PROJETO ARQUITETÔNICO OBRAS COMPLEMENTARES PARA AS INSTALAÇÕES DA UPA (Muro, alambrados, Abrigo para as ambulâncias e pavimentação).
MEMORIAL DESCRITIVO, PLANILHA ORÇAMENTÁRIA E CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO. MEMORIAL DESCRITIVO OBRAS COMPLEMENTARES PARA AS INSTALAÇÕES DA UPA 1. OBJETIVO: A presente especificação tem por objetivo estabelecer os critérios para a execução de ampliação da pavimentação no terreno da UPA. Assim como a construção de um muro de contenção de aterro, na lateral Leste do terreno, junto a Rua Antônio Tarelli. Construção de alambrado nas laterais Leste, Oeste e Norte do prédio existente. Construção de um abrigo para três ambulâncias, bem como especificar todos os materiais a serem utilizados na obra a ser feita como complementação das instalações da Upa no lote 03, da quadra 402, bairro Macedo em Venâncio Aires / RS, O muro será construído no limite entre o lote onde se encontra a UPA e a Rua Antônio Tarelli. A fundação do mesmo será profunda usando estacas escavadas com trado helicoidal, com profundidade de três metros e diâmetro de trinta centímetros. As estacas devem ser feitas com concreto usinado de fck 15Mpa. Diretamente sobre as estacas deve ser feitas colunas de concreto armado com seção transversal de 20 cm de base por 30 cm de altura. Estas colunas devem ser erguidas até encontrar a viga de respaldo da alvenaria de pedra grés conforme especificado adiante. O espaço entre meio as colunas de concreto armado deve ser preenchido com alvenaria de pedra grés argamassada a partir de camada de solo com capacidade de suporte suficiente até o nível da pavimentação pronta no entorno das edificações existentes. Finalizando o muro deve ser feito uma viga de concreto armado com trinta e cinco centímetros de altura e largura de quinze centímetros. Sobre o muro de contenção descrito anteriormente deverá ser feito alambrado com mourões de concreto armado e tela com arame galvanizado 12 BWG. Para a construção do alambrado, na parte que não coincide com o muro de contenção do aterro, deverá ser feito para cada um dos mourões uma sapata de concreto armado com dimensões de (50x50x40)cm, abaixo do nível do pátio pavimentado. Esta parte do alambrado deverá estar modulado de três em três metros. Para a parte que coincide com o muro de contenção do aterro, fazer a ancoragem dos mourões diretamente nos pilares do referido muro, portanto mantendo a mesma distância existente entre pilares, para os mourões. Em toda a extensão do alambrado devera ser feita viga interligando as sapatas de ancoragem dos mourões. A viga da base do alambrado deve ser concretada acima das referidas sapatas. Na parte que tem o muro de contenção, a viga será a descrita anteriormente para o respaldo da alvenaria de pedras
grés. Deve ser usados mourões de concreto armado pré-moldados, a fim de que garantam a rigidez da estrutura. A tela deverá ter dois metros de altura. No entorno da edificação existente, será feita tubulação pluvial, sob a pavimentação a ser construída. Esta tubulação deverá receber a água da chuva do pátio e conduzi-la para rede pluvial existente na Rua Antônio Tarelli, como demonstrado nos desenhos. Será feita em tubos de concreto e com caixas tipo boca de lobo posicionado adequadamente na área a ser pavimentada, feitas em alvenaria e gradil de ferro. A pavimentação a ser feita compreende a retirada de uma camada de solo com espessura de cinquenta centímetros em toda a área a ser trabalhada. Caso seja encontrada camada mais espessa que cinquenta centímetros de solo inapropriado para servir de base para a pavimentação este deverá ser removido, ficando a decisão a critério do contratante. Uma vez retirado o solo improprio para servir de base para a pavimentação, colocar uma camada de material que tenha capacidade de suporte (rachão). Esta camada deverá ter uma espessura de trinta centímetros. Deverá ser compactada mecanicamente com rolo compactador vibratório. Sobre a camada de rachão colocar uma camada de areia média com dez centímetros de espessura, que servirá de base para o assentamento dos blocos de concreto da pavimentação. Os blocos de concreto a serem usados devem ter oito centímetros de espessura. Na produção dos mesmos, devem ser submetidos a processo de vibração para dar maior resistência e maior capacidade de trafego de veículos. O uso de cordões (meio fio) será feito somente no contorno de seis canteiros que serão deixados no pátio, pois em todo o restante do