DESCOBRINDO A CIÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE 6º ANO SOBRE O MÉTODO CIENTÍFICO.

Documentos relacionados
ABORDAGEM POSITIVA DA BIOLOGIA COM UMA PERSPECTIVA NA CULTURA AFRO-BRASILEIRA

O TERRÁRIO: ATIVIDADE REALIZADA POR ALUNOS DO SUBPROJETO DE BIOLOGIA DO PIBID COMO FORMA DE FORTALECIMENTO DA PRÁTICA DOCENTE E DISCENTE

Regulamento. Projeto Integrador PI FACEQ

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS

A Prática Profissional terá carga horária mínima de 400 horas distribuídas como informado

Contos de Antes do Baile Verde na sala de aula: As mulheres, a família, a tristeza e a loucura

ELEMENTOS ARTÍSTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SALA DE AULA PARA A INOVAÇÃO DO USO DO LAPTOP EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR

Sugestões para a melhoria da formação pedagógica nos cursos de licenciatura da UFSCar, extraidas dos respectivos relatórios de auto-avaliação

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE BIOLOGIA NO CAMPO SOCIAL E CIENTÍFICO. ÁREA TEMÁTICA: Ensino de Ciências

Palavras-chaves: Ensino, Experimentos, Newton, Física. 1. INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO DE UM MANUAL PARA O LABORATÓRIO DE FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO

Como elaborar um plano de aula

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES QUANTO AO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS EM BIOLOGIA

FATORES QUE LEVAM O ALUNO A ENGAJAR-SE EM PROGRAMAS DE MONITORIA ACADÊMICA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Palavras-chave: Laboratório do Ensino de Matemática, Ludicidade, Aprendizagem.

3ª MOSTRA DE CONHECIMENTO BIOMÁXIMO FUNDAMENTAL

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

TORNEIO DE JOGOS MATEMÁTICOS 1. Palavras-chave: Jogos Matemáticos, Raciocínio Lógico, Resolução de

O JOGO BARALHO INORGÂNICO COMO ALTERNATIVA DIDÁTICA PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE ARTRÓPODES NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL RESUMO

1ª Série Ensino M édio

Público alvo: Alunos do 4º do Ensino Fundamental da escola EMEF Professor. Responsáveis pelo desenvolvimento: Acadêmicas do curso de Pedagogia da FEF,

OS JOVENS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM BUSCA DA SUPERAÇÃO NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

MICROSCÓPIO VIRTUAL UTILIZANDO REALIDADE AUMENTADA

Nossa Visão. Nossa Missão

OS CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS NO ENSINO MÉDIO: OUTRAS POSSIBILIDADES PARA A PRÁTICA DO PROFESSOR

ABORDAGEM HISTÓRICA DA TABELA PERIÓDICA NO 9º ANO: PERCEPÇÔES NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

A HISTÓRIA DA CIÊNCIA PRESENTE NOS LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO (PNLD/ ) 1

GENEROS TEXTUAIS E O LIVRO DIDÁTICO: DESAFIOS DO TRABALHO

Formação Continuada em MATEMÁTICA Fundação CECIERJ/Consórcio CEDERJ. Matemática 9 Ano 3 bimestre/2013 Plano de Trabalho

O ENSINO DA BIOLOGIA ATRAVÉS DA EXPERIMENTAÇÃO EM UMA ÓTICA CONSTRUTIVISTA

TRILHANDO A CÉLULA EUCARIÓTICA: O LÚDICO NO ENSINO DE CITOLOGIA

ABORDAGENS INOVADORAS PARA O ENSINO DE FÍSICA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOBRE ENERGIA

OPERAÇÕES BÁSICA NO CONJUNTO DOS COMPLEXOS

PROJETO BRINCANDO SE APRENDE

O USO DE MATERIAL CONCRETO PARA ESTIMULAR A APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO DE FRAÇÕES NUMA TURMA DA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA DAS CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: A IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO

JOGOS EDUCATIVOS COMO FACILITADORES DO ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ELETROMAGNETISMO: UMA AULA PRÁTICA COM USO DA EXPERIMENTAÇÃO PARA ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

Aula 6 Livro físico.

