Seminário DCA-BR Combustíveis Alternativos para Aviação São José dos Campos, 29 de novembro de 2011

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Transcrição:

Seminário DCA-BR Combustíveis Alternativos para Aviação São José dos Campos, 29 de novembro de 2011 O uso de combustíveis drop in na aviação comercial Alexandre Tonelli Filogonio EMBRAER

Agenda Querosene Combustível drop in e processos de aprovação Combustíveis alternativos na Embraer Comentários finais

Querosene de Aviação Combinação complexa de hidrocarbonetos entre C8 e C16 e aditivos Destilação fracionada seguida de tratamentos que conferem as qualidades finais do produto Especificação definidas em normas internacionais ASTM D 1655, DefStan 91-91, GOST 1027 AFQRJOS (Aviation Fuel Quality Requirements for Operated Systems) requisitos mais rigorosos da D 1655 e 91-91 Fonte: AFRL-RZ-WP-TR-2009-2034

Funções no avião Fonte de energia Lubrificante Fluido hidráulico (motor) Fluido refrigerante

Especificação Fonte: 2010 PQSI Report Defense Logistic Agency Energy Petroleum Quality Information System.

Propriedades Densidade Viscosidade Tensão superficial Volatilidade Comportamento a baixa temperatura Propriedades térmicas Características elétricas Características inflamabilidade e ignição Bulk Modulus Solubilidade dos gases Solubilidade da água Outros

Requisito Combustível Drop in Requisitos: Atender às especificações internacionais Composição: similar ao querosene de aviação derivado do petróleo Drop in fuel: alternative fuel that is indistinguishable from conventional fuel, with no changes of aircraft, engine or supply infrastructure required. - IATA

ASTM D4054 Guia para Qualificação de Novos Combustíveis Propriedades da Especificação Propriedades Fit-For- Purpose Testes em RIG de Componentes e APU Teste de Motores Accept ASTM Review & Ballot Reject Re-Eval As Required ASTM Specification ASTM ASTM Research Research Report Report Especificação ASTM Processo de ASTM Votação OEM Revisão & Aprovação

ASTM Interação entre a D 1655 e a D 7566 ASTM D 1655 Specification for Aviation Turbine Fuels ASTM D 7566 Aviation Turbine Fuel Containing Synthesized Hydrocarbons Para cada novo tipo de componente de mistura com o QAV será criado um novo anexo; Fischer-Tropsch (FT) - SPK foi o primeiro anexo e o HEFA SPK foi o segundo anexo (junho/2011). HEFA: Hydroprocessed Esters and Fatty Acids; SPK: Synthesized Paraffınic Kerosine Fonte: CAAFI

FRL Fuel Readiness Level CAAFI - Commercial Aviation Alternative Fuels Initiative

Rotas Tecnológicas Coal and Natural gas Gasification (CTL) Hydroprocessed Esters and Fatty Acids - HEFA Direct Sugar to Hidrocarbons - DSHC Alcohol to Jet - ATJ ASTM and DefStan Approved ASTM Approved At ASTM Task Force At ASTM Task Force Coal Jatropha Sugar cane Sugar cane Natural Gas Algae Wood chip Camelina

Combustíveis Alternativos - Embraer Objetivos Investigação de aspectos técnicos e ambientais dos combustíveis alternativos para aviação Foco em biocombustíveis Impactos no avião Desenvolvimento de soluções técnicas Sustentabilidade (econômica, ambiental, social) Projetos em parceria Atuação como integradora

Testes Realizados - Embraer / GE Objetivo: Avaliar as características operacionais da aeronave e do motor utilizando a tecnologia HEFA (Ésteres e Ácidos Graxos Hidroprocessados) em diversas condições de teste Aeronave: EMBRAER 170 Motor: GE CF34-8 Biomassa: Camelina Combustível: Jet A e HEFA (50%-50%) Período: Agosto/2011

Bioquerosene Derivado de Cana de Açúcar Objetivo: Acordo de Cooperação Tecnológica para avaliar os aspectos técnicos e de sustentabilidade de um bioquerosene renovável utilizando o processo de fermentação, com a rota recém designada Direct Sugar to Hidrocarbons DSHC. Biomassa: Cana de Açúcar Requisitos: Atender os requisitos ASTM e DefStan; Sustentabilidade Ciclo de carbono favorável; Drop-in em misturas de até 50%.

Comentários Finais O querosene de aviação derivado do petróleo tem sido utilizado por mais de 50 anos pela aviação comercial e ainda continuará por muitos anos Biocombustíveis drop in são o foco. non-drop in são considerados de longo prazo Os EUA devem permanecer na liderança em inovação tecnológica para biocombustíveis, principalmente por meio de fomentos do DoE, DoT e DoD As questões técnicas tem sido resolvidas de modo satisfatório A disponibilidade de biomassa x produção sustentável é um ponto crítico Produção em larga escala é fundamental O Acordo de Cooperação Brasil-EUA pode alavancar o desenvolvimento de biocombustíveis para aviação no Brasil

Obrigado