RESUMO INTRODUÇÃO PEDRO DANTAS FERNANDES** HENRIQUE PAULO H A A G * * *

Documentos relacionados
NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS ORNAMENTAIS. VII. ESTUDOS DE ADUBAÇÃO NPK NA CULTURA DE GLADÍOLO (Gladiolus grandiflorus, cv. 'Perusi').

EFEITO DE TRÊS NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NPK EM QUATRO VARIEDADES DE MANDIOCA ( 1 )

INFLUÊNCIA DA PROFUNDIDADE DE PLANTIO NA PROPAGAÇÃO DO GLADÍOLO (Gladiolus grandiflorus ) ANDR. CV. SNOW PRINCES*

EFEITO DE DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO, FÓSFO RO E POTÁSSIO SÔBRE A PRODUÇÃO DE MANDIOCA EM SOLOS DE BAIXA E ALTA FERTILIDADE ( 1 ) SINOPSE

PROPAGAÇÃO DO GLADÍOLO (Gladiolus grandiflorus) ANDR. CV. SNOW PRINCESS, ATRAVÉS DE CORMILHOS TIPO 7 E 8*

NUTRIÇÃO MINERAL DAS PLANTAS ORNAMENTAIS III. ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELA RAINHA MARGARIDA (Callestephus chinensis)*

OBSERVAÇÕES PRELIMINARES SOBRE A ADUBAÇÃO FOLIAR EM FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris L.) I ( 1 ).

Termos para indexação: nitrogênio, matéria seca, Brachiaria decumbens, recuperação, acúmulo

Influência de doses de fósforo e de nitrogênio na produção de abobóra híbrida, tipo tetsukabuto, na região norte de Minas Gerais

ESTUDO DE RELAÇÃO N/K NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAFEEIRO OBATÃ IAC

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES COMERCIAIS, VIA FOLIAR, EM GLOXÍNEA

Doses de potássio na produção de sementes de alface.

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

OBSERVAÇÕES SOBRE A ADUBAÇÃO FOLIAR EM FEI- JOEIRO (Phaseolus vulgaris L.) II ( 1 ). EDUARDO ANTÔNIO

Efeitos da adubação com cloreto de potássio em cobertura na produção de alface tipo americana.

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE TOMA- TEIRO (Lycopersicon esculentum Mill.) EM PLANTAS COM DIFERENTES IDADES ( 1 )

I. Ensaio em areia lavada

ADUBAÇÃO DA CANA - DE-AÇÚCAR

Concentrações de Nutrientes no Limbo Foliar de Melancia em Função de Épocas de Cultivo, Fontes e Doses de Potássio.

PARCELAMENTO DA COBERTURA COM NITROGÊNIO PARA cv. DELTAOPAL E IAC 24 NA REGIÃO DE SELVÍRIA-MS

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

Influência da cobertura morta sôbre a umidade de um solo cultivado com Cafeeiro (*)

( ) As médias que apresentara ao menos uma letra em comum nso diferem entre si pelo teste de Duncan a 5%.

EFEITO DO COMPOSTO DE LIXO URBANO NA NUTRIÇÃO E PRODUÇÃO DE GLADÍOLO (1)

TEORES DE NITROGÊNIO NAS FOLHAS DE CANA-DE- - AÇÚCAR (SACCHARUM OFFICINARUM L.), CULTIVAR CB

ADUBAÇÃO DO TRIGO II - EXPERIÊNCIAS COM N,P,K E SEM LATOSSOLO VERMELHO ESCURO ORTO, NA REGIÃO SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO ( 1,2 )

ÉPOCA DE COLHEITA DO MILHO, PARA ESTUDO DOS NUTRIENTES NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO, EM EN SAIOS EM CASA DE VEGETAÇÃO ( 1 ). HERMANO GARGANTINI e

Vegetal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, , Jaboticabal-SP. RESUMO

"ADUBAÇÃO MINERAL,NA CULTURA DO, RABANETE (Raphanus sativus L.S.'