contorno a pavimentação será contida pelo cordão da pavimentação existente e pelas vigas do muro de concreto armado e do alambrado a ser construído. Na projeção do abrigo existente na fachada norte do prédio da UPA, deverá ser feita pavimentação com piso polido de concreto armado totalizando uma área de 21,94m2. No entorno desta pavimentação deve ser colocada canaleta usando perfil U em aço, protegido contra corrosão por pintura adequada, para recolher a água usada na limpeza das ambulâncias e conduzi-la ao sistema existente de esgoto sanitário. Será feito um abrigo para o estacionamento de três ambulâncias. O mesmo deve ser feito junto à fachada norte do prédio da UPA, conforme indicado nos desenhos. Será feito com uma estrutura de metal composta por colunas, vigas, tesouras e terças, conforme projeto estrutural a ser apresentado pela empresa contratada. O telhado deverá ser feito com telha Alozinc, assim como a platibanda para proteção. A estrutura metálica deve estar ancorada em fundação superficial feita em concreto armado, composta por sapatas e viga de amarração. As sapatas devem ter dimensões de (80x80x50)cm, onde devem ser ancorados os pilares de concreto armado.
2. GENERALIDADES: 2.1 Esta especificação complementa o projeto arquitetônico (plantas baixas, cortes Situação e Localização). 2.2 Todas as modificações de projeto ou troca de materiais especificados deverão ser solicitadas por escrito à Fiscalização, com antecedência necessária para sua análise e aprovação, sem a qual os serviços não poderão ser executados. 3. OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA: 3.1 Serão de responsabilidade da Contratada para a construção, todas as providências relativas ao licenciamento da construção, ART s de execução junto ao CREA, Guias de recolhimento junto ao INSS e taxas correspondentes. 3.2 A Contratada obriga-se a executar as obras de acordo com o projeto, prestando toda assistência técnica e administrativa, a fim de que os trabalhos sejam desenvolvidos com a máxima perfeição e mínimo de desperdício. 3.3 Serão de responsabilidade da Contratada as seguintes providências: - Recrutamento de mão-de-obra inerente aos serviços a executar; - Equipamentos mecânicos e ferramentais necessários; - Equipamentos de proteção individual conforme normas reguladoras NR-6 e NR-18 do Ministério do Trabalho; - - Cavaletes de sinalização de obras, interrupção de transito e proteção ao pedestre; - Placa de obra modelo a ser fornecido pela Fiscalização. 4. LIMPEZA DO TERRENO: A limpeza do terreno compreenderá os serviços de capina, roçado, destocamento, remoção de todo entulho ou qualquer outro serviço que seja necessário para o inicio da obra. Os serviços serão executados dentro da melhor técnica, evitando-se danos a terceiros.
5. LOCAÇÃO DA OBRA: 5.1 A obra será locada com todo o rigor, os esquadros serão conferidos à trena e as medidas tomadas em nível. Para compensar as diferenças entre as medidas reais dos tijolos e as consignadas em planta. 5.2 Alinhamento: A edificação devera observar os afastamentos laterais, conforme Planta de Locação. 5.3 Referência de nível: O nível dos pisos deverão estar de acordo com os indicados em planta, devendo ficar a pavimentação proposta 10 cm abaixo do nível da calçada no entorno da edificação existente. 6. MOVIMENTO DE TERRA: O empreiteiro executará todo o movimento de terra necessário e indispensável ao nivelamento do terreno, nas cotas fixadas pelo projeto de implantação, procedendo aos cortes e/ou aterros no terreno. O terreno não edificado deverá permitir o escoamento das águas superficiais. As escavações e/ou aterros serão executados de modo a não causarem danos à vida e/ou propriedades. A execução de escavações e/ou aterros implicará responsabilidade integral do empreiteiro, pela resistência e estabilidade dos maciços resultantes. Os transportes, decorrentes da execução dos serviços de escavação e/ou aterro, ficarão a cargo do empreiteiro. 6.1 As escavações para fundações rasas dos alambrados deverão ser feitas manualmente, no alinhamento das fundações, em uma largura mínima de 0,50m, podendo a terra, se for própria para aterro ser usada para reaterro da obra. 6.2 As escavações destinadas à fundação do tipo estaca serão executadas de maneira a obter o dimensionamento especificado. 6.3 O reaterro, no interior da obra, deverá ser feito manual ou mecanicamente, sob a forma de apiloamento por meio de placa vibratória, em camadas de 10 cm, devidamente molhadas.
