Universidade Federal de Alagoas Campus do Sertão Eixo de Tecnologia TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1 Aula 2 Locação de Obras Prof. Alexandre Nascimento de Lima Delmiro Gouveia, agosto de 2017.
A obra deverá ser locada com rigor, observando-se o projeto quanto à planimetria e à altimetria. A locação será executada após observação da planta de fundação e utilizando-se quadros com piquetes e tábuas niveladas e fixados para resistirem a tensão dos fios sem oscilação e sem sair da posição correta. A locação será por eixos ou face de parede e centro das estacas.
a) Locação de estacas: Devemos possuir uma planta de locação, cotada em milímetros. Deve-se notar a preocupação de se escolher uma origem para os eixos de coordenadas ortogonais e as distâncias marcadas sobre eles serão, portanto, acumuladas até a referida origem. No local providenciamos a colocação da tabela, formada de tábuas de pinho de 1" de espessura e pontaletes de 3" x 3". A largura da tábua de pinho poderá ser de 15 cm, 20 cm ou 30 cm.
A tábua deverá ser colocada nivelada. Quando o terreno tiver caimento elevado, a tabela passará a ser em degraus. Sobre a tábua na sua espessura serão medidas diversas distâncias marcadas na planta de locação, fixando-se com pregos 18 x 27 ou 17 x 21 dos 2 lados opostos do retângulo ou dos lados paralelos. Depois de terminada a pregagem, esticar as linhas, duas a duas. Como o cruzamento das linhas poderá estar muito acima da superfície do solo, por intermédio de um prumo, leva-se a vertical até o chão.
b) Locação de paredes: A locação deve, de preferência, ser executada por técnico, agrimensor ou engenheiro. Locação mal feita trará desarmonia entre o projeto e a execução, cujas consequências poderão ser graves. Ao marcarmos as posições das paredes, devemos inicialmente fazê-lo pelo eixo e, em seguida, medir o bloco que vai ser empregado na obra e marcarmos, a partir do eixo, as duas extremidades ou faces do tijolo que definem a espessura da parede.
Quanto ao processo de fixação dos alinhamentos no terreno, são conhecidos dois processos: 1) Processo dos cavaletes: Os cavaletes são constituídos de duas estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas. Vantagens: Economia de madeira. Desvantagens: Facilmente deslocados por batidas (carros de mão, pontapé, etc)
2) Processo da tábua corrida: Os pontaletes de madeira ficam a uma distância de 1,50 m entre si e a 1,20 m das paredes, em volta de toda a construção (a 1,00 m do piso). Os pregos são fincados nas tábuas, identificados com letras e algarismos pintados na face vertical interna das tábuas. Vantagens: Dificilmente deslocados. Desvantagens: Gastos com madeira.
Traçado Transferir as medidas, retiradas das plantas para o terreno. Traçado de ângulos retos e paralelas É através dele que marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção, determinando assim o esquadro. Um método simples para isso, consiste em formar um triângulo 3-4-5 (triângulo de Pitágoras). Outro método consiste na utilização de um esquadro metálico (geralmente 0,60 m x 0,80 m x 1,00 m) para verificar o ângulo reto.
Traçado de curvas A partir do cálculo do raio da curva achamos o centro e, com o auxílio de um arame ou linha, traçamos a curva no terreno (como se fosse um compasso). No caso de grandes curvas, podemos utilizar um método aproximado, chamado método das quatro partes. Consiste em aplicar, sucessivamente, sobre a corda obtida com a flecha precedente, a quarta parte deste último valor. Encontram-se assim, por aproximações sucessivas, todos os pontos da curva circular.
Locação de estacas O posicionamento das estacas é feito conforme a planta de locação de estacas, fornecida pelo cálculo estrutural. A locação é definida pelo cruzamento das linhas fixadas por pregos no gabarito. Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumo de centro. No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca de madeira (piquete), com dimensões 2,5 cm x 2,5 cm x 15,0 cm.
Vídeo. Locação de Obras
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