B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 20 mi é o valor estimado do aporte anual da Bridgestone para o title sponsor da Libertadores EDIÇÃO 255 Gás de pimenta suspende jogo mais esperado da Libertadores POR ERICH BETING À ESQUERDA, IMAGEM DE TRANSMISSÃO DA FOX ARGENTINA, QUANDO O JOGO FOI SUSPENSO. À DIREITA, GALLARDO, TÉCNICO DO RIVER, DEIXA CAMPO SOB ESCOLTA DE POLICIAIS Boca Juniors e River Plate era o duelo mais esperado da Copa Bridgestone Libertadores na fase de oitavas de final. Na noite de ontem, na volta dos times após o intervalo da partida, porém, o disparo de um gás de pimenta sobre atletas do River causou a suspensão da partida em mais um lamentável episódio de incapacidade para a gestão de eventos do futebol na América do Sul. Durante pouco mais de uma hora, dirigentes da Conmebol, entidade que comanda o futebol no continente, os árbitros e até os presidentes dos dois clubes tentavam achar uma solução para definir se a partida continuaria ou seria suspensa temporariamente. Enquanto isso, torcedores do Boca ameaçavam uma revolução no caso de o jogo ser suspenso, os atletas da equipe continuavam a se aquecer no gramado e, do outro lado, os jogadores do River atingidos pelo gás eram assistidos por médicos do clube e da entidade continental, que diziam não haver condições de jogo a eles. É lamentável tudo o que ocorreu, é um papelão mundial, disse Daniel Angelici, presidente do Boca Juniors, ainda no gramado. Marcelo Gallardo, técnico do River Plate, criticou a demora da Conmebol em tomar uma decisão: Uma hora e pouco e nada é definido? É uma vergonha, disse. O gás foi jogado por um torcedor para dentro do túnel de acesso ao gramado do time visitante, em imagem flagrada pela TV. O episódio se soma a outros que envolvem a Conmebol, sendo o mais trágico deles há dois anos, quando um torcedor do San Jose, da Bolívia, morreu por um sinalizador disparado da torcida do Corinthians durante jogo da fase inicial da competição. 1
Palmeiras cria campo de férias para torcedores na Disney POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Palmeiras irá promover uma viagem a Orlando, nos Estados Unidos, com direito a concentração, treinos táticos e técnicos, passeio pela Disney e a presença do ídolo Evair. O Palmeiras Camp, evento organizado pela agência de viagens oficial do clube, a Palmeiras Tour, vai acontecer nas férias de julho, entre os dias 6 e 16, e reunirá crianças e adolescentes de 3 a 16 anos, que poderão viajar acompanhadas dos pais. Esse tipo de ação é sucesso no mundo todo. Resolvemos trazer para o Palmeiras uma experiência que é inesquecível para qualquer criança e adolescente, afirmou Bruno Paste, sócio da agência. A Palmeiras Tour não revela quanto planeja arrecadar com a iniciativa. A agência ainda não colocou um limite para inscrições no evento, tendo apenas aberto uma pré-inscrição para os interessados no pacote. A rotina das crianças será a mesma de um jogador de futebol. Elas ficarão concentradas num hotel e durante os dez dias de estadia vão praticar variados tipos de treinamentos, sempre contando com a presença de profissionais especializados e do ex-atacante Evair. Fora do período de atividades, haverá passeios para atrações na Disney. Essa será a primeira edição do Palmeiras Camp fora do país. Em julho de 2014, a agência de viagens do clube promoveu um evento em Nova Jersey, nos Estados Unidos, mas por meio do bar temático Casa Palmeiras. Parte das comemorações do centenário do clube, o evento contou com a presença do ex-goleiro Marcos. Já o Palmeiras Camp foi realizado em janeiro, no interior paulista. Os preços para participar do acampamento de férias variam de US$ 2.519 a US$ 4.629, podendo ser parcelados em até dez vezes. 2
Como tratar um negócio que movimenta um bilhão? DA REDAÇÃO POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Entre patrocínios, direitos de TV, salários de jogadores, viagem de times e torcidas e bilheteria, a Copa Libertadores deve movimentar, por ano, pelo menos US$ 500 milhões. Principal torneio do continente, a Libertadores viu na noite de ontem um de seus mais vexatórios espetáculos. Ou melhor. Mais um... A lista de lambanças protagonizadas pelo futebol na América do Sul cresce a cada nova rodada da Libertadores e/ou da Sul-Americana. E, como quase sempre costuma acontecer, a entidade mostra um eterno despreparo para lidar com gestão de crise e tomada de decisão urgente. Foi mais de uma hora de indecisão ontem para concluir-se o óbvio: não havia qualquer chance de Boca