REDES ASSISTENCIAIS. Fragmentação da Atenção Conflitos de Condutas e Iatrogenia. Des-responsabilização. Ações Individualizantes

Documentos relacionados
APOIO MATRICIAL: ARRANJOS ORGANIZACIONAIS

Matriciamento: "Uma estratégia para a produção de cuidado em saúde"

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE VOLTA REDONDA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PROJETO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Acolhimento Luana Gabriele Nilson. 20 de janeiro de 2016

Saúde Mental: Interação entre o NASF e as equipes de Saúde da Família. Psic. Marcelo Richar Arua Piovanotti

ATENÇÃO BÁSICA. A produção do cuidado em Rede MARÇO/ 2017

O Apoio Matricial do Farmacêutico no NASF. Noemia Liege Maria da Cunha Bernardo

Apoio na Bahia Fórum Nacional da Atenção Básica Brasília 2 a 4 de abril de 2013

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE VOLTA REDONDA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PROJETO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

XXVI CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE SÃO PAULO REDES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO SUS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

REFERENCIAL PARA A GESTÃO DO CUIDAR. Prof. Dr. Pedro Marco Karan Barbosa - FAMEMA -

CLÍNICA AMPLIADA E COMPARTILHADA

Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos

Regionalização e Rede de Atenção à Saúde: CONCEITOS E DESAFIOS. Jorge Harada

PROGRAMA DA DISCIPLINA DO OITAVO PERÍODO DA GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA DA UFMG

Articulação das Regiões de Saúde: definição de responsabilidades e compromissos dos Entes Federados

CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Implicações na prática da Assistência à Saúde no SUS. Mar/2012

INTERFACE CAPS E PSF UMA EXPERIÊNCIA DE

Oficina Processo. de Trabalho na. Atenção Básica

I-Política de ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE 1) Como é definida? * Um conjunto de ações em saúde (amplas, complexas que abrangem múltiplas facetas da realida

Alexandre de Araújo Pereira

O Núcleo de Apoio à Saúde da Família e suas funções na ABS

POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO SUS

O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NA ABORDAGEM DE CASOS COMPLEXOS

APOIO NA ATENÇÃO BÁSICA: SISTEMATIZAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA

Oficina Processo. de Trabalho na. Atenção Básica

O olhar do especialista

POLÍTICAS PÚBLICAS ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA PLANO DE ENSINO

Alana de Paiva Nogueira Fornereto Gozzi Março/2018

Humanização da Atenção à Criança e ao Adolescente: o apoio matricial. Carlos Alberto Severo Garcia Júnior Marcelo José Fontes Dias

Atenção Básica: organização do trabalho na perspectiva da longitudinalidade e da coordenação do cuidado

Panorama das Redes de Atenção à Saúde.

Secretaria Municipal de Saúde de Matelândia-PR Enfª Clenice Bado Relato de Experiência

Linha de Cuidados. Mila Lemos Cintra

PSICOLOGIA, SISTEMA ÚNICO DE SAUDE E DIREITOS HUMANOS: RELATO DE UMA PSICÓLOGA SOBRE SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL.

Qualificação da Gestão

Apoio Matricial Salvador, Outubro 2012

PLANO DE ENSINO SÚMULA/EMENTA

O ACOLHER CHAPECÓ E A MUDANÇA DO PROCESSO DE TRABALHO NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) 1.

POLÍTICAS PÚBLICAS. a) Mortalidade infantil b) Saúde do idoso c) Mortalidade materna d) Doenças emergentes e endêmicas e) Mortalidade por câncer.

Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica - Nasf AB -

TERMO DE REFERÊNCIA OFICINA EXPERIMENTAL DO FNEPAS CONSTRUÇÃO DA INTEGRALIDADE: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS RIO DE JANEIRO 14 E 15 DE DEZEMBRO DE 2006

ANEXO II - LINHAS DE PESQUISA

INSERÇÃO DA TEMÁTICA SAÚDE DO TRABALHADOR NO PROCESSO DE TRABALHO DA EQUIPE DE TÉCNICOS DO DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Projeto para Credenciamento do NASF do Município de

Necessidades e demandas de Saúde

Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica - Nasf AB -

Redes de Atenção à Saúde

Princípios da Rede de Atenção Integral: da Clínica Ampliada e Atenção Psicossocial à Responsabilidade e Co-responsabilização

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NA ÁREA DA SAÚDE: ASSESSORIA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE

ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO NASF: TEORIA E PRÁTICA

EDITAL 45/2015 ÁREA I ENFERMAGEM GERAL E ESPECIALIZADA

MÓDULO 2 PROCESSO DE TRABALHO COLABORATIVO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA CELINA RAGONI DE MORAES CORREIA / CAROLINA CARDOSO MANSO

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Componente Curricular: ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA I PLANO DE CURSO

