3. A Declaração de Quebec (1984) 1

Documentos relacionados
A Declaração do Quebéc de 1984

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº

Definição Evolutiva de Sociomuseologia: proposta de reflexão

Heranças Globais Memórias Locais: os desafios da formação no campo da Sociomuseologia. 1 Judite Santos Primo, Mário Moutinho, Pedro Pereira Leite

CADERNOS DE MUSEOLOGIA Nº

Revista MUSAS Setubal 2014 Entre os museus de Foucault e os museus complexos Mário Moutinho 1

M. Moutinho, J. Primo 1

MUD uma rede de museus para o Douro Natália Fauvrelle, Susana Marques. Museu do Douro

Sobre Ecomuseus, ecomuseologia e museus comunitários

NOVOS MUSEUS NOVOS PERFIS PROFISSIONAIS

CADERNOS DE MUSEOLOGIA Nº NOVOS MUSEUS NOVOS PERFIS PROFISSIONAIS

Santiago do Chile (1972) 1

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

Encontros documentais

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

ECOMUSEU, DESENVOLVIMENTO SOCIAL E TURISMO

Aula 2_museologia como disciplina e como fenômeno cultural

Encontro Comemorativo das I Jornadas Sobre a Função Social do Museu de 1988 Vila Franca de Xira 24 novembro 2018

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Declaração de Montevidéu. Os representantes das instituições dos países abaixo- assinados reunidos em Montevidéu, os dias 22,23 e 24 de outubro 2012.

A EVOLUÇÃO DE CONCEITOS ENTRE AS DECLARAÇÕES DE SANTIAGO E DE CARACAS Texto 3

Encontros Documentais

Mesa-redonda de Santiago do Chile (1972)1 Documento Final do Evento

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO DECRETA:

Jornadas Técnicas. Comissão Cientifica Alexandra Rodrigues Gonçalves

Programa BIP/ZIP 2016

O UNIVERSO MUSEAL DO PROJETO TERRA

CURRÍCULO DO CURSO. Mínimo: 8 semestres. Profª. Luciana Silveira Cardoso

Inside Views - Fieldwork methods of social anthropology to promote civic, cultural and intercultural education

VI. A INDISSOLUBILIDADE DA PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO NOS MUSEUS UNIVERSITÁRIOS 6. Preceitos e Problemas dos Museus Universitários

F U N D A Ç Ã O CASA DE RUI BARBOSA

Câmara Municipal de Lisboa Gabinetes dos Vereadores Catarina Vaz Pinto e Manuel Salgado. Proposta n.º 53/2018

Hugues de Varine, singular e plural: memórias sobre museologias comunitárias Hugues de Varine, singular and plural: memories of community museologies

CONVOCATÓRIA. II Jornadas FORMAÇÃO EM MUSEOLOGIA COMUNITÁRIA

PROJETO DE CRIAÇÃO DE UM SERVIÇO EDUCATIVO NOS MUSEUS DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

Lista A ICOM Portugal LINHAS PROGRAMÁTICAS

REFLEXÕES SOBRE UM MUSEU DE TERRITÓRIO. Hugues de Varine. Consultor de desenvolvimento comunitário

OS DESAFIOS DO TURISMO RURAL DE BASE COMUNITÁRIA: UMA VIAGEM DE VALORES E CRENÇAS

Entrevista de Hugues de Varine concedida a Mario Chagas 1

FUNDAÇÃO MANUEL CARGALEIRO. Relatório de Atividades 2011

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO G A B A R I T O PÓS RECURSO

POR UNA EPISTEMOLOGÍA DE LA MUSEOLOGÍA: QUÉ SIGNIFICACIÓN, QUÉ IMPACTO SOCIAL O POLÍTICO?

