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Transcrição:

INFLUÊNCIA DAS EMBALAGENS NA COMPOSIÇÃO DE NPK DA TORTA DE MAMONA ARMAZENADA* Robson César Albuquerque 1, Lígia Rodrigues Sampaio 2, Rúbia Rafaela Ferreira Ribeiro 2, Napoleão Esberard de Macedo Beltrão 3, Rosa Maria Mendes Freire 3, Liv Soares Severino 3, Juarez Paz Pedroza 1. 1 UFCG, ralbuquerque_cg@yahoo.com.br; Juarez@deag,ufcg.edu.br; 2 Universidade Estadual da Paraíba, liggiasampaio@yahoo.com.br; rubiarafaela@oi.com.br; 3 Embrapa Algodão; nbeltrão@cnpa.embrapa.br; rosa@cnpa.embrapa.br; liv@cnpa.embrapa.br; RESUMO - Com o objetivo de avaliar a influência de duas embalagens (plástica e nylon) na composição de NPK da torta de mamona (Ricinus communis L) durante um armazenamento de 6 meses, foi conduzido um experimento no ano de 2005, no laboratório de química pertencente a Embrapa Algodão. Utilizou-se a torta produzida a partir de sementes de mamona cultivar BRS 149 Nordestina.Delineamento estatístico. A cada 60 dias registrou-se o teor de NPK. Verificou-se que houve significância estatística para a interação dos dois fatores (embalagem e tempo de armazenamento), constatando-se que para todas as variáveis estudadas houve acréscimo significativo durante o armazenamento da torta nas duas embalagens, em que a embalagem de nylon apresentou maiores resultados (5,71% de N; 0,85% de P e 0,72% de K). Fato este atribuído a sua porosidade, que com a decomposição da torta ocorre diminuição na massa da torta e conseqüentemente maior concentração de nutrientes. INTRODUÇÃO De acordo com Santos et al. (2001), a mamona (Ricinus communis L.) é uma cultura que apresenta perspectivas promissoras para a produção agrícola, mostrando possibilidades de ser cultivada em amplas áreas do país. A consciência mundial pela preservação ambiental baseada na substituição dos combustíveis minerais derivados do petróleo por outros de origem vegetal, dentre eles o biodiesel do óleo da mamona, criou uma perspectiva real para a expansão do cultivo da mamona em escala comercial, principalmente na agricultura familiar (BELTRÃO, 2002). Segundo Fornazieri Junior (1986), a sua extraordinária capacidade de adaptação, a multiplicidade de aplicações industriais do seu óleo e o valor da sua torta, como fertilizante e suplemento protéico, situam a mamona entre as oleaginosas tropicais mais importantes da atualidade. De acordo com Severino (2005), a torta é o principal subproduto da cadeia produtiva da mamona, produzida a partir da extração do óleo das sementes desta oleaginosa. Em todo o mundo, seu uso predominantemente tem sido como adubo orgânico, embora possa obter valor significativamente maior se utilizada como alimento animal, aproveitando o alto teor de proteínas. No

