1 COMISSÃO DISCIPLINAR DA PRIMEIRA LIGA ATA DA SESSÃO DO DIA 15.08.17 Edital de Citação nº 002/2017 Ao décimo quinto dia do mês de agosto do ano de dois mil e dezessete, às treze horas e trinta minutos, no Hotel Intercontinemtal Alameda Santos, nº 1123, Jardim Paulista, São Paulo SP, Cep: 01419-001, reuniram-se os membros da Comissão Disciplinar da Primeira Liga, Alexandre Beck Monguilhott e o Procurador Paulo Henrique Pinheiro. Esclarecido perante os advogados os motivos que levaram a ausência dos demais auditores e, diante da presença de um único auditor, foi oportunizado aos presentes que o julgamento fosse remarcado ou continuasse na composição atual, sendo por unanimidade dos advogados presentes, todos abaixo identificados, decidido pela continuidade, inclusive considerando o aspecto peculiar da liga, passou-se à pauta, observando-se os pedidos de preferência, na ordem adiante transcrita: 1 - PROCESSO 005/2017 - EM TRAMITE JOGO: CRICIÚMA E.C. (SC) X S.C. INTERNACIONAL (RS) data do jogo: 23/02/2017 1 MARCÍLIO FLORÊNCIO MOTA FILHO MARCÍLIO FLORÊNCIO MOTA FILHO, 1º Denunciado, apelido desportivo NINO, atleta profissional de futebol da equipe Criciúma Esporte Clube, devidamente inscrito na competição, domiciliado na cidade de Criciúma/SC. Por ocasião da realização e disputa da partida válida pela Copa da Primeira Liga, entre o CRICIÚMA e o INTERNACIONAL, ocorrida no dia 23 de fevereiro de 2017, no estádio Heriberto Hulse, na cidade de Criciúma, o atleta MARCÍLIO FLORÊNCIO MOTA FILHO, 1º Denunciado, camiseta número 3 do Criciúma, foi expulso de jogo, aos 21 minutos do segundo tempo, em decorrência da aplicação do segundo cartão amarelo, por, na disputa de bola, calçar seu adversário de camiseta número 52, o atleta Cláudio Winck Neto, impedindo um ataque promissor. Tais fatos foram detalhados na súmula e relatório da partida ora anexado e também disponível pela rede mundial de computadores através do link: http://primeira.esumula.com.br/arquivos/foto_sumula_21097.pdf. Resta evidente que as condutas dos atletas denunciados caracterizam a infração disciplinar desportiva prevista no art. 254, 1, inciso II do CBJD, passível de aplicação de penalidade por esta Comissão Julgadora, o que ora se requer.
2 DECISÃO: Antes de ser apregoado o processo e iniciado o julgamento foi analisada a resposta do atleta à proposta de transação da procuradoria conforme mensagem eletrônica de 08 de agosto de 2017, subscrita pelo Dr. Rodrigo Sakae, OAB/SC 27.116, tendo sido aceita resta homologada a transação disciplinar desportiva proposta pela procuradoria e aceita pelo atleta através de seu procurador, restando apenado em 01 partida de suspensão com detração da suspensão automática. 2 VALDEMIR DE OLIVEIRA SOARES VALDEMIR DE OLIVEIRA SOARES, 2º Denunciado, apelido desportivo VALDEMIR, atleta profissional de futebol da equipe S.C. Internacional, devidamente inscrito na competição, domiciliado na cidade de Porto Alegre/RS, pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas. Adiante, o atleta VALDEMIR DE OLIVEIRA SOARES, 2º Denunciado, camiseta número 46 do Internacional, também foi expulso do jogo, aos 38 minutos do segundo tempo, em decorrência da aplicação do segundo cartão amarelo, por, na disputa de bola, dar uma entrada de forma temerária em seu adversário de camiseta número 20, o atleta Eduardo Jacinto. Tais fatos foram detalhados na súmula e relatório da partida ora anexado e também disponível pela rede mundial de computadores através do link: http://primeira.esumula.com.br/arquivos/foto_sumula_21097.pdf. Resta evidente que as condutas dos atletas denunciados caracterizam a infração disciplinar desportiva prevista no art. 254, 1, inciso II do CBJD, passível de aplicação de penalidade por esta Comissão Julgadora, o que ora se requer. DECISÃO: Abertos os trabalhos, relatado pelo Presidente, defesa escrita juntada pelo Dr. Rogério Pastl, OAB/RS 34.739, defesa presencial pelo Dr. Daniel Cravo Souza, OAB/RS 34.417 B, produzida prova de vídeo foi absolvido o atleta do SC Internacional, Valdemir Oliveira Soares. Nada mais a tratar, foi lavrada a presente. 