CORROSÃO. Processo de destruição superficial de um metal, dando origem a sais iónicos (óxidos hidróxidos) do referido metal

Documentos relacionados
Corrosão de peças metálicas à atmosfera Condições para que ocorra:

Materiais e Corrosão - Cap 3 FORMAS DE CORROSÃO. Fontana, cap. 3. Formas de Corrosão- A.Simões_2006 3a.1

ELECTROQUÍMICA E CORROSÃO

Reacções de Oxidação-Redução

Reacções de Redução/Oxidação. Redox

Estudo das reações químicas para geração de energia.

ESCOLA SALESIANA DE MANIQUE TESTE DE AVALIAÇÃO DE QUÍMICA ANO LECTIVO 2010/2011

REACÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO (REDOX)

CÉLULAS GALVÂNICAS OU CÉLULAS ELECTROQUÍMICAS

PROTECÇÃO DOS METAIS

Corrosão: Definições e implicações práticas Aspectos termodinâmicos Formas de controle

Factores Influentes na Corrosão e Protecção de Metais. Química 12º Ano

Degradação e Protecção de Materiais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Departamento de Engenharia Química e do Ambiente. QUÍMICA II (1º Ano/2º Semestre)

Degradação e. Capítulo 1.2 Fundamentos

O que esses dispositivos tem em comum? São dispositivos móveis. O que faz os dispositivos móveis funcionarem?

Química Geral e Inorgânica. QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. Eletroquímica

Corrosão e Protecção. Prevenção da Corrosão. Docente: João Salvador Fernandes Instituto Superior Técnico Lab. de Tecnologia Electroquímica

Corrosão e degradação de materiais. Modificação aparência. Interação Comprometimento pp mecânicas

para as soluções e pressão para gases. Identificar o par

ELETROQUÍMICA. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª Loraine Jacobs DAQBI

Força relativa de oxidantes e redutores

I (Lab.) a) Qual o ph numa água pura, recém-fervida, a 303K? Esta água é mais ou menos ácida a 303K do que a 298K? Justifique a sua resposta.

LISTA DE EXERCÍCIOS REAÇÕES OXIRREDUÇÃO, ELETROQUÍMICA E CORROSÃO.

Resumo de Química: Pilhas e eletrólise

ÓXIDO-REDUÇÃO REAÇÕES REDOX : CONCEITO E IMPORTÂNCIA PILHAS E BATERIAS POTENCIAL DE ELETRODO CORROSÃO E PROTEÇÃO ELETRÓLISE

FORMAÇÃO DE CORROSÃO GALVÂNICA

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA

Reacções de oxidação-redução em solução aquosa. Livro Química Inorgânica Básica na página da cadeira no Moodle Capítulo 4, p.

Materiais / Materiais I

Eletroquímica. Eletroquímica: Pilhas Galvânicas. Potencial de redução. Força eletromotriz. Equação de Nernst. Electrólise.

Redox: objectivos principais

Exercício de Revisão III Unidade. Eletroquímica

Índice. Agradecimentos... Prefácio da Edição Revisada... Prefácio...

CORROSÃO EM FRESTAS ("crevice corrosion")

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr.

Circuitos integrados. Wafer de Si com cerca de 250 Circuitos integrados

1 Introdução Princípios Básicos da Corrosão Eletroquímica... 5

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB

Aula 20 Eletrodeposição

PMT AULAS 1 E 2 Augusto Camara Neiva. PMT Augusto Neiva

PMT AULA 3. Curvas de Polarização. Pilhas e Corrosão. A. C. Neiva

Eletrólise Eletrólise de soluções aquosas

Ligar cuidadosamente a fonte de alimentação.

Corrosão (aula do Prof. Braga, roteiro elaborado pelo Prof. Rafael e por Tathy Xavier)

Fonte: «Do velho se faz novo», PROTESTE, 248, pp , Junho 2004 (adaptado)

Cap. 5 - Prevenção da Corrosão

ANOMALIAS DE ELEMENTOS METÁLICOS NA FAIXA COSTEIRA

01. (UFV-MG) Considere a pilha, em funcionamento, esquematizada a seguir:

ELETROQUÍMICA. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª Loraine Jacobs DAQBI

OXIDAÇÃO - REDUÇÃO. - Oxidantes e redutores; - Pares conjugados; - Número de oxidação; - Acerto de equações redox; -Série eletroquímica;

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica. Corrosão e Proteção Anticorrosiva. Cristina Amorim. Laboratório de Corrosão do Cepel

Interpretar as reacções químicas que ocorrem quando se efectua a electrólise da água com eléctrodos de grafite, ferro e zinco.