Matriz Avaliativa AvaliaCaminhos Dimensões e descritores

CURSO: Desafios da Implantação dos Dispositivos do Decreto 7.508

N O DE HORAS-AULA SEMANAIS TEÓRICAS PRÁTICAS HORÁRIO

AS LINHAS DE CUIDADO COMO ESTRATÉGIAS DE ATENÇÃO EM SAÚDE PARA DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 1

Apresentação. Mara Takahashi. Amanda Macaia. Sayuri Tanaka. O processo de trabalho no sistema de atividade humana

A DIRETORIA DA ATENÇÃO BÁSICA DA BAHIA E SUA EXPERIÊNCIA DE APOIO INSTITUCIONAL AOS MUNICÍPIOS

O CAPS NO PROCESSO DO MATRICIAMENTO DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA

A Atenção Básica é...

CURSO: Enfermagem. INFORMAÇÕES BÁSICAS Unidade curricular Bases Psicossociais da Prática em Enfermagem I

DIREITO À SAÚDE: SUS, HUMANIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Quadro I. Vantagens de UBS tipo PSF.

PROGRAMA DE DISCIPLINA VERSÃO CURRICULAR: 2014/2 PERÍODO: 3º DEPARTAMENTO: ENA

O papel da Secretaria de Estado da Saúde no apoio e na articulação dos municípios para qualificar a Atenção Básica no Estado de São Paulo

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos para o atendimento às

PROGRAMA DE DISCIPLINA

ATENÇÃO A SAÚDE. Seminário Nacional do Pró Saúde e PET Saúde. Brasília, 19 de outubro de 2011

II. Educação e Práticas Interprofissionais Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins/Hospital Infantil de Palmas Mônica Costa Barros

Apresentação. Sumário. Ficha Técnica. Autoria do texto: Dafylla Kelly Silva Oliveira. Ilustrações: Dafylla Kelly Silva Oliveira

PROGRAMA DE DISCIPLINA

O CUIDADO EM SAÚDE. Maria Terezinha Gariglio

PORTARIAS DE DIRETRIZES PARA REGULAÇÃO e INCENTIVO DE CUSTEIO PARA COMPLEXOS REGULADORES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA PLANO DE ENSINO

SAMU: A importância do atendimento ao paciente e da regulação

ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E GESTÃO EM SERVIÇOS INTEGRADOS DE SAÚDE. Módulo: Atenção a Saúde nos Municípios

O Desafio da Clínica na Estratégia Saúde da Família

Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica - NASF AB -

CONGRESSO DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 2015

Processo de trabalho em saúde, trabalho em equipe e equipe de enfermagem

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PROGRAMA DE DISCIPLINA. VERSÃO CURRICULAR: 2014/2 PERÍODO: a partir do 6º DEPARTAMENTO: ENA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

ENAM Cenários e Práticas da Humanização do Nascimento no Brasil

PROGRAMA DE DISCIPLINA

TERMO DE REFERÊNCIA RIO BRANCO ARTICULADOR

Capacitação em Eventos Iniciativas da CGSAT para o

Curso de Pós-Graduação: Saúde Coletiva com Ênfase em Saúde da Família (Abordagem Multiprofissional)

Linhas gerais e desafios da Política Nacional da Atenção Básica. Setembro, 2012

Conselho Federal de Enfermagem- Brasil

PLANO DE ENSINO Data de Emissão: 07/08/2013

A articulação de práticas integrais: Atenção Básica e Saúde Mental

Transcrição:

REDES ASSISTENCIAIS Integralidade no Sistema Sinergia de Ações Ações Coordenadas e Singularizadas. Pessoas responsáveis por pessoas. Ações coletivas sobre Determinantes de saúde Fragmentação da Atenção Conflitos de Condutas e Iatrogenia. Des-responsabilização. Ações Individualizantes

Uma Tipologia para Redes 1- Redes Estruturadas a) Redes Regionais => Sistemas Regionais de Saúde. (7508 e COAP). b) Redes TEMÁTICAS: temas / problemas de saúde (pode transbordar regiões) 2- Redes Singulares a) dos Serviços ( Linha de Cuidado? ): para cada pessoa um cardápio adequado e dialogado entre todos profissionais responsáveis b) Intersetoriais: compondo a rede além dos serviços de saúde, com outros atores sociais.

