Efeito do ácido indolbutírico sobre estacas apicais e medianas de quaresmeira (Tibouchina fothergillae Cogn.)

Documentos relacionados
Enraizamento de estacas de mini-ixora (Ixora coccinea Compacta) sob diferentes substratos e reguladores de enraizamento

USO DE AIB EM ESTACAS DE HIBISCO (Hibiscus rosa-sinensis L.) UTILIZANDO DIFERENTES RECIPIENTES

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS SEMI-LENHOSAS DE CEREJEIRA-DO-RIO- GRANDE (EUGENIA INVOLUCRATA DC.) TRATADAS COM ANTIOXIDANTE, FLOROGLUCINOL E AIB

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

SOBREVIVÊNCIA DE ESTACAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM SUBSTRATOS COM DIFERENTES DOSES DE AIB PLANTADAS EM TUBETE

Ciência Rural ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

Produção de mudas de hortelã (Mentha arvensis L.) em função de tipos e idade de estacas

USO DE HORMÔNIO DE ENRAIZAMENTO EM HIBISCO

AVALIAÇÃO DE ESTACAS DE DRACENA EM DIFERENTES AMBIENTES COM E SEM HORMÔNIO AIB

PROPAGAÇÃO DE ESTACAS DE AMOREIRA UTILIZANDO DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB)

ENRAIZAMENTO IN VITRO E ACLIMATIZAÇAO EM VERMICULITA DE PIMENTA- DO-REINO (Piper nigrum L.)

Enraizamento de estacas semilenhosas de mirtilo com diferentes tipos de lesões

EXTRATO DE TIRIRICA NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE AZALÉIA COLETADAS NO INVERNO RESUMO

INFLUENCIA DA AUXINA E SUBSTRATOS NO DESENVOLVIMENTO DE BROTOS DE ESTACAS DE AMORA

VI Encontro Amazônico de Agrárias

MÉTODOS DE ASSEPSIA E CONTROLE OXIDAÇÃO EM GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

INDUÇÃO DE RAÍZES EM ESTACAS DO ALGODOEIRO ARBÓREO EM CONDIÇÕES EX VITRO

Franca, Mariana Almeida Micropropagação de cana-de-açúcar cultivar RB Mariana Almeida Franca. Curitiba: f. il.

III Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária - Agronomia

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

EFEITO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE RAMOS DE PLANTAS DE AMEIXEIRA (Prunus salicina, Lindl.) 1

Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 8

NA PROPAGAÇÃO DA LICHIEIRA

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE ESPIRRADEIRA PELA TÉCNICA DA ESTAQUIA VEGETATIVE PROPAGATION OF ESPIRRADEIRA BY CUTTINGS

Tecnologias para produção de mudas de pequenas frutas e frutas nativas. Márcia Wulff Schuch Prof Titular Fruticultura FAEM/UFPel P PP

Análise de Propagação por Estaquia de Schefflera arbolícola com Diferentes Concentrações de Ácido Indol-3-butírico (1)

SUBSTRATOS E AIB NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE AMOREIRA-PRETA XAVANTE

Indução de enraizamento adventício de Hibiscus sabdariffa L. sob diferentes concentrações de Ácido Indol-Butírico (AIB). (1)

Produção de Mudas de Pepino e Tomate Utilizando Diferentes Doses de Adubo Foliar Bioplus.

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

Influência da idade biológica da planta matriz e do tipo de estaca caulinar de caramboleira na formaçâo de raízes adventicias

DIFERENTES SUBSTRATOS, AMBIENTE E PRESENÇA DA GEMA APICAL NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE FIGUEIRA

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ERVA-MATE COLETADAS EM DIFERENTES POSIÇÕES DE RAMOS EPICÓRMICOS DE ERVA-MATE 1

NOTA CIENTÍFICA ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE ESTACAS SEMILENHOSAS DE CULTIVARES DE PESSEGUEIRO

PRODUÇÃO DE MUDAS DE MAMONEIRA

ESTUDO DE DIFERENTES MÉTODOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO (Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage) VIA PROPAGAÇÃO ASSEXUAL POR ESTAQUIA

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO STIMULATE SOBRE MUDAS DE CAFÉ EM DOIS MODOS DE APLICAÇÃO. Vantuir A. Silva; J.B. Matiello; Fernanda B. Bento.