O NOVO PROCESSO DE GALVANIZAÇÃO PARA SISTEMAS DE CAMINHO DE CABOS DA OBO BETTERMANN

CORROSÃO E ELETRODEPOSIÇÃO

Imagem: Sebastian Ritter / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic

ELETROQUÍMICA REAÇÃO ENERGIA QUÍMICA ELÉTRICA. Pilha. Eletrólise. espontânea. não espontânea

LISTA DE EXERCÍCIOS Eletroquímica

CORROSÃO PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES. Prof. Mazer AULA 05

Quí. Allan Rodrigues Monitor: João Castro

CORROSÃO E DEGRADAÇÃO DE MATERIAIS. Proteção e Combate à Corrosão CARLA SOARES SOUZA

Química Geral 2003/2004 Eng. Biomédica

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Eletroquímica: Oxirredução, Potenciais Padrão de Redução, Pilha, Eletrólise e Leis de Faraday - Parte 10

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

Química A MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE. 1º Semestre /2013. Doutor João Paulo Noronha.

QUÍMICA 12º ANO ACTIVIDADE DE PROJECTO CONSTRUÇÃO DE UMA PILHA PROPOSTA DA METODOLOGIA 2010/ º Período

PILHAS ELETROQUÍMICAS

Química 12º Ano Unidade 1 APL 1- Construção de uma pilha com diferença de potencial determinada (1.1 V)

EleELETROQUÍMICA (Parte I)

Prof André Montillo

Abuso Sexual nas Escolas Não dá para aceitar

5. Corrosão Intergranular

Polímeros Condutores. POLIPIRROLE (PPy) Mestrado Integrado em Engenharia Química Grupo: 5 Monitor: António Carvalho Supervisor: José Martins

PROMILITARES 20/09/2018 QUÍMICA. Professora Caroline Azevedo ELETROQUÍMICA. Eletroquímica. Você precisa saber o que é oxidação e redução!

Redução e oxidação. Housecroft cap. 8. Oxidação e redução

REVISÃO DE QUÍMICA CEIS Prof. Neif Nagib

Quí. Quí. Monitor: Diego Gomes

Centro Universitário Padre Anchieta Controle de Processos Químicos Ciência dos Materiais Prof Ailton. Metais Não Ferrosos

ARTIGO TÉCNICO I O EFEITO DO HYDROFLOW NA CORROSÃO. Danny Stefanini, PhD. Setembro 2002

Painel: Corrosão em Ativos de Geração

Quí. Quí. Monitor: Rodrigo Pova

MELHORIA DA DURABILIDADE DO BETÃO POR TRATAMENTO DA COFRAGEM

Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio

ELETRODO OU SEMIPILHA:

ANODIZAÇÃO E COLORAÇÃO DE PEÇAS DE ALUMÍNIO. Apontamentos sobre anodização: Q.A.E. Laura Martins

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA

A16 Durabilidade: oxidação, corrosão e degradação. 1. Oxidação, flamabilidade, fotodegradação 2. Corrosão por líquidos

Atividade prática - Como se forma a ferrugem? Parte 3

Corrosão Metálica. Introdução. O que é corrosão? Classificação dos processos de corrosão. Principais tipos de corrosão

Pilha - Eletroquímica

QUIMICA I. Eletroquímica. Profa. Eliana Midori Sussuchi

PMT CORROSÃO E PROTEÇÃO DOS MATERIAIS

METAIS E LIGAS METÁLICAS ELECTRÓLISE

ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres

Tecnologia dos Materiais Outras ligas metálicas não ferrosas

RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS AULA 28 TURMA ANUAL

RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS AULA 09 TURMA INTENSIVA

REABILITAÇÃO E PROTECÇÃO DE BETÃO 26 MARÇO 2105, PEDRO AZEVEDO SIKA PORTUGAL/ REFURBISHMENT & STRENGTHENING

É a perda de elétrons. É o ganho de elétrons

Workshop. Alumínio 100% a Favor

Transcrição:

CORROSÃO Processo de destruição superficial de um metal, dando origem a sais iónicos (óxidos hidróxidos) do referido metal Corrosão Química: reacção superficial de transferência de carga em ambiente seco (ex.: reacção com O a altas temperaturas com formação de óxidos) Corrosão electroquímica: reacção de transferência de carga em que há um electrólito (água ou humidade ambiente) envolvido. Os processos de eléctrodo (oxidação e redução) ocorrem em locais distintos da peça.