7. FUNDAÇÕES: 7.1 As fundações deverão seguir a NBR 6122/96 Projeto e Execução de Fundações; 7.2 As fundações serão constituídas de estacas, do tipo escavada, de concreto armado fck, mínimo de, 15Mpa com diâmetro de 300 mm e profundidade mínima de 3,00 metros ou até atingir solo firme; 7.3 Para a fundação do abrigo das ambulâncias, usar sapatas de (80x80x50)cm, para base dos pilares de concreto armado, em um total de seis conjuntos sapata pilar, conforme mostra os desenhos. 7.4 Para as vigas de amarração da fundação do abrigo das ambulâncias, prever no dimensionamento a circulação sobre elas de veículos pesados. As vigas devem ser feitas com concreto armado com fck de 25Mpa. 7.5 Para a todas as concretagem, usar vibrador para melhorar o adensamento do concreto nas formas. 8. SUPRA-ESTRUTURA: 8.1 Sobre as estacas se fundirão pilares em concreto armado, conforme NBR 6118/03, com dimensões de 20x30cm. A resistência do concreto terá Fck de 25Mpa; 8.2 A viga na base do alambrado e de respaldo da alvenaria de pedra grés do muro de contenção do aterro deve ter dimensões de (15 x 20)cm, em concreto armado com fck mínimo de 25 MPa de acordo com a Norma NBR 6118/03. Deverá ser utilizado vibrador elétrico em toda a concretagem, para enchimento das formas; 9. ALVENARIA: 9.1 Sob a viga de fundação será feita, alvenaria com pedra grés. Esta alvenaria terá altura igual ao desnível que vai existir entre a pavimentação do pátio da UPA e da Rua Antônio Tarelli.
10. PINTURAS 10.1 Todo a estrutura metálica do abrigo para as ambulâncias, inclusive as calhas, deverá ser limpa, retirando qualquer tipo de impureza e pintada com tinta esmalte em pelo menos três demãos. 11. INSTALAÇÕES PLUVIAIS: A água recolhida na área pavimentada deverá ser direcionada para as oito caixas coletoras (boca de lobo) distribuídas conforme consta nos desenhos. Estas devem ser feitas em alvenaria de tijolos maciços argamassados, com espessura da parede de 10 cm, sem contar o revestimento interno das caixas. As caixas devem no seu lado interno ser chapiscadas e receber emboço com argamassa de cimento cal e areia fina na proporção de 1:2: 5. A base da caixa, sobre a qual será erguida a alvenaria deve ser feita em concreto armado com espessura de 8 cm. A tubulação deve ser interrompida no encontro com a caixa, sendo, portanto o ponto de união entre tubos de concreto e caixa feitos através das paredes laterais da caixa, sem que a tubulação transpasse a caixa.. A tampa deve ser em gradil de aço, em barras de formato circular, perfeitamente encaixado no topo da alvenaria das paredes. Deve ser usado aço em diâmetro adequado que suporte o transito de veículos de passeio, ambulâncias e outros pequenos de transporte de carga. Deve ter espaçamento adequado entre as barras que permita a fácil entrada da água sem acumulo, mas não demasiado que ponha em risco a circulação de pessoas. Deverá ser feita uma tubulação de escoamento das águas oriundas da chuva na área pavimentada no entorno da UPA. Esta deve ser com tubos de concreto, com diâmetro de quarenta centímetros. Estes devem ser colocados no pátio conforme planta de locação da tubulação. 