Regime Jurídico da resinagem e da circulação de resina

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Transcrição:

Regime Jurídico da resinagem e da circulação de resina (janeiro a novembro de 2016) Nota informativa n.º 1 Divisão de Apoio à Produção Florestal e Valorização de Recursos Silvestres Lisboa, novembro 2016 1

Título: Regime jurídico da resinagem e da circulação de resina Edição: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, IP Autor: Divisão de Apoio à Produção Florestal e Valorização de Recursos Silvestres Texto: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, IP Imagens: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, IP Edição: novembro de 2016 2

1 ÍNDICE 1. OBJETIVO... 4 2. ENQUADRAMENTO... 4 2.1. IMPORTÂNCIA DA RESINAGEM... 4 2.2. REGIME JURÍDICO... 5 3. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA RESINA (SiResin)... 6 3.1. FUNCIONALIDADES... 6 3.2. PONTO DA SITUAÇÃO... 7 3.2.1. REGISTO DE OPERADOR DE RESINA... 8 3.2.2. COMUNICAÇÕES PRÉVIAS/DECLARAÇÕES DE RESINA... 10 3.2.2.1. EMISSÃO DAS DECLARAÇÕES DE RESINA... 10 3.2.2.2. DECLARAÇÕES ANTECENDENTES... 13 3.2.2.3. VALIDAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE RESINA... 13 4. NOTAS FINAIS... 14 2 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Número de comunicações prévias/declarações de resina por mês.... 10 Figura 2. Número de comunicações prévias/declarações de resina realizadas por atividade... 11 Figura 3. Quantidade de resina declarada por tipo de atividade (kg)... 12 Figura 4. Número de comunicações prévias/declarações de resina por distrito... 12 Figura 5. Quantidade de resina (kg) declarada na atividade de extração por distrito... 13 3 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. Número de operadores de resina registados por tipo de atividade da resinagem e circulação de resina... 9 Tabela 2. Número de operadores de resina registados por distrito... 9 Tabela 3. Número de comunicações prévias/declarações de resina realizadas por atividade.. 11 Tabela 4. Número de declarações de resina declaradas e validadas na origem e no destino... 14 3

1. OBJETIVO O presente relatório apresenta os resultados do tratamento da informação constante do Sistema de Informação da Resina (sistema provisório) através do qual é efetuado o registo dos operadores de resina e a comunicação das atividades relativas ao circuito económico da resinagem e circulação de resina, conforme previsto no Decreto-Lei n.º 181/2015, de 28 de agosto, que estabelece o regime jurídico da resinagem e da circulação da resina de pinheiro de pinheiro no território do Continente. A divulgação da presente informação enquadra-se no previsto no artigo 12.º do referido Decreto-Lei n.º 181/2015, de 28 de agosto. Apesar de se tratar de um sistema provisório é já possível obter um conjunto de informação e de indicadores relevantes para a fileira da resina. 2. ENQUADRAMENTO 2.1. IMPORTÂNCIA DA RESINAGEM A resinagem em Portugal faz-se em povoamentos de Pinus pinaster (pinheiro-bravo) e Pinus pinea (pinheiro-manso) sendo a área significativamente mais representativa nos povoamentos de pinheiro-bravo. Segundo o último Inventário Florestal Nacional (IFN 2010) o pinheiro-bravo ocupa atualmente 714.000 hectares de povoamentos florestais. A área de pinheiro-manso ocupa atualmente 176.000 hectares de povoamentos florestais, sendo que as duas espécies ocupam cerca de 30% da área de povoamentos florestais. O pinheiro-bravo é uma espécie estruturante no contexto da floresta de Portugal continental, constituindo sistemas multifuncionais com elevado valor ecológico, económico e paisagístico. Esta espécie tem uma elevada importância em determinadas regiões, promovendo a proteção e regeneração de solos pobres e formando ecossistemas que nalguns casos são protegidos como habitats de proteção prioritária ou tem um elevado interesse cénico e de enquadramento. Em termos económicos permite uma diversidade de produções e fontes de retorno financeiro, não só através da resina, mas também da madeira e biomassa. Sendo compatível com os objetivos de produção lenhosa, a resinagem permite ao produtor florestal obter dos seus pinhais, rendimentos intermédios anuais, constituindo uma outra 4