Rede Regional e Temática ER e AM Rede Serviços e Intersetorial

Rede Regional e Temática COAP BIPA s FORUNS TEMÁTICOS (ex. PERINATAL, S. CÇA.) TEMAS RELEVANTES: FILAS, INEQUIDADES, EPIDEMIAS, ARTICULAÇÃO POLÍTICAS PÚBLICAS

Redes Regionais e Temáticas Pontos de Atenção / Serviços / Procedimentos / Atividades Rede Regional (Componentes) COAP X Desafios Políticos pouco estruturados (articulação interesses de entes federativos, diminuição relativa de autonomia, captação de recursos) Centrados nas Doenças e nas Corporações x Centrado nas Pessoas

REDE SINGULARES:SERVIÇOS E INTERSETORIAL DISCUSSÃO DE CASOS (INDIVIDUAIS OU COLETIVOS) incluindo Serviços de Saúde FILAS / prioridades / critérios / estratégias emergenciais. DISCUSSÃO DO MODO DE FUNCIONAMENTO (agenda, contratos, acolhimento, adscrição, objeto de trabalho /investimento, objetivos ofertas resultados pertinência / Apoiar possibilidades de experimentar outros modos de trabalhar).

DIFÍCEIS CONSIDERAÇÕES FUNÇÕES MAIS FRÁGEIS DA ABS: Coordenação (CLÍNICA) Porta Filtro (Acesso e Proteção) Especialista na População Adscrita Cardápio específico e mutante para resolutividade. DESIGUALDADE E SAÚDE COMPROMISSO DO SUS MODELOS DE GESTÃO

Equipe de Referência e Apoio Matricial Distribuição de Poderes na Organização. Distribuição de Poderes na Rede (quem coordena e quem apoia) Composição de Singular Saberes (campo e núcleo)

Equipe de Referência e Apoio Matricial Organograma estrutura relações de competição e de cooperação na organização. O organograma tradicional atrela relações de poder às corporações profissionais

Equipe de Referência e Apoio Matricial: nas organizações Direção geral (Supervisor e Assessoria) Colegiado de Direção (Supervisor, Assessoria, Coordenadores das Unidades de Produção, Supervisores Matriciais) Coordenador Unidade de Produção X Colegiado da U.P. X (Equipe da U.P. X ) Coordenador Unidade de Produção Y Colegiado da U.P. Y (Equipe da U.P. Y Coordenador Unidade de Produção W Colegiado da U.P. W (Equipe da U.P. W Apoiador a Apoiador b Apoiador c Apoiador d Supervisor e

Equipe de Referência e Apoio Matricial Na Região Município A E2 E1 E1 E2 E1..3 E1-4 ESF ESF ESF ESF Município B

Projeto Terapêutico Singular Projeto de Saúde no Território Clínica Ampliada... Acolhimento - agenda Grupos Balint-Paideia Grupos de Auto-Gestão de Medicação

Projeto de Saúde no Território

BIBLIOGRAFIA Cartilha PNH Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Apoio Matricial 2007 CAMPOS, G.W.S.Método Para Análise e Co-Gestão de Coletivos, Um 1a. Ed. São Paulo: Hucitec. 2000. CAMPOS, G.W.S. Subjetividade e administração de pessoal: considerações sobre modos de gerenciar o trabalho em saúde. In: MERHY, E.E., ONOCKO, R. (orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997, p.197-228. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. O anti-taylor: sobre a invenção de um método para co-governar instituições de saúde produzindo liberdade e compromisso. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, p. 863-870, out./dez. 1998. CUNHA, G.T. A Construção da Clínica Ampliada na Atenção Básica São Paulo: Hucitec, 2005 STARFIELD,B. Coordenação da atenção: juntando tudo in Atenção Primária:Equilíbrio entre Necessidades de Saúde, serviços e teconologia. 1a ed. Brasília: UNESCO, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002, p 365 MARTINS, A. Novos Paradigmas em Saúde, Physis:Revista de Saúde Coletiva, v.9, n.1. Rio de Janeiro: IMS/EdUERJ, 1999 (http://www.saude.inf.br/andre.htm) BALINT,M. O Médico seu paciente e a doença.rio de Janeiro: Atheneu,1988. CAMARGO Jr., K.R. Biomedicina Saber & Ciência: uma abordagem crítica. 1a. Ed. São Paulo: Hucitec. 2003. Bower,P.e Campbell, S. Et al Team structure, team climate and the quality of care in primary care: an observational study Qual. Saf. Health Care 2003;12;273-279 LANCETTI, A. Clínica Peripatética. São Paulo: HUCITEC, 2005. PESTANA, Marcus; MENDES, Eugênio Vilaça. Pacto de gestão: da municipalização autárquica à regionalização cooperativa minas gerais, Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde, 2004. PINEIRO, Roseni; MATTOS, Ruben. (Org.). Gestão em redes: práticas de avaliação, formação e participação na saúde. Rio de Janeiro: CEPESC, 2006 RIGHI, Liane Beatriz. Produção de Redes em saúde: acordos, confrontos e reparos. In: PASCHE, Dário Frederico; CRUZ, Ivana Beatrice Mânica (Orgs). A Saúde coletiva: diálogos contemporâneos. Ijuí: Unijuí, 2005