2 - PROCESSO 006/2017 - EM TRAMITE JOGO: GRÊMIO FBPA (RS) X AMÉRICA FC (MG) data do jogo: 05/04/2017 1 ALEX DA SILVA ALEX DA SILVA, apelido desportivo ALEX, 1º denunciado, atleta profissional de futebol da equipe do AMÉRICA, domiciliado na cidade de Belo Horizonte/BH; Denunciado. Arts. 254-A, 257, 1º, 258 c/c 184 do CBJD. DECISÃO: Apregoado o processo, defesa do atleta pelo Advogado Lucas Ottoni, OAB/MG 102.383, suscita em matéria preliminar a prescrição preconizada no art. 168, II do CBJD que de pronto é afastada pelo Presidente eis que a denúncia foi recebida na Secretaria da Comissão conforme cópia da mensagem eletrônica de 13/04/2017 juntada as fls. 08 do processo, portanto, 08 (oito) dias após a partida, também restou esclarecido que a secretaria da Comissão funciona na cidade de Balneário Camboriú SC, distante portanto cerca de 80 (oitenta) quilômetros da residência e escritório do presidente da CD, motivo pelo qual nem todos os documentos são assinados com a frequência desejável. No mérito, após a prova de vídeo e debates restou a
3 denúncia conhecida e o atleta condenado pela primeira conduta por infração ao art. 250, pena de 01 jogo convertida em advertência na forma do parágrafo segundo do tipo, e após pela resistência demonstrada restou condenado por infração ao art. 258, pena de uma partida, aplicando-se o art. 184, todos do CBJD posto que os fatos ocorreram em momentos distintos. Restou absolvido da imputação de infração ao art. 257. 2 MAXIMILIANO RODRIGUEZ MAESO MAXIMILIANO RODRIGUEZ MAESO, apelido desportivo MAXI RODRIGUEZ, 2º denunciado, atleta profissional de futebol da equipe do GRÊMIO, domiciliado na cidade de Porto Alegre/RS; Denunciado. Art. 257, 1º do CBJD. DECISÃO: Defesa pelo advogado Marcelo Ribeiro Mendes OAB/RJ 140.892, que também arguiu em preliminar a prescrição do art. 168, II, já declinada pelos motivos acima. No mérito restou desclassificada a denúncia e condenado por infração ao art. 258 do CBJD a pena de 01 partida de suspensão, convertida em advertência na forma do parágrafo primeiro do tipo. 3 RENATO PORTALUPPI RENATO PORTALUPPI, 3º denunciado, treinador profissional da equipe do GRÊMIO, domiciliado na cidade de Porto Alegre/RS; Denunciados. Art. 258-B do CBJD. DECISÃO: Defesa pelo advogado Marcelo Ribeiro Mendes OAB/RJ 140.892, que arguiu em preliminar a prescrição do art. 168, II, já declinada pelos motivos acima. No mérito restou condenado por infração aos arts. 258 e 258-D a uma partida em cada um dos tipos, aplicando-se o art. 183, todos do CBJD eis que as infrações ocorreram no mesmo ato. 4 ENDERSON ALVES MOREIRA ENDERSON ALVES MOREIRA, 4º denunciado, treinador profissional da equipe do AMÉRICA, domiciliado na cidade de Belo Horizonte/MG; Denunciados. Art. 258-B do CBJD. DECISÃO: Defesa escrita juntada aos autos, ao final, no mérito, restou condenado por infração aos arts. 258 e 258-D a uma partida em cada um dos tipos, aplicando-se o art. 183 do CBJD eis que as infrações ocorreram no mesmo ato. 5 AMÉRICA FUTEBOL CLUBE AMÉRICA FUTEBOL CLUBE, 5º denunciado, doravante denominado AMÉRICA, entidade de prática desportiva, com sede na cidade de Belo Horizonte/MG; Denunciados. Art. 257, 3º do CBJD. DECISÃO: Após instruído restou condenado na infração tipificada no art. 257, 3º do CBJD em função do tumulto ocorrido, a pena R$ 1.000,00 com prazo para pagamento de 15 dias em depósito na conta da Primeira Liga.
