ADMISSÃO TEMPORÁRIA. Paulo Sergio Celani Auditor-Fiscal da RFB ALF/Viracopos 9/11/2012 1

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Transcrição:

ADMISSÃO TEMPORÁRIA Paulo Sergio Celani Auditor-Fiscal da RFB ALF/Viracopos 1

Introdução 2

Imposto de Importação Incide na entrada de mercadoria estrangeira no território brasileiro. Regra geral, seu aspecto temporal é a data do registro da Declaração de Importação. (art. 19 do CTN; arts. 1º e 23 do DL 37/66.) 3

IPI-importação Incide na importação de produtos industrializados estrangeiros. Seu fato gerador é o desembaraço aduaneiro. (art. 46 do CTN; art. 2º, inc. I, da Lei 4502/64.) 4

Cofins-importação e PIS/PASEP-importação O fato gerador é a entrada de bens estrangeiros no território nacional. Aspecto temporal: data do registro da declaração de importação de bens submetidos a despacho para consumo, inclusive, no caso de bens importados sob regime suspensivo de tributação do II. (arts. 3º e 4º da Lei 10865/2004.) 5

Suspensão do II e do IPIimportação Art. 75 do DL 37/66: poderá ser concedida, na forma e condições do regulamento, suspensão dos tributos que incidem sobre a importação de bens que devam permanecer no país durante prazo fixo. 6

Suspensão Total do II e do IPI-importação Art. 307 do RA. OBS.: no Decreto-Lei há, apenas, permissão para a concessão do regime. A concretização da permissão só se dá com o regulamento. 7

Suspensão Parcial do II e do IPI-importação Art. 79 da Lei 9430/1996: os bens admitidos temporariamente no País, para utilização econômica, sujeitamse ao pagamento dos impostos incidentes na importação proporcionalmente ao tempo de permanência em território nacional, nos termos e condições do regulamento. 8

Suspensão da Cofins e do PIS (importação) Art. 14 da Lei 10865/2004: As normas relativas à suspensão do pagamento do II ou do IPIimportação, relativas a regimes aduaneiros especiais, aplicam-se também à Cofins e ao PIS importação 9

Aperfeiçoamento Ativo X Utilização Econômica 10

AT para utilização econômica Considera-se utilização econômica o emprego dos bens na prestação de serviços ou na produção de outros bens. (Art. 324, 1º, do RA) A proporcionalidade será obtida pela razão do tempo de permanência em relação ao de vida útil, nos termos da legislação do IR ( 2º) 11

Aperfeiçoamento ativo Consideram-se operações de aperfeiçoamento ativo (art. 332 do RA): I) as operações de industrialização relativas ao beneficiamento, à montagem, à renovação, ao recondicionamento, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento do próprio bem; II) o conserto, o reparo ou a restauração de bens estrangeiros, que devam retornar, modificados, ao país de origem. 12

Condições Aperfeiçoamento Ativo 2º do Art. 332 do RA: I) as mercadorias devem ser de propriedade de pessoa sediada no exterior e admitidas s/ cob. cambial; II) o beneficiário deve ser pessoa jurídica sediada no País; e III) a operação deve estar prevista em contrato de prestação de serviço. 13

Regimes Aduaneiros Especiais (DL 37/66) A suspensão do II será por prazo não superior a 1 ano, podendo ser prorrogado, a juízo da autoridade aduaneira, por período não superior, no total, a 5 anos (Art. 71). A critério do Ministro da Fazenda, o prazo pode ser prorrogado por mais de 5 anos (Art. 71, 2º) 14

Regimes Aduaneiros Especiais (DL 37/66) Mercadoria vinculada a contrato de prestação de serviços por prazo certo, de relevante interesse nacional: o prazo será o previsto no contrato, prorrogável na mesma medida deste. (Art. 71, 3º.) As obrigações fiscais serão constituídas em TR, podendo ser exigida garantia real ou pessoal (Art. 72). 15

Admissão Temporária (DL 37/66) Condições Básicas (Art. 75, 1º): I) garantia de tributos e gravames devidos; II) utilização dentro do prazo concedido e exclusivamente nos fins previstos; III) identificação dos bens. 16

Regimes Aduaneiros Especiais (RA) Os bens estarão sujeitos aos prazos previstos nos acordos firmados pelo País. (Art. 263) A mercadoria poderá ser transferida de um regime especial para outro, atendidas as condições do novo regime e restrições da RFB.(Art.265) 17

Condições para concessão de AT (Art. 310 do RA) Importação em caráter temporário; Sem cobertura cambial; Adequação dos bens à finalidade para a qual foram importados; TR; Identificação dos bens. 18

Observação Regulamento Aduaneiro: Art. 310, parágrafo único A Secretaria da Receita Federal disporá sobre a forma de identificação dos bens referidos no inciso V. 19