forma de os valorizar e aproveitar economicamente, criando à partida condições que favorecem uma gestão ativa da floresta. A resinagem contribui para a criação de postos de trabalho e fixação de mão-de-obra e permite o fomento a indústria resineira, com expressão ao nível da comercialização e exportação, e deste modo pode contribuir para o desenvolvimento regional e económico. Por outro lado, a atividade de resinagem contribui para a defesa da floresta contra incêndios, tanto pelo aumento da vigilância associada à permanência dos resineiros nas matas ao longo de todo o ano, como pela redução da quantidade de materiais combustíveis nas matas, resultante da limpeza de matos que é necessário efetuar para realizar os trabalhos e operações nas devidas condições. Assim, o risco potencial pela existência de árvores resinadas é mitigado pelos benefícios referidos Em termos económicos, à escala nacional estima-se uma produção média de resina, em 2015 de 8.028 toneladas de resina, equivalendo a 8.932 milhares de euros e preço médio à entrada da fábrica de 1,11 /kg (INE 2016). 2.2. REGIME JURÍDICO Apesar de ser uma atividade regulamentada desde há muitos anos (o primeiro diploma legal foi criado em 1951), reconheceu se haver um desajuste no seu enquadramento face à evolução tecnológica e económica entretanto ocorrida, o que levou a que recentemente, em 2015, tenham sido revistos e revogados os diplomas legais em vigor até então e criado um novo diploma, concentrando a regulamentação num único diploma, devidamente atualizado e simplificado. Esta intervenção era fundamental e necessária, para responder às necessidades, exigências e competitividade do mercado, que teve uma evolução recente muito positiva, após anos de abandono progressivo. Por outro lado, a revitalização do sector implica de um melhor conhecimento da sua situação e panorama real e global, o que exige a implementação de um sistema capaz de recolher e sistematizar dados e informação, acompanhar e monitorizar processos, fiscalizar intervenientes e procedimentos. Neste sentido, o novo regime jurídico, aplicável aos operadores envolvidos em todo o circuito económico da resina de pinheiro, veio contribuir para um melhor conhecimento deste sector, ao mesmo tempo que atualiza os requisitos técnicos de resinagem. O Decreto-Lei n.º 5

181/2015, de 28 de agosto, estabelece um conjunto de procedimentos para as atividades realizadas ao longo do circuito económico da resina desde a importação, quando aplicável, ou desde a extração da resina até à exportação ou à entrada em estabelecimento para a primeira transformação industrial em território continental. Entrou em vigor a 27 de Setembro de 2015, sendo que as artigos 6.º e 9.º produziram efeitos a partir do dia 1 de janeiro de 2016. O diploma estabelece um conjunto de procedimentos inovadores, que compreendem o registo dos operadores de resina 1 e a comunicação prévia (ou declaração de resina) das atividades desenvolvidas no âmbito do circuito económico resina de pinheiro. Estes procedimentos visam assegurar o controlo das atividades desenvolvidas ao longo do circuito económico da resina e sua rastreabilidade, desde a extração até à entrada em estabelecimento industrial de primeira transformação ou sua exportação, bem como controlo e inspeção da resina importada. Permite ainda conferir maior transparência aos circuitos de comercialização da resina e melhorar o seu conhecimento pelas autoridades e pelos agentes económicos do sector, viabilizando processos de certificação e controlo de qualidade. 3. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA RESINA (SiResin) 3.1. FUNCIONALIDADES O registo e a declaração de resina são efetuados atualmente pelo Sistema de Informação da Resina (SiResin), acedido pelo portal do ICNF, http://fogos.icnf.pt/manifesto/tipolinksentradalist.asp e que assegura, num sistema transitório as funcionalidades estipuladas no n.º 2 do artigo 6.º e 9.º do Decreto-Lei n.º 181/2015, de 28 de agosto, nomeadamente: a) A apresentação da declaração de resina; b) A submissão do pedido de registo de operador de resina; c) A consulta pelo operador de resina da informação constante do seu registo e das declarações de resina próprias; d) A comunicação de alterações relevantes aos dados contidos no registo de operador de resina e o pedido de atualização, de retificação ou de eliminação de dados, nos termos estabelecidos na lei; 1 São considerados operadores de resina as pessoas singulares ou coletivas que exercem as atividades de extração, transporte, armazenamento, primeira transformação, importação e exportação de resina, as quais podem ser desenvolvidas ou não em simultâneo, ao longo do circuito económico da resina de pinheiro. 6