PLANO DE TRABALHO SOBRE CONJUNTOS.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

A RELEVÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

JOGOS EDUCATIVOS NO ENSINO MÉDIO: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS PARA UTILIZAÇÃO EM SALA DE AULA

Pró-Reitoria de Graduação. Plano de Ensino 1º Quadrimestre de 2012

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Metodologia da Pesquisa Aplicada a Educação II. Carga Horária Semestral: 40 horas Semestre do Curso: 5º

AS NECESSIDADES DE PRÁTICAS EXPERIMENTAIS NAS AULAS DE FÍSICA DO ENSINO MÉDIO DO MUNICÍPIO DE ARARUNA-PB

RELATO DE EXPERIÊNCIAS REALIZADAS PELO PIBID/MATEMÁTICA/UFCG. Milton Ricardo G. de Lima RESUMO

POR UM CURRÍCULO QUE PROMOVA O USO DE PROVAS E DEMONSTRAÇÕES

Desenvolvimento e aplicação de jogos didáticos como facilitador no processo ensino/aprendizagem

O ensino de Sociologia e a temática Afro-Brasileira: aproximações. Estevão Marcos Armada Firmino SEE/SP

ASTRONOMIA NO ENSINO DE FÍSICA: O EPISÓDIO DO METEORITO SERRA DO MAGÉ

Lueny Amorim de oliveira (1); Lainne Saraiva Garreta (1); Malena Correia Costa (2) Antônia Gomes do Nascimento (3)

O PIBID E OS JOGOS LÚDICOS COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO: JOGO DAS TRÊS PISTAS

CONSTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE

Rosangela Ramos AVALIAÇÃO DIAGNÓSTISCA E NIVELAMENTO. 07/02/2019 DE 14:00 ÀS 16:00 Horas

A CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL: CITOLOGIA EM DESTAQUE

BINGO DOS POLINÔMIOS. Apresentação: Jogo matemático

NOME(S) DO(S) PESQUISADOR(ES) (PESQUISADOR 1) NOME(S) DO(S) PESQUISADOR(ES) (PESQUISADOR 2)

ESTUDO DA ÁREA DOS POLÍGONOS UTILIZANDO MATERIAIS CONCRETOS E TECNOLOGIAS 1 STUDY OF THE POLYGONES AREA USING CONCRETE MATERIALS AND TECHNOLOGIES

Plano da Intervenção

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

EDUCAÇÃO E LEITURA: o ensino-aprendizagem da literatura nas escolas municipais e estaduais de cinco municípios do nordeste

O USO DE GRUPOS DAS REDES SOCIAIS COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO EXTRA-SALA DE AULA NO CAMPUS VII DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

Professor Mário César Castro

GINCANA TRIGONOMETRIA APLICADA - GTA

BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO: NOVAS PERSPECTIVAS DE ENSINO

FABIO DE ALMEIDA BENZAQUEM

O SOLO COMO BASE PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Metodologia da Pesquisa Aplicada à Educação IV. Carga Horária Semestral: 40 Semestre do Curso: 8º

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

COMO SOFTWARES DE JOGOS PODEM INFLUENCIAR NA EDUCAÇÃO

A ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO

1- Prof. Me. Dep. Química/UERN; 2- Alunos de Licenciatura em Química, Matemática e Física.

CINEBIO: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR ENTRE CINEMA E BIOLOGIA NA ESCOLA

EXPERIMENTOS RECREATIVOS QUE AUXILIAM NO APRENDIZADO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Plano de Trabalho1 INTRODUÇÃO

FACULDADES INTEGRADAS SÃO JUDAS TADEU PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

UMA PRÁTICA DIFERENCIADA NO ESTUDO DA TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DA 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE

Projeto Jogos. A importância de conhecer a história dos Jogos

PIBID DE MATEMÁTICA EM ARRAIAS (TO) UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE

CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM REFERENTE AO CONCEITO CÉLULA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

MISTURAS AZEOTRÓPICAS E EUTÉTICAS E SUA ABORDAGEM NO ENSINO PARA DEFICIENTES VISUAIS

FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CECIERJ/ CONSÓRCIO CEDERJ. Matemática 1º Ano 4º Bimestre/2013 Plano de Trabalho 1 FUNÇÃO EXPONENCIAL

