PROVA Curso Assistência de Enfermagem em Cuidados Paliativos em Oncologia

Documentos relacionados
Cuidados Paliativos e Decisões no Paciente Oncológico Terminal

Fluxo de atendimento e dados de alerta para qualquer tipo de cefaléia no atendimento do Primeiro Atendimento

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009

[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS]

Colaboradores...5 Dedicatória...6 Agradecimentos...7 Prefácio...9

MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO

Destaques da Nota Técnica do Ministério da Saúde sobre a vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante)

GBECAM. O Câncer de Mama no Estado de São Paulo

Indicações de tratamento paliativo em pacientes oncológicos

Resultados da Validação do Mapeamento. Administrar medicamentos vasoativos, se adequado.

Áquila Lopes Gouvêa Enfermeira da Equipe de Controle de Dor Instituto Central do Hospital das Clínica da Faculdade de Medicina da USP

Currículo Disciplina Carga Horária. Aspectos Éticos e Bioéticos na Assistência de Enfermagem ao Paciente Grave ou de Risco

USO DE ANALGÉSICOS OPIOIDES E NÃO OPIOIDES POR PACIENTES IDOSOS NO CONTROLE DA DOR ONCOLÓGICA

PLANO DE CURSO. CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

PLANO DE CURSO. CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

ALGUNS DADOS DO BRASIL:

folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BEM ADRIANA JUSSARA EM A MULHER QUE VALIA POR MUITAS CMY SAÚDE DA MULHER

CURSO BÁSICO DE CUIDADOS PALIATIVOS

Desafios para a promoção, prevenção e tratamento do câncer: O panorama global e o Brasil

Universidade Federal de Pelotas

Parto Normal. A importância de conhecer as vantagens.

PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2007

Prof.Dr.Franklin Santana Santos

Tratamento Radioterápico do Câncer de Próstata

PROJETO DE LEI Nº., DE 2011 (Do Sr. ELISEU PADILHA)

CÂNCER DE COLO ÚTERINO: DIAGNÓSTICOS E PREVENÇÃO, TRATAMENTO.

ANEMIA DE CÉLULAS FALCIFORMES tratamento da dor

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update Robson Ferrigno

APRESENTAÇÃO E-PÔSTER DATA: 18/10/16 LOCAL: SALAS PRÉDIO IV

O que é e para que serve a Próstata

DOR PROTOCOLO DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA O NEUROLOGISTA. Laura Sousa Castro Peixoto

EXPANSÃO DA RADIOTERAPIA NO BRASIL: NOVAS ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAR A OFERTA NO PAÍS

Registro Hospitalar de Câncer - RHC HC-UFPR Casos de 2007 a 2009

Farmacêutico Paliativista. Silvia Coimbra 06 Dez 2014

26ª Reunião, Extraordinária Comissão de Assuntos Sociais

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

Opioides: conceitos básicos. Dra Angela M Sousa CMTD-ICESP

CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO DAS MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PROTOCOLOS DO CEP/CEPON 2006

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Nivaldo Vieira. Oncologista Clínico

EFEITOS COLATERAIS BUCAIS DA RADIOTERAPIA NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO E A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA: REVISÃO DE LITERATURA

Recursos Próprios 2013

Trabalho de biologia

Epilepsia.! Causas prováveis:! infarto cerebral! tumor! infecção! trauma! doença degenerativa

Fatores de risco: O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau

Determinantes do processo saúde-doença. Identificação de riscos à saúde. Claudia Witzel

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS

A AMAMENTAÇÃO COMO FATOR DE PROTEÇÃO DO CÂNCER DE MAMA. Evidências em Saúde Pública HSM 0122 Novembro/2015

PRINCIPAIS AGRAVOS UROLÓGICOS FORUM POLÍTICAS PUBLICAS E SAÚDE DO HOMEM/2014

VIVER BEM ÂNGELA HELENA E A PREVENÇÃO DO CÂNCER NEOPLASIAS

REVISÃO VIP CURSOS ENFERMEIRO HU ESPECIALISTA EM TERAPIA INTENSIVA E ENFERMAGEM CARDIOLÓGICA.

Unidade de Tratamento da Dor e Medicina Paliativa CHCB (H. Fundão)

USO DO PICTOGRAMA DE FADIGA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA SUBMETIDAS À TELETERAPIA

Dra. Mariana de A. C. Lautenschläger Dr. Milton Flávio Marques Lautenschläger Dr. Rafael Aron Schmerling

CURSO BÁSICO DE CUIDADOS PALIATIVOS

PRINCIPAIS ANALGÉSICOS E ADJUVANTES, USADOS NO TRATAMENTO DA DOR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

número 25- julho/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

Como inovar transformando velhos dilemas em novas práticas.