e) O registo de utilizadores; f) A disponibilização de manual de apoio ao utilizador e sistema de ajuda; g) A gestão, a manutenção, a atualização e o cancelamento dos registos de operador de resina; h) A gestão da base de dados, para criação de relatórios e consultas; A plataforma SiResin, para uma melhor fiabilidade da informação a produzir e para uma melhor monitorização do circuito económico, possibilita ainda: a) A consulta pelo operador de resina da informação constante não só das próprias declarações emitidas, mas também das declarações emitidas por outro operador, em que ele próprio consta como origem/destino da resina; b) Alterar (uma só vez) a quantidade de resina inicialmente declarada, bem como confirmar as mesmas, nos casos em que o operador seja a origem/destino da resina; c) Assegurar a transmissão da informação das declarações antecedentes emitidas ao longo do circuito económico da resina, ao adquirente sucessivo, através de um mecanismo de seleção das declarações antecedentes; d) Anular declaração de resina pelo operador de resina, caso esta não tenha sido confirmada na origem/destino, nem tenha sido usada no circuito económico. 3.2. PONTO DA SITUAÇÃO No dia 1 de janeiro de 2016 entrou em vigor a obrigatoriedade de registo de operador de resina, bem como a sujeição de comunicação prévia obrigatória. Nessa data, o SiResin encontrava-se em testes, sendo que foi disponibilizado na página de internet do ICNF, I. P., um formulário próprio em formato word para o registo de operador de resina, de forma a possibilitar aos operadores de resina registarem-se junto do ICNF, I. P. e cumprirem com o disposto no artigo 9.º do diploma. Foi também disponibilizado nessa data um formulário próprio de declaração de resina, de modo a permitir aos operadores de resina registados, comunicarem previamente às atividades desenvolvidas ao longo do circuito económico ao ICNF, I. P., em cumprimento do disposto no Artigo 6.º. Foi também disponibilizado um manual de preenchimento dos formulários de registo de operador e comunicação prévia de resina. 7

A 28 de abril entrou em funcionamento o SiResin. Em conjunto com o funcionamento do SiResin foi disponibilizado um conjunto de respostas a perguntas frequentes e o manual de utilizador do SiResin. Nessa altura, realizou-se uma sessão de esclarecimento, promovida pelo ICNF I. P. para a apresentação do regime jurídico da resinagem (com referência à plataforma SiResin). Esta sessão realizou-se no Centro de Operações e Técnicas Florestais na Lousã e contou com a presença dos intervenientes do sector da resina. Desde essa data o ICNF tem promovido a divulgação deste novo regime jurídico através da participação em seminários e/ou sessões de esclarecimento, tendo no dia 6 de junho 2016 realizado a apresentação do regime jurídico da resinagem e da circulação de resina a convite da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) na Feira Nacional, no CNEMA em Santarém. Poderá ser consultada toda a informação sobre o regime jurídico, a documentação de apoio ao SiResin, as apresentações efetuadas e o acesso ao SiResin num separador próprio do Portal do ICNF - http://www.icnf.pt/portal/florestas/fileiras/resinagem-circulacao-resina. Os dados a seguir apresentados, referem-se à informação consultada na base de dados do SiResin a 17 de novembro de 2016, e compreende a análise relativa aos registos de operador de resina e às declarações de resina. 3.2.1. REGISTO DE OPERADOR DE RESINA No SiResin estão registados um total de 171 operadores de resina que podem exercer uma ou mais do que uma das atividades abrangidas pelo diploma legal (extração, transporte, armazenamento, primeira transformação, importação e exportação). A maioria dos operadores de resina concentra-se nas atividades de extração, de transporte e de armazenamento de resina (Tabela 1). 8