Atividades desenvolvidas na E.E.E.M. Dr Luiz Mércio Teixeira

A PRÁTICA DA LEITURA E DA ESCRITA NOS ANOS INICIAIS. Acadêmica de Pedagogia Andreza de Freitas Mendes. Professora Silandra Badch Rosa

AS NOVAS TECNOLOGIAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA E NA INCLUSÃO DIGIAL

PLANO DE ENSINO. DISCIPLINA: DIDÁTICA CARGA HORÁRIA: 80 PROFESSOR: Vallace Chriciano Souza Herran

ANÁLISE DO LIVRO DE QUÍMICA DE MARTHA REIS: PROPOSTA DE ATIVIDADES PRÁTICAS E LINGUAGEM ADEQUADA AOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

PRINCIPAIS TIPOS DE MATERIAIS MAGNÉTICOS APLICADOS AO ENSINO DE FÍSICA

BRINCADEIRA TEM HORA?

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: UMA VIVÊNCIA PARA TRANSFORMAR

GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO TÉCNICA: COMPARAÇÃO DE DUAS EXPERIÊNCIAS EM DIFERENTES CURSOS TÉCNICOS DE GUIA DE TURISMO

MÚSICA, JOGO E MOVIMENTO: A FÓRMULA LÚDICA DE ENSINAR E APRENDER CIÊNCIAS COMPARTILHE ESTA IDEIA, CURTA FÍSICA E QUÍMICA!

Milla Nunes de Sousa ¹; Natacha Oliveira de Souza ²; Elite Lima de Paula Zarate³.

A ARTE TRANSVERSAL ATRAVÉS DA MATEMÁTICA. CAMARGO, Fernanda 1 SOUZA, Michele²

Transcrição:

DESCOBRINDO A CIÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE 6º ANO SOBRE O MÉTODO CIENTÍFICO. Autora: Gisele Bezerra de Freitas (Secretaria de educação do município de João Pessoa (SEDEC), Paraíba. gibezerra@yahoo.com.br) INTRODUÇÃO: Segundo Bizzo (1998), o ensino de Ciências deve despertar a curiosidade e a investigação por parte dos alunos. Pode ser, segundo Moreno (1998), uma experiência fascinante. Observar o e tocar seu objeto de seu estudo, saber como funciona e de onde vem, faz o aluno entender melhor o assunto e assim, construir de forma eficaz o conhecimento. Isso oportuniza o desenvolvimento de meios para que despertem a inquietação diante do desconhecido, a fim de procurar explicações a cerca dos fatos, desenvolvendo assim, posturas críticas, julgamentos e tomadas de decisões utilizando, para isso, critérios objetivos e métodos adequados. Porém a disciplina de ciências pode tornar-se difícil quando os alunos não entendem determinadas afirmações, mesmo que estas apareçam impressas em livros didáticos pela simples razão de que elas se constituem em uma síntese de várias explicações e conceitos e que não podem fazer sentido sozinhas, como afirmações isoladas (HOERNIG & PEREIRA, 2017). Isso de dá, principalmente, pois no ambiente escolar, os conteúdos são apresentados como provenientes de uma ciência pronta, onde não há espaço para discussões acerca de seus fenômenos levando assim, ao desinteresse dos alunos. (CARVALHO; GIL-PEREZ, 2011). Tal constatação vai de encontro à aprendizagem significativa, pois se trata de apenas mais uma matéria decoreba e não aproxima o aluno da realidade que o cerca. Borges (1997 apud Hoernig; Pereira, 2017), afirma que o ensino tradicional de ciências, da escola primária aos cursos de graduação, tem se mostrado pouco eficaz, seja do ponto de vista dos estudantes e professores, quanto das expectativas da sociedade. A quantidade e fragmentação dos conteúdos, o distanciamento da realidade, os métodos arcaicos e limitados são os principais motivos para que essa e outras disciplinas não atinjam seus objetivos. O trabalho com projetos é uma das melhores alternativas para que o ensino de ciências seja significativo. Segundo Amaral & Guerra (2012), a maioria dos projetos resulta em uma aprendizagem que tem significado para os alunos, que tem relação com sua vida, que lhes desafia e lhes traz, de fato, uma aplicação de conhecimentos.