Garantia Será exigida garantia, na forma de depósito, fiança idônea ou seguro aduaneiro, salvo se houver expressa dispensa em ato da RFB.(Arts. 316 e 675 do RA.) 20

Extinção da Aplicação do Regime (Art. 319 do RA) Na vigência do regime deverá ser adotada uma das providências previstas no art. 319 do RA, para liberação da garantia e baixa do TR. 21

Vigência do Regime É o período entre a data do desembaraço e o termo final do prazo fixado para permanência da mercadoria no País (Art. 312 RA). 22

Prorrogação Na determinação da vigência do regime será considerado o prazo de prorrogação e o disposto nos arts. 262 e 263 RA. (Arts. 312, 1º, e 313, caput) Não será aceito pedido de prorrogação apresentado após o prazo fixado para permanência no País (Art. 313, 1º, do RA). 23

Formas de Extinção do Regime (Art. 319 do RA) I) Reexportação dos bens; II) Entrega à Fazenda Nacional, livres de ônus, desde que aceitos pela autoridade aduaneira; III) Destruição, às expensas do interessado; IV) Transf. para outro regime especial; V) Despacho p/ consumo, se nacionalizados. 24

Extinção do Regime (Art. 319 do RA) A entrega à Fazenda e a destruição não obrigam ao pagamento dos tributos suspensos.( 3º) Resíduos da destruição que sejam economicamente utilizáveis devem ser despachados para consumo com pagamento dos tributos correspondentes.( 4º) 25

Extinção do Regime (Art. 319 do RA) Se for autorizada nacionalização por terceiro, este deverá promover o despacho para consumo.( 5º) A nacionalização e o despacho para consumo devem seguir suas normas próprias, inclusive quanto ao controle administrativo. ( 6º/7º) 26

Extinção do Regime (Art. 319 do RA) Considera-se tempestivo o despacho para consumo, no caso de nacionalização, se o pedido de LI for formalizado dentro do prazo de vigência, desde que a LI seja deferida. ( 8º) 27

Extinção do Regime (Art. 319 do RA) Se forem indeferidos o pedido de prorrogação ou os requerimentos relativos à destruição, à transferência p/ outro regime ou ao despacho p/ consumo, o beneficiário deverá iniciar o despacho de reexportação em 30 dias da ciência da decisão, salvo se o período restante p/ permanência no País for superior a isto. ( 11) 28

Extinção do Regime No caso de reexportação, se os bens estiverem sujeitos a multa, deverá ser interrompido o despacho e formalizada a exigência. ( 12). Mercadoria sujeita à multa não será desembaraçada para reexportação, enquanto não for efetuado seu pagamento (ver art. 71, 6º, DL 37/66, incluído p/ art. 1º Dec-Lei 2472/88). 29

Substituição do Beneficiário Poderá ser autorizada substituição do beneficiário, o que não implicará reinício da contagem do prazo de permanência dos bens (Art. 322 do RA) 30

TR é título executivo O TR é título representativo de direito líquido e certo da Fazenda Nacional, com relação às obrigações fiscais nele constituídas. (Art. 72, 2º, do DL 37/66; art. 676 do RA) O crédito representado no TR será exigido conf. arts. 677 a 682 do RA (arts. 320 e 676, parágrafo único do RA) 31

Exigência do CT do TR (Art. 677 do RA) Deve ser precedida de: I) intimação do responsável para justificar, em 10 dias, o descumprimento. II) revisão do processo vinculado ao TR, com base na justificativa, para fins de ratificação ou liquidação do crédito. 32

Exigência do CT do TR A exigência, depois de notificada a sua ratificação ou liquidação ao responsável, deverá ser efetuada mediante: I) conversão do depósito em renda; II) intimação dos responsáveis para efetuar o pagamento, no prazo de 30 dias, se não houver garantia em $$. 33

Cobrança Judicial Não efetuado o pagamento, o TR será encaminhado a PFN, para cobrança. 34

TR sem os valores (Art. 681 do RA) Será liquidado com base nos elementos constantes do despacho aduaneiro a que se vincula. Interessado deverá ser intimado a apresentar, no prazo de 10 dias, informações complementares necessárias. Uma vez liquidado: exigência na forma dos 1º e 2º do art. 677. 35

CT apurado após TR Auto de infração, lavrado por AFRFB, observado o Decreto nº 70235, de 1972. (Art. 682 do RA) 36

Hipóteses de Exigência (Art. 320 do RA) I) Vencido o prazo de permanência, sem que tenha sido requerida prorrogação ou uma das providências do art. 319 do RA; II) Vencido o prazo de 30 dias, no caso previsto no art. 319, 11, sem que seja promovida a reexportação; 37