AVALIAÇÃO DE AÇÃO PROGRAMÁTICA DE SAÚDE DA MULHER DURANTE A VIVÊNCIA DA PRÁTICA EM SAÚDE PÚBLICA 1. INTRODUÇÃO

Seminário Nacional Unimed de Medicina Preventiva

PALAVRAS-CHAVE Obesidade, Colo do Útero, Teste de Papanicolaou.

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

ENFERMAGEM (PREF. MUNICIPAL DE CASCAVEL-PR / TÉCNICO EM ENFERMAGEM / CONSULPLAN / 2016)


TERAPIA NUTRICIONAL NA CIRURGIA E NO TRAUMA. Neily Rodrigues Romero Ma. em Ciências Fisiológicas Nutricionista do IJF

Programa de Residência Médica CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA. Comissão de Residência Médica COREME

I Fórum de Cuidados Paliativos do CREMEB. DECISÃO COMPARTILHADA Ferramentas para Mitigar Conflitos

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

III ENCONTRO DA SUCF CA FF PROTOCOLOS DE ATUAÇÃO AVALIAÇÃO INICIAL

PERFIL DOS IDOSOS PORTADORES DE CÂNCER ATENDIDOS PELA FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL DA PARAÍBA (FAP) EM TRATAMENTO DE RADIO E QUIMIOTERAPIA

Câncer de Endométrio Hereditário

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron

CENÁRIO DO CÂNCER DE MAMA

PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA PAV IMPORTÂNCIA, PREVENÇÃO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E NOTIFICAÇÃO

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência

Sessões Clínicas Cefaléia

PROVA EsFCEx 2016/2017 ENFERMAGEM. Prof.ª Enf.ª Cintia Lobo

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM. Brasília, 18 de Novembro de 2013 Michelle Leite da Silva

Doença de Addison DOENÇA DE ADDISON

Centro de Infusão do H9J. Nilton Salles Rosa Neto

Terminalidade da vida & bioética. Jussara Loch - PUCRS

Mortes por câncer aumentaram 31% no Brasil em 15 anos, afirma OMS

Prova de Terapia Ocupacional

O TAMANHO DO PROBLEMA

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se!

Estamos Tratando Adequadamente as Urgências em Radioterapia?

10 ANOS DE LIGA DA MAMA: AÇÃO DE EXTENSÃO VOLTADA PARA PREVENÇÃO E COMBATE DAS DOENÇAS MAMÁRIAS

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

ESTRUTURA CURRICULAR 2014/2 Aprovada pela Resolução nº 15 CONSEPE, de 18 de junho de 2014.

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral

NOTA TÉCNICA. Vigilância da Influenza ALERTA PARA A OCORRÊNCIA DA INFLUENZA E ORIENTAÇÃO PARA INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO

Disciplina: Específica

Conheça algumas doenças tipicamente femininas

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

Qualidade de Vida 02/03/2012

Transcrição:

PROVA - 2017 Curso Assistência de Enfermagem em Cuidados Paliativos em Oncologia 1. Considerando as estimativas de câncer para 2016 (INCA, 2015), observe as afirmativas abaixo assinalando V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas e em seguida marque a alternativa correta: ( ) O câncer de mama, é o tipo mais frequente em mulheres (sem considerar os tumores de pele não melanoma) mas geralmente são menos agressivos quando acometem as mulheres mais jovens, pois apresentam alta taxa de mutação dos genes BRCA 1 e BRCA 2. ( ) O câncer de próstata é considerado o mais incidente entre homens em todas as regiões do Brasil (sem considerar os tumores de pele não melanoma) e tem como único fator de risco, bem estabelecido, a idade. ( ) O câncer de cólon e reto é considerado uma doença relacionada ao estilo de vida e sua história natural propicia condições ideais para prevenção e detecção precoce. ( ) O Tabagismo é considerado como fator de risco para desenvolvimento de vários tipos de câncer. Entretanto já podemos observar, no Brasil, uma tendência à redução da incidência e da mortalidade por câncer relacionadas ao tabaco, especialmente o câncer de pulmão. a) V, V, V, F b) F, V, F, V c) F, V, V, V d) V, F, F, V 2. Sobre o câncer do colo do útero podemos afirmar que: ANULADA a) O rastreamento recomendado pelo Ministério da Saúde é o exame citopatólógico em mulheres de 25 a 64 anos, com uma rotina de repetição a cada quatro anos, após dois exames normais consecutivos realizados num intervalo de 1 ano. b) A infecção pelo HPV, por si só, não representa uma causa suficiente para o surgimento dessa neoplasia, sendo necessária a persistência da infecção pelo vírus. Outros fatores de risco como o tabagismo e a imunossupressão também contribuem para o surgimento da doença. c) Este tumor apresenta grande potencial de cura, ainda que diagnosticado em fases mais avançadas. d) A maioria dos casos diagnosticados de câncer do colo do útero ocorrem em regiões menos desenvolvidas e é possível observar que, nas últimas três décadas, a taxa de incidência desse câncer vem diminuindo na maioria dos países em processo de transição socioeconômica.