Revista Ceres ISSN: X Universidade Federal de Viçosa Brasil

MÉTODO DE APLICAÇÃO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NA ESTAQUIA DE CULTIVARES DE PESSEGUEIRO 1

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS LENHOSAS E SEMILENHOSAS DE CULTIVARES DE AMEIXEIRA COM VÁRIAS CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO 1

INTERAÇÃO ENTRE O GENÓTIPO E AIB NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS SEMILENHOSAS DE PORTAENXERTOS DE PESSEGUEIRO

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE ABACATEIRO (Persea sp.), POR ESTAQUIA(1)

Título da Pesquisa: Palavras-chave: Campus: Tipo Bolsa Financiador Bolsista (as): Professor Orientador: Área de Conhecimento: Resumo

Efeito do acondicionamento de estacas de figo na produção de mudas em diferentes épocas

ENXERTIA RECÍPROCA E AIB COMO FATORES INDUTORES DO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS LENHOSAS DOS PORTA-ENXERTOS DE PESSEGUEIRO OKINAWA E UMEZEIRO 1

COMUNICAÇÃO PROPAGAÇÃO DE ESTACAS APICAIS DE FIGUEIRA: DIFERENTES AMBIENTES, ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E TIPO DE ESTACA

PROPAGAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA (Vittis sp.) SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO

Propagação vegetativa de plantas medicinais

Produção de Mudas de Abacaxizeiro Pérola Utilizando a Técnica do Estiolamento In Vitro

Alternativas Ecológicas Para o Enraizamento De Estacas de Videira (Vitis labrusca L.) cv. Bordô

ENRAIZAMENTO DE HORTÊNSIA (Hidrangea macrophylla) EM DIFERENTES RECIPIENTES COM E SEM APLICAÇÃO DE HORMÔNIO AIB

ENRAIZAMENTO DE DIFERENTES TIPOS DE ESTACAS DE OLIVEIRA (Olea europaea L.) UTILIZANDO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO

Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas

CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E ÁREA FOLIAR NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE QUIVIZEIRO `BRUNO

Concentrações de ácido indolbutírico na propagação do umezeiro por alporquia

Efeito da Aplicação de IBA no Enraizamento de Begônia.

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA E PROFUNDIDADE DE PLANTIO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE FIGUEIRA ( 1 )

Evaluation of techniques for Dominga acerola softwood cuttings multiplication

EFEITO DE NÍVEIS DE SOMBREAMENTO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE FIGUEIRA

Ácido Indolilacético (AIA) no Enraizamento de Estacas de Eucalipto Citriodora

Ácido indolbutírico no enraizamento de estacas de louro (Laurus nobilis L.)

Diferenciação de Tubérculos de Batata em Função da Concentração de Nitrogênio na Solução Nutritiva.

EFEITOS DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ANA NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ROSA

PODA E CONDUÇÃO DA FIGUEIRA

CAMPUS DE BOTUCATU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA - HORTICULTURA PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

PROGRAMA ANALÍTICO DE DISCIPLINA IDENTIFICAÇÃO

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

Reguladores vegetais no enraizamento de estacas lenhosas da amoreira-preta cv. Xavante

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE CARQUEJA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES SUBSTRATOS E POSIÇÕES DO RAMO EM PLANTAS MASCULINAS E FEMININAS

13ª JORNADA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS LENHOSAS DE FIGUEIRA CV. ROXO DE VALINHOS COM DIFERENTE NÚMERO DE GEMAS

NOTA CIENTÍFICA ENRAIZAMENTO DE ESTACAS CAULINARES DE BRINCO-DE-PRINCESA COM DIFERENTES COMPRIMENTOS

Rooting of herbaceous minicuttings of passion fruit

CEP: Acadêmico do Curso de Agronomia, Unochapecó, Av. Senador Atílio Fontana, 591 E, Caixa Postal: 1141,

Palavras-chave: Bromeliaceae, casa de vegetação, fertilização.

DESENVOLVIMENTO DE PORTA ENXERTOS DE Eugenia uniflora L. (MYRTACEAE) EM DIFERENTES SUBSTRATOS

Resumo. Abstract. Acadêmicos do Curso de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina UEL, Caixa Postal 6001, , Londrina PR.