Hipóteses de Exigência (Art. 320 do RA) III) Apresentação, para as providências do art. 319, de bens que não correspondam aos ingressados no país; IV) Utilização dos bens em finalidade diversa da que justificou a concessão; V) Destruição dos bens, por culpa ou dolo do beneficiário. 38

Hipóteses de nãoexigência do TR (Art. 320 do RA) Apreensão p/ perdimento ( 2º): I) se, à época da exigência do crédito tributário, a emissão da LI para os bens estiver vedada ou suspensa ( 1º, I); II) no caso de bens sujeitos a controles de outros órgãos, cuja permanência definitiva no País não seja autorizada ( 1º, II). 39

Medidas após exigência do TR (Art. 321 do RA) CT exigido: prazo de 30 dias, contado da notificação do art. 677, 1º, para: I) reexportar, após pagamento da multa do art.72, I, da Lei 10833/2003 II) ou registrar DI e pagar CT + juros + multa ref. no inc. anterior. 40

Se não cumprir (Art. 321, 1º, do RA) Fica sujeito : I) à retificação de ofício da DA; II) ao pagamento da multa do art. 645, I (75% de cada tributo), sem prejuízo da cobrança judicial do CT. 41

42

Não se aplica a AT Entrada de bens objeto de arrendamento mercantil financeiro sujeita-se ao regime comum de importação. (art. 17 da Lei 6099/74; art. 331 do RA; art. 3º da IN SRF 285/2003.) 43

Bens a que se aplica Pode-se aplicar a AT com suspensão total aos bens destinados a: I) eventos científicos ou técnicos; II) pesquisa ou expedição científica, relacionados em projetos previamente autorizados pelo Conselho Nacional de C & T; 44

Bens (Suspensão Total) III) eventos artísticos ou culturais; IV) competições ou exibições esportivas; V) feiras e exposições, comerciais ou industriais; VI) promoção comercial; VII) prestação de assistência técnica, por técnico estrangeiro, em virtude de garantia; 45

Bens (Suspensão Total) VIII) reposição e conserto de: a) veículos estrangeiros; ou b) outros bens estrangeiros, submetidos ao regime de AT; IX) reposição temporária de bens importados, em virtude de garantia; X) a seu próprio beneficiamento, montagem, renovação, recondicionamento, acondicionamento ou reacondicionamento. 46

Bens (Suspensão Total) XI) identificação ou manuseio de outros bens importados, desde que reutilizáveis; XII) identificação, acondicionamento ou manuseio de outros bens destinados à exportação; XIII) reprodução de fonogramas e de obras audiovisuais, importados sob a forma de matrizes; 47

Bens (Suspensão Total) XIV) atividades temporárias de interesse da agropecuária; XV) assistência e salvamento em situações de calamidade, de dano ou ameaça de dano à coletividade ou ao meio ambiente; XVI) exercício temporário de atividade profissional de não residente; 48

Bens (Suspensão Total) XVII) uso de imigrante, enquanto não obtido visto permanente; XVIII) uso de viajante não residente, desde que integrante de sua bagagem; XIX) serviços de lançamento, integração e testes de sistemas, subsistemas e componentes espaciais, previamente autorizados pela Agência Espacial Brasileira 49

Bens (Suspensão Total) XX) prestação de serviços de manutenção e reparo de bens estrangeiros, contratada com empresa sediada no exterior. 50

Conceitos (Inc. X): Beneficiamento: operação que modifique, aperfeiçoe ou, de qualquer forma, altere o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do bem. Montagem: reunião de produtos, peças ou partes, que resulte novo produto ou unidade autônoma, ainda que na mesma classif. Fiscal. 51

Conceitos Renovação ou recondicionamento: operação que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização. 52

Conceitos Acondicionamento ou reacondicionamento: operação que altere a apresentação do produto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando destinada apenas ao transporte. 53

Condições (Inc. X) a) Existência de contrato de prestação de serviços; b) Apresentação da descrição detalhada do processo industrial a ser realizado no País, bem assim da quantificação e qualificação do produto resultante da industrialização. 54

Automaticamente submetidos: Art. 5º, inc. V Unidades de carga estrangeiras, seus equipamentos e acessórios, inclusive para utilização no transporte doméstico. 55

Bens (Suspensão Parcial) Destinados à prestação de serviços ou à produção de outros bens. Incluem-se, neste caso, os bens destinados a servir de modelo industrial, sob a forma de moldes, matrizes, ou chapas e as ferramentas industriais. 56

57

Garantia (Art. 8º da IN SRF 285/2003 Depósito em $$, fiança idônea ou seguro aduaneiro em favor da União. No caso de fiança, devem ser observados os requisitos exigidos para fornecimento de certidão negativa. 58

Garantia Não é exigida: Arts. 4º e 5º ; Administração pública direta, autarquia ou fundação; Missão diplomática, consulado, representação de org. internacional; Soma dos impostos suspensos inferior a R$ 20.000,00. 59