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

EFEITO DO TAMANHO DO VASO E DA ÉPOCA DE CORTE DE PLANTAS DE TRIGO NO ESTUDO DA AÇÃO DOS NUTRIENTES N, P e K ( 1 )

INFLUÊNCIA DO NEMATÓIDE MELOIDOGYNE EXIGUA NA ABSORÇÃO DE NUTRIENTES EM PLANTAS JOVENS DE CAFEEIRO* Resultados preliminares

ADUBAÇÃO DO TRIGO I - EXPERIÊNCIAS COM N, P, K E S EM LATOSSOLO ROXO DO VALE DO PARANAPANEMA ( 1,2 )

Análise do crescimento de plantas de cebola (Allium cepa L.) em função de doses de nitrogênio em semeadura direta.

O FARELO DE TORTA DE MAMONA NA ADUBAÇÃO DA BATATINHA (*)

EFEITOS DE ALGUNS ADUBOS NITROGENADOS SOBRE A REAÇÃO DO SOLO *

ADUBAÇÃO DO TRIGO VIII EXPERIÊNCIAS COM N, P, K E S EM SOLOS DE VÁRZEA DO VALE DO PARAÍBA ( 1,2 )

EFEITOS DO BORO EM CANA-DE-AÇÚCAR CULTIVADA EM ALGUNS SOLOS DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA- II CANA-SOCA ( 1 ). M. O. C. DO BRASIL SOBRINHO, A. ESPIRONELO

Enriquecimento de substrato com adubação NPK para produção de mudas de alface

ESTUDO MICROMETEOROLÓGICO COM CENOURAS (VAR. NANTES) II _ INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DO SOLO ( 1 )

lento e contínuo até aos 190 dias, intensificando-se após esta idade. A extração em Ν, Κ e Ca acentua-se intensamente aos 250 dias de idade das planta

Efeito da Adubação Suplementar em Cobertura Sobre o Desempenho Produtivo do Pimentão em Sistema Orgânico.

NUTRIÇÃO MINERAL DE HORTALIÇAS. XXVII - ABSORÇÃO DE NUTRIENTES

DOSES DE FERTILIZANTES PARA O ABACAXIZEIRO PÉROLA NA MESORREGIÃO DO SUL BAIANO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 726

CANA-DE-AÇÚCAR: COMPORTAMENTO DE VARIEDADES EM PIRACICABA, SP 0

EFEITO DE MICRONUTRIENTES NA PRODUÇÃO E NO TIPO DE TUBÉRCULOS DE BATATA, EM CULTURA EFETUADA EM SOLOS DE VÁRZEA DO VALE DO PARAÍBA ( 1 )

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

DIAGNOSE FOLIAR NA CANA-DE-AÇÚCAR. VI - NOTA SOBRE O EFEITO DA QUANTIDADE DE CHUVA NOS TEORES FOLIARES DE Ν, Ρ Ε Κ NA CANA-PLANTA* RESUMO

PRODUTIVIDADE DA CEBOLA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA

ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA PARA cv. DELTAOPAL E IAC 24 NA REGIÃO DE MERIDIANO - SP

ADUBAÇÃO DO TRIGO III - EXPERIÊNCIAS COM N, P, K E S, EM SOLOS DE BAIXADA, TIPO MASSAPÉ, DE MONTE ALEGRE DO SUL, SP ( 1,2 )

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 913

EFEITO DE DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO SÔBRE A PRODUÇÃO DE RAÍZES DE MANDIOQUINHA-SALSA ( 1 )

EFEITO RESIDUAL DE SUPERFOSFATO, FOSFATO PRECIPITADO Ε FOSFORITA DE OLINDA EM CANA-DE-AÇÚCAR*

Acúmulo de Nutrientes Pela Cultura da Batata cv. Atlantic Sob 4 Níveis de Adubação.

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

COMPORTAMENTO DE DUAS VARIEDADES DE MANDIOCA SOB DOIS NÍVEIS DE UMIDADE E DE ADUBAÇÂO DO SOLO ( x - 2 )

RESULTADOS PRELIMINARES SOBRE A FERTILIZAÇÃO FOSFATADA NO PLANTIO DE EUCALIPTO (NOTA PRÉVIA)

ESTUDO DO SISTEMA RADICULAR DA SOJA (GLYCINE MAX (L.) MERRIL) EM SOLO LATOSSOLO ROXO ADU BADO OU SEM ADUBO ( 1 ) SINOPSE 1 INTRODUÇÃO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 637