ECOMUSEU NO SEIXAL CONSTRUINDO UM MODELO MUSEOLÓGICO Maria da Graça da Silveira Filipe

Guia Fundo Ibermuseus para o Patrimônio Museológico

POR UMA ARQUITETURA AO SERVIÇO DA MUSEOLOGIA CONTEMPORÂNEA Mário Moutinho 1

REGULAMENTO DA GALA DO TURISMO DE BRAGA

Pensando a função educativa dos museus

Tópicos Especiais em Museologia I 60 4

Sociomuseologia, Museus e Comunidade O OBSERVATÓRIO MUSEU/ESCOLA UM TRABALHO DE COLABORAÇÃO E PARTILHA

MINOM: 30 anos de Museologia em favor dos Direitos Humanos 1 Mário Moutinho 2

Relatório de Atividades Março a Dezembro de 2014

8º Encontro Ibero-Americano de Cultura. Museu Nacional de Etnologia. 13 de Outubro Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, Presidente do Ibermuseus,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

4º FÓRUM NACIONAL DE MUSEUS Brasília, 12 a 17 de julho 2010

Caracterização. Serve de base à preparação dos planos, das intervenções e do complemento de programação, nos quais está integrada.

Museologia e Turismo: interfaces do cotidiano

MUSEU DO ALTO SERTÃO DA BAHIA: OS PROCESSOS COMUNITÁRIOS NA FORMAÇÃO DE NÚCLEOS MUSEOLÓGICOS

CADERNOS DE MUSEOLOGIA Nº

CONCLUSÕES/ RECOMENDAÇÕES SIMPÓSIO MUSEUS, INVESTIGAÇÃO & EDUCAÇÃO

Programa BIP/ZIP 2016

FAZER (COLABORATIVAMENTE) CIDADE: O ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NO PROJECTO URBANO - ENQUADRAMENTO DA SESSÃO E DOS ORADORES -

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N , DE 13 DE DEZEMBRO DE 2012

II. TEORIA MUSEOLÓGICA: A PROBLEMATIZAÇÃO DE ALGUMAS QUESTÕES RELEVANTES À FORMAÇÃO PROFISSIONAL 2

OBJECTIVOS U.PORTO 2010

Museu da Chapelaria São João da Madeira. 20 a 23 de setembro. Organização:

A articulação entre a UNESCO e o Conselho internacional dos Museus (ICOM), desde a altura em que estas duas instituições foram criadas, tem sido

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº

Gabinete do Presidente

Medida 1 - Cooperação Interterritorial

Museo de la Memoria Rural (Carrazeda de Ansiães): Un museo del territorio con la participación comunitaria

PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A ESPECIALISTA EM TURISMO DE AR LIVRE

Museus participativos e relacionais com a comunidade e seu território

Michel Van Praet: Diretor do Departamento das Galerias do Museu Nacional de História Natural de Paris

Pedro Pereira Leite. Museologia Social e Dignidade Humana

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE MUSEOLOGIA- BACHARELADO

3 Na Maré da Nova Museologia

Objetivo estratégico para

Relatório de versão curricular

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº

2014 NOVEMBRO, DIA 14 Autorização para sondagens arqueológicas na Fábrica de Curtumes da Caldeiroa

Jesús-Pedro Lorente - Manual de Historia de la Museología

CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº

POLITICA NACIONAL DE MUSEUS

DECLARAÇÃO DE BISSAU

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIAL

Ana Carvalho - Os Museus e o Património Cultural Imaterial: Estratégias para o Desenvolvimento de Boas Práticas

PROGRAMA DE TRABALHO

Apresentação do Relatório Anual do Tribunal de Contas Europeu, relativo ao exercício de 2014

ANEXO VI DO EDITAL Nº 01/ SECULT/SEPLAG, DE 29/06/2018 Programa das disciplinas integrantes das Provas Objetivas da 1ª fase do Concurso.

2. Observações gerais, ordenamento jurídico e aspectos administrativos do novo sistema proposto pela Medida Provisória

PT 1 PT COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS BRUXELAS, 20/10/2009 ORÇAMENTO GERAL SECÇÃO III COMISSÃO, TÍTULOS 07, 17, 40

Implantação de Núcleos de Ação Educativa em Museus 1/33

Museus Brasileiros. Outubro de Departamento de Museus e Centros Culturais

BACHARELADO EM HISTÓRIA DA ARTE UFRGS MATRIZ CURRICULAR

Programa de Ensino. Disciplina: Espaços Museais e Arquitetura de Museus Código: Período: Turno: 18:50-20:20hs 20:30-22:00hs. Ementa da Disciplina

MANUAL DE INSCRIÇÃO LINHA DE APOIO AO PATRIMÔNIO MUSEOLÓGICO EM SITUAÇÃO DE RISCO

ESTÁGIOS DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL AMI/NBup 14ª Edição 2019