Garantia Fiança Idônea: Instituição financeira; Pessoa jurídica com PL de cinco vezes o valor da garantia ou maior do que R$1.000.000,00; Pessoa física: (bens + direitos) (dívidas + ônus) >= 5 X garantia. 60

Concessão do Regime Bens do art. 4º: RCR, se vinculados a contratos de arrendamento operacional, aluguel, empréstimos ou prestação de serviços. DBA, se conduzidos por viajante não residente. DSI, nos demais casos. 61

Concessão do Regime Bens do art. 4º: Solicitação com TR e, se vinculados a contrato, cópia deste. 62

Concessão do Regime (Art. 9º) Bens do art. 6º: Solicitação com base no RCR, instruída com TR e cópia do contrato. 63

Competência (Art. 10) Compete ao titular da unidade da RFB responsável pelo despacho aduaneiro a concessão do regime, a fixação do prazo e a prorrogação. 64

Prazo de permanência (Art. 10) Fixado pelo prazo dos contratos: nos casos do art. 6º, prorrogável na mesma medida deles. no caso do art. 4º, inc. X. Se os bens se destinarem a ensaios ou testes de desenvolvimento de protótipos, limite de 5 anos. 65

Prazo de permanência (Art. 10) Em até 3 meses, nos demais casos, prorrogável uma única vez por igual período. 66

Prorrogação (Art. 11) Pode ser por unidade da RFB diferente da que concedeu. Pedido com base em RPR, instruído com novo TR e substituição ou complementação da garantia. 67

Despacho Aduaneiro (Art. 12) Art. 6º: DI Art. 4º: DSI ou DBA Instrução: Conhecimento de carga ou equivalente; Fatura pro forma; Cópia do RCR deferido; TR e garantia. 68

Viracopos Ordem de Serviço GAB/ALF/VCP nº 007, de 16/09/2005. 69

Pagamento dos Impostos(Art. 13) Débito automático. Se houver prorrogação: Darf (se até o vencimento do prazo inicial, sem juros/acréscimos); Averbação na DI (consulta ao Sinal) Cálculo com base no tempo de vida útil e valor do imposto utilizado na DI de admissão. 70

Extinção do Regime (IN 285/2003) Deve ser requerida ao titular da unidade da RFB que jurisdiciona o local onde se encontrem os bens, mediante a apresentação destes no prazo de vigência do regime. ( 1º) 71

Reexportação Bens do art. 4º, inc. X: Cópias do contrato de prestação de serviços e do relatório detalhado do processo industrial realizado utilizadas para a concessão do regime( 4º) 72

Nova AT ( 13) Bens cuja reexportação tenha sido autorizada; ou se estiverem atendidos os requisitos para a reexportação: Pode ser concedido novo regime de AT, inclusive para finalidade diferente da concedida inicialmente. 73

Requisitos para nova AT O pedido deve ser apresentado antes de iniciada a execução do TR, dispensada a apresentação dos bens; É devida multa se o pedido não for apresentado na vigência do regime; Bens do art. 6º, impostos serão devidos segundo as regras da prorrogação. Fica extinto o 1º regime. 74

Competências (MF) Ao Ministério da fazenda compete: A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior (art. 237 da CF; art. 1º, VIII, do Decreto nº 6102/2007); A política, administração, fiscalização e arrecadação tributária federal (art. 1º, II, do Anexo I do Decreto nº 6102/2007). 75

Competências (RFB) (Dec. 6102/2007) Compete à RFB (Art. 8º): Interpretar e aplicar a legislação tributária e aduaneira, bem como editar atos normativos e instruções necessárias a sua execução. Executar os serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiros. 76

Competências (RFB) Compete ao titular da unidade da RFB responsável pelo despacho aduaneiro a concessão do regime de AT, a fixação do prazo e sua prorrogação. (art. 10 da IN SRF nº 285/2002. Cabe recurso, no prazo de 30 dias, à autoridade superior à que indeferiu pedido de concessão ou de prorrogação. (art. 10, 6º, da mesma IN) 77

Competências (ALF/Viracopos) Portaria ALF/VCP nº 131, de 4/5/07. À Equipe de Análise de Admissão e Exportação Temporária-Eqaet compete processar os pedidos de admissão e exportação temporária (Art. 8º). Às equipes dos Portos Secos compete analisar os pedidos de regimes aduaneiros especiais (Art. 5º). 78

Recurso contra indeferimento Art. 13, II, da Lei nº 9784/1999: Não pode ser objeto de delegação a decisão de recursos administrativos. 79

Conseqüências da nãoconcessão Cancelamento de DI: Art. 63 da IN SRF 680/2006. Devolução ao Exterior: Art. 65 da IN SRF 680/2006. Cancelamento de DSI: Art. 27 da IN SRF 611/2006. 80

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