Trabalhar o método científico através dessa ferramenta pode ser possível quando atrelada à aulas práticas e de campo, explorando a curiosidade dos alunos e trazendo para as aulas a investigação científica, fazendo com que os alunos aprendam ciências fazendo ciência. Sendo o espaço escolar um meio de interação e construção de conhecimento e as aulas de ciências como um espaço ideal para despertar a curiosidade, foi executado com os alunos do 6º ano C do ensino fundamental II, da Escola Municipal Luiz Vaz de Camões, da cidade de João Pessoa, na Paraíba, o projeto Descobrindo a Ciência a fim de aproximar os alunos do método científico através de experiências simples a cerca dos temas propostos para a série; despertar a curiosidade sobre os processos naturais através da investigação científica; conhecer como os cientistas trabalham em seu cotidiano além de conhecer os cientistas destaques na ciência e como estes desenvolveram seu trabalho. METODOLOGIA O início do projeto se deu no mês de abril de 2017, no início do 2º bimestre, com a escolha do tema de trabalho para o ano letivo: Descobrindo a ciência. Após a escolha dos tópicos a serem trabalhados em sala, uma turma foi escolhida através de sorteio para participar. Fizeram parte dessa atividade 32 alunos do 6º ano C do Ensino Fundamental II da Escola Municipal Luiz Vaz de Camões, da cidade de João Pessoa, na Paraíba. Bachelard (1996) afirma que todo conhecimento é resposta a uma questão. Logo, o problema deve chamar a atenção do aluno de alguma forma, propiciando a ele o interesse e a curiosidade de solucioná-lo. Dessa forma, diversas aulas práticas e de campo foram montadas seguindo-se os assuntos propostos no plano de curso para a série. Foram feitas aulas práticas/campo dos seguintes temas: Tipos de rochas aula prática Tipos de solos encontrados na escola aula prática Tratamento de água - aula prática As estrelas do céu ao entardecer aula campo no planetário Espaço Cultural José Lins do Rêgo O movimento da Terra aula campo no planetário Espaço Cultural José Lins do Rêgo Mudanças de estado físico da água aula prática O tema metodologia científica foi iniciado mostrando aos alunos, através de vídeos e textos, como a um cientista chega à uma descoberta. Alguns

cientistas foram escolhidos para serem trabalhados através de vídeos e textos como: Darwin, Lavoisier, Isaac Newton, Oswaldo Cruz, Graziella Maciel Barroso, George Washington Carver, Ernest Everett Just, Philip Emeagwali e Neil Degrasse Tysonum. Uma maior ênfase foi dada aos cientistas negros, pois a temática foi trabalhada durante o segundo semestre na escola. Cartazes foram confeccionados para mostrar à comunidade escolar um pouco do projeto. A cada cientista apresentado por vídeo ou texto, os alunos preenchiam fichas onde constavam perguntas como: qual o problema que fez o cientista pesquisar o tema (Observação do fato), como essa descoberta foi feita (Metodologia utilizada), quais foram os resultados (Resultados) e onde a descoberta foi aplicada. Questões como história do cientista e origem foram aplicadas também. As aulas práticas foram feitas de forma a inicializar o assunto e instigar os alunos a pensar sobre o tema e propor hipóteses e soluções. Após a experiência ser concluída, a teoria era apresentada para embasar, explicar e apresentar os conceitos sobre o tema. Uma ficha era distribuída a cada um de forma a sintetizar o conhecimento sobre o tema. Na ficha constavam perguntas como: Qual o problema? Como você explicaria isso? Quais foram os materiais e métodos utilizados? Quais são os resultados? O que você concluiu? Concomitante às aulas práticas e vídeos, foram feitas aulas de campo ao planetário do Espaço Cultural José Lins do Rêgo e uma palestra com biólogos da UFPB, Campus I, mostrando como trabalha um cientista da área de biologia. Para entender como a metodologia científica foi inserida no trabalhada com alunos, serão aplicados questionários com questões objetivas e subjetivas além de análise do desempenho escolar dos alunos ao longo dos bimestres, pois acreditamos que o projeto também levaria a melhorar o desempenho da turma na disciplina. Segundo Severino (2007) esse tipo de instrumento envolve um conjunto de questões com o objetivo de levantar informações sobre o tema e os sujeitos pesquisados sobre determinado tema, de forma a levar um tempo curto e facilitar a tabulação dos dados. RESULTADOS Os resultados ainda são preliminares, pois o projeto ainda está em andamento. O fechamento está previsto para o final do mês de outubro e haverá mais uma palestra e experiências sobre o ar (tema do 4º bimestre). Porém alguns dados já mostram avanços significativos no aprendizado dos alunos.