NOTA CIENTÍFICA COMPRIMENTO DAS ESTACAS NO ENRAIZAMENTO DE MELALEUCA EFFECT OF CUTTING LENGTH IN ROOTING OF TEA TREE

PRODUÇÃO DE MUDAS DE AMOREIRA-PRETA

Rizogênese in vitro de dois híbridos de pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) (1)

PROPAGAÇÃO DA FIGUEIRA ROXO DE VALINHOS POR ALPORQUIA 1

INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DA ESTACA NO RAMO E DO TIPO DE SUBSTRATO SOBRE O ENRAIZAMENTO DE Alternanthera brasiliana L. (Kuntze) 1

Comunicado 133 Técnico ISSN Dezembro, 2005 Pelotas, RS

ENXERTIA HERBÁCEA EM MYRTACEAE NATIVAS DO RIO GRANDE DO SUL

Aspectos teóricos da propagação de plantas (parte 2) e Estaquia

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento. Aula 12b: Propagação Vegetativa

Cultivar Média Equação r (mg L -1 ) Enraizamento (%) Arlequim

Enraizamento de estacas de castanha-de-cutia com uso de ácido indolbutírico

Tipos de Bandejas e Número de Sementes por Célula Sobre o Desenvolvimento e Produtividade de Rúcula.

ENXERTIA DE PLANTAS FRUTÍFERAS

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 73

Origem da estaca, recipiente e composição do substrato na produção de mudas de carqueja [Baccharis trimera (Less.) DC.]

Influência de folhas e lesões na base de estacas herbáceas no enraizamento de goiabeira da seleção

Produção de mudas de mirtilo através de estacas lenhosas, semilenhosas e miniestacas

Produção antecipada de mudas de videira Rubi (Vitis vinifera) através de enxertia verde 1

Programa Analítico de Disciplina FIT480 Floricultura, Plantas Ornamentais e Paisagismo

Soluções de condicionamento na longevidade de inflorescências de copo-de-leite colhidas em diferentes fases de abertura da espata

CRESCIMENTO in vitro DE PLÂNTULAS DE ORQUÍDEAS SUBMETIDAS A DIFERENTES PROFUNDIDADES DE INOCULAÇÃO E CONSISTÊNCIA DO MEIO DE CULTURA

Transcrição:

