ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DA CIDADE DE ANÁPOLIS

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Anuário da Produção Acadêmica Docente Vol. III, Nº. 4, Ano 2009 ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DA CIDADE DE ANÁPOLIS Paula Regina Pereira Braz Faculdade Anhanguera de Anápolis prof.paulabraz@yahoo.com.br Joelene Onoelcie Samara de Oliveira Lima Martins Hospital Municipal de Goianápolis onoelcie@yahoo.com.br Gilberto Vieira Junior Centro Universitário de Anápolis UniEvangélica gilbertovjr@gmail.com RESUMO Este estudo, com abordagem qualitativa, teve por objetivo analisar a atuação do fisioterapeuta em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da cidade de Anápolis, com a finalidade de observar a uniformidade ou não de atuações e a adequação quanto às habilidades e competências de um profissional dessa área. Para isso foram entrevistados sete fisioterapeutas que estão envolvidos com o atendimento de pacientes das UTIs da cidade de Anápolis. Através das entrevistas surgiram as seguintes categorias de discussão: qualificação do fisioterapeuta, acesso ao manuseio da ventilação mecânica, período de permanência na UTI, benefícios da inserção do fisioterapeuta na UTI, relacionamento com a equipe multiprofissional, procedimentos realizados pelo fisioterapeuta e procedimentos de competência do fisioterapeuta realizado por outros profissionais. Conclui-se que nem todos os profissionais possuem qualificação adequada para a plena atuação nas UTIs, porém há homogeneidade quanto aos procedimentos fisioterápicos, diferenciando apenas no acesso ao manuseio da ventilação mecânica. Palavras-Chave: unidades de terapia intensiva; fisioterapeutas; atuação. ABSTRACT Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br At present study with qualitative boarding had for objective to analyze the performance of the physiotherapist in Intensive Care Units (UTIs) of the city Anápolis, with the purpose to observe the uniformity or not of performances and the adequacy as the abilities and competence of a professional of this area. For this seven physiotherapists had been interviewed and they are involved with the attendance of patients of the UTIs the city of Anápolis. Through the interviews the following categories had comment about category: qualification of the physiotherapist, access to the manuscript of the mechanics ventilation, period of permanence in the UTI, benefits of the insertion of the physiotherapist in the UTI, working relationship with many professionals, procedures made for physiotherapist and procedures of competence of the physiotherapist made for other professionals. Concluded that nor all the professionals have qualification adjusted for the full performance in the UTIs, however has homogeneity as procedures of the physicaltherapy, differentiating only in the access to the manuscript of the mechanics ventilation. Keywords: intensive care unit; physiotherapists; performance. Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Artigo Original Recebido em: 14/1/2010 Avaliado em: 20/2/2010 Publicação: 19 de março de 2010 119 ANUDO n4_miolo.pdf 119 13/4/2010 18:20:39

120 Atuação do fisioterapeuta nas Unidades de Terapia Intensiva da cidade de Anápolis 1. INTRODUÇÃO A Fisioterapia foi regulamentada como profissão pelo Decreto Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969. Sua atividade inclui a realização de métodos, técnicas e de procedimentos terapêuticos sob contato físico aplicados diretamente ao paciente, estando este consciente ou não. Dependendo da especialidade do fisioterapeuta, sua atuação pode estar intimamente vinculada ao atendimento de pacientes em condições clínicas graves, em estado terminal e mesmo em situações de risco de vida (ARAÚJO; NEVES JÚNIOR, 2003). Essas circunstâncias são comuns aos fisioterapeutas que trabalham nas Unidades de Terapia Intensiva. Desde 1980, esse profissional atuante na área de terapia intensiva tem se tornado um especialista no cuidado do paciente