CASOS RELEVANTES DE CORROSÃO Corrosão atmosférica: provocada pela exposição do metal ao ar (que contém H S, CO, SO percursores de meios ácidos) e à humidade Corrosão de peças metálicas: localizada preferencialmente nas zonas onde já existe corrosão (ferrugem) e em zonas deformadas Corrosão de efeito corrosivo acelerado: quando no meio existem iões agressivos (Cl -, ClO 4- ) que formam sais muito solúveis com os iões metálicos

PROCESSOS ENVOLVIDOS NA CORROSÃO Processo anódico: Oxidação do metal: M n+ solução; e - metal Processo catódico: Redução, em geral do O dissolvido na água a H O ou OH - e/ou H + a H (com acumulação de aniões) Processo de transporte de cargas: - Electrónico do ânodo para o cátodo através dos metais - Iónico, das aniões em direcção ao ânodo e dos catiões em direcção ao cátodo através do electrólito

ESPONTANEIDADE DO PROCESSO DE CORROSÃO G < 0 G = -nf E E = E cátodo - E anodo Conclusão: Um metal tem tendência para sofrer corrosão quando o seu potencial de eléctrodo for inferior ao potencial de eléctrodo associado ao processo de redução

EXEMPLO I Peça de Zinco, parcialmente recoberta de cobre, colocada numa solução de Cu + Zn corroi-se a Zn + (ânodo) Zn Zn + + e - Cu + reduz-se e deposita-se sobre a forma de Cu Cu + + e - Cu

Mesmo sem Cu + em solução também ocorre corrosão, tendo como agentes oxidantes o O e o H + Assim há 4 electrodos possíveis: O /H O H + /H O + 4H + + 4e - H O O + H O + 4e - 4OH - H + + e - ½ H Eº = 1,9 V Eº = 0.40 V Eº = 0 V Cu + /Cu Cu + + e - Cu Eº = 0.337 V Zn + /Zn Zn + + e - Zn Eº = - 0, 763 V

Se admitirmos ph =7 [H + ] = [OH - ] = 10-7 M po = ph = 1 atm [Cu + ] = [Zn + ] = 10-6 (mínimo detectável) O + 4H + + 4e - H O Eº = 1,9 V 0.059 1 0.059 8 E 1,9 log 1,9 log10 0. 815V O H H O 4, + = = = / 4 po [ H + ] 4 O + H O + 4e - 4OH - Eº = 0.40 V 4 0.059 [ OH ] 0.059 8 E O OH = 0.40 log = 0.40 log10 = 0. 815V / 4 po 4

ph =7 [H + ] = [OH - ] = 10-7 M po = ph = 1 atm [Cu + ] = [Zn + ] = 10-6 (mínimo detectável) H + + e - ½ H Eº = 0 V 1/ 0.059 ph 7 E H + H = 0 log = 0 0,059 log10 = 0. 413V / + 1 [ H ] Cu + + e - Cu Eº = 0.337 V 0.059 1 0.059 6 E Cu Cu + = 0.337 log = 0.337 log10 = 0. 160V / + [ Cu ]

ph =7 [H + ] = [OH - ] = 10-7 M [Cu + ] = [Zn + ] = 10-6 (mínimo detectável) po = ph = 1 atm Zn + + e - Zn Eº = - 0, 763 V 0.059 1 0.059 6 E Zn Zn + = 0.763 log = 0.763 log10 = 0. 940V / + [ Zn ] Cátodo O + 4H + + 4e - H O O + H O + 4e - 4OH - Anodo Zn Zn + + e -

EXEMPLO II Peça metálica deformada a frio Zona de deformação ANODO - Energia interna dos átomos maior mais fracamente ligados porque estão afastados das posições de equilíbrio Energia livre de Gibbs maior Potencial de redução menor ( G = - nf E) Zona não deformada Potencial de redução maior CÁTODO

IMPORTÂNCIA DA ÁGUA SEM ÁGUA NÃO HÁ CORROSÃO 1 Sistema ácido-base Está parcialmente dissociada em H + e OH - Sistema redox Participa activamente nos processos de oxidação e redução 3 - Solvente Permite o fluxo iónico, visto que ela própria tem iões móveis e pode ainda hidratar (complexar)

Efeito do ph H O H + + OH - K w = 10-14 H + + e - ½ H E H + / H 0 0.059 1 log ph [ H = + 1/ ] = 0,059 ph 0.059 log( ph 1/ )