Um dos parâmetros analisados foi a nota dos alunos na disciplina. O gráfico 1 mostra que o desempenho escolar e portanto, o a aprendizagem significativa, dobrou no segundo bimestre em relação ao primeiro, época em que o projeto não tinha iniciado. No primeiro bimestre, 12 (doze) alunos estavam com médias abaixo de 7 (sete). Já no segundo bimestre, o número de alunos que obtiveram média abaixo de 7 (sete) caiu para apenas 6 (seis). No terceiro bimestre, apenas 4 alunos ficaram com médias abaixo de 7. Isso denota que o interesse pelas aulas e compreensão dos assuntos realmente estava sendo alcançado pela implantação do projeto. Gráfico 1: Alunos com médias abaixo e acima de 7 nos 1º, 2º e 3º bimestres de 2017. Fonte: Dados da pesquisa. Outro fator observado durante a execução do projeto foi a quantidade de faltas de cada aluno durante o bimestre. Observou-se que houve uma considerável diminuição acompanhada no entusiasmo da turma nos dias em que as aulas de ciências aconteciam. Além disso, o comportamento melhorou, tornando as aulas mais produtivas. Gráfico 2: Alunos e quantidade média de faltas 1º, 2º e 3º bimestres de 2017. Fonte: Dados da pesquisa. Esse estudo demonstra, apesar de seus resultados preliminares, que a metodologia adotada aqui, com aulas práticas, lúdicas e utilizando o conhecimento a cerca do trabalho cientifico foi capaz de promover a mudança na no comportamento, compreensão dos assuntos e desempenho escolar dos alunos, além de mudanças na concepção sobre o que é ser cientista, o que ele faz e como ele faz, dando destaque aos negros e

brasileiros, mostrando que, ao contrário do que se pensa, os negros tiveram e tem uma grande importância no desenvolvimento da ciência mundial. A cada cientista estudado, foi notável a expressão de surpresa dos alunos com relação às descobertas feitas. Muitos aplaudiam quando a descoberta era algo que eles utilizavam com frequência, ou algo de extrema importância, como no caso de Oswaldo Cruz, criador de diversas vacinas ou o Dr Philip Emeagwali, inventor do computador mais rápido do mundo. Abaixo, algumas figuras mostram momentos de aulas práticas, aulas de campo e palestras realizadas durante o projeto. Figura 1: Aula prática sobre tipos de rochas ( Abril/2017) Figura 2: Aula prática sobre tipos de solos e permeabilidade (Maio/2017) Figura 3: Vídeos sobre os cientistas e suas descobertas (Junho e Julho/2017)

Figura 4: Palestra de biólogos da UFPB sobre o trabalho de um cientista (Agosto/2017) Figura 5: Aula de campo ao planetário do Espaço Cultural José Lins do Rêgo (Maio/2017) Figura 6: Cartazes confeccionados pela turma sobre os cientistas e suas descobertas. (Setembro/2017) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, C. L. C; GUERRA, A.S. Utilizando a pedagogia de projetos para despertar o interesse da ciência em alunos do Ensino Fundamental II. Rev. Ciência em tela. V5, n1. 2012. BACHELARD, G. A formação do Espírito Cientifico. 1ª edição. Rio de Janeiro- RJ: Contraponto Editora. 1996. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo SP: Ed. Ática. 1998. CARVALHO, A.M.P. de; GIL-PEREZ, D. Formação de professores de ciências: Tendências e inovações. 10ª edição. São Paulo: Ed. Cortez. 2011. HOERNIG A. M. & PEREIRA, A.B. As aulas de ciências iniciando pela prática: O que pensam os alunos. Disponível em http://www.cultura.ufpa.br/ensinofts/artigos2/v4n3a2.pdf. Acessado em 20/08/2017. MORENO, M. et al. Temas transversais em Educação: Bases para uma formação integral. São Paulo SP: Ed. Ática. 1998. SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 23ª edição. São Paulo: Cortez. 2007.