INTRODUÇÃO A fragilidade do cristal não é fraqueza, mas pureza. Frase do filme Na natureza selvagem Quero tocar as estrelas Mas já sei Que não poderei Senti-las Pois a viagem É sem volta. Nash Ngaïve, Estrela Sideral Quando comecei a estudar sobre as novas gerações e seu processo evolutivo a partir de textos sobre as Crianças Índigo, percebi logo que estava em marcha algo forte e muito especial. Aos poucos, dei-me conta: afinal, se havia seres diferentes chegando e essas diferenças eram manifestações da evolução humana, então, não parariam por aí, claro que não! Como minha pessoa já estava bastante surpresa e ocupada em dar conta de todas as informações que me chegavam, parei até poder respirar, olhar adiante e me perguntar de novo: e agora? O que mais podemos esperar? 17
Estava recém-assimilando quem eu realmente era. Libertandome de velhos fantasmas que haviam me acompanhado durante toda a existência. Tratava de curtir solitariamente esse alívio tardio de dores tão guardadas e tão sofridas. Quem leu Crianças Índigo e Adultos Índigo e se descobriu um deles, quem se desvelou assim em pleno voo, sabe bem o que estou dizendo. É como morrer e renascer em poucos segundos. As emoções transbordam, a gente ri, chora e ri de novo... Depois, precisamos compartilhar com alguém nossa experiência. É assim que, nestes anos, tenho recebido muitas mensagens de leitores contando como foi, como é e como está sendo essa experiência. Bem, quando já estava mais ou menos pronta, recebi informações sobre as Crianças Cristal, outro grupo evolutivo que vem aportando em solo terrestre. Já havia lido aqui e ali algumas citações e comentários, entretanto, conforme mencionei anteriormente, só passei a me dedicar mais ao estudo e à busca de mais informações sobre o tema quando, realmente, minhas fichas caíram. Diversas pessoas já me perguntavam e escreviam. Queriam saber mais ou faziam relatos de que seus filhos tinham características comuns aos Índigos e outras distintas. Algumas mães descreveram que alguém havia lhes dito que seus filhos poderiam ser um Cristal. E, lógico, desejavam saber o que era isso! Foi quando resolvi escrever este livro, com o objetivo principal de apresentar esse grupo evolutivo, que começou a chegar, em maior número, depois que um contingente significativo de Índigos já estava no planeta há algum tempo. Os Índigos, como mencionei nos livros anteriores, vieram antes para preparar o ambiente para o grupo chamado Cristal. Quero trazer esclarecimentos sobre quem e como são essas crianças e por que estão vindo para cá. Essa é a minha intenção. Devo antecipar que tenho plena consciência de que a frequência e a energia cristal são tremendamente sutis, e que sua natureza não pertence a esta dimensão. Assim, para ser bem honesta comigo e com você, leitor, adianto que este livro é uma singela tentativa, muito bem-intencionada, de alcançar o inalcançável, 18
de definir o indefinível, de descrever o indescritível, de ver o que é intrinsecamente invisível. É mais ou menos como aquele sussurro revelador e inspirador ao final do filme Um amor para recordar: Nosso amor é como o vento, não posso ver, mas posso sentir. Tal é a natureza dessas crianças que aportam em número crescente em nosso planeta. Além disso, pretendo de forma clara, sintética e objetiva comentar alguns aspectos que julgo importantes para os pais e educadores, principalmente. Mais uma vez, admito que é realmente muita pretensão de minha parte, em se tratando da sutil e etérea frequência cristal. Falarei sobre as características dessas crianças e também sobre alguns cuidados com alimentação, medicação, educação, além de indicar algumas técnicas e atividades que poderão ser úteis e saudáveis para o processo de acolhida, de acompanhamento e de desenvolvimento desses pequenos seres entre nós. Os nomes Índigo e Cristal não são importantes e apenas servirão temporariamente para nos referirmos a esses novos seres humanos. Nos próximos anos, quando eles predominarem no planeta, não precisarão mais dessas denominações ou rótulos. Portanto, desde já, faço um alerta: não nos apeguemos aos rótulos! Nós, seres humanos, somos bem mais e vamos muito além das etiquetas! Apresentarei uma série de depoimentos, selecionados entre os incontáveis testemunhos que tenho recebido nestes anos, de pais e avós que amorosamente compartilharam suas experiências comigo, de coração aberto, na esperança de entenderem o que está acontecendo com sua família, seus filhos e netos. Acredito que esses relatos sejam de vital importância para que o leitor sinta, em seu próprio coração, a verdade deste momento histórico que estamos vivendo e do qual somos, em um só tempo, autores e atores, testemunhas vivas, aprendizes e cocriadores de uma nova realidade que vai se configurando à medida que mais seres humanos expandem a própria consciência e permitem que os véus da 19
inconsciência e da ignorância, que turvaram nossa visão, caiam, um a um, bem à frente de nossos olhos. Desejo que você, leitor, possa encontrar aqui respostas às suas perguntas e, principalmente, que seja estimulado a criar novos questionamentos e a seguir buscando novas e mais profundas respostas. Desejo que você perceba o quanto somos seres delicados, sensíveis, complexos e em constante aperfeiçoamento na direção da realização de nosso propósito aqui na Terra, propósito este que é, em última instância, o propósito divino, aquilo que Deus planejou para nós. De acordo com a educadora e escritora argentina Graciela Croatto (p. 15, 2004), autora do livro Aprender con los niños nuevos, se desejamos compreender a chegada dessas crianças é necessário que ampliemos nosso olhar, integrando a dimensão espiritual. É preciso reconhecê-los e confirmá-los, para que o novo que eles nos trazem não se perca e fique sepultado na adaptação que precisam realizar à civilização e à cultura no momento em que nascem. É urgente que expandamos nossa mente e aceitemos o desafio que nos propõem essas crianças, enfatiza Graciela. Nosso desafio, por hora, é tomar consciência de quem somos, de quem são as crianças que estão chegando para compartilhar conosco novos conhecimentos, novos valores, um novo olhar e uma nova atitude diante da vida. Nosso maior desafio, neste momento, é desejar o caminho da consciência e se abrir totalmente para trilhá-lo, aceitando a ajuda desses seres tão evoluídos que nos estendem suas mãos e nos abraçam com o coração. 20
Somos crianças, somos esperança Somos a presença, a dança da fé Estamos aqui para trazer o amor, Chegamos para uma grande reunião Somos crianças, asas feito crianças Prontas para brincar, amar e voar Recitar o canto dos cantos, É nosso acalanto, nosso manto. Estamos prontas para criar O céu na terra, num abraço de amor Somos crianças, flores do arco-íris Brotos de uma brisa rara Que nos abre e autoriza a ser Aquilo que em nós habita. Somos a energia cristalina Que da pedra A vida nos transformou Água líquida, pedra bruta Evaporação Translúcida ação Somos a cristalinização Da terra urbana Da família humana Ação Doação Cristal... Ingrid Cañete 21