crítico. Devido a isso, houveram grandes evoluções, e a atuação do fisioterapeuta que se estendia a aplicação de técnicas fisioterápicas, incorporou a reabilitação de cuidados com a via aérea artificial e, mais recentemente ao manuseio da assistência ventilatória mecânica invasiva e não invasiva. (SOBRAFIR, 2006). Sabe-se que existem contestações a respeito do papel do fisioterapeuta em UTIs, em especial, quanto ao manuseio da ventilação mecânica. Devido a esse fato, foi despertado o interesse de investigar a atuação desse profissional, a fim de saber o motivo da existência dessas contestações. O objetivo deste estudo foi analisar a atuação do fisioterapeuta em UTIs da cidade de Anápolis, para isso verificou-se o período de tempo diário de permanência do fisioterapeuta na UTI, os procedimentos realizados por este, a realização de procedimentos de competência do fisioterapeuta realizados por outros profissionais, o conhecimento do fisioterapeuta sobre a importância de sua inserção na UTI e a qualificação desse profissional para estar atuando junto à equipe multiprofissional. 2. HISTÓRIA E ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA A história da UTI passa por transformações desde sua criação em meados de 1926 nos Estados Unidos, onde a monitorização e manutenção dos pacientes críticos tinha seu limite tanto no aspecto teórico, prático e de tecnologia. A fisioterapia dedicada ao paciente crítico teve seu início nas décadas de 1940 e 1950 com a crise da poliomielite. Inicialmente tinha seu enfoque na assistência ventilatória com manuseio dos ventiladores não invasivos designado de Pulmão de aço ou Iron Lung. Muitos pacientes com acometimento ventilatório e pulmonar beneficiaram-se destes ventiladores, felizmente interrompendo a falência ventilatória provisória em muitos e salvando-os. Ainda nesta fase, surgem as ANUDO n4_miolo.pdf 120 13/4/2010 18:20:39

Paula Regina Pereira Braz, Joelene Onoelcie Samara de Oliveira Lima Martins, Gilberto Vieira Junior 121 lesões neurológicas incapacitantes que transformou o atendimento pneumo e neurofuncional, ou seja, é estabelecida conceitualmente e definitivamente a função da Fisioterapia na UTI (FERRARI, 2007). Em 2001, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconhece os primeiros cursos de Fisioterapia Intensiva no Brasil, dando início à conceituação moderna da atuação do fisioterapeuta intensivista, este com atuação exclusiva nas unidades de Terapia Intensiva e Semi-Intensiva (FERRARI, 2006). O perfil do fisioterapeuta intensivista vai além do fisioterapeuta pneumofuncional e do neurofuncional, pela necessidade do conhecimento clínico mais aprofundado exigido pelas necessidades de resoluções de intercorrências mais prevalentes nos pacientes críticos. Sua participação está relacionada com procedimentos complexos na UTI, tais como a ventilação artificial, o atendimento de parada cardíaca, a intubação endotraqueal, bem como a monitoração da mecânica pulmonar (COFFITO, 2007). Sendo assim, fica explícita a complexidade do trabalho do fisioterapeuta diante da cobrança pela efetividade de suas condutas e da necessidade de controlar os riscos ao paciente. Deste modo é imperativo a correta habilitação desse profissional, para sua plena inserção junto à equipe multiprofissional atuante nas UTIs (YAMAGUTI, 2006). No momento que o paciente é admitido na UTI, ele é recebido pela equipe multidisciplinar, que incluem o médico, a enfermeira e o fisioterapeuta (ROCANTI; PORTIOLI, 1997). O fisioterapeuta desempenha um papel chave em qualquer programa de reabilitação pulmonar, pois é ele quem está apto para orientar e supervisionar os exercícios de treino de força muscular respiratório, aplica as técnicas de respiração, atua na assistência ventilatória invasiva e não invasiva, monitorando os parâmetros do ventilador mecânico, assim como no desmame do ventilador, realiza manobras de higiene brônquica antes da aspiração, manobras motoras intensivas com cinesioterapia global, avaliando a força e a condição muscular global, analisa e interpreta exames complementares de rotina das UTIs (FERRARI, 2007). Todos estes recursos utilizados contribuem para redução da taxa de mortalidade, taxa de infecção, tempo de permanência na UTI e no hospital e índice de complicações (SAKUMA, 2007). Como a participação direta do fisioterapeuta ocorre em procedimentos de maior complexidade administrados em UTI, tais como a ventilação artificial, existem ANUDO n4_miolo.pdf 121 13/4/2010 18:20:39

