Dezembro 2012 Perspectivas econômicas da Argentina: [pág ] Panorama Político: [pág. 03] Comércio bilateral em números: [pág.

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São Paulo, 10 de janeiro de 2012.

São Paulo, 18 de março de 2013.

São Paulo, 13 de dezembro de 2012.

São Paulo, 13 de setembro de 2012

Janeiro Atualizado até 10/02/2012.

São Paulo, 23 de maio de 2013.

São Paulo, 19 de setembro de Agosto 2012

São Paulo, 19 de março de 2013.

São Paulo, 16 de julho de Junho 2012

São Paulo, 10 de julho de Junho 2012

Balança mensal registra superávit de US$ 2,1 bilhões. Saldo acumula déficit de US$ 1,6 bilhão no ano. Destaques entre parceiros e produtos

Fevereiro 2012 Déficit dobrou no primeiro bimestre do ano: Desempenho das exportações aprofunda déficit no acumulado de janeiro a fevereiro de 2012:

Dezembro São Paulo, 14 de janeiro de 2013.

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BALANÇA COMERCIAL ACUMULA SUPERÁVIT DE US$ 13,4 BILHÕES EM 2015

São Paulo, 26 de fevereiro de 2013.

Janeiro São Paulo, 28 de fevereiro de 2013.

Novembro São Paulo, 17 de dezembro de 2012.

Setembro São Paulo, 15 de outubro de 2012

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Junho 2014 São Paulo, 25 de julho de 2014 DÉFITIC COMERCIAL NO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO É 19,0% MENOR QUE EM 2013

Abril 2015 São Paulo, 19 de maio de 2015 BALANÇA COMERCIAL REGISTRA NOVO SUPERÁVIT EM ABRIL

Balança mensal registra superávit de US$ 1,2 bilhão. Saldo acumula déficit de US$ 3,7 bilhões no ano. Destaques entre parceiros e produtos

São Paulo, 18 de junho de 2013.

REDUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES ASSEGURA SUPERÁVIT DA BALANÇA COMERCIAL EM 2015

A Recessão Global e o Comércio Exterior Brasileiro

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Saldo mensal registra superávit de US$ 644 milhões. Balança acumula saldo positivo de US$ 8,1 bilhões. Commodities continuam puxando pauta exportadora

São Paulo, 22 de agosto de 2012

CRESCEM AS EXPORTAÇÕES DE MANUFATURADOS PARA OS ESTADOS UNIDOS EM 2015

Julho São Paulo, 20 de agosto de 2015 BALANÇA COMERCIAL REGISTRA 5º SUPERÁVIT CONSECUTIVO EM JULHO.

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Balança comercial surpreende com superávit em novembro. Superávit acumulado é 30% maior que no ano passado

ano I, n 5, setembro de 2011

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PANORAMA BRASIL ARGENTINA

São Paulo, 06 de agosto de 2013.

INFORMATIVO DE BUENOS AIRES

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego

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Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Outubro 2010

Saldo comercial ficou negativo no mês de outubro. Balança acumulada permanece em torno de US$ 8 bilhões

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 2º trimestre de 2013

Resultados do 3º trimestre de 2012

fev/13 set/12 jan/13 mar/13 out/12 dez/12 nov/12 Exportações Importações Saldo da Balança Comercial

ano I, n 8 dezembro de 2011

ano V, n 49 Maio de 2015

Ano II, n 15, julho de 2012

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Junho 2011

Fevereiro , , , ,9

Comércio Internacional: Impactos no Emprego. Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1

Janeiro 2015 São Paulo, 26 de fevereiro de BALANÇA COMERCIAL REGISTRA O MAIOR DÉFICIT MENSAL COM A CHINA.

No comparativo Set.13/ Set.12 o setor têxtil apresentou crescimento de 2,47% e o vestuário apresentou queda de 8,26%.