CURSO PREPARATÓRIO. PARA O CONCURSO PÚBLICO DO IPHAN e IBRAM Autarquias do Ministério da Cultura

MEMÓRIA DA REUNIÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CHAPECÓ

Programa BIP/ZIP 2013

Transcrição:

3. A Declaração de Quebec (1984) 1 Apresentação (1995) Mário CanoaøMoutìnho A compreensão e a contextualização da Declaração de Quebec devem ser procuradas e relacionaclas com as propostas e as condições de realização do Ateliê Intemacional Ecomuseus - Nova Museologia, que tevelugaremquebec em outubro de L984, durante o qual essa declaração veio a tomar forma. Entre os objetivos prioritários do Ateliê devem ser mencionados a tentativa de criação de condições de intercâmbio entre as experiências de Ecomuseologia e, de modo geral, da Nova Museologia no mundo, e o esclarecimento das suas relações com a Museologia instituída em geral. Enfim, pretendia-se aprofundar e rever conceitos, encorajandqao mesmo tempo novas práticas museológicas. Nesse sentido foram organizados grupos de trabalho ou sessões plenárias dedicados às técnicas e à filosofia da Museologia popular, questões de definição, situação atual dos projetos museais, novas experiências, sentidos da participäção, descentralização e desenvolvimento. Dois outros grupos aprofundaram o contehdo do projeto de Declaração de euebec e estudaram as condições de desenvolvimento da colaboração internacional. Desiludidos com a atitude segregadora do ICOM e em particular do lcofom, claramente manifestada na reunião de Londres de 1983, rejeitando liminarmente a própria existênðia de práticas museológicas não, conformes ao quadro estrito da Museologia instituída, um grupo de museólogos propôs-se a reunir, de forma autônoma, representantes de práticas museológicas então em curso/ para avaliar, conceitualizar e dar forma a uma organização alternativa para uma Museologia que se apresentava igualmente como uma Museologia alternativa. Nesse mesmo ano de 1983, foirealizado umateliê no Ecomuseu de Haute Beauce, no Ganadá" dedicado a Georges Henri Rivière; o qual deu início à preparação do ateliê e da Declaração de euebec. 1 Evêntö realizado em Quebec, Can adâ,1984. 52 Apresentação

Por oposição a um? Museologia de coleções, tomava forma uma Museologia de preocupações de caráter social. Nesse sentido, a referência à Declaração de Santiago do Chile, sempre presente durante todo o Ateliê, éreveladora das implicaçoes sociopòlíticas do próprio Ateliê de Quebec. Tratava-se de refletir e dar continuidade à reflexão de Santiago, mas também e talvez aqui esteja um dos aspectos mais importantes desse Ateliê, organizar o que se sentia ser um.movimento simúltâneo em numerosos países,mas no qual os'diferentes intervenientes se encontravam, de certa forma, isolados entre si e, naturalmente, mais ainda em face dos poderes instituídos. Da ideia vaga de'novas formas de Museologia (museus comunitários, museus de vizinhança, ecomuseus etc.), o ateliê foi evoluindo para o reconhecimento de um movimento com uma amplidão que não podia mais deixar de ser tomada como uma realidade nova da Museologia. Processo doloroso para uma parte dos participantes, os quais viam naecomuseologiaâ principal, seiao a úniða, forma de NováMuseologia; por oposição a'outra parte dos participantes, os quáis pretendiam ver a ideia de Nova Museologia estendida a outras êxpressões museais. Num documento de trabalho, então distribúldo, eram,apresentados alguns aspectos específicos de uma Nova Museologia. A utilização de testemunhos materiais e imateriais deveria ter por objetivo dar conta, explicar e desenvolver experimentação; antes e senão apenás, de serem transformados em objetos passíveis de constituir coleções. A_investigação e a interpretação assumiriam toda a sua importância se voltadas para as questõed de ordem social. Constituíàm, por seu lado, preocupações essenciais da Nova Museologia, encaminhando soluções e identificando problemas. ' O objetivo da Museologia deveria ser o desenvolvimento comunitário, promotor de postos de trabalho pela revitalização artesanal, agrícola e industrial. Mário Canova Moutinho