122 Atuação do fisioterapeuta nas Unidades de Terapia Intensiva da cidade de Anápolis contestações quanto ao manuseio do ventilador mecânico por esse profissional, se seria ilegal ou deveria ser realizado somente pelo médico (COFFITO, 2006). No capítulo 10 do II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica Recursos Fisioterápicos em assistência ventilatória, destaca se: O crescimento dessa especialidade expressa se pelo aumento do número de fisioterapeutas, constituindo equipes especializadas com o atendimento contínuo e ininterrupto que atualmente, integram as equipes multidisciplinares de terapia intensiva. Quando bem estruturada e envolvida com a dinâmica da UTI a equipe beneficia se, intensificando sua ação e assumindo mais amplamente os cuidados respiratórios dos pacientes em ventilação mecânica, assegurando assim, a manutenção das vias aéreas, a elaboração, o acompanhamento e execução dos protocolos de assistência ventilatória da UTI (JORNAL DE PNEUMOLOGIA, 2000 apud SOBRAFIR, 2006). Neste capítulo, seus dois sub-itens evidenciam a ação do fisioterapeuta no manuseio do ventilador, a saber: Prevenção das complicações geradas por incapacidade de manter eficiente remoção das secreções brônquicas, incapacidade de manter o volume pulmonar adequado e mobilidade no leito, gerenciamento do trabalho respiratório, alternando terapeuticamente os limites de sobrecarga e repouso aos músculos respiratórios (JORNAL DE PNEUMOLOGIA, 2000 apud SOBRAFIR, 2006). Desse modo fica evidente que o fisioterapeuta manuseia o ventilador principalmente se o faz objetivando a ação especificamente fisioterápica. Sobre o manuseio do ventilador mecânico requer uma interpretação cuidadosa a resolução COFFITO-8, capítulo 1: Artigo 3 - Constituem atos privativos do fisioterapeuta prescrever, ministrar e supervisionar terapia física, que objetive preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão sistema ou função do corpo humano, por meio de: I - Ação isolada ou concomitante de agente termoterápico ou crioterápico, hidroterápico, aeroterápico, fototerápico, eletroterápico ou sonidoterápico [...] (AZEREDO, 2002). O termo agente aeroterápico pode dar respaldo a utilização do ventilador mecânico pelo fisioterapeuta (AZEREDO, 2002). Encontrou-se na nossa realidade três modos básicos de atuação das equipes multiprofissionais nas UTIs. As equipes que permanecem 24 horas nas unidades e geralmente, trabalham sobre protocolos de assistência, as equipes que permanecem 12 horas nas unidades por não darem cobertura todo tempo outros profissionais acabam assumindo parte das funções do fisioterapeuta e, equipes que durante o período diurno atendem aos pacientes críticos porem não exclusivamente. Desse modo, a inserção dentro da unidade é menor e suas funções, em geral, estão restritas aos procedimentos fisioterápicos (AZEREDO, 2002). De acordo com dois desses modos de atuação, pode-se comprovar que o fisioterapeuta não sustenta o manuseio de ventiladores devido a pouca permanência nas UTIs (AZEREDO, 2002). ANUDO n4_miolo.pdf 122 13/4/2010 18:20:39

