A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016

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Transcrição:

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa quase 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na matriz elétrica do Brasil. Quando se estratifica a fonte fóssil, a bioeletricidade assume a segunda posição na matriz elétrica brasileira, pois a mais importante contribuição da fonte fóssil é o gás natural, que detém 13.214.271 kw, inferior à capacidade instalada pela fonte biomassa, conforme tabela na sequência. Fontes utilizadas no Brasil - Unidades em Operação Origem Potência Outorgada (kw) % Potência Outorgada Hídrica 106.296.520 66,95 Fóssil 27.388.731 17,25 Biomassa 14.019.781 8,83 Nuclear 1.990.000 1,25 Eólica 9.040.023 5,69 Solar 26.952 0,02 Total 158.762.007 100 Fonte: ANEEL (2016). Elaboração: UNICA (2016). Com referência somente à bioeletricidade da cana, o setor sucroenergético detém hoje 7% da potência outorgada no Brasil e quase 79% da fonte biomassa, sendo a terceira fonte de geração mais importante da nossa matriz elétrica em termos de capacidade instalada, atrás somente da fonte hídrica e das termelétricas com gás natural. Fontes de biomassa utilizadas no Brasil - Unidades em Operação Origem Potência Outorgada(kW) % Potência Outorgada Biomassa de Cana de Açúcar 11.008.691 78,52 Floresta 2.803.847 20,00 Resíduos sólidos urbanos 88.213 0,63 Resíduos animais 1.924 0,01 Biocombustíveis líquidos 4.350 0,03 Casca de Arroz 45.333 0,32 Biogás-Agroindustrial 1.722 0,01 Capim Elefante 65.700 0,47 Total 14.019.781 100 Fonte: ANEEL (2016). Elaboração: UNICA (2016). Em termos de evolução anual de capacidade instalada, a fonte biomassa teve seu recorde no ano de 2010, com 1.750 MW (equivalente a 12,5% de uma Usina Itaipu), resultado de decisões de investimentos antes de 2008, quando o cenário era estimulante à expansão do setor sucroenergético. A fonte biomassa, que já chegou a representar 32% do crescimento da capacidade instalada no país, tem previsão de participar em 2016 com apenas 7% da expansão anual da capacidade instalada no Brasil, índice que poderá cair para apenas 3% em 2020, como se pode observar a seguir, por meio de dados da ANEEL. 1

Acréscimo anual de capacidade instalada pela biomassa, 2002-2020, Brasil (MW) Fonte: ANEEL (2016). *Previsão, incluindo projetos com restrição para entrada em operação. Elaboração: UNICA (2016). Representatividade do acréscimo anual de capacidade instalada pela biomassa em relação ao total de acréscimo na matriz de energia elétrica, 2002-2020, Brasil (%) Fonte: ANEEL (2016). *Previsão, incluindo projetos com restrição para entrada em operação. Elaboração: UNICA (2016). 2

A GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PELA FONTE BIOMASSA Entre 2013 e 2014, as usinas a biomassa aumentaram a geração para a rede em mais de 20%. Entre 2012 e 2013, o aumento foi de 32%. A geração pela biomassa em geral continuou crescendo em 2015, mas num ritmo menor comparativamente com anos anteriores. De janeiro a dezembro de 2015, a CCEE informa que a bioeletricidade gerou um volume aproximadamente 9% superior para o Sistema Interligado em comparação com igual período em 2014. O valor acumulado de janeiro a dezembro de 2015 mostra que a biomassa gerou o equivalente a abastecer 11,7 milhões de unidades consumidoras residenciais durante um ano inteiro. Ainda de acordo com a CCEE, em agosto de 2015 a fonte biomassa bateu seu recorde histórico de geração mensal para a rede, chegando a representar 8% do consumo nacional de eletricidade naquele mês. Consumo de energia na rede e geração para a rede pela biomassa, Brasil, 2014 a 2016 (GWh) Mês Consumo eletricidade Brasil Geração pela biomassa % Biomassa jan/14 40.280 281 1% fev/14 41.653 280 1% mar/14 40.269 498 1% abr/14 39.592 1.212 3% mai/14 39.100 2.197 6% jun/14 37.726 2.503 7% jul/14 37.867 2.352 6% ago/14 38.551 2.765 7% set/14 38.895 2.429 6% out/14 40.100 2.661 7% nov/14 40.950 2.112 5% dez/14 40.351 1.510 4% Total 2014 475.335 20.801 4% jan/15 40.629 495 1% fev/15 40.537 391 1% mar/15 39.753 528 1% abr/15 39.533 1.552 4% mai/15 38.171 2.312 6% jun/15 37.083 2.698 7% jul/15 36.748 2.658 7% ago/15 37.652 3.022 8% set/15 37.668 2.623 7% out/15 39.115 2.764 7% nov/15 39.139 2.147 5% dez/15 38.696 1.408 4% Total 2015 464.724 22.597 5% jan/16 38.218 416 1% fev/16 38.495 365 1% mar/16 39.162 803 2% abr/16* 40.076 2.085 5% mai/16* - 2.469 - Total 2016 (parcial) - 6.139 - Fonte: CCEE e EPE (2016). *Dados provisórios para biomassa, sendo mar/16 considerado até 29/03. Elaboração: UNICA (2016). 3