entanto, este uso não tem sido possível, até o presente momento, devido à presença de elementos tóxicos e alergênicos em sua composição e à inexistência de tecnologia viável em nível industrial para seu processamento. Alguns estudos já demonstraram a rapidez com que a torta de mamona se mineraliza e conseqüentemente disponibiliza seus nutrientes. Entre 75 e 100% do nitrogênio da torta de mamona foi nitrificado em três meses. A velocidade de mineralização da torta de mamona, medida pela respiração microbiana, é cerca de seis vezes mais rápida que a de esterco bovino e quatorze vezes mais rápida que o bagaço de cana (SEVERINO et al., 2004). BERGEROT (1980) define embalagem como um meio de manter as condições ideais exigidas para cada produto, isolando-o total ou parcialmente do ambiente que o cerca. Este pensamento, ao mesmo tempo em que ressalta a necessidade do perfeito conhecimento do produto, simplifica o entendimento dos vários aspectos envolvidos na perda de sua qualidade durante a estocagem (CABRAL e FERNANDES, 1980). Embora, na atualidade, os subprodutos da mamona venham se destacando, poucos são os trabalhos que tratam da composição química da torta de mamona quando armazenada por longos períodos, dificultando uma analise de como melhor armazená-la, em relação às embalagens, exigindo assim, estudos nessa área. Com base nessas considerações, o presente trabalho foi conduzido com o objetivo de analisar a composição química (NPK) da torta de mamona, visando seu uso como adubo orgânico, em função do armazenamento. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Química da Embrapa Algodão, em Campina Grande, PB. Utilizou-se a torta de mamona cultivar BRS Nordestina, produzida pelo processo de prensagem (sem extração por solvente) em mini-usina no Município de Quixeramobim, CE. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições e tratamentos distribuídos em distribuição fatorial 2 x 4, sendo os fatores 2 embalagem (plástica e nylon) x 4 tempos de armazenamento (0, 2, 4 e 6 meses), com 3 repetições. Cada unidade experimental consistiu numa embalagem com 500 gramas de torta de mamona. As embalagens foram mantidas em ambiente sem temperatura, umidade ou ventilação controlados. Ao fim de cada período de armazenamento, mediu-se o teor de nitrogênio, fósforo e potássio acordo com a metodologia descrita em AOAC (1975). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e regressão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1, verificam-se diferenças significativas a 1% de probabilidade para a interação dos fatores de embalagem e tempo de armazenamento em todas as variáveis estudadas. Na Figura 1 são observados os efeitos quadráticos para as embalagens em todas as variáveis estudadas durante o armazenamento. O comportamento do teor de nitrogênio teve aumento significativo nas duas embalagens (Fig. 1A). Na embalagem de nylon durante todo o armazenamento (6 meses) o nitrogênio aumentou 5,71%, enquanto a embalagem plástica aumentou apenas 4,72%, fato este que pode ser justificado pela intensa decomposição da torta durante o armazenamento e principalmente na embalagem de nylon, o que provoca diminuição na massa da torta, e conseqüentemente os nutrientes ficaram mais concentrados. O mesmo fato ocorreu com os teores de fósforo (Fig. 1B) e potássio (Fig. 1C). Verifica-se aumento de fósforo na embalagem de nylon 0,85% e de potássio de 0,43%, enquanto que na embalagem plástica ocorreu acréscimo de 0,72% e 0,31% de fósforo e potássio, respectivamente. CONCLUSÕES O teor de NPK aumentou significativamente nos dois tipos de embalagem; O crescimento de NPK foi mais acentuado na embalagem de nylon; O armazenamento da torta interfere na composição de NPK. * Pesquisa financiada pela Petrobrás. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AOAC. Oficial methods of analysis of the Association Official Analitycal Chemists. 12 ed. Washington, 1094 p. 1975. BELTRÃO, N. E.de M. Torta de Mamona (Ricinus communis L.): fertilizante e alimento. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2002. (comunicado Técnico, 171). BERGEROT, J. F. Embalagens convertidas. Seminário de embalagens flexíveis para alimentos. ITAL, 1980. 63P. CABRAL, A.C.D.; FERNANDES, M.H.C. Aspectos gerais sobre a vida-de-prateleira de produtos alimentícios. Boletim do Instituto de Tecnologia de Alimentos. V. 17, n.4, p.371-479, out./dez. 1980. FORNAZIERI JÚNIOR, A. Mamona: uma rica fonte de óleo e de divisas. São Paulo: Ícone, 1986. 71p.

SANTOS, R. F. dos.; BARROS, M. A. L.; MARQUES, F. M.; FIRMINO, P. de T.; REQUIÃO, L. CE. G. Análise Econômica. In: AZEVEDO, D. M. P. de; LIMA, E. F. (eds.). O agronegócio da mamona no Brasil. Brasília: Embrapa Serviço de Comunicação Tecnológica, 2001. 350p. SEVERINO, L.S. COSTA, F.X.; BELTRÃO, N.E.M.; LUCENA, A.M.A.; GUIMARÃES, M.M.B. Mineralização da torta de mamona, esterco bovino e bagaço de cana estimada pela respiração microbiana. Revista de Biologia e Ciência da terra, v. 5, n. 1, 2004. SEVERINO. L.S.; O que sabemos sobre a Torta de mamona. In. Ministérios da Agricultura, pecuária e Abastecimento. Campina Grande, 2005. (Documento 134) Tabela 1. Quadrados médios para o teor de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) da torta de mamona armazenada em emblagens de plástico e nylon por um período de 6 meses. Campina Grande, PB, 2006 Fonte de Variação GL Quadrado médio N P K Embalagem (E) 1 7,47556** 0.02494** 0.00269 ns Tempo (T) 3 115,98333** 3.19660** 0.47841** E x T 3 0,86852** 0.02774** 0.08883** Resíduo 24 0,17861 0.00317 0.00318 C.V. (%) 5,46 4,65 6,05 Média Geral 7,73 1,20 0,93 ** significativo ao nível de 1% de probabilidade ns não significativo.

12,0 A Teor de Nitrogênio (%) 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Plástica Y = 0,0825x 2 + 1,3425x + 3,4325 R 2 = 0,91 Nylon Y = -0,0675x 2 + 2,3885x + 2,5875 R 2 = 0,95 Teor de Fósforo (%) 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Plástica Y = -0,045x 2 + 0,501x + 0,27 R 2 = 0,87 Nylon Y = -0,02x 2 + 0,428x + 0,305 R 2 = 0,86 B Teor de Potássio (%) 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 Plástica Nylon y = -0,0375x 2 + 0,2845x + 0,5025 R 2 = 0,97 y = -0,0175x 2 + 0,2225x + 0,5475 R 2 = 0,97 C Figura 1. Variação da composição química da torta de mamona armazenada em duas embalagens (plástica e nylon) no período de 6 meses: (A) Nitrogênio; (B) Fósforo; (C) Potássio. Campina Grande, PB, 2006.