Efeito do ácido indolbutírico sobre estacas apicais e medianas de quaresmeira (Tibouchina fothergillae Cogn.) 73 NOTAS Efeito do ácido indolbutírico sobre estacas apicais e medianas de quaresmeira (Tibouchina fothergillae Cogn.) MÁRCIA DE NAZARÉ OLIVEIRA RIBEIRO (1) ; PATRÍCIA DUARTE DE OLIVEIRA PAIVA (2) ; JOSÉ DA CONCEIÇÃO BARBOSA SILVA (3) e RENATO PAIVA (4) RESUMO As quaresmeiras, como são conhecidas algumas espécies do gênero Tibouchina, são plantas nativas do Brasil, de porte arbóreo ou arbustivo, muito utilizadas em projetos paisagísticos. A propagação pode ser feita através sementes e estacas. Objetivou-se neste trabalho verificar a influência das concentrações de ácido indolbutírico e diferentes tempos de imersão sobre estacas apicais e medianas de quaresmeira-arbustiva (Tibouchina fothergillae). Estacas medianas e apicais foram coletadas de ramos maduros e cortadas em segmentos com três nós e duas folhas, com metade da área foliar. Estas foram tratadas com AIB, na forma líquida, nas concentrações de 0, 500, 1000 e 2000 mg.l -1, durante 0, 1 e 5 minutos de imersão. Logo após, foram plantadas em bandejas, preenchidas com areia em casa-de-vegetação com nebulização intermitente, onde permaneceram por 56 dias. Pelos resultados obtidos, concluiu-se que o AIB aumentou o número de folhas formadas em estacas apicais até a concentração de 812,5 mg.l -1, também houve influência da concentração de AIB sobre a altura das plantas, número e comprimento dos brotos, tanto em estacas apicais como medianas. Maior comprimento de raiz em estacas medianas foi observado na concentração de 1225 mg.l -1 de AIB. Não há necessidade do uso do ácido indolbutírico no processo de enraizamento para esta espécie. Palavras-chave: Estaquia, AIB, Melastomataceae. ABSTRACT Effect of indolbutiric acid on medium and apical cuttings of lenten tree (Tibouchina fothergillae Cogn.) Lenten trees, as known some of the species of the genus Tibouchina, are native plants from Brazil used in landscape design projects. The species can be propagated through seeds and cuttings. The objective of this work was to study the influence of indolbutiric acid concentrations and different immersion times on apical and medium cuttings of Tibouchina fothergillae. Medium and apical cuttings were collected from mature branches and cut in segments with three nodes and two leaves with half of the leaf area. Cuttings were treated with IBA, in concentrations of 0, 500, 1000 and 2000 mg.l -1, for 0, 1 and 5 minutes of immersion. The cuttings were placed in a plastic tray having sand as a substrate and moved to a green house with intermittent vapor irrigation during 56 days. The results showed that IBA increased the number of leaf formed in apical cuttings up to the concentration of 812,5 mg.l -1. There was influence of IBA on height of plants, number and length of sprout, in medium and apical cuttings. Larger root of length in medium cuttings was observed to the concentration of 1225 mg.l -1 of IBA. Thus, the IBA did not influence the rooting process in this species. Key-words: Cuttings, IBA, Melastomataceae. 1. INTRODUÇÃO O gênero Tibouchina, pertence à família Melastomataceae e sua floração coincide com a Quaresma, daí vem o nome popular das espécies conhecidas como quaresmeiras (SMITH, 2000). Esta família não tem grande valor econômico, seus usos incluem ornamentais (Tibouchina), frutos comestíveis (Bellucia), madeira para construção (Astronia), tintas (Bellucia) (RIBEIRO et al., 1999), servindo ainda, como indicadoras de poluição (KLUMPP et al., 2000a,b; MORAES et al., 2000a,b). As espécies mais conhecidas desta família são árvores de até 12 m e arbustos de cerca de 2 m nativos do Brasil e freqüente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Pará (GRANDE ENCICLOPÉDIA BARSA, 2004). A Tibouchina fothergillae é uma espécie arbustiva e se diferencia de outras espécies de Melastomataceae por suas flores terem coloração vinho intenso (figura 1), as quais nas outras espécies normalmente são arroxeadas, sendo assim, apresenta características ornamentais interessantes para uso em projetos paisagísticos. Segundo LORENZI (2003), a propagação das quaresmeiras pode ser feita através de sementes ou estacas, porém, as sementes são muito pequenas, semelhantes à areia fina, não tolerantes ao armazenamento e com baixa taxa de germinação. A propagação vegetativa é amplamente utilizada na produção de mudas de plantas ornamentais (BARBOSA, 2003), principalmente para multiplicar (1) M.Sc., Doutoranda em Agronomia/Fitotecnia, Universidade Federal de Lavras (UFLA/DAG), Lavras-MG, E-mail:mribeiro@ufla.br (2) D.Sc., Prof. Adjunto, Universidade Federal de Lavras (UFLA/DAG), Cx. P. 3037, 37200-000, Lavras-MG. (3) Graduado em Ciências Agrárias, Centro Federal Tecnológico (CEFET-MA), São Luís-MA. (4) Ph.D, Prof. Adjunto,Universidade Federal de Lavras (UFLA/DBI), Lavras-MG.