Julho / Indicador Fiesp de Perspectivas de Exportação Produtos Industrializados. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

ano II, n 9, janeiro de 2012

Comércio Exterior JULHO/2018. Exportações catarinenses crescem em julho voltam a superar

Abril 2015 São Paulo, 22 de maio de BALANÇA COMERCIAL COM A CHINA REGISTRA SEGUNDO SUPERÁVIT DO ANO

Corrente de comércio com a China acumula US$ 53,8 bilhões em 2015

SUPERÁVIT DE OUTUBRO É O OITAVO CONSECUTIVO EM 2015

Outubro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Julho 2011

Comércio Exterior AGOSTO/2018. Exportações catarinenses têm forte salto no acumulado. de 2018 JAN-AGO 2018

Desempenho da Indústria Catarinense. Florianópolis, 27 de fevereiro de 2015

Acumulado até novembro registra IED de US$ 52,7 bilhões

Fevereiro 2015 São Paulo, 23 de março de DÉFICIT COM A CHINA ALCANÇA US$ 3,6 BILHÕES NO PRIMEIRO BIMESTRE DE 2015.

BALANÇA COMERCIAL TEM SUPERÁVIT DE US$ 4,9 BILHÕES EM 2015.

Em julho, aumento das importações atenua o resultado do superávit comercial

Balança comercial registra em junho o quarto superávit consecutivo de 2015.

Saldo da balança comercial com a China segue favorável ao Brasil.

INDX registra alta de 6,49% em setembro

Comércio Exterior JUNHO/2018

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Setembro 2011

ano I, n 6, outubro de 2011

China: PIB e Vendas de Máquinas

SÍNTESE AGOSTO DE 2015

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL INDICADORES CONJUNTURAIS JUNHO/18

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Setembro 2014 São Paulo, 05 de novembro de BALANÇA COMERCIAL COM A CHINA É DEFICITÁRIA EM US$ 458 MILHÕES EM SETEMBRO

Em novembro, importações de manufaturados registraram a maior queda mensal desde 2010.

No mês de junho em 2015 a Produção Física do setor têxtil caiu 1,1% e o vestuário apresentou recuo de 0,4%. (Comparando Jun/15 com Maio/15).

EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - ABRIL DE 2003

Transcrição:

Dezembro 2012 Perspectivas econômicas da Argentina: com um superávit anual de US$ 11.527 milhões acumulado até outubro, a Argentina ultrapassa a meta esperada para o ano de 2012. [pág. 02-03] Panorama Político: em mês marcado pela eclosão de greve geral, ocorreu a 18ª Conferência Industrial Argentina. No evento foi destacada a importância da integração das cadeias produtivas entre os dois países. [pág. 03] Comércio bilateral em números: em outubro, observouse redução de 18,5% das exportações brasileiras à Argentina, e aumento de 8,8% das importações oriundas do país vizinho. No mesmo mês, a Argentina logrou seu primeiro superávit em relação ao Brasil desde junho de 2009. [pág. 03-05] Aumento temporário do imposto de importação: sob o amparo de Decisão do Mercosul, o governo argentino tem realizado consultas com o setor privado para a formulação de sua lista de aumento temporário do imposto de importação para 200 produtos. [pág. 05] Desvio de comércio: entre janeiro e setembro, o Brasil perdeu participação nas importações realizadas pela Argentina em pelo menos 14 setores. Simultaneamente, foi observado aumento da participação das exportações chinesas para a Argentina em 9 setores. [pág. 05] Restrições comerciais: consulta realizada pela FIESP indica o aumento no acúmulo de DJAIs e licenças não automáticas pendentes relacionadas a diversos setores exportadores brasileiros. Em alguns casos, registram-se atrasos superiores a, respectivamente, 240 e 780 dias. Destaca-se também a extinção do regime de licenças automáticas de importação na Argentina. [pág. 06-07] 1