O + 4H + + 4e - H O E O, + H / H O 1,9 = 1,9 0.059 ph + 0.059 log 4 O + H O + 4e - 4OH - E O / OH 0.40 po 1 [ H = + 0.059 [ OH log 4 po = 1,9 0.059pH + 0.0147log( po 0.0147 log( po ] 4 ) = 0.40 ] ) 4 0.059 Kw log 4 po [ H = + 4 ] 4 E 0 O 0 / H O = E O / OH 0.059log K w

TIPOS DE CORROSÃO Corrosão com libertação de H - devido à instabilidade do metal 1 Corrosão devido a instabilidade num determinado meio, acompanhada por redução de O e/ou H + Pilha de composição Corrosão localizada em zonas deformadas Pilha de deformação ou tensão mecânica Corrosão por arejamento diferencial 3 Corrosão localizada em zonas menos arejadas acompanhada por redução de O e H + Pilhas de arejamento diferencial ou concentração

CORROSÃO COM LIBERTAÇÃO DE HIDROGÉNIO PILHAS DE COMPOSIÇÃO 1 Metal puro quando em contacto com água ou humidade - Oxidação do metal acompanhada da redução de H + a H e se o lugar for arejado também pela redução de O dissolvido (que se torna o processo catódico mais importante) A ph = 7, po = ph = 1 atm E H + H = 0. 414V / E + = 0. 815V O, H H O / Processos catódicos H + + e - ½ H O + 4H + + 4e - H O Processo anódico M M n+ + ne - O + H O + 4e - 4OH -

CORROSÃO COM LIBERTAÇÃO DE HIDROGÉNIO PILHAS DE COMPOSIÇÃO Contacto de metais com Potenciais de eléctrodo diferentes quando em contacto com água ou humidade - Oxidação do metal de menor potencial (M) acompanhada da redução de H + a H e se o lugar for arejado também pela redução de O dissolvido (que se torna o processo catódico mais importante) sobre a superfície do eléctrodo de maior potencial Se existirem em solução iões do metal de maior potencial (M ) estes reduzem-se, depositando-se sobre o anodo

Processos catódicos Processo anódico H + + e - ½ H O + 4H + + 4e - H O M M n+ + ne - O + H O + 4e - 4OH - M n+ + ne - M

Ex: Folha de Flandres ( Fe coberto com estanho) Eº (Fe + /Fe) = - 0.44V Eº (Sn + /Sn) = - 0.163V Antes da ruptura da cobertura pode dar-se Sn Sn + + e - Depois da ruptura passa a dar-se Fe Fe + + e - e Sn + + e - Sn

CORROSÃO COM LIBERTAÇÃO DE HIDROGÉNIO PILHAS DE DEFORMAÇÃO OU DE TENSÃO MECÂNICA Os átomos de zonas de um metal deformado a frio ou situadas nos limites de grão cristalino estão mais fracamente ligados pelo que a sua energia interna é maior que a dos átomos numa zona não deformada. Assim os átomos terão maior tendência a sair para a solução (oxidando-se) do que os situados em zonas não deformadas

Zona não-deformada - cátodo Zona deformada - anodo U G U > U G > G G = U + p V - T S G = -nfe Eº (Fe + /Fe) = - 0.44V Eº (Fe + /Fe) < - 0.44V Fe + + e - Fe Fe Fe + + e -

CORROSÃO POR AREJAMENTO DIFERENCIAL PILHAS DE CONCENTRAÇÃO Se num metal o meio aquoso que o envolve tem diferenças em teor de O dissolvido, essa diferença de arejamento (oxigenação) conduz à corrosão do(s) local(ais) menos arejados O + 4H + + 4e - H O E O, + H / H = 1,9 O 0.059 1 = 1,9 log + 4 po [ H ] 0.059 ph + 0.0147 log( po ) 4

O + H O + 4e - 4OH - E O / OH = 0.40 = 0.40 0.059 [ OH log 4 po 0.059 Kw log 4 po [ H = 1,9 0.059pH + 0.0147log( po 4 + ] 4 ] 4 ) E 0 O 0 / H O = E O / OH 0.059log K w

E 1,9 0.059 ph 0.0147 log( po ) + = + O H / H O, A = região do metal mais rica em O B = região do metal mais pobre em O po (A) > po (B) E O/HO (A) > E O/HO (B) A CÁTODO B - ANODO Cátodo po maior tendência a diminuir po REDUÇÃO!!! O + 4H + + 4e - H O