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

ADUBAÇÃO DA CANA- DE-AÇÚCAR

ACÚMULO DE MASSA SECA E ABSORÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM ALHO VERNALIZADO PROVENIENTE DE CULTURA DE MERISTEMAS SOB DOSES DE NITROGÊNIO

USO DE FONTES MINERAIS NITROGENADAS PARA O CULTIVO DO MILHO

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

EFEITO DA APLICAÇÃO DE CALCÁRIO, MATÉRIA ORGÂ NICA E ADUBOS MINERAIS EM CULTURA DE ARROZ, EM SOLO DE VÁRZEA IRRIGADA ( 1 )

Avaliação da Eficiência Agronômica do Milho Em Função da Adubação Nitrogenada e Fosfatada Revestida com Polímeros

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

Iniciação Científica (PIBIC) - IFMG 2 Professora Orientadora IFMG. 3 Estudante de Agronomia.

Acúmulo de Amônio e Nitrato Pelas Plantas de Alface do Tipo Americana Submetidas a Diferentes Fontes de Nitrogênio.

Resposta da batata-doce a K 2 O em solo arenoso com baixo teor de potássio

Teor de N, P e K em alface-americana em função da aplicação de nitrogênio e potássio em adubação de cobertura, nas condições de inverno.

ADUBAÇÃO DE BATATA-DOCE COM DIFEREN TES DOSES DE NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO ( 1 )

Manejo de água em cultivo orgânico de banana nanica

ESTRATÉGIAS PARA O APROVEITAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NO MILHO EM PLANTIO DIRETO.

Reação de genótipos de rabanete a adubação nitrogenada

FONTES ORGÂNICAS DE NUTRIENTES E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA*

NUTRIÇÃO MINERAL DE HORTALIÇAS. LXXVII. DEMANDA NUTRIENTES POR UMA CULTURA DE RÚCULA.

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS ORNAMENTAIS I - Absorção de Nutrientes pela Cultura de Gladíolos 1

RESPOSTA DO ALGODOEIRO A DOSES E MODOS DE APLICAÇÃO DE FÓSFORO EM SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL NO CERRADO (*)

Resposta de Cultivares de Milho à Adubação Nitrogenada em Cobertura

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Adubação de plantio para Eucalyptus sp.

SISTEMAS DE APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES PARA O ALGODOEIRO (*) FERTILIZER APPLICATION SYSTEMS FOR COTTON

Resposta da Cultura do Milho Cultivado no Verão a Diferentes Quantidades de Calcário e Modos de Incorporação

FONTES E DOSES DE NITROGÉNIO NA ADUBAÇÃO QUÍMICA DO CAFEEIRO EM LATOSSOLO ROXO E PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO ORTO (>)

CIRCULAR TÉCNICA N o 176 JANEIRO UM ENSAIO FATORIAL DE ESPÉCIES E ADUBAÇÕES DE Eucalyptus

Crescimento e produtividade de cenoura em função de doses de nitrogênio e épocas de plantio.

ESTUDO DE 7 CULTIVARES DE GLADÍOLOS (Gladiolus grandiflorus L.) EM DUAS PROFUNDIDADES DE PLANTIO* RESUMO

RESPOSTA DA RÚCULA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA

SISTEMA RADICULAR DO MORANGUEIRO (FRAGARIA HÍ BRIDOS), EM DUAS FASES DO CICLO VEGETATIVO ( 1 )

NUTRIÇÃO MINERAL DA SOJA PERENE (GLYCINE WIGHTII Verdc.). I ENSAIO DE ADUBAÇÃO EM SOLO DE CERRADO ( 1 )

ALTURA FINAL E PRODUTIVIDADE DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SOB DIFERENTES DOSES DE REGULADOR DE CRESCIMENTO.

ADUBAÇÃO NITROGENADA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO IRRIGADO NO CARIRI CEARENSE

ESTUDO DE ÉPOCA DE PLANTIO DO ALGODOEIRO ADENSADO NA REGIÃO DE CAMPINAS-SP INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE NOVAS VARIEDADES DE PIMENTÃO NA REGIÃO DE CAMPINAS ( 1, 2 ) SINOPSE

Transcrição:

NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS ORNAMENTAIS. VI. EFEITOS DE PARCELAMENTO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA Ε POTÁSSICA NA CULTURA DE Gladiolus grandiflorus L., cv. "Friendship'* PEDRO DANTAS FERNANDES** HENRIQUE PAULO H A A G * * * SALIM S I M Ã O * * * * JAIRO RIBEIRO DE MATTOS**** RESUMO Efeitos de parcelamento de adubação nitrogenada e potássica foram estudados na cultura de Gladiolus grandiflorus, L., cv. 'Friendship', no que concerne a produção de bulbos, bulbilhos e hastes florais. Houve influência do parcelamento sobre número e peso de bulbos e bulbilhos e sobre comprimento de haste floral do gladíolo. Em geral o nitrogênio influiu sobre número de bulbos e de bulbilhos, enquanto o potássio influenciou em seu peso. INTRODUÇÃO Apesar da grande importânncia que vem tendo a cultura de gladíolos em nosso país (MIRANDA, 1970) só ultimamente vem sendo conduzidos ensaies visando sua nutrição mineral em nossas condições (HAAG et al, 1970; FERNANDES, 1974; PUCCINELLI & FERNANDES, 1974). Como tem sido registrado em outros países (VAN DIEST & FLANNE- RY, 1963) também aqui vem sendo verificadas respostas diferentes à adubação, de acordo com o cultivar utilizado, tipo de solo e tamanho de bulbo plantado. * Entregue para publicação em 30/12/1974. ** Departamento de Fitotecnia, F. Μ. V. A. Jaboticabal SP. *** Departamento de Química, E. S. A. «Luiz de Queiroz» USP. **** Departamento de Agricultura e Horticultura, E. S. A. «Luiz de Queiroz» USP.

Segundo HAAG et al. (1970) e FERNANDES (1974), potássio e nitrogênio são elementos requeridos em maior quantidade pelo gladíolo, ocorrendo extração máxima respectivamente aos 45 e 75 dias de idade. De acordo com a literatura consultada, entre os nutrientes as maiores respostas tem sido obtidas para adubação nitrogenada e potássica (KENNETH, 1950; KRONE, 1951; WOLTZ, 1955, 1959, DIEGO, 1973). O objetivo do presente trabalho foi estudar os efeitos de adubação nitrogenada e potássica em cobertura, feitas em épocas diferentes, sobre produção de bulbos, bulbilhos e de hastes florais. MATERIAL Ε MÉTODOS O experimento foi conduzido em condições de Jaboticabal SP, em solo pertencente ao Grande Grupo Latossol Vermelho-escuro fase Arenosa, cuja análise química realizada segundo CATANI et al. (1955) está exposta no Quadro 1. O cultivar utilizado foi 'Friendship' de Gladiolus grandíflorus L., através de bulbos com aproximadamente 3,5 cm de diâmetro (N. 2, segundo SOUZA, (1959). Após preparo do solo, foram abertos sulcos a distâncias de 0,60 m e profundidade de 0,25 m. Antes do plantio houve adubação no fundo dos sulcos em todas as parcelas, seguindo recomendações de FERNANDES (1972), nas seguintes doses por metro linear de sulco: 15 g. de sulfato de amônio, 45 g. de superfosfato simples e 10 g de cloreto de potássio. Tratamentos: Foi estudado o parcelamento de adubação nitrogenada e potássica em diferentes épocas. Épocas 1¼: aplicado aos 30 dias após brotação dos bulbos; E2: aplicado aos 45 dias após brotação; E 3 : aos 30 e 45 dias após brotação dos bulbos. Adubação em cobertura A2: 6 g. de Ν na forma de sulfato de amônio por metro linear de fileira de plantas; A2: 12 g. de KzO, como cloreto de potássio, por metro linear; A 3 : 6 g. de Ν mais 12 g. de K2O, sob as formas dos respectivos adubos, por metro linear de fileira de plantas. Nos tratamentos em que constava a época E 3, as doses foram divi-