12. ABRIGO PARA AMBULANCIAS: 12.1 No pátio junto à face Norte do prédio, conforme está nos desenhos, será feito um abrigo para as ambulâncias. Deverá comportar adequadamente três veículos. Desta forma deverá ter 7,50m de comprimento por 12,75m de largura. Será feito concretando junto à camada de solo compactadado que servirá de base para a colocação da pavimentação do pátio, um conjunto de 6 sapatas de concreto armado. Cada uma destas sapatas deve ter um volume de 0,32m^3 de concreto. A face superior das sapatas deve estar nivelada com a pavimentação pronta. Em cada uma delas será deixada a ferragem para a concretagem dos pilares que servirão para sustentação da estrutura metálica do telhado. Cada um dos pilares deve ter 20 cm x40cm e altura de 3,00m. deverá ser armado adequadamente para suportar os esforços gerados na estrutura, inclusive por
carga de vento. No topo de cada pilar deverá ser concretado chumbador metálico adequado para a fixação da estrutura metálica do telhado. A estrutura será composta por 3 tesouras metálicas de 12,75m cada, em duas águas. Será feita em chapa dobrada com as dimensões adequadas para suportar os esforços a que será submetida. Deverá ser limpa de qualquer impureza e pintada com tinta esmalte para evitar ferrugem e apodrecimento. Cada tesoura será fixada diretamente sobre 2 pilares através dos chumbadores previamente mencionados. As terças para fixação das telhas devem ser metálicas, em chapa dobradas, no formato U, com dimensões apropriadas e ter as bordas enrijecidas. Da mesma forma que as tesouras, devem ser limpas e pintadas com tinta esmalte. As telhas devem ser de Aço Zincado (onduladas ou trapezoidal). Devem ser em peça única para cada meio vão do telhado, sem emendas no sentido do caimento da água. As cumeeiras devem ser adequadamente colocadas a fim de evitar qualquer tipo de goteira. Em cada uma das duas laterais de 7,50m de comprimento será colocada calha metálica com dimensões suficientes para dar escoamento a toda água da chuva proveniente dos 95,52m^2 de telhado do abrigo. Esta deverá ser limpa e pintada com tinta esmalte tanto na face interna quanto externa. Para cada um dos 7,50m de calha será feito um tudo de descida da água, junto ao pilar no meio do vão. Este tubo será em PVC, com diâmetro de 75 mm. Na base do tubo de queda do pluvial deve ser feita uma caixa de passagem, em alvenaria, com dimensões de (30x30x30)cm, de onde deve iniciar a tubulação que conduzirá a água do telhado até a caixa mais próxima da rede de esgoto pluvial do pátio da UPA. Estas caixas devem ser feitas com tijolos maciços, rebocadas e com tampa de concreto armado.
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS: 13.1 O licitante deverá visitar o local da obra. 13.2 O licitante deverá apresentar os projetos estruturais de sua responsabilidade para análise da fiscalização. 13.3 A escolha do material a ser empregado na obra, tais como, tijolos, esquadrias, ferragens, luminárias, aparelhos e metais sanitários deverão ter a aprovação prévia do fiscal da obra. 13.4 A escolha das cores das tintas deverá ser tratada com a fiscalização. 13.5 Todo e qualquer serviço feito que não contemple o projeto arquitetônico, hidrosanitário e elétrico ou que for executado de forma negligente não será aceito pelo fiscal da obra, devendo ser refeito à custa da empresa até que se atinja a qualidade exigida. 14. LIMPEZA: A obra será entregue perfeitamente limpa, com todas as instalações e esquadrias em perfeito funcionamento e considerada concluída após a fiscalização e emissão do termo de recebimento definitivo, conforme cláusulas do contrato. Venâncio Aires, 28 de Fevereiro de 2014. Adilson Giovane Stertz Engenheiro Civil CREA 92712