74 MÁRCIA DE NAZARÉ OLIVEIRA RIBEIRO et al plantas que não produzem sementes botânicas ou sementes com baixa viabilidade, em pequeno número ou, ainda, para acelerar a produção de mudas de espécies que apresentam problemas de germinação, como aquelas que produzem sementes dormentes (PASQUAL, 2002). A propagação vegetativa pode ser realizada via estaquia, enxertia, mergulhia, estolões, bulbos, divisão de touceiras e por cultura de tecidos. A estaquia destaca-se por promover a multiplicação de plantas matrizes, agronomicamente superiores, mantendo-se as suas características desejáveis (MELETTI, 2000), bem como para a obtenção de uma população clonal geneticamente uniforme, em curto espaço de tempo, com redução ou eliminação da fase juvenil das plantas cultivadas (JANICK, 1966). A viabilidade do uso da estaquia na propagação comercial é em função da facilidade de enraizamento de cada espécie e/ou cultivar, da qualidade do sistema radicular formado e do desenvolvimento posterior da planta na área de produção (DUTRA & VILLA, 2004). Contudo, combinando-se uma ou mais técnicas auxiliares, como a nebulização intermitente e a aplicação de fitorreguladores, entre outros, os resultados poderão ser mais satisfatórios (FACHINELLO et al., 2005). A principal classe de fitorreguladores usados no enraizamento de estacas são as auxinas, sendo o AIB o mais indicado, pois não apresenta toxidade em uma larga faixa de concentração, além de apresentar baixa mobilidade e maior estabilidade química no corpo das estacas (PASQUAL, 2002). A escolha do tipo de estaca a ser utilizada tem grande importância, principalmente, para aquelas espécies com dificuldades de formar raízes adventícias. Em relação à posição ocupada no ramo de origem, as estacas podem ser apicais (ou terminais), medianas ou basais. Existem diferenças marcantes na composição química da base ao ápice dos ramos e, assim, são observadas variações na formação de raízes de estacas obtidas de diferentes partes dos ramos (OLIVEIRA et al., 2001). Em geral, estacas apicais apresentam nível de auxina mais alto que as estacas intermediárias ou medianas. Mesmo assim, a aplicação externa de reguladores de crescimento, como o AIB, pode melhorar e uniformizar o enraizamento. Estacas medianas necessitam maior período para regenerar nova planta, o que se deve em geral ao fato das gemas laterais estarem geralmente dormentes. Em muitos casos, antes de ocorrer o enraizamento, há o desenvolvimento das ramificações laterais, com formação de ramos jovens, às custas de reservas nutricionais armazenadas no corpo da estaca (KAMPF, 2000). A presença de folhas em estacas exerce forte influência estimuladora na formação de raízes. Os carboidratos, resultantes de atividades fotossintéticas das folhas, também contribuem para a formação de raízes, embora os efeitos estimuladores de folhas e gemas se devam, principalmente, à produção de auxina. O tratamento de estacas com auxinas têm como objetivos: aumentar a porcentagem de estacas que formam raízes, ou acelerar sua formação ou, ainda, aumentar o número e a qualidade das raízes formadas em cada estaca (GOULARD, 2003). O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de diferentes concentrações de ácido indolbutírico e tempos de imersão no processo de enraizamento e brotação em estacas apicais e medianas, e na formação de mudas de Tibouchina fothergillae. Figura 1. Flores de Tibouchina fothergillae Cogn. Figure 1. Flowers of Tibouchina fothergillae Cogn. 2. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado em casa-de-vegetação equipada com sistema de nebulização intermitente, no Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Foram utilizadas estacas de ramos de Tibouchina fothergillae, retiradas de matrizes adultas do Viveiro de Plantas Ornamentais da referida Universidade. As estacas medianas e apicais, obtidas após a coleta dos ramos, constituíram dois experimentos separados. Nas estacas medianas (terço médio do ramo) realizou-se um corte transversal abaixo da gema, na base, e em bisel na parte superior; e nas estacas apicais (parte apical do ramo) foi realizado apenas um corte transversal abaixo da gema localizada na base. As estacas foram padronizadas com três nós e um par de folhas, sendo estas cortadas pela metade. Posteriormente, as estacas foram tratadas com solução de ácido indolbutírico, nas concentrações de 0, 500, 1000 e 2000 mg.l -1 em diferentes tempos: 0, 1 e 5 minutos. O tratamento testemunha constituiu-se de imersão da base das estacas em água destilada. As estacas, após a imersão, foram colocadas em bandejas de polipropileno de 72 células contendo areia

