TRAJETÓRIA HISTÓRICA DOS EDIFÍCIOS DE SAÚDE MODERNISTAS EM SALVADOR-BA:

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRAJETÓRIA HISTÓRICA DOS EDIFÍCIOS DE SAÚDE MODERNISTAS EM SALVADOR-BA: UM ESTUDO SOBRE SUAS TRANSFORMAÇÕES FÍSICO-ESPACIAIS E A PRESERVAÇÃO DOS SEUS VALORES CULTURAIS SEMINÁRIO 01 DISCENTE LAÍS DE MATOS SOUZA DOCENTE ANTÔNIO PEDRO CARVALHO DISCIPLINA PROGRAMAÇÃO ARQUITETÔNICA EM EDIFICAÇÕES DE FUNÇÕES COMPLEXAS (ARQ711)

TEMA Entendimento da trajetória histórica dos edifícios de saúde do período modernista (1930-1960) em Salvador-BA, buscando uma interface entre as adequações realizadas para atender às demandas de usos/ funcionais e o impacto disso na preservação dos valores culturais dessas edificações. TRAJETÓRIA HISTÓRICA CIÊNCIAS DA SAÚDE Edifícios de saúde TECNOLOGIAS NORMATIVAS ARQUITETURA CONTÍNUAS TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO FÍSICO Historicamente, a arquitetura e as ciências da saúde caminham juntas para responder às demandas de saúde da sociedade. O estudo da arquitetura dos estabelecimentos de saúde não pode ser desvinculado dos conceitos e práticas médicas adotadas durante a idealização de seus espaços. CARVALHO, 2014, P.11) O hospital é um interminável canteiro de obras.

OBJETO Edifícios de saúde modernistas em Salvador-BA 1) Hospital Sanatório Santa Terezinha / Parque Sanatorial Santa Terezinha (Sanatório de Triagem, Pavilhão de Serviços Gerais, Pavilhao de Triagem, Dispensário Modelo da Cruz Vermelha Brasileira filial Bahia) 2) Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicida da Bahia 3) Hospital do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados de Transportes e Cargas (IAPETC) atual Hospital Ana Neri 4) Escola de Puericultura Raymundo Pereira de Magalhães 5) Creche Pupileira (Terreno da Santa Casa de Misericórdia Nazaré) 6) Hospital na Pupileira (Terreno da Santa Casa de Misericórdia Nazaré 7) Hospital da Liga Bahiana Contra a Mortalidade Infantil (hoje Hospital Martagão Gesteira) 8) Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT) / Hospital do Tórax do IBIT 9) Clínica Tisiológica da Universidade da Bahia 10) Fundação Gonçalo Moniz (Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz) 11) Sanatório Manoel Victorino 12) Hospital Aristidez Maltez

OBJETO Hospital Sanatório Santa Terezinha 1941 Alto da Cruz do Cosme (Pau Miúdo) Salvador Hospital de isolamento para tuberculosos Atualmente sem uso Clínica Tisiológica da ufba atual Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira 1949 Canela Salvador Federal Hospital Universitário (UFBA) Hospital Aristides Maltez 1952 Brotas Salvador Filantrópico Hospital para tratamento do câncer Fachada art-decó

OBJETO Hospital Sanatório Santa Terezinha 1941 Primeiro edifício moderno de Salvador; Teve uma projeção internacional (publicação no livro Brasil Builds, catalogo que o museu de arte de NY fez na década de 40 e que só possui duas obras da Bahia HSST e ICEA); FAUFBA já solicitou seu tombamento e o IPAC ainda nao o fez; Seus anexos abrigam outros usos (como hospital geral), mas ele está abandonado. Clínica Tisiológica da ufba atual Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira 1949 Seu projeto foi publicado em revistas de arquitetura, tem painéis de arte moderna integrados artista Genaro de Carvalho Hospital Aristides Maltez 1952 Fachada art-decó tombada pelo IPAC

conflito?? PERGUNTA Como foi a trajetória histórica dos edifícios de saúde modernistas de Salvador considerando as suas necessidades de atualização funcional e a relação com a preservação dos valores culturais dessas edificações? TRAJETÓRIA HISTÓRICA PRESERVAÇÃO DOS VALORES CULTURAIS X NECESSIDADE DE ATUALIZAÇÃO FUNCIONAL