3. Acerca dos dilemas éticos vivenciados pelos profissionais da saúde podemos afirmar que: a) Envolvem questões que sofrem influência de diversos campos (cultural, científico, religioso, profissional) e por isso devem ser explorados com debates alicerçados na tolerância e no respeito às opiniões de todas as partes envolvidas. b) Os princípios éticos que devem nortear a análise e resolução de problemas são: beneficência, não maleficência, autonomia e equidade. c) O código de Ética e o pensamento jurídico brasileiro consideram a vida a partir da concepção, no entanto, em respeito a autonomia, o aborto é permitido nos casos de gestação indesejada. d) Para os estabelecimentos de saúde no Brasil que venham a fazer pesquisas, a formação de Comitês de Ética em Pesquisa é facultativa. 4. A OMS (2002) reafirma os conceitos, princípios e filosofia dos cuidados paliativos e defende que: a) O mais importante é o controle da dor para garantia de qualidade de vida. b) Os cuidados paliativos devem ser iniciados quando o tratamento modificador da doença não é mais possível. c) A prática deve primar pela ortotanásia e, portanto, não devemos acelerar nem adiar a morte. d) Considera fundamental o respeito aos princípios bioéticos: autonomia, eutanásia, duplo efeito, beneficência e não maleficência. 5. A dor é um sintoma comum nos pacientes oncológicos e a OMS (1982) propõe o uso da Escada Analgésica como forma de padronização da abordagem farmacológica à dor. Sobre o assunto, é correto afirmar que: a) Opioides fortes devem ser usados em horários fixos nos casos de dor intensa (terceiro degrau da escada), alternados com opioides fracos como forma de resgate. b) O primeiro degrau corresponde a dor leve a moderada, para a qual se recomenda usar drogas não opioides associadas a um opioide fraco. c) Os opioides fortes são mais indicados ao fim de vida, onde é comum a exacerbação de sintomas, especialmente da dor. d) No segundo degrau da escada está localizada a dor moderada, onde são recomendados os opioides fracos associados a analgésicos simples e, quando necessário, a anti-inflamatórios não esteroidais.

6. Considerando os princípios que regem a atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos definidos pela OMS (2002), classifique como CERTAS ( C ) ou ( E ) ERRADAS as sentenças abaixo e em seguida marque a alternativa correta: ALTERARAÇÃO DE GABARITO: A I ( C ) Não acelerar nem adiar a morte, mesmo considerando-a como um processo normal da vida. II ( E ) Deve-se respeitar a religião do paciente e por isso os profissionais não devem envolver-se em questões que abordem espiritualidade. III ( E ) Deve-se iniciar a abordagem paliativa tão logo seja verificado a progressão da doença e constatado a impossibilidade de cura. IV ( C ) Pacientes e familiares devem ser abordados de forma multidisciplinar, com foco em suas necessidades, incluído o acompanhamento no luto. A alternativa correta é: a) I e IV estão corretas. b) II e IV estão corretas. c) II e IIII estão corretas. d) I e III estão corretas. 7. é o melhor parâmetro para mensuração e classificação da dor. Neste instrumento é solicitado ao paciente que assinale a intensidade da dor num escore de 0 a 10, onde 0 é ausência de dor e 10 é a pior dor imaginável. Assinala a alternativa abaixo que preenche corretamente a lacuna: a) O inventário breve de dor (IBD) b) A escala comportamental de dor (ECD) c) A escala visual analógica (EVA) d) O Karnofsky Performance Status (KPS)

8. Sobre o processo de morte e morrer, analise as alternativas abaixo e assinale a correta: a) ( ) A assistência ao paciente em cuidados ao final de vida visa, entre outras questões, promover o conforto, bem-estar, minimizar o sofrimento e a dor. b) ( ) De acordo com Kluber-Ross, as fases do luto são: negociação, raiva, barganha, depressão e aceitação. c) ( ) Os cuidados de enfermagem devem garantir o acolhimento facilitando o processo de comunicação entre o médico e os familiares. d) ( ) O delirium terminal é uma condição comum nesta fase e o enfermeiro deve proceder a contenção do paciente no leito garantindo assim a sua segurança. 9. Para abordagem da dor neuropática sem melhora com o uso de opioides, está indicada a associação com: a) Corticoesteróides b) Dipirona c) Antidepressivos tricíclicos d) Anti-inflamatórios 10. Sobre a radioterapia é correto afirmar que: a) Não é indicada para tratamento de hemorragias provocadas por tumores. b) Não apresenta efeitos colaterais. c) Promove benefícios consideráveis na dor provocada por metástases ósseas. d) Agrava cefaleia em casos de metástases cerebrais. 11. A anorexia no paciente com câncer pode estar associada a diversos fatores, exceto: a) Dor. b) Constipação. c) Hipercalcemia. d) Uso de corticosteroides.