Paula Regina Pereira Braz, Joelene Onoelcie Samara de Oliveira Lima Martins, Gilberto Vieira Junior 123 Raramente, observa-se investimento nas profissões da área da saúde dificultando o aprimoramento de práticas e pesquisas, além de não garantir todas as possibilidades terapêuticas do usuário do serviço (CREFITO, 2006). 3. METODOLOGIA Este estudo foi submetido á analise pelo comitê de ética em pesquisa da UniEVANGÉLICA e aprovado sem restrições. Todos os voluntários que participaram do estudo deram seu consentimento através de assinatura do termo de forma livre e após esclarecimentos. Foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória. No início do segundo semestre de 2006, realizamos um levantamento junto aos hospitais de Anápolis a fim de saber quais hospitais possuíam Unidades de Tratamento Intensivo. Após essa etapa, buscou-se conhecer quantos e quais fisioterapeutas trabalhavam nestas unidades, em cada hospital. A coleta de dados foi realizada nos meses de março e abril de 2007, por meio de ficha de identificação, entrevista estruturada e aberta, a ordem das perguntas permaneceu invariável para todos os entrevistados, o tempo não foi controlado ficando o examinador à vontade para responder as questões levantadas. Foram entrevistados sete fisioterapeutas que estão envolvidos com atendimento de pacientes nas UTIs da cidade de Anápolis, que se dispuseram a colaborar voluntariamente com o estudo. As entrevistas foram conduzidas pelas pesquisadoras participantes e gravadas em fita cassete após a explicação detalhada da pesquisa e esclarecimentos necessários ao participante do estudo com sua assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise dos dados foi feita em quatro momentos: No primeiro pela transcrição dos depoimentos dos entrevistados, pela leitura ampla de todas as entrevistas do princípio ao fim. O segundo momento foi marcado pela intenção de caminhar para elaboração da discriminação das unidades de significados, as quais foram extraídas após releitura de cada depoimento. No terceiro momento após a obtenção das unidades de significados, elas foram agrupadas em temas ou categorias. No quarto momento foi sintetizada e integrada a análise realizada pelas pesquisadoras contidas em todas as categorias. ANUDO n4_miolo.pdf 123 13/4/2010 18:20:39

124 Atuação do fisioterapeuta nas Unidades de Terapia Intensiva da cidade de Anápolis 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Um dos objetivos desse estudo foi identificar o perfil dos fisioterapeutas que atuam nessas unidades hospitalares. Através dos resultados, observou-se que quanto ao gênero a maioria dos profissionais pertence ao sexo feminino. A média de idade foi de 26 anos. A maioria teve sua formação na Universidade Estadual de Goiás e Universidade Católica de Goiás, sendo que a média do tempo de formação foi de 3 anos. A maioria realizou sua especialização no Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFi) em Goiânia, sendo que a média do tempo de especialização foi de 1 ano. 4.1. Qualificação Profissional A ação do fisioterapeuta em terapia intensiva, como membro efetivo da equipe é um fato incontestável, portanto, faz-se necessário que o fisioterapeuta seja habilitado por uma sólida formação e bagagem prática para indicar e aplicar condutas específicas da fisioterapia respiratória, caso contrário, tanto a efetividade da atuação pode ficar comprometida quanto os riscos ao paciente podem aumentar de forma proibitiva (YAMAGUTI, 2006). De acordo com a Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico (PNAPC), criada pela Portaria do Ministério da Saúde: Anexo V: 1.1: Recursos humanos: Em face da especificidade do atendimento fisioterapêutico no âmbito da assistência em terapia intensiva torna-se recomendável a exigência de experiência mínima comprovada de 4 anos, titulação ou especialização lato-sensu. (BRASIL, 2005 apud CREFITO, 2006). Ao analisar os profissionais que atuam em UTI da cidade de Anápolis de acordo com a PNAPC, apenas 28,6% dos entrevistados não estariam aptos para o atendimento fisioterapêutico intensivista, pois não possuem especialização na área de fisioterapia respiratória e/ou hospitalar e os 71,4% restantes possuem especialização, mas não apresentam o tempo mínimo de experiência exigido de acordo com essa política. 4.2. Manuseio da Ventilação Mecânica Ao analisar o segundo Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica Recursos Fisioterápicos em assistência ventilatória, fica evidente que o fisioterapeuta manuseia o ventilador principalmente se o faz objetivando a ação especificamente fisioterápica. Constatou-se que dos entrevistados apenas 42,8% possuem total acesso ao manuseio da ventilação mecânica e 58,2% não possuem acesso, a não ser em caso de solicitação pelo médico responsável, comprovando assim, que existe tanto insegurança ANUDO n4_miolo.pdf 124 13/4/2010 18:20:39