Tabela 1. Número de operadores de resina registados por tipo de atividade da resinagem e circulação de resina Atividade N.º registos % Extração 160 94 Transporte 124 73 Armazenamento 120 70 Transformação 18 11 Importação 11 6 O maior número de operadores de resina registados encontra-se nos distritos de Leiria e de Coimbra, sendo que estes dois distritos correspondem a 53% dos operadores registados (Tabela 2). Tabela 2. Número de operadores de resina registados por distrito Distrito N.º de Registos Aveiro 4 Beja 0 Braga 2 Bragança 1 Castelo Branco 6 Coimbra 24 Évora 0 Faro 2 Guarda 7 Leiria 63 Lisboa 3 Portalegre 0 Porto 3 Santarém 5 Setúbal 6 Viana do Castelo 4 Vila Real 19 Viseu 22 Total 171 De uma maneira geral, o maior número de operadores registados ocorre nas regiões do país onde o pinheiro-bravo tem maior expressão. 9

N.º de comunicações prévias/declarações de resina submetidas NOTA INFORMATIVA N.º 1 SiResin - NOVEMBRO DE 2016 3.2.2. COMUNICAÇÕES PRÉVIAS/DECLARAÇÕES DE RESINA 3.2.2.1. EMISSÃO DAS DECLARAÇÕES DE RESINA Dos 171 operadores de resina registados, 132 operadores emitiram declarações de resina. De acordo com a consulta à base de dados do SiResin foi registado um total de 1.537 declarações de resina. Do total de declarações de resina registadas no SiP, 74 foram posteriormente anuladas pelos respetivos operadores emitentes, sendo então o universo de análise 1.463 declarações de resina, correspondendo a um total de cerca de 33,0 mil toneladas de resina declaradas inicialmente. 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Mês Figura 1. Número de comunicações prévias/declarações de resina por mês. De acordo com a Figura 1, verificou-se que após a data de funcionamento do SiResin, um aumento do número de declarações, coincidindo com a primeira recolha de resina no pinhal e correspondente transporte para as unidades de primeira transformação de resina. Na Tabela 3 e Figura 2 apresenta-se o número de declarações por atividade do circuito económico da resina, em que cada declaração pode conter uma, ou mais do que uma, das atividades abrangidas pelo diploma legal. 10

N.º de comunicações prévias/declarações de resina NOTA INFORMATIVA N.º 1 SiResin - NOVEMBRO DE 2016 Tabela 3. Número de comunicações prévias/declarações de resina realizadas por atividade Atividade N.º declarações % Extração 390 27 Transporte 854 58 Armazenamento 505 35 Primeira Transformação 368 25 Importação 46 3 Exportação 0 0 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Atividade Figura 2. Número de comunicações prévias/declarações de resina realizadas por atividade O maior número de declarações de resina é referente à atividade de transporte, seguida pelas atividades de armazenamento e de extração de resina. Na Figura 3 apresenta-se a quantidade de resina declarada por atividade do circuito económico da resina, em que cada declaração pode conter uma ou mais do que uma das atividades abrangidas pelo diploma legal. 11