e River reiniciarem a partida. Quantos dias mais haverá para que saia algum comunicado oficial da entidade sobre o que haverá no pós-desastre? É impressionante como não há cuidado em se tratar de um evento bilionário como esse. É cultural. Ontem, ainda no calor da indecisão da Conmebol, muita gente dizia que isso era o espírito da Libertadores, como se a selvageria fosse condição de existência do sul-americano. O futebol aqui caminha a passos largos. Para trás. Enquanto isso, os clubes europeus e a Uefa olham as oportunidades deixadas pelas entidades daqui para um público que é fã de futebol, mas que não tem um produto à altura desse amor. Não por acaso, Barcelona e Manchester United fecham acordos válidos na América do Sul com empresas que não apoiam o futebol por aqui. A Conmebol é um desleixo só. E a Europa já percebeu isso... Ana Moser recusa Autoridade Pública Olímpica e cita ausência de legado POR REDAÇÃO A ex-jogadora de vôlei Ana Moser não aceitou convite do governo federal para dirigir a APO (Autoridade Pública Olímpica). A atual presidente da ONG Atletas Pelo Brasil foi convidada para substituir o general Fernando Azevedo e Silva, que em fevereiro deixou a APO. A autoridade tem como objetivo fazer a integração de todas as esferas públicas envolvidas com a organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Até agora, porém, a APO tem tido dificuldades para desenvolver seu papel. Márcio Fortes, ex- -ministro das Cidades, foi o primeiro presidente da autarquia, ficando dois anos no cargo. Em seu lugar entrou Fernando Azevedo e Silva, que saiu depois de pouco mais de um ano no cargo. Atualmente, a prefeitura do Rio de Janeiro é quem assumiu a liderança das obras olímpicas. O prefeito Eduardo Paes é quem tem sido o líder nessas questões. A APO é presidida interinamente por Marcelo Pedroso, que deve ser efetivado. Na sua justificativa para a recusa ao cargo, Ana Moser escreveu uma carta, em que destacou a ausência de tempo para que haja um legado social e esportivo para o país com os Jogos. Qual legado social e esportivo que este período de grande investimento no esporte espetáculo deixará?, questionou Ana. Na prática, os impactos são notórios mais nas arenas esportivas, na preparação das equipes olímpicas e da competição em si, concluiu. 4
POR REDAÇÃO Máquina do Esporte inicia especial celebrando 10 anos A Máquina do Esporte completa, em 2015, os primeiros dez anos de vida. Para celebrar essa primeira década de existência, vamos preparar diversas matérias especiais relembrando o que de mais marcante aconteceu na indústria do esporte no período. A partir de segunda-feira, teremos semanalmente um ranking com os 10 Mais de diferentes áreas do mercado esportivo. No próximo dia 18, faremos uma lista com atletas e ex-atletas que mais movimentaram o mercado no período que vai de 2005 a 2015. Quem são os donos das dez marcas mais valiosas e disputadas entre as empresas no mundo? A série 10 Mais da Máquina do Esporte abre as diversas ações e comemorações que faremos para o aniversário. Daqui até o final do ano vamos tentar mostrar o que já aconteceu no esporte como negócio no Brasil e no mundo e mostraremos ao mercado nossas novas plataformas de atuação, afirma Erich Beting, sócio-diretor da empresa. Além do braço de mídia, a Máquina do Esporte atua hoje com consultoria para marcas que querem atuar no esporte, organização de eventos para o mercado e, também, desenvolve produtos de inteligência de mercado para ajudar na tomada de decisão de quem investe no esporte. Mais do que uma empresa de mídia, somos uma empresa de conteúdo. Isso significa produzir noticiário jornalístico, mas também pensar num evento para uma ativação de marca, como foi o Circuito Time Run no ano passado com a Caixa, diz Beting. Esperamos sua companhia para celebrar esse nosso aniversário! Núcleo de estudos prepara mapa do patrocínio Uma das novidades que a Máquina do Esporte prepara ao mercado em seu décimo aniversário é a criação do primeiro mapa do patrocínio esportivo no Brasil. O levantamento vem sendo feito desde o início do ano pelo núcleo de estudos da empresa e deve ser lançado em setembro. Esse projeto existe desde 2005, mas só agora há um mercado mais maduro para ter interesse nessas informações. Vamos primeiro apresentar quais são as marcas que patrocinam as confederações olímpicas e os atletas que têm potencial para campanhas. A ideia é ajudar na tomada de decisão para os patrocínios referentes aos Jogos do Rio 2016, diz Erich Beting, sócio da empresa. 5