Efeito do ácido indolbutírico sobre estacas apicais e medianas de quaresmeira (Tibouchina fothergillae Cogn.) 75 como substrato. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado com 8 repetições e 10 estacas por parcela, constituindo fatorial simples 4 (concentrações de AIB) x 3 (tempos de imersão). O material foi mantido em estufa com nebulização intermitente. Os resultados foram submetidos à análise de variância, utilizando o software Sisvar (FERREIRA, 2000). O período experimental teve duração de 56 dias, ao final do qual avaliou-se: porcentagem de enraizamento, altura da planta, número de folhas formadas, número de brotos e comprimento dos brotos para estacas apicais. Para estacas medianas avaliou-se: porcentagem de enraizamento, altura da planta, número de brotos, comprimento dos brotos e o comprimento da maior raiz. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para Tibouchina fothergillae, o uso do regulador de crescimento AIB não influenciou o enraizamento, pois as estacas usadas como testemunha também tiveram boa formação de raízes. Para esta espécie houve 94% de enraizamento, tanto para estacas apicais, como para estacas medianas. Maior altura das plantas em estacas apicais (3,9 cm) foi obtida com a concentração de 1700 mg.l -1 de AIB, em 1 minuto de imersão das estacas. Maior altura das plantas em estacas medianas (8,8 cm) foi obtido com 1437,5 mg.l -1 de AIB em 1 minuto de imersão das estacas (figuras 2A e 2B). Maior número de folhas formadas em estacas apicais (2,8) foi obtido na concentração de 812,5 mg.l - 1 de AIB em imersão rápida das estacas (figura 3). Maior número de brotos em estacas apicais () foi obtido na concentração de 1000 mg.l -1 AIB em imersão rápida das estacas. Maior número de brotos em estacas medianas (1,8) foi obtido na concentração de 1214,3 mg.l -1 de AIB em 1 minuto de imersão (Figuras 4A e 4B). Altura das plantas (cm) 4,0 3,5 2,5 Y 1 minuto = -1E-06x 2 + 034x + 17 R 2 = 0,74 Y 5 minutos = -2E-06x 2 + 041x + 0,794 R 2 = 0,97 Altura das plantas (cm) 10 8 6 4 2 0 Y 0 minuto = 3E-08x 2 + 01x + 6,127 R 2 = 0,84 Y 1 minuto = -4E-06x 2 + 115x + 64 R 2 = 0,89 Y 5 minutos = -5E-06x 2 + 128x + 05 R 2 = 0,93 0 minutos Figura 2A. Altura das plantas de Tibouchina fothergilla, em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), em 1 e 5 minutos de imersão das estacas apicais. Figure 2A. Height of Tibouchina fothergilla plants in different concentrations of indolbutiric acid (IBA), after immersion of apical cuttings for 1 and 5 minutes. Figura 2B. Altura das plantas de Tibouchina fothergillae, em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), em 0, 1 e 5 minutos de imersão das estacas medianas. Figure 2B. Height of Tibouchina fothergillae plants in differents concentrations of indolbutírico acid (IBA), after immersion of median cuttings for 0, 1 and 5 minutes. 3,5 Número de folhas 2,5 Y 0 minutos = -8E-07x 2 + 013x + 2,254 R 2 = 0,89 Y 1 minuto = -9E-07x 2 + 025x + 0,936 R 2 = 0,69 Y 5 minutos = -1E-06x 2 + 026x + 0,769 R 2 = 0,96 0 minutos Figura 3. Número de folhas de Tibouchina fothergillae, em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), após imersão das estacas apicais por 0, 1 e 5 minutos. Figure 3. Leaves number of Tibouchina fothergillae in differents concentrations of indolbutiric acid (IBA), after immersion of apical cuttings per 0, 1 and 5 minutes.