Paula Regina Pereira Braz, Joelene Onoelcie Samara de Oliveira Lima Martins, Gilberto Vieira Junior 125 quanto falta de conhecimento da equipe médica em indicar tal procedimento aos fisioterapeutas. No entanto, pode-se observar que o profissional especialista na área está apto para avaliar adequadamente o paciente e aplicar o melhor procedimento em ventilação mecânica, pesando os riscos e benefícios em potenciais, sempre presentes em pacientes críticos. Um estudo realizado para avaliar o grau de conhecimento, atualização e familiaridade sobre ventilação não invasiva (VNI) entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas em UTIs, concluiu que os fisioterapeutas mostraram mais atualizados e mais aptos a instalar a VNI do que médicos e enfermeiros. Isso se deve ao fato de que, na divisão de tarefas na UTI, cabe a esta categoria profissional a instalação e monitorização da VNI. Além disso, existe maior ênfase no ensino da VNI durante a graduação destes profissionais (NÁPOLIS et al., 2006). 4.3. Período Diário de Permanência Segundo a Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico, criada pela Portaria do Ministério da Saúde: Anexo v 1.1 Recursos Humanos: [...] outro ponto a esclarecer é em relação à especificação do turno da manhã, da tarde e da noite. Entendemos a necessidade da presença do profissional fisioterapeuta em sistema de rotina em plantão, para cobertura de 24 horas, a cada 8 leitos ou fração de leitos. (BRASIL, 2005 apud CREFITO, 2006). Na prática observou-se que não existe um sistema de rotina e plantão, constatando que 28,6% dos entrevistados permanecem 6 horas na UTI, 28,6% permanecem 5 horas, 28,6% permanecem 3 horas e 14,2% permanecem 4 horas, sendo assim comprovou-se que pelos fisioterapeutas não darem cobertura em tempo integral, outros profissionais acabam assumindo parte das suas funções. Somente com a inserção exclusiva desse especialista nas UTIs é que a organização e a qualidade desses serviços serão adequadas, pois o fisioterapeuta, além de competente no que diz respeito à garantia de adequada ventilação e de oxigenação do paciente crítico, é o profissional responsável pelo desmame da prótese ventilatória, reduzindo o tempo de permanência do paciente nas UTIs e a incidência de complicações associada à ventilação mecânica (SOBRAFIR, 2006). 4.4. Procedimentos Realizados pelo Fisioterapeuta O fisioterapeuta realiza avaliação das funções gerais e respiratórias traçando um plano de cuidados individuais. Ele estabelece as medidas para o suporte ventilatório instalando os ANUDO n4_miolo.pdf 125 13/4/2010 18:20:39

126 Atuação do fisioterapeuta nas Unidades de Terapia Intensiva da cidade de Anápolis equipamentos de oxigenoterapia ou ventilação mecânica. O fisioterapeuta deve estar atento aos parâmetros do ventilador para manter adequada a ventilação do paciente, sendo iniciado o processo de desmame logo após a resolução do evento que indicou o processo de ventilação mecânica (SEPÚLVEDA et al., 1997). Associada aos recursos ventilatórios, são utilizadas técnicas fisioterápicas que incluem: manobras de higiene brônquica, mobilização geral do paciente, exercícios respiratórios, treinamento muscular respiratório e readaptação progressiva do paciente aos esforços. Essas técnicas objetivam prevenir complicações pela incapacidade da eliminação das secreções respiratórias, preservar o volume pulmonar, diminuir o trabalho respiratório e prevenir alterações conseqüentes à imobilidade no leito (DAVID, 2001). De acordo com os relatos, percebeu-se que todos os entrevistados, após a prescrição do médico, realizam, em geral, procedimentos semelhantes por almejarem os mesmos objetivos que foram citados anteriormente, diferenciando apenas no que diz respeito às condutas em ventilação mecânica. 