-padecida por seu país, e de remate nomeou a deputada de Alianza País, Augusta Calle, membro reconhecida das FARC no país vizinho, para que junto com o esposo da legisladora terrorista facilitem o show midiático do ELN em Quito. 8. Dentro dos países facilitadores dos diálogos estão governos como a ditadura de Cuba, que é o padrinho histórico do ELN, o Brasil, que em meio da crise que poderia acabar com a destituição de Dilma usa esta oportunidade para dar aparência interna e externa de pacifismo, e a Venezuela, que ante a eventual queda de Maduro manipula a aproximação com as FARC, para que Santos ceda em tudo o que lhe imponham sob pena de suspender as conversações e dilatar o ansiado Prêmio Nobel da Paz. 9. As FARC não estão conversando em Cuba para se desmobilizar, nem para entregar armas, senão para ganhar status de beligerância e uma vez conseguido este reconhecimento como exército paralelo, lançar novas ofensivas terroristas, políticas e midiáticas em prol de seus objetivos. Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido 2 / 7
Especialista em Segurança Nacional e geo-política, analista de assuntos estratégicos, estratégia e defesa nacional, temas sobre os quais escreveu e publicou 31 livros - www.luisvillamarin.com El coronel Luis Alberto Villamarín Pulido es analista de asuntos estratégicos, especialista en geopolítica, estrategia y defensa nacional, temas sobre los cuales ha escrito y publicado 31 libros. Para leer algunos de los libros escritos por el coronel Villamarín haga click aqu í 3 / 7
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