O Museu saindo do edifício que tradicionalmente o abriga permitiria, em última análise, a sua inserção nos meios desfavorecidos e a disponibilidade cle novo tipo de "coleções" particulares. Essencial â Nova Museologia era a interdisciplinaridade que contrariava os saberes isolados e redutores, abrindo novos territórios à reflexão científica, empírica ou mesmo pragmática. O público, nesta perspectiva, deixavarde ter um lugar fundamental nesses novos museus, para dar lugar à ideia deçolaborador, de utilizador ou de criador. Mais importante do que observar, a Nova Museologia propunha o ato de tealizar, com suporte de reflexão e de intervenção.ia ideia de trabalho coletivo ihtegtava-se nesta atitude introduzindo a ideia de que a exposição museológica era, ou deveria set, antes de tudo, um processo de formação permanente e não mais o objeto de contemplação. As referências formais desta Museologia, naquele moùrento, apontavam para várias experiências museológicas em curso. Entre outras situaçõps estiveram sèmpre presentes no Ateliê exemplos vindos dos mais variados lugares: o O Museu Nacional do Níger, no qual se subordinavanì as tarefas propriamente museológicas a um objetivo de primeira impoitância social - aconstrução de uma identidade nacional, provocsndo uma percepção própria dafunção dos museus, atitude igualmente válida para o Mali, a República dos Camarões e o Panamá. o Os museus de vizinhança essencialmente vocacionados para a animação de bairros urbanoshispanófonos e negros das grandes cidades norte-americanas/ onde se dava particular importância aos problemas do urbanismql da identidade dos moradores e do seu bem-estar, preocupando-se com as questões de poluição, alojamento, reabilitação social e criação artística. O Anacostia Neighborhood Museum de Washington era uma referência fundamental. o Arenovação da Museologia mexicana,,em certa medida próxima doé museus de vizinhança, no âmbito do projeto Casa del Museo, onde os objetivos se expressavam pela animação e discussão sobre qùestões da vida cotidiana, com fórte.implicação popular. o Na Suécia, as exposições populares organizadas com o apoio ou por iniciativa da Riksutstälningar - onde a museografia, Apresentação

particularmente cuiclada mas utilizanclo materiais simples, é simultânea aos trabalhos de Sven Lindquist sobre a metnória operária - renovaram o interesse pela iriação e remodelação de museus de e,mpresa e clos círculos de estudo e, de um modo mais vasto/ provocaram um olhar novo sobre a sociedade sueca.. Os"museus de arqueologia industrial, que no Reino Unido se embasavam na capacidade das populações de se apropriarem dos métodos da arqueologia e da história local, organizando a restauração de espaços industriais e assegurando a sua animação e o acolhimento turístico Os ecomuseus, por seu lado, invocando especialmente o pensamento e a ação de Georges Henri Rivière e de Hugues de Varine,icolocavam, entre outros, os problemas da territorialidade, da interdisciplinaridadel e, como nos casos já referidos, r'da própria participação das populações como agentes'e utilizadoras das programações ecomuseológicas com vistas ao desenvolvimento social do meio que lhes dá vida. A multiplicidade das formas que os ecomuseus haviam tomado alargava a ideia de ecomuseu e das suas diferentes potencialidades: reivindicação social, investigação e ligação com as universidades, identidade, consoante os meios e palses em questão. Reconhecia-se já a existência de ecomuseus tradicionais e de ecomuseus de desenvolvimento. O confronto dos aspectos específicos com os aspectos formais dessas museologias colocava, na verdade, a questão sobre'ai forma como em cada situação se resolviam ou'não os problemäs da interdisciplinaridade, da territorialidade e da participação popular, Como se ajustava a memória coletiva à3 diferentes formas dessa participação? Qual o lugar da perspectiva artística nesses processos? Todo esse debate foi, ao longo do Ateliê, ilustrado.por apresentações de práticas museológicäs vindas dos mais variados países e pelo confronto com o trabalho do Ecomuseu de Haute Beauce, onde se revelavam, se não respostas, pelos menos tentativas de respostas às questões referidas.. Decididarnente a Museologia deixäva a cidade, o espaço urbano, para se revelar como fator de desenvolvimento e fonte de novas solida: riedacles. Os dados estavam lançados. Mário Canova Moutinho 55