Panorama Econômico da Argentina A Argentina alcançou, entre janeiro e outubro, superávit de US$ 11.527 milhões, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) argentino. Esse valor, que representa um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2011, já ultrapassa a meta esperada para 2012 (US$ 10 bilhões). Em outubro de 2012, o saldo comercial argentino foi de US$ 0,6 bi (redução de 5 em relação ao mesmo mês de 2011, quando o superávit total do país atingiu US$ 1,1 bi). 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 Evolução do saldo comercial argentino acumulado no ano (2011-2012) 10.942 11.527 10.031 9.323 8.403 8.162 7.336 7.263 6.312 5.806 6.463 4.795 4.767 2.968 3.057 1.891 1.570 365 550 1.052 10 9 8 7 6 5 3 1 2011 2012 % a.a. Fonte: INDEC No período de janeiro a outubro de 2012, a Argentina registrou um déficit comercial de US$ 2.781 milhões no setor de combustível, energia e lubrificantes (4% inferior aos US$ 2.904 milhões, correspondentes ao mesmo período de 2011). Segundo relatório da Associação Argentina de Orçamento (ASAP), divulgado em outubro, os subsídios argentinos à economia atingiram, entre janeiro de setembro de 2012, o montante de 60.589 milhões de pesos (superando em 16% o mesmo período de 2011). Os subsídios destinados ao setor energético e ao setor de transportes, por exemplo, cresceram, respectivamente, 11,4% e 19,7%, em relação aos primeiros nove meses de 2011. 8 6 - - -6 11,4% Setor Energético 19,7% Setor Transporte Subsídios a setores econômicos 64,9% Outras Empresas Públicas -42,6% Setor agroalimentício -26,2% Setor Rural e Forestal Var % a.a. (Jan-Set 12) -6,9% Setor industrial Fonte: ASAP/Abeceb 2

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* Dados Macroeconômicos - Argentina Taxa de câmbio (peso/us$) (Nov/12) 4,80 Risco país* (Nov/12) 1187 Reservas (Out/12) US$ 45,364 bilhões Dívida Total (dez/11) US$ 182,7 bilhões Dívida Interna (dez/11) US$ 120,6 bilhões Dívida Externa (dez/11) US$ 62,1 bilhões Preços ao Consumidor** (Abeceb Out/12) 24,11% Preços ao Consumidor (Indec - Out/12) 10,24% Desemprego (set/12) 7,6 * Medido pelo índice EMBI+ ** Índice Geral de Inflação Fonte: Abeceb.com Panorama Político Protesto ocorrido na Argentina em novembro envolveu a realização de greve geral e bloqueios que paralisaram pontos de estradas e avenidas do país. Além disso, no início do mês, milhares de argentinos protestaram contra as altas taxas de inflação do país. A União Industrial Argentina (UIA) promoveu, nos dias 27 e 28 de setembro, a 18ª Conferência Industrial Argentina. Na ocasião, discutiram-se questões relativas, por exemplo, à integração das cadeias produtivas entre os dois países e à primarização da indústria. Em sintonia com o posicionamento da FIESP, o governo brasileiro, em participação na Conferência, destacou a importância da cooperação entre as economias brasileira e argentina. Alertou, ainda, para o impacto das restrições administrativas sobre os fluxos de comércio, já prejudicados pela recessão global. Panorama do Comércio Bilateral Balança Comercial Brasil - Argentina 1,8 3,7 3,7 4,0 4,3 1,5 4,1 US$ Bilhões 5,8 1,8-0,6-1,2-2,4-0,1 * Até outubro. Fonte: AliceWeb Em outubro de 2012, o fluxo comercial bilateral apresentou queda de 6,6% em relação ao mesmo mês de 2011, com aumento de 8,8% das exportações argentinas (que atingiram o valor de US$ 1.665 milhões) e redução de 18,5% das importações argentinas originárias do Brasil (atingindo o valor de US$ 1.623 milhões). No mesmo período, o Brasil teve um déficit de US$ 42 milhões (variação de 109% em relação a outubro de 2011, quando o país logrou um superávit de 3