4.5. Procedimentos da Fisioterapia Realizados por Outros Profissionais O desempenho do fisioterapeuta que trabalha em UTIs é caracterizado pela utilização de técnicas e manobras terapêuticas com o objetivo de prevenir a obstrução e o acúmulo de secreções nas vias aéreas, que interferem na respiração normal; melhorar a limpeza e ventilação das vias aéreas através da mobilização e drenagem das secreções; aumentar a resistência à fadiga e Tolerância aos exercícios em geral; reduzir os gastos de energia durante a respiração através da reeducação da respiração; prevenir ou corrigir deformidades posturais associadas a distúrbios respiratórios; promover o relaxamento; manter ou melhorar a mobilidade torácica e melhorar a efetividade da tosse. Os entrevistados relataram que a equipe de enfermagem realiza algumas manobras de competência do fisioterapeuta sendo as principais, a aspiração e mudança de decúbito, sugerindo assim a importância da presença integral do fisioterapeuta dentro dessas unidades para garantir a efetividade do tratamento. 4.6. Benefícios da Inserção do Fisioterapeuta na UTI O objetivo dessa pergunta foi verificar se os próprios profissionais sabem da importância da sua atuação na área de terapia intensiva. Observou-se que todos os entrevistados reafirmam essa importância, porém, percebemos que mesmo alguns profissionais, em especial os médicos, se sentem inseguros ANUDO n4_miolo.pdf 126 13/4/2010 18:20:39

Paula Regina Pereira Braz, Joelene Onoelcie Samara de Oliveira Lima Martins, Gilberto Vieira Junior 127 em relação à realização dos procedimentos fisioterápicos, principalmente no que diz respeito ao manuseio da ventilação mecânica. Ainda assim, 58,2% dos entrevistados não se preocuparam em demonstrar suas capacidades no manuseio da ventilação mecânica, e suas funções dentro das unidades ficam restritas às técnicas fisioterápicas. 4.7. Relacionamento com a Equipe Multiprofissional O relacionamento interprofissional da equipe de saúde tem se alterado devido a diversos fatores incluindo o avanço tecnológico e a complexidade das ações médicas, a acentuada melhora da formação dos profissionais da saúde e a democratização da sociedade como um todo. O conceito de equipe multiprofissional apresentou uma evolução lenta, mas gradual. Seus membros têm contribuições específicas para dar, de valor comparado e todos devem funcionar em plena harmonia para que resulte na excelência do padrão de assistência (SOBRAFIR, 2006). Através dos relatos dos entrevistados, percebeu-se que a convivência é harmoniosa e que na maioria das vezes os profissionais realmente trabalham em equipe. No entanto, estes profissionais relataram que no início existe uma difícil aproximação, principalmente com a equipe de enfermagem. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados da pesquisa demonstraram que nem todos os profissionais possuem qualificação e experiência adequada na área para a plena atuação nas UTIs, porém há homogeneidade quanto aos procedimentos fisioterápicos, diferenciando apenas no acesso ao manuseio da ventilação mecânica. Em relação aos procedimentos realizados por outros profissionais constatou-se que os profissionais de enfermagem realizam aspiração e mudança de decúbito na ausência do fisioterapeuta e quanto ao relacionamento multiprofissional a maioria relata ter uma boa convivência, mas restrita a comunicação sobre o estado do paciente. Sobre o período diário de permanência na UTI os profissionais permanecem de 3 a 6 horas diárias, sendo assim comprovou-se que não existe um sistema de rotina e plantão, para cobertura de 24 horas. Em relação ao conhecimento do fisioterapeuta sobre a importância de sua inserção na UTI observou-se que os profissionais reafirmam a importância, mas é difícil obter autonomia frente ao paciente crítico por raramente haver credibilidade nessas profissões mais recentes da área da saúde, dificultando o aprimoramento de práticas e o reconhecimento da profissão. ANUDO n4_miolo.pdf 127 13/4/2010 18:20:39