didas para as duas datas de aplicação. As aplicações em cobertura foram em faixas de 20 cm de um lado da fileira de plantas. Ao todo foram portanto nove tratamentos, sendo acrescentado mais um tratamento como testemunha (T), em que houve adubação apenas no plantio, sem nenhuma cobertura posterior. As parcelas tinham dimensões de 2,40 χ 0,80 m, sendo quatro fileiras de 0,80 m de comprimento espaçadas de 0,60 m, num total de 40 bulbos/ parcela, considerando-se seis bulbos úteis no centro da área. Para coleta de dados as hastes florais foram colhidas quando apresentavam o primeiro botão se abrindo, obtendo-se seu comprimento da base da planta à extremidade da haste; colheram-se os bulbos e bulbilhos 40 dias após o corte das hastes florais, processando-se a sua contagem e pesagem. Utilizou-se de blocos casualizados, com três repetições, Teste F e Teste Tukey a 5% de probabilidade (PIMENTEL GOMES, 1970). RESULTADOS Ε DISCUSSÃO Numero de bulbos e de bulbilhos O Quadro 2 apresenta os valores de Teste F (5%) obtidos da análise de número de bulbos e número de bulbilhos. Feito desdobramento da interação Ε χ A significativa, são apresentadas na Figurai as médias do número de bulbos obtidos, bem como os valores de diferença mínima significativa (d. m. s., Tukey 5%), para os vários tramentos. Observa-se que todos os tratamentos de adubação em cobertura, quer nitrogenada ou potássica, apresentaram melhor efeito que a testemunha (T), onde houve aplicação de fertilizantes apenas no plantio. As melhores respostas foram obtidas com nitrogênio, quando aplicado aos 45 dias ou

aos 30 e 45 dias após brotação dos bulbos. O efeito do potássio foi maior quando aplicado também com nitrogênio aos 30 e 45 dias de idade das plantas. Estas datas coincidem, segundo HAAG et ai. (1970) com o início de formação de bulbos. Maior influência de nitrogênio sobre número de bulbos foi também observada por VAN DIEST & FLANNERY (1963) e por FERNANDES (1974). Com relação ao número de bulbilhos obtidos, a interação significativa encontrada no Quadro 2 foi desdobrada, apresentando-se na Figura 2 as médias obtidas para os vários tratamentos. Verifica-se que maior número de bulbilhos são obtidos com aplicação de Ν e Κ aos 45 dias ou aos 30 e 45 dias de idade das plantas. De acordo com VIATEUS (1965) a produção de bulbilhos é mais beneficiada com adubação nitrogenada que potássica, não havendo referência a épocas de aplicação. Peso da matéria fresca de bulbo e de bulbilho Os valores do Teste F (5%) para peso médio da matéria fresca de bulbo e peso médio de bulbilho, estão contidos no Quadro 3.

Verificada significativa a interação Ε χ A para peso médio de bulbo, fez-se o seu desdobramento, apresentando-se na Figura 3 as respectivas médias para os vários tratamentos. Inicialmente verifica-se que independente das épocas de aplicação, a adubação em cobertura de nitrogênio não mostrou influência sobre o peso médio de bulbo. Entretanto aplicações de potássio proporcionaram a obtenção de bulbos mais pesados, o que vem de acordo às informações da literatura de sua influência sobre a translocação de açúcares para raízes, bulbos e tubérculos, armazenando-se como substâncias de reserva (MA- LAVOLTA et al. 1955; ULRICH & OHKI, 1966). Maior peso de bulbos foi também encontrado por FERNANDES (1974) com adubação potássica. Ainda em relação à Figura 3, observa-se que o efeito do potássio foi maior com aplicação aos 45 dias de idade das plantas, quando segundo HAAG et al. (1970), começa a haver um grande acréscimo em sua extração. Quanto a peso de bulbilho tendo sido significativo apenas A (Adubação), através da Figura 4 observa-se que, independente da época em que houve aplicação de fertilizantes, potássio mostrou-se também respon- Parte aérea No Quadro 4 são expostos os valores de Teste F (5%) dos dados obtisável por bulbilhos mais pesados.

Na Figura 5 estão contidas as médias de comprimento de haste floral obtidas para a testemunha e para os tratamentos de Épocas e Adubação. Observa-se que a adubação em cobertura teve efeito sobre o comprimento de haste floral, apenas quando houve aplicação de nitrogênio e de potássio juntos, independente da época em que foram aplicados.

Elm referência ao número de botões florais por haste, verifica-se através do Quadro 4 e Figura 6 que nenhum dos tratamentos apresentam influência, apesar de ter havido efeito no comprimento de haste.