Algo corneçaïa,a muclar, pois o.icom recebia agoïa com interesse os projetos cro já estruturado movini""t; " era revado a reconhecer o sucesso em terrnos ideorógicos e organizativos que,ir-rr-., "iàã', Ateriê de Quebec. A partir de eñtão, o aiãtogo com o IC.M tem sido uma realidade,:correndo hoje em dia, e cle foi*u regular, projetos comuns. Para concluir, o 11;mais.o, puru"u *erecerrealce na Declaração do Quebec não é de certa forma qrruiq,r", novidade conceitual no texto em sr, pois clesse ponto de vista uiu r"io-u, com as devidãs utuati"uçoes, o essencial da Declaração cle Santiago, ffias sim o fato cle ter confrontado a comunidade museal com uma."äiaujã museorógica profundamerrte alterada desde 1g72, por práticas que revelavam uma Museorogia àtiva, aberta ao diárogo e dotaãa ugoruä" uàu rort" estrutura internacional autônoma. F''qsa mudaneq de atitudes foi, ariás, referida por Hugues de varine no relatório de sínlese da 16'confárcnciå èu.ur do ICOM (Caradá,1992): ' Das reuniões dos comitês internacionais tornou-se craro que existe uma forte corrente vortada para a -abertura e para a inovação... r"r"..i" p..iìrlijnui, ao, museus a agir de forma não tradicionar e a aceitarem ser influ"n.ioäo, pï.".in.uito, multiculturais' A cooperação,interd.isciilin;r que está emergindo no seio.to IcoM, as ponres consrrufdas entre várias disciplinas eþrqetos, e grüpo,.åããï-iraìno* r-o indicações deste espfrito de abertura. '-- - r^ Em resumo, a Declara-ção dê euebec, o Ateliê de 1984 e a criação do Minom devem ser entendido, "oi.,o "_,oao.o"r;;rr;;j"ïäiuui, desde então para o reconhecimen,o "",Lià au rørr"oiãgä d;ä"ir" a diferença., LisboO 31 de.março de 1995. Mário Canova Moutinho

Algo corneçaïa,a muclar, pois o.icom recebia agoïa com interesse os projetos cro já estruturado movini""t; " era revado a reconhecer o sucesso em terrnos ideorógicos e organizativos que,ir-rr-., "iàã', Ateriê de Quebec. A partir de eñtão, o aiãtogo com o IC.M tem sido uma realidade,:correndo hoje em dia, e cle foi*u regular, projetos comuns. Para concluir, o 11;mais.o, puru"u *erecerrealce na Declaração do Quebec não é de certa forma qrruiq,r", novidade conceitual no texto em sr, pois clesse ponto de vista uiu r"io-u, com as devidãs utuati"uçoes, o essencial da Declaração cle Santiago, ffias sim o fato cle ter confrontado a comunidade museal com uma."äiaujã museorógica profundamerrte alterada desde 1g72, por práticas que revelavam uma Museorogia àtiva, aberta ao diárogo e dotaãa ugoruä" uàu rort" estrutura internacional autônoma. F''qsa mudaneq de atitudes foi, ariás, referida por Hugues de varine no relatório de sínlese da 16'confárcnciå èu.ur do ICOM (Caradá,1992): ' Das reuniões dos comitês internacionais tornou-se craro que existe uma forte corrente vortada para a -abertura e para a inovação... r"r"..i" p..iìrlijnui, ao, museus a agir de forma não tradicionar e a aceitarem ser influ"n.ioäo, pï.".in.uito, multiculturais' A cooperação,interd.isciilin;r que está emergindo no seio.to IcoM, as ponres consrrufdas entre várias disciplinas eþrqetos, e grüpo,.åããï-iraìno* r-o indicações deste espfrito de abertura. '-- - r^ Em resumo, a Declara-ção dê euebec, o Ateliê de 1984 e a criação do Minom devem ser entendido, "oi.,o "_,oao.o"r;;rr;;j"ïäiuui, desde então para o reconhecimen,o "",Lià au rørr"oiãgä d;ä"ir" a diferença., LisboO 31 de.março de 1995. Mário Canova Moutinho