128 Atuação do fisioterapeuta nas Unidades de Terapia Intensiva da cidade de Anápolis Sugere-se que devem ser tomadas medidas adicionais para a adequada inserção deste profissional dentro dos serviços hospitalares. REFERÊNCIAS ARAÚJO, L. Z. S.; NEVES JÚNIOR, W. A. A bioética e a fisioterapia nas Unidades de Terapia Intensiva. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, v.10, n. 2, p. 52-60, jul/dez. 2003. AZEREDO, C. A. C. Fisioterapia respiratória moderna. São Paulo: Manole, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Política Nacional ao Paciente Crítico. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.interfisio.com.br>. Acesso em 18 set. 2006. COFFITO Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Decreto-lei n 938, de 13 out. de 1969. Legislação COFFITO. Disponível em: <http://www.coffito.org.br/legislaçao>. Acesso em: 11 set. 2006. COSTA, D. É preciso a união das entidades de classe.... Revista COFFITO. Brasília, DF, Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, ano 07, n. 24, p. 14-18, dez. 2005. DAVID,C. M. Ventilação Mecânica: da Fisiologia à Prática Clínica. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. DUARTE, A.C.M. Fisioterapia no paciente em ventilação mecânica: aspectos gerais. In: KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. São Paulo: Atheneu, 1997. FERRARI, D. Fisioterapia intensiva: nova especialidade e modelo educacional. Disponível em: <http://www.sobrati.com.br>. Acesso em: 29 maio 2007. KNOBEL,E.Terapia Intensiva: Pneumologia e Fisioterapia Respiratória. São Paulo: Atheneu, 2004. NÁPOLIS, L. M. et al. Conhecimento da disponibilidade e sobre o uso da ventilação não invasiva em unidades de terapia intensiva de hospitais públicos, privados e de ensino da região metropolitana de São Paulo. Jornal de Pneumologia. v. 32, n. 1. São Paulo, jan./fev. 2006. NOVAES JUNIOR, R. R. Pequeno histórico da fisioterapia no Brasil e de suas entidades representativas. Disponível em: <http://www.infonet.com.br>. Acesso em: 15 maio 2007. RONCATI, V. L. C.; PORTIOLLI, C. Y. Rotinas e recursos de fisioterapia respiratória em UTI. In: KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 2. ed. v. 2. São Paulo: Atheneu, 1999. SAKUMA, S.A.O. Atuação do fisioterapeuta no contexto hospitalar. Disponível em: <http://www.neuropediatria.com.br >. Acesso em: 29 maio 2007. SEPÚLVERA et al. Fisioterapia respiratória na UTI. In: KNOBEL, E. Condutas no Paciente Grave. São Paulo: Atheneu, 1997. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA E TERAPIA INTENSIVA (SOBRAFIR). Atuação da fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva. CEFIR Online. Disponível em: <http://www.cefir.com.br/artigos/um-adulto/aplicada/94.doc.> Acesso em: 18 set. 2006. SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA (SOBRATI). Sistema Avançado de Terapia Intensiva. SOBRATI on line. Disponível em: <http://www.sobrati.com.br >. Acesso em: 18 maio 2007. YAMAGUTI, W. P. S. et al. Fisioterapia respiratória em UTI: Efetividade e Habilitação Profissional. Jornal Brasileiro de Pneumologia. São Paulo, v. 31, n 1, 2005. Paula Regina Pereira Braz Docente universitária na área de anatomia humana, fisiologia e biofísica na Faculdade Anhanguera de Anápolis. Graduação em Fisioterapia (2007), Especialização em Fisioterapia ANUDO n4_miolo.pdf 128 13/4/2010 18:20:39

Traumato-ortopédica (2009), Especialização em Didática e metodologia do ensino superior (2009). Paula Regina Pereira Braz, Joelene Onoelcie Samara de Oliveira Lima Martins, Gilberto Vieira Junior 129 Joelene Onoelcie S. de Oliveira Lima Martins Fisioterapeuta do Hospital Municipal de Goianápolis. Gilberto Vieira Junior Fisioterapeuta, especialista em fisioterapia cardiorrespiratória, docente do curso de fisioterapia da UniEvangélica. ANUDO n4_miolo.pdf 129 13/4/2010 18:20:39

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