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Transcrição:

fls. 156 SENTENÇA Processo Digital nº: 1006197-68.2016.8.26.0009 Classe - Assunto Procedimento Comum - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro Requerente: Luciany Gonçalves e outro Requerido: Gafisa S/A Juiz(a) de Direito: Dr(a). Fabiana Pereira Ragazzi Vistos. Luciany Gonçalves e Danielle Cristina de Souza, qualificadas nos autos ajuizaram ação de rescisão contratual em face de Gafisa S.A igualmente qualificada nos autos aduzindo, em síntese, que em outubro de 2015 adquiriram uma unidade autônoma no empreendimento "Condomínio Smart Santa Cecília", pormenorizadamente descrito na Inicial, do qual adimpliram a quantia de R$ 78.094,69 (setenta e oito mil e noventa e quatro reais e sesenta e nove centavos). Ocorre que, desde maio de 2016, não foi possível a adimplência das parcelas devidas considerando a situação financeira conturbada que atravessam. Sendo assim, entraram em contato com a ré para a realização do distrato do contrato recebendo a resposta de que, com a rescisão do contrato, devolveria apenas 40% do valor pago. Desta feita, tecendo alegações acerca da aplicação do CDC ao caso bem ainda aduzindo a abusividade da conduta da requerida, requer a procedência da ação com a rescisão do contrato e a devolução de 90% dos valores pagos. Pleiteia, ainda a condenação da ré nas custas do processo. A Inicial, além do valor da causa veio acompanhada de documentos. Citada, a ré apresentou defesa aduzindo em apertada síntese que a parte autora anuiu com o contrato conforme descrito na própria Inicial razão pela qual deverá prevalecer o seu conteúdo com a retensão de 60% dos valores pagos pelas contratantes. Aduz que não é possível a devolução dos valores referentes à taxa SATI, à comissão de corretagem e à personalização da unidade. Alegam ainda a inaplicabilidade do CDC ao caso, visto que a relação entre as partes deverá ser regida pelo CC. Alternativamente, 1006197-68.2016.8.26.0009 - lauda 1

fls. 157 requer seja estabelecida a retensão mínima de 30% sobre os valores pagos como medida de direito, verificado o percentual pleiteado pelos autores de restituição de 90%, abusivo. Por tudo isso, requer a improcedência da ação e a condenação da autora nos honorários de sucumbência. Houve Réplica. É o relatório. Fundamento e Decido. O feito comporta julgamento antecipado por envolver matéria unicamente de direito nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil. Trata-se de ação ordinária em que pretendem as autoras a rescisão de contrato de compra e venda de imóvel bem ainda a condenação da requerida à restituição de 90% dos valores pagos, alegando, ainda, ser abusiva a conduta da ré que pretende a retenção de 60% dos valores pagos por conta da rescisão do contrato. A pretensão deduzida em juízo é procedente. É dos autos que as partes firmaram contrato de promessa de compra e venda de imóvel sendo que do total devido já havia sido pago pela parte autora a quantia de R$ 78.094,69. Sendo assim, cinge-se a controvérsia dos autos acerca do percentual a ser devolvido à parte autora/promitente compradora, em razão da rescisão da avença. Desta feita, cumpre destacar que, nos contratos de promessa de compra e venda de unidades imobiliárias, a relação é de consumo, eis que as partes se enquadram nos conceitos previstos, respectivamente, nos artigos 2.º e 3.º da Lei n.º 8.078/90, sujeitando-se, assim, à incidência de todas as disposições constantes na legislação consumerista. Nesse passo, com a rescisão do contrato, deverão as partes retornar ao estado em que se encontravam antes da avença, obedecidos, contudo, os princípios contidos em referido diploma que garantem o equilíbrio contratual em relação aos valores suportados pelo consumidor. Nesta seara, ao pretender a parte requerida, a retenção de 60% dos valores pagos pela parte autora, age com flagrante abusividade, sendo de rigor a diminuição de tal percentual para que seja adequado ao fim a que se presta, qual seja, a compensação da 1006197-68.2016.8.26.0009 - lauda 2