76 MÁRCIA DE NAZARÉ OLIVEIRA RIBEIRO et al Número de brotos Y 0 minutos = -5E-07x 2 + 008x + 1,186 R 2 = 0,77 Y 1 minuto = -4E-07x 2 + 011x + 0,761 R 2 = 0,88 Y 5 minutos = -3E-07x 2 + 01x + 0,689 R 2 = 0,99 Número de brotos Y 1 minuto = -7E-07x 2 + 017x + 0,739 R 2 = 0,98 Y 5 minutos = -6E-07x 2 + 015x + 0,759 R 2 = 0,92 0 minutos Figura 4A. Número de brotos em estacas apicais de Tibouchina fothergillae em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), em 0, 1 e 5 minutos de imersão. Figure 4A. Sprouts number of Tibouchina fothergillae in differents concentrations of indolbutírico acid (IBA), aftter 0,1 e 5 minutes of immersion of the apical cuttings. Figura 4B. Número de bortos de Tibouchina fothergillae, em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), após 1 e 5 minutos de imersão das estacas medianas. Figure 4B. Sprouts number of Tibouchina fothergillae, in differents concentrations of indolbutírico acid (IBA), after 1 and 5 minutes of immersion of median cuttings. Maior comprimento dos brotos em estacas apicais (4,0 cm) foi observado na concentração de 1750 mg.l -1 de AIB em 1 minuto de imersão das estacas. Maior comprimento dos brotos em estacas medianas (1,6 cm) foi obtido com 1071,4 mg.l -1 de AIB em 5 minutos de imersão das estacas (figuras 5A e 5B). A emissão e alongamento de brotações não devem ser relacionados necessariamente com o enraizamento, pois muitas vezes, os brotos, ao invés de contribuírem, prejudicam a iniciação radicular à medida que passam a competir pelas reservas das estacas, resultando na formação dos brotos em detrimento das raízes, provocando a desidratação do material propagativo através da transpiração (HOWARD et al., 1984). Maior comprimento de raiz em estacas medianas (3,9 cm) foi observado com 1225 mg.l -1 de AIB, em 5 minutos de imersão das estacas (figura 6). Com a aplicação de auxina, há um aumento da concentração na base da estaca, estimulando a formação do calo, que é o resultado da ativação das células do câmbio e das raízes adventícias (FACHINELLO et al., 1995). TOFANELLI (1999) observou incremento no comprimento de raízes à medida que se aumentou a concentração de AIB, aplicada em estacas lenhosas de pessegueiro Arlequin, Biuti, Maravilha, Premier, Okinawa e R-15-2. BARTOLINI & ROSELLI (1975) e SHARMA & AIER (1989), também observaram influência do AIB no comprimento da maior raiz de ameixeira. O teor adequado de auxina exógena, para estímulo de enraizamento, depende da espécie e da concentração da auxina existente no tecido. É necessário que haja um balanço adequado entre auxinas, giberelinas e citocininas, ou seja, equilíbrio entre promotores e inibidores do processo de brotação e iniciação radicular (FACHINELLO et al. 2005). Comprimento de brotos (cm) 5,0 4,0 Y 1 minuto = -1E-06x 2 + 035x + 59 R 2 = 0,73 Y 5 minutos = -2E-06x 2 + 049x + 0,777 R 2 = 0,99 Comprimento dos brotos (cm) Y 1 minuto = -5E-07x 2 + 012x + 0,792 R 2 = 0,76 Y 5 minutos = -7E-07x 2 + 015x + 0,816 R 2 = 0,71 Figura 5A. Comprimento dos brotos de Tibouchina fothergillae, em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), em 1 e 5 minutos de imersão de estacas apicais Figure 5A. Sprout length of Tibouchina fothergillae, in differents concentrations of indolbutiric acid (IBA) in 1 and 5 minutes of immersion apical cuttings. Figura 5B. Comprimento dos brotos de Tibouchina fothergillae, em diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), em 1 e 5 minutos de imersão de estacas medianas. Figure 5B. Sprout length of Tibouchina fothergillae in differents concentrations of indolbutiric acid (IBA), in 1 and 5 minutes of immersion of mediun cuttings.