4 6 GRÊMIO FOOT BALL PORTO ALEGRENSE GRÊMIO FOOT BALL PORTO ALEGRENSE, 6º denunciado, doravante denominado GRÊMIO, entidade de prática desportiva, com sede na cidade de Porto Alegre/RS; Denunciados. Art. 257, 3º do CBJD. DECISÃO: Defesa pelo advogado Marcelo Ribeiro Mendes OAB/RJ 140.892, que arguiu em preliminar a prescrição do art. 168, II, já declinada pelos motivos acima. Após instruído restou condenado na infração tipificada no art. 257, 3º do CBJD em função do tumulto ocorrido, a pena R$ 2.000,00 (dois mil reais) com prazo para pagamento de 15 dias em depósito na conta da Primeira Liga. 7 ARÍLSON BISPO DA ANUNCIAÇÃO ARÍLSON BISPO DA ANUNCIAÇÃO, 7º denunciado, árbitro de futebol, vinculado à ANAF e com registro no Estado da Bahia, pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas: Denunciado. Art. 266 do CBJD. DECISÃO: Defesa pela Dra. Ester Freitas OAB/RJ 132.405, que arguiu em preliminar a prescrição do art. 168, II, já declinada pelos motivos acima. No mérito, produzida a prova de vídeo ficou constatado que a postura da arbitragem foi adequada aos fatos e o relato em súmula, apesar de não conter a descrição detalhada de todos os personagens, atos e condutas, demonstrase razoável eis que a confusão não permitiria a individualização de cada conduta, motivo aliás que levou a condenação das equipes conforme decisão acima. 3 - PROCESSO 007/2017 - EM TRAMITE JOGO: FIGUEIRENSE F.C. (SC) X AVAÍ FC (RS) data do jogo: 20/04/2017 1 FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE - No dia 20 de abril de 2017, foi realizada a partida válida pela Copa da Primeira Liga, entre FIGUEIRENSE e AVAÍ, no estádio Orlando Scarpelli, na cidade de Florianópolis/SC, com o placar final de 1 a 1. O árbitro principal relata na súmula que aos 5 minutos do 2º tempo a partida ficou paralisada por 5 minutos devido a torcida do FIGUEIRENSE ter acendido sinalizadores na arquibancada localizada a esquerda do pavilhão. Na mesma toada, o i. comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, Ten. Cel. Rudney Medeiros da Silva, atesta em seu relatório de serviço. Denunciado. Arts. 211 c/c 213, I, 1º c/c 179, incisos I e II c/c 206 c/c 184, todos do CBJD. DECISÃO: Defesa pelo Advogado Renato Brito Neto OAB/RJ 134.854 que junta documentos e suscita em matéria preliminar a prescrição preconizada no art. 168, II do CBJD que de pronto é afastada pelo Presidente eis que a denúncia foi recebida na Secretaria da Comissão conforme cópia da mensagem eletrônica de 09/05/2017 juntada as fls. 10 do processo, portanto, 19 (dezenove) dias após a partida, também restou esclarecido que a secretaria da Comissão
5 funciona na cidade de Balneário Camboriú SC, distante portanto cerca de 80 (oitenta) quilômetros da residência e escritório do presidente da CD, motivo pelo qual nem todos os documentos são assinados com a frequência desejável. No mérito após a prova de vídeo apresentada pela defesa restou conhecida e desclassificada a denúncia para condenar a equipe por infração ao art. 191, III do CBJD a pena de R$ 600,00 (seiscentos reais) por minuto de interrupção, totalizando R$ 3.000,00 (três mil reais) com prazo para pagamento de 15 dias em depósito na conta da Primeira Liga. 4 - PROCESSO 008/2017 - EM TRAMITE JOGO: FLUMINENSE F.C. (SC) X G.E. BRASIL (RS) data do jogo: 26/04/2017 1 FLUMINENSE FUTEBOL CLUBE FLUMINENSE FUTEBOL CLUBE, 1 Denunciado (Fluminense), entidade de prática desportiva profissional, com sede na cidade de Rio de Janeiro/RJ, pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas. O árbitro principal relata na súmula que houve o atraso de 4 (quatro) minutos para o início da