OBJETIVOS PRINCIPAL: Compreender a trajetória histórica dos edifícios de saúde modernistas de Salvador-BA considerando suas transformações físico-espaciais e sua relação com a preservação dos valores culturais dessas edificações. SECUNDÁRIOS: 1. Realizar um levantamento dos edifícios de saúde modernistas em Salvados-BA, identificando aqueles que se destacam por algum tipo de valor cultural; 2. Estudar as principais modificações físico-espaciais ocorridas nesses hospitais, desde a sua criação; 3. Compreender o funcionamento dos hospitais, observando como a mudança de categoria dentro do segmento hospitalar pressupõe intervenções mais acentuadas ou não na sua espacialidade; 4. Identificar como as transformações físico-espaciais afetaram a preservação dos valores culturais das edificações ao longo do tempo; 5. Comparar a situação atual dos hospitais com aquilo que já foram em outros momentos da sua história. 6. Identificar possíveis usos futuros ou limites de uso dentro do segmento hospitalar para essas edificações.

JUSTIFICATIVA 1-Os campos de preservação do patrimônio e da arquitetura para estabelecimentos de saúde são duas áreas que possuem suas normativas específicas e que, muitas vezes, não dialogam entre si. Não existe uma preocupação em cruzar as informações das cartas patrimoniais, teorias e leis de preservação do patrimônio com as legislações que regulam as instituições de saúde, gerando conflitos entre esses campos quando se realizam intervenções nas instituições de saúde. 2-O reconhecimento do edifício como patrimônio, ainda que não seja tombado, pressupõe um congelamento, em certo sentido. Isto é, evitar a transformação da sua espacialidade e materialidade ou fazê-la de forma criteriosa. Por outro lado, as normas sanitárias e de saúde pressupõem adequações em materiais, tipos de revestimento, espacialidade, fluxos, etc. Isso implica em transformações físicoespaciais contínuas nas edificações hospitalares. Como essas coisas podem funcionar juntas? Como esses edifícios têm lidado com isso?

JUSTIFICATIVA 3-No Brasil, existem poucos estabelecimentos de saúde declarados patrimônio. O tombamento auxilia na salvaguarda das edificações, preservando bens que pertencem à história e cultura de um povo. Nesse sentido, a falta de proteção em relação aos edifícios de saúde pode gerar uma descaracterização dos seus valores arquitetônicos e históricos, que acabam, geralmente, não sendo preservados durante as intervenções realizadas para a adequação da estrutura física às novas necessidades funcionais das instituições de saúde. 4-A compreensão da trajetória histórica das edificações de saúde e suas transformações pode auxiliar no planejamento projetual das futuras intervenções/usos nesses edifícios de forma que se preserve, o máximo possível, seus elementos de valor cultural. 5-Há um interesse pessoal pela arquitetura hospitalar/da saúde e pelo tema do patrimônio. Sou psicóloga, sempre estagiei com projetos hospitalares e por isso me matriculei como aluna especial nas disciplinas de Projeto em Preexistência e Programação Arquitetônica em Edificações Complexas.

JUSTIFICATIVA 6-Apesar da minha área de concentração no PPGAU ser a de Conservação e Restauro, o meu projeto tem elementos que tornam possível uma articulação com a futura área a ser implantada voltada para o Projeto Arquitetônico. 7-Existem dois grupos de pesquisa na FAUFBA nos quais o meu trabalho pode ser inserido: I) Projeto, Cidade e Memória, que trabalha com a interface entre projeto e preservação; II) GEA-Hosp, que pesquisa sobre a interface Arquitetura e Saúde.

REFERÊNCIAS ANDRADE JUNIOR, Nivaldo Vieira de. Arquitetura moderna e as instituições de saúde na Bahia nas décadas de 1930 a 1950. In: SOUZA, Christiane Maria Cruz de; BARRETO, Maria Renilda Nery (Orgs.). História da Saúde na Bahia: instituições e patrimônio arquitetônico (1808-1958). Barueri, SP: Manole, 2011, p. 94-139. ANDRADE JUNIOR, Nivaldo Vieira de (2012b). Arquitetura Moderna na Bahia, 1947-1951: Uma história a contrapelo. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) Faculdade de Arquitetura Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012. CARVALHO, Antônio Pedro Alves de. Introdução à arquitetura hospitalar. Salvador, BA: UFBA, FA, GEA-hosp., 2014. SOUZA, Christiane Maria Cruz de; SANGLARD, Gisele. Saúde pública e assistência na Bahia da Primeira República (1889-1929). In: SOUZA, Christiane Maria Cruz de; BARRETO, Maria Renilda Nery (Orgs.). História da Saúde na Bahia: instituições e patrimônio arquitetônico (1808-1958). Barueri, SP: Manole, 2011, p. 27-73.