CONCLUSÕES a) Há efeito de parcelamento de adubação nitrogenada e potássica sobre número e peso de bulbos e bulbilhos e sobre comprimento de haste floral de gladiolo; b) para obtenção de maior número de bulbos recomenda-se aplicar nitrogênio aos 45 dias de idade das plantas; c) nitrogênio mais potássio aos 30 e 45 dias influi no maior número de bulbilhos; d) bulbos mais pesados são obtidos com potássio ou com potássio mais nitrogênio, aplicados as 45 dias de idade das plantas; e) cobertura com adubo nitrogenado e potássico resulta em hastes florais mais compridas. SUMMARY MINERAL NUTRITION OF ORNAMENTAL PLANTS, VI EFFECTS OF PARCELLING NITROGEN AND POTASSIC FERTILIZATION. The presente experiments had as it objectives the cultivation of Gladiolus grandiflorus, L., cv. 'Friendship', in field conditions, studying the effects of parcelling of nitrogenous and potassic fertilization, in relation to corms, cormels and floral spikes production. Theree were effects of parcelling fertilization on number and weight of corms, cormels and floral spikes. In general nitrogen influences more on number of corms and cormels while potassium influences on its weight. LITERATURA CITADA CATANI, R. Α.; J. R. GALLO & H. GARGANTINI. 1955 Amostragem de Solos, Métodos de Análises, Interpretação e Indicações Gerais para Fins de Fertilidade. Bol. n.º 69, Inst. Agron. de Campinas, Campinas, S.P. DIEGO, J. S. 1973 Los Gladíolos. Hojas Divulgadoras. Ministério de Agricultura. Madrid España. pp. 12-15. FERNANDES, P. D. 1972 Cultura do Gladíolo. F. Μ. V. A. Jaboticabal, S. P. 15 pp. (mimeografado).. 1974 Alguns Estudos de Adubação do Gladíolo. Tese de Doutorado apresentada à Escola Superior de Agricultura «Luiz de Queiroz», Piracicaba, S. P. 104 pp. HAAG, H. P.; G. D. OLIVEIRA & J. R. MATTOS. 1970 Nutrição Mineral de Plantas Ornamentais. I. Absorção de Nutrientes pela Cultura de Gladíolos. Anais da E. S. A. «Luiz de Queiroz», XXVII: 125-41. KENNETH, P. 1950 Gladiolus. Ε: Florist Crop Production and pp. 540-541. Cornell Univ. Ithaca. New York. KRONE. P. R. 1951 Gladiolus Soils and Fertilizers. The Gladiolus: 99-108. Marketing,

MALAVOLTA, Ε.; E. A. GRANER; T. COURY; Μ. O. C. BRASIL SOBRINHO & J. A. C. PACHECO. 1955 Studies on the Mineral Nutrition of Cassava (Ma nihot utilissima Pohl). Plant Physiology, 30: 81-2. McCLELLAN, W. D. 1954 Fertilization Furhter Experiments with Fertilizers for Gladiolus. The Gladiolus: 66-84. PIMENTEL GOMES, F. 1970 Curso de Estatística Experimental. Ε. S. A. «Luiz de Queiroz», U. S. P. Piracicaba, S. P. PUOCINELLI, L. F. R. & P. D. FERNANDES. 1974 Adubação Nitrogenada em Gladíolos. Fontes, Espécies de Aplicação e Localizações. Científica, I(1): 24-33. SOUZA, Η. M. 1959 A Cultura de Gladíolos. Inst. Agronômico Estado de São Paulo. Campinas,>S. P. 16 pp. ULRICH, A. & Κ. OHKI. 1966 Potassium. Em Diagnostic Criteria for Plants and Soils, pp. 362-393. (ed.) H. D. Chapmann, Univ. California, Div. Agric. Sci. VAN DIEST, A. & R. L. FLANNERY. 1963 The Nutritive Requeriments of Gladiolus in New Jersey Soils. Proc. Amer. Soc. Hort. Sci. 82: 494-503. WATERS, W. E. 1965. Nutrient Requeriments of Gladiolus. Cormels on Sandy Soils of Florida. Proc. Soil Soc. Fla., 25: 59-63. WOLTZ, S. S. 1955 Effect of Differential Supplies of Nitrogen, Potassium and Calcium on Quality and Yield of Gladiolus Flowers and Corms. Proc. Amer. Soc. Hort. Sci., 65: 427-435.. 1959 Fertilization of Gladiolus. The Fladiolus : 177-187.