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Transcrição:

PROJETO CAMPO FUTURO CUSTO DE PRODUÇÃO DO MAMÃO EM ITAMARAJU-BA Os produtores de Itamaraju se reuniram, em 05/06, para participarem do levantamento de custos de produção do mamão para o projeto Campo Futuro, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O projeto tem como objetivo o levantamento do custo de produção de diversas culturas nas principais regiões produtoras do Brasil. 1. SISTEMA DE PRODUÇÃO O painel de Itamaraju considerou a propriedade típica da região como sistema de cultivo irrigado e manejo semimecanizado. Nesta localidade a produção de mamão se restringe a cultivar Havaí, do grupo Solo. Tabela 1 Características da produção de mamão em Itamaraju-BA CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE TÍPICA (MODA) Área Produtiva (hectares) 60 Produtividade (toneladas) 80 Nesta região, os recursos de terceiros fornecem aproximadamente 77% do capital necessário para cobrir o COE na propriedade típica, sendo provenientes de Financiamento Oficial (Banco). Verificou-se que a comercialização é realizada no Atacado e no Varejo. 2. ANÁLISE ECONÔMICA O Custo Operacional Efetivo (COE) da produção de mamão no município é de R$174,77 por tonelada. O COE corresponde a todos os componentes de custos gerados pela relação entre os coeficientes técnicos (quantidade utilizada) e os seus preços. Também se enquadram os gastos administrativos e os custos financeiros do capital de giro. Os componentes do COE são renovados em todo ciclo produtivo. Os custos com Pessoas na condução do pomar são responsáveis por aproximadamente 17% do COE, sendo que 6% são encargos trabalhistas. A Mecanização na condução do pomar participa em 8% do COE. Os Insumos participam em 32% do COE, sendo que 18% correspondem a fertilizantes.

A colheita é realizada manualmente em 100% da área colhida. Pessoas na colheita participam em 9% do COE, sendo 3% relativos a encargos trabalhistas. Gastos Gerais representam 14% do COE. Manutenções de máquinas, implementos e benfeitorias estão contidas nesse item, e correspondem a 2,16% do COE. Os Juros de Custeio, gerados com a captação de recursos de terceiros necessários para o financiamento da produção, representam aproximadamente 4% do COE. O Custo Operacional Total (COT), resultante da soma entre o COE, Depreciações e Prólabore, indica a possibilidade de reposição da capacidade produtiva do negócio além da remuneração do responsável pelo gerenciamento da atividade, que pode ser o próprio produtor. O COT em Itamaraju é de R$271,02 por tonelada, dos quais as depreciações de maquinários, implementos, benfeitorias e pomares, representam 33% (do total de depreciações, Pomares correspondem a 84,26%) e o pró-labore representa 3%. Gráfico 1 Composição do COT Composição do Custo Operacional Total (COT) Pró-labore, 3% Condução da Lavoura, 37% Depreciação, 33% COE, 64% Colheita e Pós Colheita, 16% Gastos Gerais, 9% Juros de Custeio, 2% Já o Custo Total (CT), resultante da soma entre COT e custo de oportunidade da terra e dos bens de capital, indica a situação econômica do empreendimento considerando todos os custos implícitos, que neste caso se referem aos valores que estes fatores poderiam gerar em investimentos alternativos. O CT da produção de mamão em Itamaraju é de R$298,70 por tonelada, onde o custo de oportunidade dos bens de capital corresponde à aplicação de uma taxa de juros de 6% sobre o capital médio empatado em máquinas, implementos, benfeitorias e pomares. O custo de oportunidade da terra corresponde ao seu valor de arrendamento.