N.º de comunicações prévias/declarações de extração de resina Quantidade de resina declarada (kg) NOTA INFORMATIVA N.º 1 SiResin - NOVEMBRO DE 2016 16.000.000 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 Atividade Figura 3. Quantidade de resina declarada por tipo de atividade (kg) A maior quantidade de resina declarada é para a atividade de armazenamento, seguida da atividade de transporte e primeira transformação de resina. Relativamente às quantidades de resina declaradas nas declarações de armazenamento está incluída resina de anos anteriores, declarados pelos operadores de resina no início do ano de 2016. Em termos da origem da resina, Leiria é o distrito com maior número de declarações de extração e quantidade de resina declarada para essa atividade, seguido pelo distrito de Coimbra (Figura 4 e Figura 5). 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Distrito Figura 4. Número de comunicações prévias/declarações de resina por distrito 12

Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Quantidade de resina declarada na atividade de extração (kg) Vila Real Viseu NOTA INFORMATIVA N.º 1 SiResin - NOVEMBRO DE 2016 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 Distrito Figura 5. Quantidade de resina (kg) declarada na atividade de extração por distrito Verificou-se neste período que da quantidade total de resina importada, aproximadamente 91% tem origem no Brasil. Os resultados provisórios indicam que à data de 17 de novembro, foram declaradas um total de 11.751.353 kg de resina para primeira transformação, o que inclui resina armazenada de anos anteriores, de resina importada e de resina extraída no presente ano (Figura 3). Cerca de 79% desta resina foi transformada em unidades industriais pertencentes ao distrito de Aveiro, 13% do distrito de Coimbra e 8% ao distrito de Leiria. 3.2.2.2. DECLARAÇÕES ANTECENDENTES Das 1.027 declarações de transporte, armazenamento e primeira transformação, somente 206 tem indicado as declarações antecedentes para determinada quantidade de resina (20%). 3.2.2.3. VALIDAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE RESINA O operador de origem/destino pode corrigir/validar as quantidades de resina inicialmente declaradas. Esta validação é importante para determinar a quantidade de resina efetivamente transacionada no respetivo circuito económico. 13

Uma das funcionalidades do SiResin consiste na confirmação das quantidades de resina declaradas em cada declaração de resina, pelo respetivo operador de resina. Essa confirmação é realizada a dois níveis, ou seja pelo operador indicado na origem e pelo operador indicado em destino. Na tabela seguinte (Tabela 4) apresenta-se o número de declarações de resina validadas por atividade em termos absolutos e relativos. A análise da Tabela 4 permite verificar que para todas as atividades, a proporção de declarações validades é reduzida, existindo um maior número de declarações validadas no destino do que na origem. Por atividade verifica-se que o maior volume de declarações confirmadas corresponde à atividade de importação, igualmente no destino. Tabela 4. Número de declarações de resina declaradas e validadas na origem e no destino Atividade Total de declarações N.º declarações validadas na origem no destino Extração 390 15 4% 4 1% Transporte 854 71 8% 173 20% Armazenamento 505 46 9% 31 6% Importação 46 n.a 0% 14 30% Primeira Transformação 368 37 10% 98 27% Exportação 0 0-0 - 4. NOTAS FINAIS De acordo com os resultados apresentados anteriormente salienta-se que: Mais de 45% da origem da resina declarada para primeira transformação provém da importação de países terceiros, essencialmente do Brasil; Não existem declarações de exportação de resina; Nos meses de junho e julho verificou-se um aumento do número de declarações, coincidindo com a primeira recolha de resina no pinhal e correspondente transporte para os armazéns e para as unidades de primeira transformação de resina; Aproximadamente 20% das declarações de transporte, armazenamento e transformação tem indicado as declarações antecedentes, podendo se concluir que a transmissão ao adquirente sucessivo, não é realizado através do SiResin, mas em papel; 14

À data existe um baixo grau de validação das quantidades de resina declaradas, transaccionada no circuito económico da resina. 15