12. Não é indicado para o tratamento das lesões orais decorrentes da quimioterapia e/ou radioterapia: a) Avaliar a dor. b) Orientar jejum prolongado até melhora do quadro. c) Incentivar ingesta hídrica. d) Incentivar higiene oral frequente. 13. O tratamento radioterápico não está indicado para: a) Metástases hepáticas. b) Síndrome de compressão medular. c) Síndrome de veia cava superior. d) Metástases ósseas. 14. A Organização Mundial de Saúde defende que o cuidado paliativo é uma abordagem que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, que enfrentam problemas relacionados a doença ameaçadora da vida. Com base na afirmativa assinale a alternativa correta: a) A assistência paliativa tem seu foco voltado para o controle dos sintomas com vistas a melhoria de qualidade de vida e sempre objetivando a cura. b) A via subcutânea é uma via alternativa em cuidados paliativos para infusão de fluidos e medicamentos, apresentando como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce e mínimo risco de complicações locais e sistêmicas. c) Os quadros onde o paciente apresenta delírio, ansiedade e depressão, são consequências de alterações emocionais e afetivas comuns no paciente com câncer e devem ser detectados precocemente para uma intervenção rápida. d) A fadiga é uma condição muito comum nos pacientes com câncer, especialmente em fase avançada de doença e deve ser abordada exclusivamente de forma farmacológica para o controle efetivo.

15. Sobre a via subcutânea para administração de fluidos e medicamentos, é correto afirmar que: a) É uma via de fácil reposição de grandes volumes de líquidos. b) Por esta via, não é possível administrar medicamentos para o controle da dispneia, náusea, delirium e convulsões no paciente em cuidados paliativos. c) A quantidade e velocidade de absorção dos fármacos administrados por esta via são equivalentes a via endovenosa. d) A via preferencial para administração dos fármacos é a oral, pela simplicidade da oferta e por ser a via mais fisiológica e menos invasiva, permanecendo a via subcutânea como uma via alternativa na impossibilidade da via oral. 16. Sobre a sedação em cuidados paliativos é correto afirmar que: a) A equipe pode deliberar sedação paliativa para um paciente com sintomas refratários mesmo sem a autorização deste e/ou de seus familiares. b) Para a sedação paliativa são administradas drogas letais em baixas doses com o objetivo de cessar com o sofrimento do paciente. c) A sedação paliativa reduz o nível de consciência na intenção de aliviar um ou mais sintomas refratários. d) A sedação paliativa é também conhecida como suicídio assistido e já é uma prática comum em cuidados paliativos. 17. A dispneia é um sintoma comum em pacientes com câncer avançado. Nos pacientes que apresentam quadro de dispneia refratária a opção ideal de tratamento é: a) Tramadol e diazepam b) Fenobarbital e clonazepam c) Morfina e midazolan d) Haloperidol e lorazepan 18. Sobre os cuidados de enfermagem na síndrome de veia cava superior podemos citar: a) Estimular o repouso e manter cabeceira elevada b) Instalar hidratação venosa e iniciar balanço hídrico c) Instalar O 2 contínuo e oximetria de pulso d) Estimular deambulação após o controle da dispneia

19. A compressão medular maligna pode ocorrer por invasão direta do tumor primário ou por suas metástases e a velocidade de instalação da clínica indica a gravidade dos danos. Assinale a questão que reúne os cuidados de enfermagem que devem ser direcionados ao paciente com síndrome de compressão medular: a) Estimular a deambulação para que o quadro clínico não se instale tão rapidamente. b) Avaliar a dor, estimular o repouso e controlar níveis glicêmicos. c) Avaliar volume da diurese e encaminhar aos cuidados da fisioterapia enquanto aguarda a cirurgia descompressiva. d) Encaminhar a clínica da dor visto que toda a abordagem consiste no controle da dor. 20. Os cuidados ao fim de vida são destinados aos pacientes em que o óbito é irreversível e esperado. Em relação a este tema, marque a opção correta: a) A aspiração de vias aéreas superiores só deve ser realizada caso as medidas menos invasivas não solucionem a respiração ruidosa. b) A sensação de dor está suprimida nos pacientes nessa fase devido ao rebaixamento do nível de consciência. c) A higiene e manutenção da umidade na cavidade oral são fundamentais no controle da xerostomia, apesar desse sintoma ser pouco frequente nessa fase. d) Os cuidados com a pele do paciente devem ser mantidos, assim como a mudança de decúbito de 2/2h para prevenção de úlcera por pressão.