Gráfico 2 Relação de troca do CT em junho Relação de troca por hectare - Custo Total 45,00 39,95 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 20,35 15,00 10,00 5,00 0,00 1,65 3,77 2,56 Toneladas / hectare COE Depreciações Pró-labore Remuneração Terra Remuneração Bens de Capital O gráfico acima demonstra o mecanismo da Relação de Troca (RT), que representa a quantidade em toneladas de mamão necessária para pagar os custos de produção em um hectare. Com os preços de venda do mamão observados no mês de junho, são necessárias 68,28 toneladas por hectare para cobrir o CT em Itamaraju, quantidade aproximadamente 15% inferior à produtividade (apenas para cobrir o COE, seriam necessárias 39,95 toneladas por hectare). É importante ressaltar que o preço do mamão tem grande influência nesta análise. Tabela 2 Discriminação dos custos de produção da propriedade típica na safra 2013/2014 CONTA PESSOAS (Condução do pomar) SUB CONTA Salários Encargos R$/ha R$/tonelada PARTICIPAÇÃO (%) COE COT CT 1.517,60 18,97 10,85 7,00 6,35 800,97 10,01 5,73 3,69 3,35 MECANIZAÇÃO 1.158,39 14,48 8,29 5,34 4,85 Corretivos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 INSUMOS Fertilizantes 2.487,60 31,10 17,79 11,47 10,41 Defensivos 1.977,83 24,72 14,15 9,12 8,28 Salários 806,22 10,08 5,77 3,72 3,37 Pessoas COLHEITA E PÓS Encargos 412,99 5,16 2,95 1,90 1,73 COLHEITA Mecanização 1.914,88 23,94 13,70 8,83 8,01 Outros 376,89 4,71 2,70 1,74 1,58 GASTOS GERAIS Administrativos 788,90 9,86 5,64 3,64 3,30 Materiais 1.171,11 14,64 8,38 5,40 4,90 JUROS DE CUSTEIO 568,06 7,10 4,06 2,62 2,38 COE - (A) 13.981,44 174,77 100,00 64,48 58,51 Depreciações - (B) 7.121,22 89,02-32,84 29,80 Pró-labore - (C) 579,20 7,24-2,67 2,42 COT - (D) = (A + B + C) 21.681,86 271,02-100,00 90,73 Remuneração Terra - (E) 1.320,00 16,50 - - 5,52 Remuneração Bens de Capital - (F) 894,48 11,18 - - 3,74 CT - (G) = (D + E + F) 23.896,34 298,70 - - 100,00 No mês de junho, com a receita de R$350,00 por tonelada no mercado físico da região, a Margem Bruta, obtida por meio da subtração entre o preço de venda (PV) e o COE, é

positiva em R$175,23. A Margem Líquida (PV COT) é positiva em R$78,98. Já o resultado de exercício (Lucro/Prejuízo) (PV CT) indica um lucro de R$51,30 por tonelada. Tabela 3 Análise da situação econômico-financeira da produção de mamão RECEITA E INDICADORES DE RENTABILIDADE RS/ha R$/tonelada R$ (TOTAL) Receita 28.000,00 350,00 1.680.000,00 Margem Bruta 14.018,56 175,23 841.113,68 Margem Líquida 6.318,14 78,98 379.088,48 Lucro/Prejuízo 4.103,66 51,30 246.219,68 Estoque de capital 21.908,00 273,85 Rentabilidade 'com terra' 28,84 % Relação de Troca 68,28 Toneladas A fim de melhorar as margens de lucro da produção de mamão, as boas práticas produtivas que objetivam um produto final diferenciado são fundamentais. Os cuidados no manejo, e especialmente na colheita e pós-colheita, merecem atenção especial. O aumento na eficiência produtiva é outro aspecto importante que impacta nas Margens. Na medida em que há um maior aproveitamento da mão de obra, dos insumos agrícolas e da mecanização, enfim, dos recursos necessários à produção, menores são os custos gerados. Ligado a isto, é válida a busca constante pelo aumento de produtividade, já que isso melhora as margens de lucro na medida em que alguns custos de produção se diluem. O uso de cultivares mais produtivas e resistentes, o manejo correto do solo e da água, a inserção do manejo integrado de pragas e doenças, a capacitação da mão de obra e a adoção de boas práticas de gestão, contribuem para a consecução destes objetivos, conferindo mudanças nas situações econômica, social e ambiental da produção de mamão. 3. AGRADECIMENTOS A CNA e o CIM/UFLA agradecem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e do Sindicato Rural de Itamaraju na realização do painel, bem como a colaboração dos produtores rurais e técnicos da região no levantamento das informações.

Figura 1 Participantes do painel de custo de produção do mamão na região de Itamaraju-BA