Efeito do ácido indolbutírico sobre estacas apicais e medianas de quaresmeira (Tibouchina fothergillae Cogn.) 77 Comprimento da maior raiz (cm) 4,5 4,0 3,5 2,5 Y 1 minuto = -2E-06x 2 + 046x + 0,893 R 2 = 0,92 Y 5 minutos = -2E-06x 2 + 049x + 0,896 R 2 = 0,91 Figura 6. Efeito das concentrações de AIB para comprimento da maior raiz em estacas medianas de Tibouchina fothergillae, em 1 e 5 minutos de imersão. Figure 6. Effetc of indolbutiric acid (IBA) concentrations for length high root in medium cuttings of Tibouchina fothergillae, in 1 and 5 minutes of immersion. As mudas, depois de enraizadas, foram transferidas para vasos com substrato. Observou-se nessa fase bom pegamento das mudas formadas de estacas apicais e, ao contrário, houve morte de 100% das mudas oriundas de estacas medianas, o que evidencia a necessidade de outros estudos para mais esclarecimentos. 4. CONCLUSÕES 1. Para o enraizamento desta espécie recomendase a utilização de estacas apicais; 2. O AIB não interferiu no enraizamento, não sendo necessário o seu uso, pois as estacas sem este fitorregulador (testemunha) enraizaram; 3. Na fase de transferência para vasos, não houve pegamento das mudas oriundas de estacas medianas. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, J.G. Crisântemo: produção de mudas cultivo para corte de flor cultivo em vaso cultivo hidropônico. Viçosa: Aprenda Fácil, 2003. 234p. BARTOLINI, G.; ROSELLI, G. Richerche sulla propagazione del susino per tale adi ramo: 2-moltiplicazione di alcune cultivar de Prunus domestica L. fornite di radici avventizie preformate. Revista della Ortoflorofrutticoltura Italiana, Florence, v. 59, n. 5, p. 340-347, 1975. DUTRA, L.F.; VILLA, F. Estaquia. In: PASQUAL, M. Propagação de Plantas Ornamentais Curso de pósgraduação Latu Sensu. Lavras: UFLA/FAEPE, 2004. 106 p. FACHINELLO, J.C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J.C.; KERSTEN, E.; FORTES, G.R. de L. Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. 2. ed. Pelotas: UFPEL, 1995. 178p. FACHINELLO, J.C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J.C.; KERSTEN, E. Propagação vegetative por estaquia. In: FACHINELLO, J.C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J.C. (Eds). Propagação de plantas frutíferas, Brasília: EMBRAPA, 2005. p. 69-108. FERREIRA, D.F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., São Carlos, 2000. Anais..., São Carlos: UFSCar. 2000. p. 255-258. GOULART, P.B. Desenvolvimento de metodologia para enraizamento de estacas de candeia (Eremanthus erythropappus) (DC) MacLeisch. 2003. 32f. Monografia (Departamento de Engenharia Florestal) Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. GRANDE ENCICLOPÉDIA BARSA. 3ª ed. São Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda, v. 12, 2004. p. 135. HOWARD, B.H.; HARRISON-MURRAY, R.S.; MALKEZIE, K.A.D. Rooting responses to wounding winter cutting of M-26 apple rootstock. Journal of Horticultura Science, London, v. 59, n. 2, p. 131-9. 1984. JANICK, J. A ciência na horticultura. Rio de Janeiro: F. Bastos, 1966. 485p. KAMPF, A.N. Produção Comercial de Plantas Ornamentais. Guaíba: Agropecuária, 2000. 254p. KLUMPP, A.; DOMINGOS, M & PIGNATA, M.L. Air pollution and vegetation damage in South America State of knowledge and perspectives. In: AGRAWAL, S.B.; AGRAWAL, M. (Eds). Environmental pollution and plant responses, Lewis Publishers: CRC Press, New York, 2000a. p. 111-136. KLUMPP, G.; FURLAN, C.M.; DOMINGOS, M & KLUMPP. A. Response of stress indicators and growth parameters of Tibouchina pulchra Cogn. exposed to air and soil pollution near the industrial complex of Cubatão, Brazil. The Science of the Total Environment, v. 246, p. 79-91. 2000b. LORENZI, H.; SOUSA, H.M. Plantas Ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa: Editora Plantarum, 2003. 720p. MELETTI, L.M.M. Propagação de frutíferas tropicais. Guaíba: Agropecuária, 2000. 239p. MORAES, R.M.; DELITTI, W.B.C & MORAES, J.A.P.V. Fotossíntese líquida e crescimento de Tibouchina pulchra Cogn. nas proximidades de indústrias petroquímicas, em Cubatão, SP. Hoehnea, v. 27, p. 77-85. 2000a. MORAES, R.M.; DELITTI, W.B.C & MORAES, J.A.P.V. Resposta de indivíduos jovens de Tibouchina pulcha

78 MÁRCIA DE NAZARÉ OLIVEIRA RIBEIRO et al Cogn. à poluição aérea de Cubatão, SP: fotossíntese líquida, crescimento e química foliar. Revista Brasileira de Botânica, v. 23, p. 441-447. 2000b. OLIVEIRA, M.C. de; RIBEIRO, J.F.; RIOS, M.N. da S.; REZENDE, M.E. Enraizamento de Estacas para Produção de Mudas de Espécies Nativas de Matas de Galeria. Brasília: EMBRAPA, 2001. 4p. (Recomendação Técnica, 41). PASQUAL, M. Propagação de plantas ornamentais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2002. 80p. RIBEIRO, J.E.L da S, et al. Flora da reserva Ducke: guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terrafirme na Amazônia Central. Manaus: INPA, 1999. 816p. SHARMA, S.D.; AIER, N.B. Seasonal rooting behaviour of cuttings of plum cultivars as influenced by IBA treatments. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 40, n. 4, p. 297-303, Nov. 1989. SMITH, J.I. Árvores ornamentais na cidade de São Paulo. 1ª ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome. 2000. 90p. TOFANELLI, M.B.D. Enraizamento de estacas lenhosas e semilenhosas de cultivares de pessegueiro em diferentes concentrações de ácido indolbutírico. 1999. 87p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.