PROTECÇÃO CONTRA A CORROSÃO A maioria dos metais e ligas usadas na indústria metalurgica (Fe, Aço, Zn) são instáveis à corrosão quando expostos à atmosfera Para prolongar o tempo de vida e minimizar custos de manutensão é preciso protegê-los 1- Selecção de Materiais PASSOS DO PROJECTO DE ESTRUTURAS METÁLICAS Particular atenção a pontos onde se juntam materiais diferentes 3 Implementação de métodos de protecção 4 Acessibilidade a pontos de inspecção

1 SELECÇÃO DE MATERIAIS Não só do ponto de vista da resistência à corrosão, como da resistência mecânica e do custo PONTOS ONDE SE CONJUGAM MATERIAIS DIFERENTES EM CONTACTO ELÉCTRICO, P.EX., ATRAVÉS DE UMA SOLDADURA Assegurar que o metal com maior tendência para oxidar tem uma área maior evita corrosão mais localizada e em maior profundidade

3 IMPLEMENTAÇÃO DE MEIOS DE PROTECÇÃO Eficientes no meio e materiais envolvidos 4 ACESSIBILIDADE A PONTOS DE INSPECÇÃO Mais fácil ( e barato) controle e eventual substituição

PROTECÇÃO CATÓDICA Criar condições para que na zona a proteger se dêem reacções de redução 1 Protecção catódica por ânodo de sacrifício Ligar o metal a proteger a outro com potencial de redução padrão mais negativo Ex: Soldar peças de Zn em superfícies de Fe Eº (Fe + /Fe) = - 0.440V Eº(Zn + /Zn) = - 0.763V Ferro galvanizado ferro recoberto de zinco

Eº (Fe + /Fe) > Eº(Zn + /Zn) - 0.440V - 0.763V No Zn dá-se a oxidação do Zn, no Fe dá-se a redução de H + ou O H + + e - ½ H Zn Zn + + e - O + 4H + + 4e - H O O + H O + 4e - 4OH - A eficiência depende do metal escolhido e da área coberta Há uma componente de protecção por cobertura se o filme recobrir toda a peça

- Protecção catódica por potencial imposto Impor sobretensão exterior para que o potencial de corrosão fique abaixo do potencial do metal a proteger A Redução de H + ou de O H + + e - ½ H O + 4H + + 4e - H O O + H O + 4e - 4OH - A Peça a proteger B Material Inerte (ex: grafite) B Oxidação da água H O O + 4H + + 4e -

PROTECÇÃO CATÓDICA POR POTENCIAL IMPOSTO CÉLULA ELECTROLÍTICA PROTECÇÃO CATÓDICA POR ÂNODO SACRIFICIAL CÉLULA GALVÂNICA

PROTECÇÃO ANÓDICA Criação de filmes de passivação da superfície por anodização do metal e precipitação de um óxido ou hidróxido (de preferência aderente e impermeável) à superfície do metal Ex: Alumínio anodizado comercial por formação de um filme de óxido de alumínio hidratado (Al O 3. x H O) bastante resistente à corrosão. No entanto em ambientes marítimos os iões Cl - podem provocar a ruptura do filme de Al O 3

PROTECÇÃO POR COBERTURA Protecção com filmes aderentes e impermeáveis à humidade e ao O Ausência de electrólito 1 Com materiais electroquimicamente inactivos Orgânicos: Polímeros (Teflon, -(-CF CF -)- ) Resinas Vernizes Inorgânicos: Esmaltes (sílica, óxido de titânio, óxido de magnésio) Peças para usar em Temperaturas elevadas

com materiais electroquimicamente activos e mistos a) Revestimentos metálicos - Catódico (com metal com Eº mais positivos) Folha de Flandres Fe revestido a Sn Eº (Fe + /Fe) = - 0.44V Eº (Sn + /Sn) = - 0.163V Quando o filme se rompe dá-se a corrosão, acelerada porque será muito localizada

com materiais electroquimicamente activos e mistos a) Revestimentos metálicos - Anódico (com metal com Eº mais negativos) Ferro galvanizado Fe revestido a Zn O zinco protege como cobertura e quando se rompe exerce protecção catódica Eº (Zn + /Zn) = - 0.763 V

com materiais electroquimicamente activos e mistos b) Revestimento Passivante Implementação em fábrica das condições de passivação (protecção anódica) Condições controladas de oxidação do Al para obter um óxido de espessura razoável e elevado grau de impermeabilidade

com materiais electroquimicamente activos e mistos c) Revestimento com Tintas Protecção por cobertura, cuja eficácia depende do grau de adesão e da impermeabilidade Usam-se vários tipos (camadas) de tinta, principiando com um primário, seguido de, pelo menos, outra camada com funções estéticas