set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 US$ 462 milhões). É a primeira vez, desde junho de 2009, que o saldo comercial com o Brasil foi superavitário à Argentina. O déficit bilateral argentino acumulado no período de janeiro a outubro é de aproximadamente US$ 1,83 bilhão (redução de 63% em relação ao mesmo período de 2011). No mesmo período, as exportações argentinas ao Brasil totalizaram US$ 13,2 bilhões (contração de 4,7% em relação a 2011), enquanto as exportações brasileiras à Argentina alcançaram o montante de US$ 15,1 bilhões (queda de em relação a 2011). Balança Comercial Brasil - Argentina (US$ Bilhões) Exportação Importação Corrente Saldo jan/12 1,4 1,3 2,7 0,1 fev/12 1,7 0,9 2,6 0,8 mar/12 1,4 1,3 2,7 0,1 abr/12 1,4 1,4 2,7 0,0 mai/12 1,6 1,4 3,0 0,2 jun/12 1,3 1,0 2,3 0,3 jul/12 1,5 1,3 2,8 0,2 ago/12 1,7 1,6 3,3 0,1 set/12 1,5 1,3 2,8 0,2 out/12 1,6 1,7 3,3-0,1 Fonte: AliceWeb/MDIC 0,95% Exportações para a Argentina em relação ao PIB (acumulado 12M) 10, Participação das exportações brasileiras para a Argentina sobre as exportações totais 0,9 0,85% 0,8 9, 8, 7, 6, Exportações brasileiras Fonte: Aliceweb/MDIC/ BACEN Elaboração: DEREX/FIESP Exportações brasileiras para a Argentina US$ bilhões Acumulado no ano (% a.a.) US$ bilhões Acumulado no ano (% a.a.) 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 3 1-1 - 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 3 1-1 - -3 Fonte: Aliceweb/MDIC Elaboração: DEREX/FIESP 4

Em outubro, segundo o INDEC, a participação dos setores de bens de capital, bens intermediários e bens de consumo brasileiros sofreram variação nas exportações para a Argentina de, respectivamente, -8%, -14% e +9%, em relação a 2011. No acumulado dos primeiros dez meses de 2012, estes setores lograram diminuição de, respectivamente, -28%, - 16% e - nas exportações para a Argentina. Elaboração da lista argentina de aumento temporário do imposto de importação Por força da Decisão CMC nº 25/12, o mecanismo que permite o aumento temporário da alíquota do imposto de importação, inicialmente previsto para até 100 produtos, foi ampliado. Com a alteração, os sócios do bloco poderão elaborar uma lista de até 200 produtos (NCMs) cujas alíquotas serão transitoriamente elevadas para países de origem extrazona. Lista Argentina Há indícios de que o governo argentino tem realizado consultas com seus empresários, com o intuito de que estes indiquem os produtos que desejam integrar à lista. Até o momento, todavia, a lista ainda não foi definida. Empresas brasileiras produtoras instaladas na Argentina também estão habilitadas a solicitarem a inclusão de seus produtos na lista de aumento temporário do imposto de importação. Porém, é importante considerar que os critérios de seleção utilizados pelo governo argentino para a composição da lista são desconhecidos. Lista Brasileira Em outubro, o Brasil aprovou uma lista de 100 produtos que tiveram o imposto de importação temporariamente elevados. Aguarda-se a aprovação de uma segunda lista que abrigará outros 100 produtos. Em relação à lista formulada pelo Brasil, a Argentina tem um alto potencial exportador para 66 destes produtos; destes, 24 tem inserção no mercado brasileiro inferior a 5. Dentre esses 24 produtos, destacam-se armários, bancadas, placas de polímeros, válvulas esféricas, produtos planos de ferro, tubos e perfis de ferro ou aço, bombas volumétricas e fios de aço. Desvio de comércio favorável à China As importações totais da Argentina contraíram 8% até setembro deste ano. No mesmo período, as importações originárias do Brasil apresentaram queda de 19,2%, enquanto as provenientes da China reduziram apenas 8,5%. As exportações brasileiras para a Argentina perderam participação em 14 setores. Em 9 setores, dentre os quais químico, autopeças, calçados e bens de capital, isso ocorreu paralelamente ao aumento das importações originárias da China. Os 14 setores mencionados respondem por uma contração de 67% das importações argentinas originárias do Brasil, nos 9 primeiros meses de 2012. No mesmo período, o Brasil teve aumento de participação nas importações argentinas em 7 setores, incluindo madeira, material de transporte, maquinaria agrícola e bens para informática e telecomunicações. 5