fls. 158 parte prejudicada pela rescisão imotivada no contrato, sem contudo, onerar demasiadamente a parte que o rescinde. Nesse passo, cumpre destacar que a empresa requerida, de maior poderio econômico, deverá suportar, em situações como no caso em questão, os riscos do negócio que exerce, sendo abusiva a sua intenção de repassar, quando da rescisão do contrato, todas as despesas que suportou com impostos, encargos e custos, para o consumidor final, sendo de rigor a procedência do pedido, para que seja fixado um percentual razoável e adequado de retenção de valores. Confira-se a respeito, o entendimento do C. Superior Tribunal de Justiça: CIVIL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. RESCISÃO. DEVOLUÇÃO DE PARCELAS PAGAS. PROPORCIONALIDADE.CC ART. 924.I- A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça está hoje pacificada no sentido de que, em caso de extinção do contrato de promessa de compra e venda, inclusive por inadimplência justificada do devedor, o contrato pode prever a perda de parte das prestações pagas, a título de indenização da promitente vendedora com as despesas decorrentes do próprio negócio, tendo sido estipulado, para a maioria dos casos, o quantitativo de 10% (dez por cento) das prestações pagas como sendo o percentual adequado para esse fim.ii - E tranquilo, também, o entendimento no sentido de que, se o contrato estipula quantia maior, cabe ao juiz, no uso do permissivo do art. 924 do Código Civil, fazer a necessária adequação. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ, Ag no REsp 244.625-SP, 3ª Turma, Rel. Min. Castro Filho, j. 09.10.01). Sendo assim, restando estabelecido na cláusula 5.4.2 a retensão de 40% do valor pago bem ainda o pagamento dos valores a serem devolvidos em seis parcelas mensais, de rigor a declaração de nulidade de tal cláusula, pois abusiva, e a aplicação da retensão de 10% sobre os valores pagos pela parte autora, o que, de fato, é o suficiente para indenizar a parte ré por conta das despesas que suportou até o momento com a venda da unidade, destacado o fato de que poderá comercializa-la novamente. Destaca-se ainda a necessidade da devolução dos valores em uma única parcela visto que abusiva a cláusula contratual que determina a restituição dos valores devidos somente ao término da obra ou de forma parcelada, na hipótese de resolução de 1006197-68.2016.8.26.0009 - lauda 3

fls. 159 contrato de promessa de compra e venda de imóvel, por culpa de quaisquer contratantes. (REsp 1300418/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/11/2013, DJe 10/12/2013). Nesse sentido, já decidiu o TJSP: RESCISÃO DE CONTRATO DE VENDA E COMPRA DE IMÓVEL - RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS Autora pagou parte do valor avençado Invalidade da cláusula que estabelece taxa de administração de 30% do valor pago em caso de desistência SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA, para rescindir o contrato e declarar nula a cláusula, condenando a Requerida à restituição de 90% dos valores pagos pela Autora RECURSO DA REQUERIDA IMPROVIDO(TJ-SP - APL: 00060116220108260562 SP 0006011-62.2010.8.26.0562, Relator: Flavio Abramovici, Data de Julgamento: 04/02/2014, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/02/2014). COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL RESCISÃO CONTRATUAL RESTITUIÇÃO DAS PARCELAS PAGAS DANOS MATERIAIS E MORAIS Não configurados os danos SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA, para declarar rescindido o contrato e condenar à restituição dos valores pagos RECURSO DOS AUTORES IMPROVIDO E DECLARADO (DE OFÍCIO) QUE CONDENADA A REQUERIDA À RESTITUIÇÃO DE 90% DOS VALORES QUE RECEBEU DOS AUTORES (COM CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE OS RESPECTIVOS DESEMBOLSOS E JUROS MORATÓRIOS DE 1% AO MÊS DESDE A CITAÇÃO)(TJ- SP - APL: 00384700220118260007 SP 0038470-02.2011.8.26.0007, Relator: Flavio Abramovici, Data de Julgamento: 24/06/2014, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/06/2014). COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL RESCISÃO DE CONTRATO CUMULADA COM RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Procedência em parte Relação de consumo Negativa de financiamento Ausência de culpa das rés pela rescisão - Sentença que determinou a restituição de 90% dos valores adimplidos pela autora Cabimento Penalidades previstas em contrato que se mostram abusivas e promovem o desequilíbrio contratual, impondo senão a perda total das importâncias pagas, a supressão de valor 1006197-68.2016.8.26.0009 - lauda 4

fls. 160 substancial, o que afronta o CDC e não pode ser admitido Falta de justificativa para elevação do percentual de retenção, que servirá adequadamente para recompor as despesas administrativas e de propaganda suportadas pelas rés, que poderão novamente negociar o imóvel - Sentença mantida - Recurso desprovido.(tj-sp - APL: 10029088820148260271 SP 1002908-88.2014.8.26.0271, Relator: Salles Rossi, Data de Julgamento: 14/05/2015, 8ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 14/05/2015). Diante do exposto, julgo procedente a ação ordinária ajuizada por Luciany Gonçalves e Danielle Cristina de Souza em face de Gafisa S.A para rescindir o contrato entabulado entre as partes bem ainda para condenar a ré à devolução dos valores pagos pela autora no percentual de 90%, em parcela única, valor este atualizado pela Tabela prática do TJSP desde o ajuizamento, acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, tudo até a data do efetivo pagamento. Em consequência julgo o mérito, forte no art. 487, I do CPC. Sucumbente a parte ré deverá arcar com as custas do processo bem ainda com os honorários advocatícios os quais arbitro em 10% sobre o valor da condenação. P.R.I.C São Paulo, 11 de novembro de 2016. DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 1006197-68.2016.8.26.0009 - lauda 5