partida em razão da não execução do hino nacional por falha na administração do estádio. É INCONTROVERSO nos autos que a equipe detentora do mando de campo era o FLUMINENSE, ecoando a sua responsabilidade objetiva por manter o estádio em boa ordem, incluindo a devida execução do hino nacional antes do início da partida. Como este descumprimento foi causado única e exclusivamente pelo FLUMINENSE e gerou como consequência o atraso no início da peleja pelo prazo de 4 (quatro) minutos, deve ser condenado pela prática da infração disciplinar do art. 206 do CBJD, o que ora se requer. DECISÃO: Defesa pelo Advogado Lucas Maleval, OAB/RJ 211.362, que junta Procuração e Substabelecimento e suscita em matéria preliminar a prescrição preconizada no art. 168, II do CBJD que de pronto é afastada pelo Presidente eis que a denúncia foi recebida na Secretaria da Comissão conforme cópia da mensagem eletrônica de 09/05/2017 juntada as fls. 10 do processo, portanto, 13 (treze) dias após a partida, também restou esclarecido que a secretaria da Comissão funciona na cidade de Balneário Camboriú SC, distante portanto cerca de 80 (oitenta) quilômetros da residência e escritório do presidente da CD, motivo pelo qual nem todos os documentos são assinados com a frequência desejável. No mérito após a prova de vídeo apresentada pela defesa restou conhecida e desclassificada a denúncia para condenar a equipe por infração ao art. 206 do CBJD a pena de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) por minuto de atraso, totalizando R$ 1.000,00 (um mil reais) com prazo para pagamento de 15 dias em depósito na conta da Primeira Liga. 2 GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL, 2 Denunciado GE BRASIL, entidade de prática desportiva profissional, com sede na cidade de Pelotas/RS, pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas. Prossegue o relato e diz que houve um arremesso de um copo de plástico contendo líquido e proveniente da torcida do GE BRASIL em direção ao assistente número 2 (dois), após a marcação de um impedimento, embora o objeto e nem o seu conteúdo tenha atingido o profissional da arbitragem. Finaliza afirmando que o torcedor foi retirado pelo
6 policiamento, embora não tenha sido lavrado boletim de ocorrência. A prova documental carreada aos autos, que goza de presunção relativa de veracidade, só podendo ser derruída por prova inequívoca, é contundente em demonstrar que houve o arremesso de objeto no campo de jogo ocasionado exclusivamente por torcedor do GE BRASIL, com o escopo de atingir o assistente de número 2 (dois). O simples fato de ser um objeto de menor potencial ofensivo, não ter gerado dano direto e o torcedor ter sido retirado do estádio, não retira a infração disciplinar do art. 213, inciso III, 2 do CBJD, mormente quando não houve a devida reprimenda criminal ao causador do tumulto (art. 41-B da Lei n 10.671/2003), sequer com o registro do boletim de ocorrência em data contemporânea ao evento. Por conseguinte, pugna pela condenação do GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL na infração disciplinar desportiva do art. 213, inciso III, 2 do CBJD. DECISÃO: Procuração e Defesa escrita juntada no processo, após instruído restou conhecida e condenada a equipe a pena de R$ 600,00 (seiscentos reais) com prazo para pagamento de 15 dias em depósito na conta da Primeira Liga. Nada mais havendo a tratar, o Presidente, agradecendo a presença de todos, sendo lavrada a presente ata que, lida e aprovada, vai assinada pelo Presidente da Comissão Disciplinar da Primeira Liga. Alexandre Beck Monguilhott Auditor Presidente da CD da Primeira Liga