Restrições Comerciais IMPORTAÇÕES ARGENTINAS JANEIRO A OUTUBRO - 2011 E 2012 ZONAS ECONÔMICAS E PAÍSES SELECIONADOS MILHÕES DE US$ 2011 (até out) 2012 (até out) VARIAÇÃO PERCENTUAL % Todas as origens 61.719 57.222-7 Brasil 18.882 15.098-20 Mercosul (inclusive Venezuela) 19.318 15.843-18 Resto ALADI (exclusive Venezuela) 944 1.689 79 China* 8.673 8.095-7 NAFTA 9.034 9.428 4 União Europeia 9.618 10.412 8 * Inclui Hong Kong e Macau Fonte: INDEC/AliceWeb Embora o governo argentino esteja provido de mais tranquilidade, por conta do cumprimento do superávit comercial para 2012, há expectativa de que o controle às importações mantenha-se mais flexível nos próximos meses, ainda que com certo grau de restrição. Um sensível afrouxamento das travas deve ocorrer, todavia, no segundo semestre de 2013, diante do ingresso de dólares (a partir de maio com a venda das colheitas) e do cenário que precederá as eleições legislativas. Declaração Jurada Antecipada de Importação (DJAI) Desde fevereiro, a Receita Federal da Argentina (AFIP) está exigindo informações prévias sobre a totalidade das importações. Consulta realizada pela FIESP indica atrasos significativos na aprovação da DJAI para autopeças, têxteis, alimentos, pneus de bicicleta, dentre outros. Em alguns casos, registram-se atrasos superiores a 240 dias. Licenças não automáticas Desde o início do novo mandato, tem-se observado o aumento no prazo para a liberação de licenças não automáticas de importação. Consulta realizada pela FIESP indica atrasos significativos na liberação de licenças para autopeças, calçados, têxteis, parafusos, dentre outros produtos. Em alguns casos, registram-se atrasos superiores a 780 dias. Licenças automáticas Por meio de uma Resolução Geral publicada em setembro, o Ministro de Economia e Finanças Públicas, Hernán G. Lorenzino, determinou a eliminação do regime de Licenças Automáticas de Importação. 6

A extinção do mecanismo, cuja finalidade relacionava-se ao registro antecipado das informações correspondentes a importações futuras, deve-se à sua obsolescência diante da implantação das DJAI, que, dentre outras funções, passou a desempenhar o papel de ministrar as informações estatísticas de bens importados destinados ao consumo. EQUIPE TÉCNICA Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior DEREX Diretor Titular: Roberto Giannetti da Fonseca Gerente: Frederico Arana Meira Área de Defesa Comercial Diretor: Eduardo Ribeiro Coordenadora: Jacqueline Spolador Lopes Consultor: Domingos Mosca Equipe: Ana Carolina Meira, Carolina Cover e Beatriz Stevens Estagiário: Bruno Alves de Lima Endereço: Av. Paulista, 1313, 4º andar São Paulo/SP 01311-923 Telefones: (11) 3549-4761 Fax: (11) 3549-4730 7