Especificamente o setor sucroenergético tem também apresentado um crescimento significativo na oferta de eletricidade para o Sistema Interligado. Entre 2013 e 2014, o crescimento na oferta de excedentes para a rede foi de 21% e, entre 2015 e 2014, a variação foi de 4%, conforme gráfico abaixo. Geração de bioeletricidade sucroenergética, 2005-2015, Brasil (TWh) Fonte: 2005 a 2014: MME (2015); 2015: CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2015). A oferta à rede pelo setor sucroenergético de 20,2 TWh em 2015 representando poupar 14% da água nos reservatórios do submercado elétrico Sudeste/Centro-oeste, justamente porque essa geração ocorre na época critica do setor elétrico (período seco). Essa energia renovável e limpa ofertada à rede foi equivalente a ter provido o atendimento a 10,4 milhões de residências ao longo de 2015 e evitou a emissão de 8,6 milhões tco 2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 60 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos. Desde 2013, o setor sucroenergético vem gerando mais energia elétrica para o Sistema Interligado do que para o consumo próprio das unidades fabris, ficando numa relação 60% de energia para a rede e 40% para consumo próprio em 2014. Entre 2010 e 2014, em termos de indicador de kwh exportado para a rede elétrica por tonelada de cana processada, a bioeletricidade teve um incremento de quase 120%, conforme se observa abaixo. Geração de bioeletricidade sucroenergética, 2010-2014, Brasil Bioeletricidade sucroenergética 2010 2011 2012 2013 2014 Autoconsumo (em TWh) 13,6 12,3 13,0 13,9 13,2 Ofertado para a rede (em TWh) 8,8 9,9 12,1 16,0 19,4 Total (em TWh) 22,36 22,24 25,07 29,90 32,60 Cana-de-açúcar (mil toneladas) 620.409 559.215 588.478 652.956 632.127 kwh por tonelada de cana 2010 2011 2012 2013 2014 Autoconsumo 21,90 22,02 22,04 21,29 20,88 Ofertado para a rede 14,15 17,75 20,56 24,50 30,69 Total 36,05 39,77 42,59 45,79 51,57 Fonte: MME, EPE e CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2016). 4

A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA NOS LEILÕES REGULADOS De 2004 a 2015, a bioeletricidade sucroenergética já comercializou um total de 120 projetos nos leilões regulados somando 1.622 MW médios (ou 14.209 GWh para entrega anual). Bioeletricidade sucroenergética comercializada nos leilões regulados Ano de venda no leilão MW médios Projetos 2004 135 19 2005 64 5 2006 119 9 2007 115 11 2008 541 31 2009 10 1 2010 191 12 2011 102 12 2012 - - 2013 203 11 2014 90 6 2015 52 3 Total 1.622 120 Fonte: CCEE (2015). Somente UTEs com Custo Variável Nulo e 2004 refere-se ao PROINFA. Elaboração: UNICA (2015). O ano de 2015 foi o terceiro menor volume de contratação em leilões de energia nova no ambiente regulado desde que o modelo de contratação foi implementado pela Lei 10.848/2004. Com relação a 2016, em 29 de abril ocorreu o Leilão A-5/2016, que contratou energia de novos projetos para entrega a partir de 2021, em contratos de 25 anos. A biomassa concorreu diretamente com térmicas a carvão e o preço-teto para a bioeletricidade foi de R$ 251/MWh, representando uma queda de 11% no preço-teto em relação ao A-5/2015. A fonte biomassa havia cadastrado um total de 64 projetos para o Leilão A-5/2016, quase três vezes o volume de projetos em comparação ao Leilão A-/2015. Contudo, a fonte biomassa conseguiu comercializar apenas sete projetos no Leilão A-5/2016, conforme tabela abaixo. Energia contratada total pelos 25 anos Fonte Projetos contratados MWh total % do total Hidrelétrica 21 30.767.256 63% Gás natural 1 578.556 1% Biomassa 7 17.860.236 36% Biomassa-bagaço 4 6.355.176 Biomassa-cavaco 2 9.094.476 Biogás 1 2.410.584 Total geral 29 49.206.048 100% Fonte: CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2016). Além do Leilão A-5 2016, já estão agendados dois Leilões de Energia de Reserva para as fontes eólicas, solar e para as pequenas hidrelétricas. Porém, a fonte biomassa não foi convidada a participar desses Leilões de Energia de Reserva. A biomassa não é convidada a participar dos Leilões de Energia de Reserva desde o ano de 2011. 5

O POTENCIAL DA BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2014 existiam 177 unidades sucroenergéticas exportando excedentes de bioeletricidade para a rede de um universo de 355 unidades produtoras, de acordo com a UNICA. Assim, a outra metade de usinas sucroenergéticas, com a biomassa já existente nos canaviais, pode passar por um processo de reforma ( retrofit ), além de aproveitarem plenamente o bagaço, a palha e o biogás da vinhaça, e tornarem-se grandes geradoras de bioeletricidade para a rede. De acordo com o último Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), considerando o aproveitamento pleno da biomassa existente (bagaço e palha) nos canaviais em 2015, a geração de bioeletricidade sucroenergética para a rede tem potencial técnico para chegar a mais de seis vezes o volume de oferta à rede em 2015, conforme se observa abaixo. Potencial técnico de oferta da bioeletricidade sucroenergética para a rede elétrica (TWh) Fonte: MME, CCEE e EPE (2016). Elaboração: UNICA (2016). Ainda de acordo com o PDE 2024, o potencial técnico de geração anual para a rede pela biomassa da cana pode ir além e alcançar quase duas usinas do porte de Itaipu, com geração de 165 TWh/ano até 2024. Em 2015, a geração de energia para a rede pela biomassa da cana respondeu por 4,3% do consumo nacional de energia elétrica no Brasil. Se aproveitarmos plenamente o potencial técnico da bioeletricidade da cana, segundo a EPE, somente esta fonte tem capacidade de representar 24% do consumo nacional na rede até 2024. 6